ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 30 de março de 2024

O Papa: que a força da ressurreição role as pedras que nos oprimem a alma

  O Papa: que a força da ressurreição role as pedras que nos oprimem a alma



Na homilia da missa da Vigília Pascal, Francisco convidou a levantar "o olhar para Jesus" que "depois de ter assumido a nossa humanidade, desceu aos abismos da morte e atravessou-os com a força da sua vida divina, abrindo uma fresta infinita de luz para cada um de nós. Ressuscitado pelo Pai na sua carne, na nossa carne, com a força do Espírito Santo abriu uma nova página para o gênero humano".

O Papa Francisco presidiu a missa da Vigília Pascal, neste 30 de março, Sábado Santo, na Basílica de São Pedro.

Em sua homilia, o Papa se deteve em dois momentos da passagem do Evangelho de Marcos em que as mulheres vão ao túmulo de Jesus bem cedo. No primeiro, elas se perguntam angustiadas quem faria rolar para elas a pedra do sepulcro, que era muito grande. No segundo, erguendo os olhos, viram que a pedra já tinha sido tirada. Segundo Francisco, esses dois momentos "nos levam à alegria inaudita da Páscoa".

Os «maços da morte» ao longo do caminho

"Aquela pedra representava o fim da história de Jesus, sepultado na noite da morte. Ele, a vida que veio ao mundo, foi morto; Ele, que manifestou o amor misericordioso do Pai, não recebeu compaixão; Ele, que aliviou os pecadores do peso da condenação, foi condenado à cruz. Aquele maço, obstáculo intransponível, era o símbolo do que as mulheres levavam no coração, ou seja, o fim da sua esperança", disse ainda o Papa, sublinhando que "o mesmo pode acontecer também conosco".

“Às vezes sentimos que uma pedra tumular foi pesadamente colocada na entrada do nosso coração, sufocando a vida, extinguindo a confiança, encarcerando-nos no sepulcro dos medos e amarguras, bloqueando o caminho para a alegria e a esperança. São «maços da morte»; e os encontramos, ao longo do caminho, em todas as experiências e situações que nos roubam o entusiasmo e a força para prosseguir.”

De acordo com o Papa, encontramos esses «maços da morte» "nos sofrimentos que nos afetam e na morte de pessoas queridas, que deixam em nós vazios incuráveis; nos fracassos e medos que nos impedem de fazer as coisas boas que temos no coração; em todos os isolamentos que abrandam os nossos impulsos de generosidade, não permitindo abrir-nos ao amor; nos muros de borracha do egoísmo e da indiferença, que impedem o compromisso de construir cidades e sociedades mais justas e à medida do homem; em todos os anseios de paz sufocados pela crueldade do ódio e pela ferocidade da guerra".

Segundo Francisco, "quando se experimentam estas desilusões, apodera-se de nós a sensação de que muitos sonhos acabarão por ser desfeitos, perguntando-nos, angustiados, a nós mesmos: quem nos rolará a pedra do sepulcro?"

Elevar os olhos para Jesus

Contudo, aquelas mulheres que tinham a escuridão no coração nos dão testemunho de algo extraordinário: erguendo os olhos, viram que a pedra já tinha sido rolada, embora fosse muito grande.

“Aqui está a Páscoa de Cristo, aqui está a força de Deus: a vitória da vida sobre a morte, o triunfo da luz sobre as trevas, o renascimento da esperança por entre os escombros do fracasso. Foi o Senhor, Deus do impossível, que, para sempre, rolou a pedra para o lado e começou a abrir os nossos corações, a fim de não acabar a esperança. Por isso, devemos também nós elevar os olhos para Ele.”

O Pontífice convidou a levantar "o olhar para Jesus" que "depois de ter assumido a nossa humanidade, desceu aos abismos da morte e atravessou-os com a força da sua vida divina, abrindo uma fresta infinita de luz para cada um de nós. Ressuscitado pelo Pai na sua carne, na nossa carne, com a força do Espírito Santo abriu uma nova página para o gênero humano".

Renovar ao Senhor hoje o nosso sim

Segundo o Papa, "se deixarmos Jesus tomar-nos pela mão, nenhuma experiência de fracasso e sofrimento, por mais que nos doa, poderá ter a última palavra sobre o sentido e o destino da nossa vida. A partir de então, se nos deixarmos agarrar pelo Ressuscitado, nenhuma derrota, nenhum sofrimento, nenhuma morte poderá deter o nosso caminho rumo à plenitude da vida".

Levantemos o olhar para Ele, acolhamos Jesus, Deus da vida, em nossas vidas, renovemos-Lhe hoje o nosso «sim» e nenhum maço de pedra poderá sufocar-nos o coração, nenhum sepulcro poderá encerrar a alegria de viver, nenhum fracasso será capaz de nos lançar no desespero. Levantemos o olhar para Ele e peçamos-Lhe que a força da sua ressurreição role para o lado as pedras que nos oprimem a alma. Levantemos o olhar para Ele, o Ressuscitado, e caminhemos na certeza de que, no fundo obscuro das nossas expectativas e das nossas mortes, já está presente a vida eterna que Ele veio trazer.

fonte: vaticannews.va/pt/papa/news/2024-03/papa-francisco-missa-vigilia-pascal-ressurreicao-pedras-alma.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

O sepulcro está vazio, Jesus não está lá mais

 O sepulcro está vazio, Jesus não está lá mais




Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje é dia de alegria Jesus não está mais lá. A pedra que tampou o sepulcro foi rolada. Jesus sai brilhante. A noite deu lugar para a luz do ressuscitado.

O fracasso da morte não consegue deixar preso o Cristo que sai vivo vitorioso com as marcas da crucificação. As mulheres corajosas foram de madrugada, pensativa e pensando quem iria rolar a pedra para que elas pudessem colocar aromas no morto Jesus. A escuridão da tragédia que estava no seus corações ficaram surpresas e radiantes vendo que a pedra estava deslocada. Mas não viram Jesus. O espanto que foi diminuído, porque Jesus aparece e diz a Maria vai avisar os discípulos que vou encontrar com eles na Galiléia onde tudo começou.

Celebrar a Páscoa é vivenciar a vitória de Cristo sobre a morte, é derrubar as pedras no chão para que nunca ferir ninguém. Elas não podem ser obstáculos para prosseguirmos. As pedras devem ser as bases de um edifício que traz segurança e abrigo aos que nada tem.

Jesus está vivo e quer que participemos da graça da vida eterna que ele trouxe para nós.

Desde a criação, Deus nos preparou um mundo excelente e bom, mas com o pecado dos nossos antigos pais trouxe a morte e o sofrimento. Com o decorrer da história da salvação que Deus preparou desde os tempos antigos. Deus nos ensinou que devemos estar unidos a Ele. Infelizmente a humanidade deu as costas a Deus, mas o amor de Deus é infinito e a sua misericórdia ultrapassa ao entendimento humano, e assim Deus manda o seu filho único nascido de uma mulher obediente e cheia do Espírito Santo, Maria.

Ele se despojou da sua condição divina e assumiu a nossa humanidade menos no pecado. Mostrou-nos que o amor e o bem prevalecem e que o mal deve ser extirpado do nosso meio. O mau da injustiça, da guerra, da violência, da fome, da desordem social e moral, das doenças etc.

Hoje é páscoa. As pedras devem ser substituídas pelas flores que encantam os nossos corações, as inimizades sejam desfeitas e nelas as amizade e as concórdias sejam laços profundos que não desamarram nunca, é a vida que ganha força.

A força da solidariedade, do perdão, da compreensão do acolhimento das diferenças e da comunhão devem estar presentes na nossa convivência social.

Quarenta dias preparamos para que este dia seja de júbilo e de compromisso missionário. Vamos com coragem levar a boa nova da Páscoa para todos. O sofrimento se torna suave nas chagas de Cristo. A miséria dos pobres devem ter ecos nos corações humanos para que possamos partilhar o nosso alimento. Que a nossa missão evangelizadora abre caminho para todos e que as exclusões sejam algo que não devem existir mais entre nós.

A luz do Ressuscitado deve ser o motivo de nossa meta. A luz de Cristo ressuscitado deve nos contagiar e nos levar a uma nova vida com a veste da graça do ressuscitado em nós. Hoje cada um deve ressuscitar a vida da graça, da esperança e do amor para que a missão que temos que fazer em resposta ao nosso Batismo. É acender a luz de novo do entusiasmo de ser padre, de ser cristão, de ser bons esposos, bons filhos, boas mães e pais.

Deste modo o mudo se renova na vida das aves, nas árvores, das águas cristalinas e de tudo que existe cante a vida em um aleluia sem fim. Amém

Que esta liturgia seja a oportunidade de sermos novamente agraciados pela graça do Ressuscitado e que possamos viver bem o nosso batismo. Que a Igreja seja radiante do amor serviço com todos fazendo bem a sua parte neste grande edifício que somos todos formados a ser.

Aleluia, Jesus está vivo e não morre mais. Feliz Páscoa.

Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi semper! Jesus vivit. Surrexit, aleluia!

Jose B. Schumann

sexta-feira, 29 de março de 2024

Sexta-feira santa, exemplo do verdadeiro amor que se entrega na cruz

Sexta-feira santa, exemplo do verdadeiro amor que se entrega na cruz



 
Queridos irmãos e irmãs em Cristo, somos chamados a caminhar com Cristo na cruz. Jesus o verdadeiro, servo sofredor, seguido como cordeiro imaculado ao calvário.

Neste dia fazemos a memória de  uma condenação monocrática. Já tinham tudo para condenar Jesus injustamente. Não havia defesa para Jesus. o poder se faz de um juiz algoz, que quer eliminar alguém que fez o bem e que levantou a autoestima dos pobres que eram excluído da religião da época. Jesus está sendo condenado porque curou os doentes, partilhou o pão aos famintos, perdoou os pecadores e marginalizado. Deu o passaporte daqueles que não podiam mais frequentar o templo e conviver com os demais.

Isaías fez a profecia que culminou em Jesus. Jesus é o servo sofredor. Assim podemos fazer a reflexão deste dia. Embora celebramos a morte de Jesus na cruz, mas ele foi flagelado, foi maltratado, ultrajado e espancado. Teve na sua cabeça uma coroa de espinhos e foi caçado por ser rei, mas um Rei diferente daquela época é um rei que serve e o seu poder está em fazer o bem e amar a todos. 

Isaías (Is 52,13-53,12) nos mostra um homem desfigurado pela dor e sofrimento. Sofreu a maior humilhação por amor a todos nós. Ele é o justo inocente que é condenado à morte por ser bom e ser filho de deus. Ele assumiu as dores e os pecados de cada um de nós.

O projeto de Deus não fica em vão. Ele vai ressuscitar e dar a chance da salvação a todos que querem ser salvo por ele. Jesus está voluntariamente a fazer a vontade de Deus mesmo diante desta grande injustiça. Hoje infelizmente acontece, muitos poderosos condenam pessoas que lutam pela liberdade e democracia no mundo e por isso são condenados de modo que a pessoa não tem chance do contraditório e defesa.

Em (Hb 4,14-16;5,7-9) vemos que o sacrifício e o templo de Jerusalém se contrapõe ao sacrifício de Cristo no seu sacerdócio régio. Jesus é o cordeiro oferecido para o perdão de nossos pecados.

Jesus nos assumiu em tudo menos no pecado. Ele se solidarizou com as nossas fraquezas e quedas, por isso Ele pode compadecer de nossas fragilidades e fraquezas humanas, para nos perdoar e nos levantar para a dignidade de filhos de Deus.

 No evangelho (Jo 18,1-19,42), nos mostra o valor da cruz, pois nela se culmina a obra da salvação de Deus. Na cruz de Cristo demonstra o verdadeiro amor, o fruto da árvore trouxe a decadência e a morte do ser humano, agora o produto moldado da cruz que crucificaram Jesus trouxe o amor de volta que doa, perdoa e dá salvação quem nele crer e for batizado.

Batismos aqui é assumir a missão de evangelizar e se tornar o novo homem transformado na graça de Cristo. É um dia para reflexão e não de tristeza. Devemos compreender a via crucis de Jesus, o seu sofrimento e a sua dor jesus carrega a cruz e nela toda a humanidade que sofre com as guerras, com as ditaduras e do poder que oprime muitos, principalmente os pobres, as mulheres e minorias.

Jesus nos indica o caminho, o amor incondicional, nos dá a mãe Maria e ainda perdoa os seus algozes que não sabem o que faz. jesus não amaldiçoa e nem traz a vingança, mas serenamente mostra a misericórdia para todos nós.

Que a humanidade sinta nesta liturgia perceba que o amor é a medida e que a morte não vai reter Jesus no sepulcro. Ele surgirá glorioso no terceiro dia. Jesus nos dá a missão que devemos estar a serviço e fazer da cruz um instrumento de construir uma sociedade mais justa e fraterna. 
Que o nosso convívio social não seja supérfluo e que façamos uma comunidade de irmãos e irmãs que se juntam para colocar em comum as qualidade do serviço para o bem de todos. Que este ano de oração seja o momento para nos preparamos para mais um ano santo em 2025.

Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi semper!!! 

Crux Christi erga humanitatem est.

Jose B. schumann jbscteologo@gmail.com

Ser cristão deve ser humilde

  Ser cristão deve ser humilde




Queridos irmãos e irmãs em Cristo, hoje celebramos a  quinta-feira santa e neste dia houve o lava-pés com a instituição do sacramento da eucaristia.
Jesus antes de ir para o calvário, ceou com os doze apóstolos. Durante a ceia, Ele lava os pés dos discípulos. Ele sendo senhor demonstrou a humildade de servo. Com esse gesto deu-nos exemplo como devemos ser.

Ser cristão e é ser um novo cristo nas relações humanas. A igreja deve espelhar no nosso Papa Francisco que, mesmo sendo o maior líder da Igreja, se faz humilde, lavando os pés daqueles que são recolhidos no presídio. Isso é serviço. Devemos ser a Igreja do povo. Ser humilde é estar à disposição de Deus nos pobres e marginalizados como são os presos. Ser pobre é ser humilde. Jesus nos acolhe no perdão e na misericórdia.

O papa Francisco celebrou a cerimônia do Lava pés no presídio feminino em Roma e assim ele disse aos presentes: "Mas Jesus perdoa tudo. Jesus perdoa sempre. Só pede que nós peçamos perdão. Certa vez, ouvi uma velhinha, sábia, uma velhinha avó, do povo... Ela disse assim: 'Jesus jamais se cansa de perdoar: somos nós que nos cansamos de pedir perdão'. Peçamos hoje ao Senhor a graça de não nos cansarmos. Sempre, todos nós temos pequenos fracassos, grandes fracassos - cada um tem a sua própria história. Mas o Senhor espera sempre por nós, de braços abertos, e jamais se cansa de perdoar."

Esse gesto de Francisco repete o que Jesus fez. Jesus sendo Deus não rejeita ninguém que se aproximou dele, mesmo sendo pecador, mas na presença de Jesus a pessoa mudava. Isso acontecia através da fé da pessoa Nele. Jesus sempre dizia tua fé te curou.

O Papa nos fala do serviço e despojamento e assim ele começou lavar os pés das detentas, sem discriminar, beijando em seguida. Assim o Papa falou: “Agora faremos o mesmo que Jesus fez: lavar os pés. É um gesto que chama a atenção para a vocação do serviço. Peçamos ao Senhor que nos faça crescer, todos nós, na vocação do serviço.”

O mundo precisa sair da redoma de achar que são perfeitos e quer relacionar apenas com os perfeitos da sociedade e  discrimina os que erram. Infelizmente isso acontece no nosso meio. O ódio, a falta de perdão e a violência das minorias de nossa sociedade se fazem presente e vão à contramão do que Jesus fez e demonstrou com fatos. Muitas vezes achamos que somos melhores e imaculados nesta sociedade capitalista excludente dos pobres e marginalizados. Jesus está no mendigo, no preso, no pobre que grita por ajuda humanitária. Devemos partilhar o pão da vida e o pão material do trabalho e saciarmos a fome de milhares.

Se quisermos  ser coerentes devemos revestir uma nova roupa da humildade, da tolerância, do amor e do serviço a todos, principalmente aos mais pobres.

Que esta liturgia nos ajude a sermos transformados para que na celebração da entrega de Jesus na cruz que traz a salvação ao mundo que quer mudar e ser diferente nesta sociedade de ostentação e de poder.

Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi Semper.
Jose B. Schumann

sábado, 23 de março de 2024

Um Rei que entra montado num Jumento

 Um Rei que entra montado num Jumento



Queridos irmãos e irmãs, estamos entrando na semana maior, que é a semana santa. Vamos fazer memória da última semana de vida de Jesus. Jesus sendo filho de Deus entra na cidade mais importante, Jerusalém, montado em um Jumento. Ele é senhor, mas se mostra como rei servidor diferente dos reis e autoridades daquele tempo e de hoje.

A liturgia bíblica nos fala da profecia sobre Jesus referente a entrada em Jerusalém, a condenação injusta e a morte de Jesus, pena que hoje as pessoas estão desligando da religião, vivem no individualismo e sem sentimentos para os que sofrem. Devemos estar com Jesus. Seguir não como fogo de palha, mas estar com Ele, caminhando na via crucis, assumindo responsabilidade cristã.

Esse domingo é chamado de Domingo de Ramos e da Paixão de Jesus Cristo. Jesus entra glorioso na cidade de Jerusalém, um rei servido e humilde. Ele demonstra como deve ser o Rei de verdade. A procissão que vamos fazer juntos vai ser uma demonstração de fraternidade e amizade social. Coloco, nesta reflexão, algumas chaves de leitura para a Liturgia do Domingo de Ramos e que, também, nos ajudarão durante toda a Semana Santa.

Esse caminhar significa que estamos indo para a casa do Pai. Devemos procurar cuidar da casa do Pai, que é o mundo, pois se não o fizermos corremos o risco da exterminação de toda criatura nela existente.

A entrada em Jerusalém significa: triunfo, fidelidade, serviço, cruz, vivência em comunidade e partilha do amor, sofrimento e perdão mútuos. Jesus, certa vez falou e assim está escrito: Jesus se aproximou, e quando viu a cidade, começou a chorar. E disse: Oh! Se ao menos neste dia conhecesses o que te pode trazer a paz!” (Lc 19,41-42).

Para muitos é um ato social sem comprometimento. Os ramos que vamos levar estão verdes, mas com o tempo murcham e secam. O hosana em coletivo passa para o grito: crucifica-o ``. Os mantos estendidos ao longo da entrada são como forma de despojamento, mas Jesus vai ficar sem as suas como forma de maior desprendimento.

Hoje é assim. O que ocorreu em Jerusalém, muitas vezes se repetem: Inocentes são condenados injustamente e tiram toda sua liberdade, matam sonhos e vidas por uma ideologia de dominação. As autoridades daquela época viram em Jesus uma ameaça e um perigo, por isso o condenaram à morte, mas Jesus é um Rei não deste mundo, que pensa em autoritarismo e poder de ostentação. Não podemos deixar de ser manipulados pelos desejos das autoridades.

Devemos mudar o nosso coração, seguir realmente Jesus, ser profetas, estar ao lado dos que sofrem e passam fome. E ter coragem de seguir Jesus no caminho da cruz que nos leva à verdadeira salvação.

Jesus demonstrou no silêncio a audácia do mal, isto nos ensina como devemos agir diante da atrocidade dos maus. A quaresma nos propiciou momentos de reflexão para mudar o nosso comportamento desumano diante de um mundo que grita mais amor, perdão e misericórdia.

Jesus viveu momento difícil como a violência a ser torturado, a traição de um discípulo, a negação e abandono dos discípulos, mas teve o consolo da sua mãe e de algumas mulheres com discípulo amado João no mento da cruz e da sua morte no calvário.

Jesus pede que afaste o cálice, mas aceita na obediência ao Pai, sabendo que Ele está Junto Dele. Na Cruz sente a solidão e pergunta ao “Pai por que me abandonaste” e se entrega “tudo está consumado”. Ainda solidariza com os humanos e pede ao Pai que os perdoe porque eles não sabem o que fazem. E crê na providência de Deus dizendo: “Pai em tuas mãos Eu entrego meu espírito”. Assim algo diferente vai acontecer após três dias. Deus Pai não O deixará no sepulcro. A humildade é símbolo da nossa obediência, assim como Jesus fez.

A nossa obediência aprendemos ouvindo a Palavra, participando da eucaristia e tendo uma vida social na comunidade.

Que esta liturgia nos ajude a sermos coerentes no seguimento de Cristo. É ser um discípulo que esteja no mundo, lutando contra toda a injustiça, partilhando o pão da vida com todos. É fazer a experiência do Cristo obediente até a morte na cruz. Amém!

Tudo por Jesus , nada sem Maria! Servus Christi semper!!!

Jose B. Schumann

domingo, 10 de março de 2024

"Quaresma ajuda a entrar no deserto interior, em contato com a verdade"

  Papa: Quaresma ajuda a entrar no deserto interior, em contato com a verdade




Os "animais selvagens" que temos no coração, ou seja, as paixões desordenadas de vários tipos, podem levar ao risco de sermos dilacerados interiormente; enquanto os anjos recordam as boas inspirações divinas que "acalmam o coração, infundem o sabor de Cristo, o sabor do Céu".

Ir ao deserto para perceber a presença dos "animais selvagens"  e anjos em nosso coração, e com o silêncio e a oração captar os pensamentos e sentimentos inspirados por Deus.

Em síntese, esse foi o convite do Papa aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro em um dia ensolarado e temperatura amena, para o Angelus neste I Domingo da Quaresma.

"Animais selvagens e anjos", companhias de Jesus no deserto e também nossas

 O Evangelho de Marcos - que inspirou a reflexão de Francisco - narra que Jesus «ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás», e também nós - observou o Papa - "somos convidados na Quaresma a “entrar no deserto”, isto é, no silêncio, no mundo interior, na escuta do coração, em contato com a verdade"

A leitura narra que "animais selvagens e anjos" eram a companhia de Jesus no deserto. Mas, em um sentido simbólico - explicou o Papa - "são também a nossa companhia: quando entramos no deserto interior, de fato, podemos encontrar ali animais selvagens e anjos."

E explica então, o sentido desses "animais selvagens":

Na vida espiritual podemos pensar neles como as paixões desordenadas que dividem o nosso coração, tentando possuir o coração. Elas nos sugestionam, parecem sedutoras, mas, se não estivermos atentos, levam ao risco de nos dilacerar.

Os "animais" alojados em nossa alma

 E  Francisco diz  ainda que podemos dar nomes a esses “animais” da alma:

Os vários vícios, a ganância de riqueza, que aprisiona no cálculo e na insatisfação, a vaidade do prazer, que condena à inquietação e à solidão, e ainda também a avidez pela fama, que gera insegurança e uma necessidade contínua de confirmação e protagonismo.  É interessante: não se esquecer dessas coisas que podemos encontrar dentro de nós: ganância, vaidade e avidez. São como animais “selvagens” e como tais devem ser domesticados e combatidos: caso contrário, devorarão a nossa liberdade. E a Quaresma nos ajuda a entrar no deserto interior para corrigir essas coisas.

O "serviço" em oposição à "posse"

 Mas junto com Jesus no deserto, além dos "animais selvagens", estavam também os anjos, "mensageiros de Deus, que nos ajudam, nos fazem bem". E segundo o Evangelho, sua característica "é o serviço":

Exatamente o contrário da posse, típica das paixões. Serviço em oposição à posse. Os espíritos angélicos, em vez disso, recordam os pensamentos e bons sentimentos sugeridos pelo Espírito Santo. Enquanto as tentações nos dilaceram, as boas inspirações divinas unificam-nos e fazem-nos entrar em harmonia: acalmam o coração, infundem o sabor de Cristo, infundem “o sabor do Céu”. E para captar a inspiração de Deus e entender bem, é preciso entrar no silêncio e oração. E a Quaresma é tempo para fazer isso. Sigamos em frente.

Retirar-se ao deserto e ouvir Deus que fala no coração

 Assim, ao darmos os primeiros passos no caminho quaresmal, o Papa propõe que façamo-nos duas perguntas:

Primeiro: quais são as paixões desordenadas, os “animais selvagens” que se agitam no meu coração? Segundo: para permitir que a voz de Deus fale ao meu coração e o guarde no bem, penso retirar-me um pouco para o “deserto”, ou procuro dedicar durante o dia algum espaço para repensar isso?

Ao concluir, o Papa pediu "que a Virgem Santa, que guardou a Palavra e não se deixou tocar pelas tentações do Maligno, nos ajude no tempo da Quaresma."

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-02/papa-francisco-angelus-i-domingo-quaresma-2024.html

sábado, 9 de março de 2024

Os maus zombem de Deus e nunca vão ser salvos se não mudar de vida para o Bem

  Os maus zombem de Deus e nunca vão ser salvos se não mudar de vida para o Bem



Queridos irmãos e irmãs em Cristo pelo batismo. Estamos celebrando o 4º Domingo da Quaresma. Estamos próximo da Páscoa. Os maus não vão vencer nunca.

No livro de Crônicas no Capítulo 36,14-16.19-23 nos falam que as autoridades religiosas e o povo se tornaram infiéis e ainda praticam abominações das nações pagãs. A tristeza maior é que profanaram o Templo de Jerusalém. Deus sempre mandava mensageiros com a sua Palavra para que mudasse de vida e das práticas do mal, mas em troca disso zombavam deles.

Deus os irritou e os deixou nas mãos de Nabucodonosor que os levou escravos para o exílio. Ele levou os que foram  os escapados pela espada da morte. Isso ficou até o tempo que passou para os persas este império de Nabucodonosor.

Passaram 70 anos. Com Ciro no poder, Deus moveu coração dele e assim está escrito:  "Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem dentre vós todos, pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho".

Na carta de Paulo aos efésios em 2,4-10, está escrito que Deus é rico de misericórdia para com seu povo. Deus mostrou amor em Cristo. Estávamos mortos, mas em Cristo a vida volta com força para todos. A graça de Cristo nos ajuda a vencer as tentações e o pecado que matam o ser humano. “Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe”.

Assim podemos constatar: Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as boas obras, que Deus preparou de antemão para que nós as pratiquemos. Portanto é pela graça de Cristo que somos salvos.

O evangelista João no seu evangelho no capítulo 3,14-21 no capítulo 3,14-21 nos fala do de Nicodemos que foi visitar Nicodemos à noite por medo de ser visto. Jesus nos fala de um novo nascimento espiritual em Cristo. Como no deserto Moisés levantou uma haste com a serpente na ponta da haste, assim Jesus será levantado na cruz para que todo nele ver e crer será salvo. Jesus veio salvar o que que creiam Nele serão salvos, mas os que não creem Nele já estão condenados. O amor serviço e doação aos que mais precisam.

Devemos procurar a luz e não as trevas que não trazem o bem tão desejado pelo homem. Quem vive a verdade está na luz. Que possamos procurar a luz que é Cristo e somente Ele pode nos salvar, pois a verdade de Deus está Nele e não nas autoridades do mundo que se dizem salvadores do mundo com planos econômicos, sociais e de solução para resolver os problemas dos mais fracos e marginalizados.

Que esta liturgia nos ajude na escolha pela luz que nos dá oportunidade de salvação. Sejamos imitadores de Cristo, sendo bons, praticando a justiça e de Deus. A misericórdia e compaixão nos ajudam a sermos bons e santos. A Páscoa é o momento de celebrar a luz que vem da ressurreição de Cristo e que mergulhamos nela sem medo e assim seremos felizes para sempre com Cristo, nossa Páscoa.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! Servus Christi semper!

Jose B. Schumann