ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Vamos escutar Jesus, uma ordem de Deus Pai

  

Vamos escutar Jesus, uma ordem de Deus Pai



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo, dia 28/02, o 2º Domingo da Quaresma. Na comunidade reunimos na liturgia da Palavra para ouvir a Palavra de Deus e também o que Jesus quer falar para todos nós. Nós celebramos a eucaristia que nos fortalece na caminhada que devemos fazer rumo ao céu.

A liturgia da Palavra de Deus nos indica exemplos de pessoas que são modelos de fé para nós. Uma fé que se coloca nas mãos de Deus, confiando plenamente Nele.

No livro de Gênesis vemos a figura de Abraão. Ele demonstra uma fé em Deus na obediência incondicional a Ele. Isso faz parte da tradição dos patriarcas para o povo de Deus. Sabemos que Abraão saiu da sua terra para uma terra nova. Assim ele demonstra que confia em Deus, mas Deus ainda pede uma obediência total quando pede o sacrifício de seu filho único como um cordeiro para ir no monte. Ele leva seu filho que carrega um feixe de árvore seca para o sacrifício, chegando lá o menino diz ao pai onde está o cordeiro.

Abraão amarra o seu filho no altar e quando vai esfaquear, o anjo de Deus intervém dizendo não mate seu filho pois Deus gostou da sua obediência. Aqui é a vitória da vida e alegria para um povo que surge e segue no mundo como um sinal de Deus agindo no mundo. Esse fato é a prefiguração o que vai acontecer com Jesus, o filho de Deus que vai ao sacrifício da cruz como cordeiro obediente que morre para a salvação da humanidade. Isso a prova de amor intenso. (cf. Gn 22,1-2.9.10-13.15-18)

Na carta de São Paulo aos Romanos nos fala do menino Isaac que caminhava para Monte Moriá com as lenhas às costas para o sacrifício. Um único filho de Abraão que Deus pediu como sinal de obediência, mas Deus interveio e outro cordeiro foi sacrificado no lugar de Isaac.

Aqui podemos dizer com certeza que Isaac é prefiguração de Cristo que carrega nas costas a cruz para sacrifício em obediência ao projeto de Salvação de Deus para toda humanidade. Ele tornou-se o cordeiro que derrama o sangue no sacrifício cruento. Aqui podemos garantir que o amor de Deus é belo e que dá a razão de no fé, pois Deus é fiel a nós devido ao ser amor infinito a todos.(cf. Rm 8,31-34)

O evangelista Marcos nos mostra a passagem da transfiguração do Senhor no Monte Tabor. Jesus fez o anúncio da sua paixão e morte que iria acontecer com Ele em Jerusalém antes da Páscoa dos judeus. Esse anuncio entristeceu e abalou os discípulos, mas para encorajá-los ele leva três discípulos ao Monte Tabor e lá transfigura diante deles, mostrando toda sua divindade e ainda dialogava com Elias, que representa os Profetas e com Moisés que representa toda Lei.

Aqui está o cumprimento de tudo que falava de Jesus. Jesus é o exemplo do cumprimento de toda escritura. Uma voz, em uma teofania, que diz: escutai-O.  (cf. Mc 9,2-10) então devemos seguir Jesus e escutar e fazer o que Jesus diz. Devemos cristãos de saída, sendo missionário de Senhor, levando a mensagem de esperança, de amor e salvação a todos. Deus não exclui e nem exclui ninguém. Cabe a cada um de nós converter e transfigurar o nosso coração para Deus para sermos dignos de ser filhos de Deus para tomar posse do Reino de Deus.

Que esta liturgia nos ajude a sermos verdadeiros missionários que querem um mundo melhor para todos, onde reina justiça e misericórdia de Deus. Boa preparação para a Páscoa.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 21 de fevereiro de 2021

O deserto lugar de encontro com Deus e da Vitoria de Jesus contra o Diabo

   O deserto lugar de encontro com Deus e da Vitoria de Jesus contra o Diabo



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o Primeiro Domingo da Quaresma; é um tempo de parar um pouco para fazer um retiro espiritual. Esse é um período que ́ preparamos para a Páscoa do Senhor. O centro da fé cristã é a celebração da Ressurreição de Jesus Cristo, que é a nossa páscoa definitiva um dia no Reino de Deus.

 

Pela tradição cristã, esse período era favorável para preparação do Batismo dos que creram no Senhor. Hoje somos batizados e isso é motivo de grande alegria. É a data que devemos comemorar com um uma breve reflexão da graça de sermos filhos de Deus em Cristo na força do Espírito Santo.

 

A liturgia bíblica nos coloca no itinerário da renovação batismal e nos chama a atenção para a conversão de vida Deus e dizer não ao Pecado.


No Livro do Gênesis nos mostra o dilúvio que podemos refletir com o Primeiro Batismo. Noé representa a primeira aliança e nossa História de Salvação. O dilúvio foi uma forma que toda terra renovasse e surgisse nela uma nova criatura que estava marcada no pecado. Deus sempre zela pelos justos que querem estar em sintonia com Deus. Há um sinal no céu depois que as águas abaixaram que é o arco íris que tem uma promessa de Deus que nunca mais vai ter outro dilúvio e assim a esperança de vida nova acontece. (cf. Gn 9,8-15)

 

Na primeira Carta de Pedro nos fala e faz a interpretação que a pessoa de Noé e do Dilúvio são prefiguração do nosso Batismo, pois nele somos todos purificados e aí surge uma nova criatura com a graça da Trindade para sermos dignos de ser filhos de Deus em Cristo. A Igreja antiga tinha isso como uma catequese batismal para que entendêssemos que o Batismo é  a chave do Reino que devemos querer e desejar para a nossa vida. (cf. 1Pd 3,18-22)

 

O evangelista Marcos nos mostra o início do mistério de Cristo no mundo. Como Jesus disse: "O Reino está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho". O cenário em que Jesus estava é o deserto. Ali foi o lugar da tentação que Jesus sofreu, mas a tradição nos fala que o deserto é lugar de encontro nosso com Deus e também um lugar de prova. Assim foi no Sinai quando Deus nos fez uma aliança e dá os mandamentos, no Êxodo do povo de Deus no deserto e nesse lugar também se revoltou contra Deus devido a fome e sofrimento causado pela saudade das batatas e cebolas do Egito. Portanto, “O deserto", para os judeus, é o lugar privilegiado do encontro com Deus e lá que acontece a manifestação de Deus numa Teofania. Para Jesus também foi o encontro com Deus e o discernimento do projeto do Pai a toda humanidade. Também o deserto foi o lugar que o diabo tentou Jesus, usando a Palavra de Deus, mas Jesus venceu através da sabedoria e da graça de Deus. (cf. 1,12-15),

 

Foi no deserto que o Povo experimentou o amor, a bondade e a solicitude de Deus e lá Deus propôs uma aliança, cabe ao homem aceitar ou não. Deus respeita a nossa escolha. A Salvação é um dom gratuito de Deus para nós.

 

O Papa Francisco nos falou hoje no ângelus: “onde Deus fala ao coração do homem”, uma dimensão existencial “para ficar em silêncio e escutar a palavra de Deus". Porém, também “é lugar da tentação” de Satanás. Sem medo, mas com cuidado, devemos nos preparar para combatê-lo como Jesus, disse o Pontífice, que "nunca fez um diálogo com o diabo, nunca". Quando o sedutor se aproxima, "não há diálogo possível. Somente a Palavra de Deus”. 


Os 40 dias que Jesus experimentou no deserto é um tempo simbólico e teológico que nos permite entender o tempo completado com êxito as provas para sermos fortes na tentação. O diabo é astuto, usou a Palavra de Deus na Tentação de Jesus, dando falso argumento de poder, ter e ser. 


Como disse o santo padre: “O deserto é o lugar onde Deus fala ao coração do homem, e onde brota a resposta da oração, ou seja, o deserto da solidão, o coração separado de outras coisas e, somente naquela solidão, se abre à Palavra de Deus. Mas é também o lugar da provação e da tentação, onde o Tentador, aproveitando a fragilidade e as necessidades humanas, insinua a sua voz mentirosa, uma alternativa àquela de Deus, uma voz alternativa que te mostra outro caminho, um outro caminho de engano. O Tentador seduz.” Então devemos tomar o cuidado e ser uma pessoa que está sempre em sintonia com Deus para vencer as tentações deste mundo moderno que quer nos distancia de Deus.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-angelus-21-fevereiro-2021-i-domingo-quaresma.html

 

Sabemos que Jesus vai estar conosco três anos e depois experimentará a paixão, a dor da crucificação e a morte. Jesus experimenta o abandono dos seus discípulos, somente um fica ao seu lado e também as santas mulheres com Maria que ficam em pé diante da cruz de Jesus. 


Continua a Palavra do Papa a nossa reflexão:  “ durante os 40 dias vividos por Jesus no deserto, “começa o ‘duelo' entre Jesus e o diabo, que terminará com a Paixão e a Cruz. Todo o ministério de Cristo é uma luta contra o Maligno nas suas muitas manifestações: curas de doenças, exorcismos sobre os possuídos, perdão dos pecados”. Jesus, ao agir com o poder de Deus, “parece que o diabo tem a vantagem, quando o Filho de Deus é rejeitado, abandonado e, finalmente, capturado e condenado à morte”. Mas, não, disse o Pontífice, porque “a morte era o último ‘deserto’ para se atravessar para derrotar definitivamente Satanás e libertar todos nós do seu poder”. https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-angelus-21-fevereiro-2021-i-domingo-quaresma.html

 

O Papa nos dá um conselho e alerta dizendo-nos: “Na sua vida, Jesus nunca fez um diálogo com o diabo, nunca. Ou o afasta dos possuídos, ou o condena ou mostra a sua malícia, mas nunca um diálogo. E, no deserto, parece que há um diálogo porque o diabo faz três propostas e Jesus responde. Mas Jesus não responde com as suas palavras. Responde com a Palavra de Deus, com três passagens da Escritura. E isso é para todos nós. Quando o sedutor se aproxima, ele começa a nos seduzir: 'mas pense isto, faça aquilo...', a tentação é de dialogar com ele, como fez Eva. Eva disse: 'mas não se pode porque nós...', e entrou em diálogo. E se nós entrarmos em diálogo com o diabo, seremos derrotados. 


Coloque isso na cabeça e no coração: com o diabo nunca se dialoga, não há diálogo possível. Somente a Palavra de Deus. ” https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-angelus-21-fevereiro-2021-i-domingo-quaresma.html

 

Que esta liturgia nos ajude a dizer não ao diabo e nunca dialoga com ele, pois ele é astuto e desse modo pode nos vencer, mas as armas da nossa vitória contra ele é estar com Jesus na sua Igreja, fortalecendo na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia e também vivendo coerente com a vida cristão na comunidade, no mundo e na família.

 

Boa Preparação para a Páscoa!!!

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Quaresma, tempo para repensar a vida para a conversão a Deus

Quaresma, tempo para repensar a vida para a conversão a Deus



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando hoje o período da Quaresma, 40 dias antes da Páscoa do Senhor. Com a quarta feira de cinza marca o início desse caminho quaresmal. É um período de oração, jejum e penitência.

É um período propício para que repensemos a nossa vida e as nossas atitudes diante da nossa vida e da vida dos outros, fazendo assim uma guinada para Deus para fazer  a sua vontade. A vontade de Deus é que sejamos libertos do pecado e dos vícios que atrapalham a nossa caminhada para o céu.

O Papa Francisco hoje nos falou: “A Quaresma é uma viagem que envolve toda a nossa vida, tudo de nós mesmos. É o tempo para verificar as estradas que estamos percorrendo, para encontrar o caminho que nos leva de volta a casa, para redescobrir o vínculo fundamental com Deus, do qual tudo depende". (fonte https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-missa-quarta-feira-cinzas-quaresma-regresso-deus.html)

Uma forma segura é a conversão que se faz de modo concreto sem nenhum rodeio para que as mudanças em nossa vida sejam para o nosso crescimento espiritual e comunitário.

Devemos ser singelos e discretos para que a nossa mudança seja para o nosso bem e não para ser vista pelos outros. O orgulho deve dar lugar a humildade. O caminho pode ser considerado um novo êxodo para a libertação do nosso interior de tudo que ofusca a nossa vida de filhos de Deus.

Refletindo o que Papa nos diz: “A viagem da Quaresma é um êxodo da escravidão para a liberdade”, disse ainda o Papa. “São quarenta dias que recordam os quarenta anos em que o povo de Deus caminhou pelo deserto para voltar à terra de origem. Mas, como foi difícil deixar o Egito! Ao longo do caminho, nos seus lamentos, sempre se sentiam tentados pelas cebolas, tentados a voltar para trás, presos às memórias do passado, a qualquer ídolo. O mesmo se passa conosco: a viagem de regresso a Deus vê-se dificultada pelos nossos apegos doentios, impedida pelos laços sedutores dos vícios, pelas falsas seguranças do dinheiro e da ostentação, pela lamúria que paralisa. Para caminhar, é preciso desmascarar estas ilusões”. (fonte https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-missa-quarta-feira-cinzas-quaresma-regresso-deus.html)

Nesse período é garantido que a nossa volta a Deus seja como foi a volta do filho Pródigo. Este reconheceu que na sua miséria humana que perdeu está longe do Pai que sempre espera pela sua consciência que errou e que deva voltar para ter a dignidade restabelecida. Deus é como um Pai que espera de braços abertos para o retorno a graça e a nova libertação dos pecados para que possamos celebrar bem a Páscoa. É um caminho grande, mas o que ajuda é a oração, o jejum e a penitência para quebrar sempre o nosso orgulho e a nossa autossuficiência.

O gesto humilde de receber as cinzas na cabeça nos leva a refletir que devemos mudar e melhorar de vida. Assim diz o Papa Francisco: “Depois precisamos de regressar a Jesus, fazer como aquele leproso curado que voltou para Lhe agradecer. Somos chamados também a regressar ao Espírito Santo. As cinzas na cabeça nos lembram que somos pó e ao pó voltaremos”. (fonte https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-02/papa-francisco-missa-quarta-feira-cinzas-quaresma-regresso-deus.html)

A graça de Deus nos ajuda a voltar a Ele com o coração transformado para vivenciar o amor, o perdão, a solidariedade e fraternidade. Que esse período nos ajude a ser cada vez mais dócil ao Espírito Santo e nos esforçarmos para estar na presença de Deus a onde estivermos no mundo.

Desse modo, vamos sentir novamente o amor que Deus sempre nos dá. Sentir amado é algo muito grande e isso é a graça que transborda a nossa vida.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Boa quaresma a todos.

Jose Benedito S. Cunha

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Os Excluídos são acolhidos por Jesus



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 6º Domingo do tempo comum, e vamos ver como é que Jesus se demonstra no mundo e nos mostra quem é Ele. Sabemos que Jesus é Deus que está ao lado do pobre e dos excluídos, principalmente os que não tem vez e nem voz nesse mundo. Todos têm vez com Jesus, mas há os que mais precisam de sua atenção e Jesus não os deixa de lado.

Jesus age com gestos e palavras. Ele é o libertador do homem em todas as suas dimensões. O que houve na casa da sogra de Pedro, Ele a cura, mas agora cura os excluídos que são aqueles que ficam à margem daquela sociedade e hoje Jesus tem um olhar especial também a eles.

No livro do Levítico nos mostra uma severa discriminação ao acometido pela doença da lepra. Tinha orientação na lei de Moisés sobre como deveria comportar os doentes e com a teoria do impuro ninguém poderia se aproximar daquele doente. Isso era a preocupação do contágio. E eles tinham o conceito de que aquela doença era castigo de Deus. Hoje não é muito diferente, alguns pensam que essa pandemia da covid 19 é castigo de Deus e afastamos e excluímos os que podem ter essa doença ou tendo uma atitude de indiferença para com os que sofrem de um mal. (cfr. Lv 13,1-2.44-46)

O apóstolo Paulo nos fala que devemos ser agente do amor e da caridade, tudo isso fazemos para  a glória de Deus. Nossa atitude deve ser de acolhida pelos doentes e ter uso e regras de precaução ditas pela OMS sem deixar de lado o doente nunca. (cf.1Cor 10,31-11,1)

O evangelista Marcos nos mostra a coragem de um leproso de aproximar-se de Jesus, assim ele estava desobedecendo a Lei de Moisés, mas Jesus não o excluiu. A atitude do doente de ajoelhar diante de Jesus já é um reconhecimento dele que Jesus é Deus. Ele declara a fé em Jesus dizendo: se queres pode me limpar. Jesus tem compaixão e cura.

Jesus é o restituidor da saúde e da liberdade. O que podemos notar é que Jesus também contraria a lei, colocando a mão no doente excluído da sociedade, curando-o. O gesto de Jesus nos faz pensar e questionar a nossa atitude diante de doentes e excluídos da nossa sociedade. Devemos ter o olhar de Jesus e procurar agir em conformidade com o amor cristão. Mas jesus não desobedece por completo a lei, indicando ao curado que fosse na presença da autoridade religiosa da época para atestar a sua cura na integridade, habilitando-o para viver novamente em sociedade. (cf. Mc 1,40-45)

Jesus é o integrador da pessoa humana e acolhe a todos na família de Deus e que possamos ser um porta voz de esperança e de amor a todos.

Que esta liturgia nos ajude a sermos solidários e fraternos com todos para que formemos uma grande família onde todos estejam aptos para participar da mesa do banquete da vida e da mesa da Palavra que nos alimente nos fortalece para sermos irmãos de todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 6 de fevereiro de 2021

O Sofrimento faz parte da existência humana

  O Sofrimento faz parte da existência humana




Estamos a celebrar o 5º Domingo do tempo comum no dia 07/02/2021e nesta liturgia vai nos ajudar a iluminar a nossa vida diante de tantas adversidades e situações de nossa existência. O sofrimento é uma delas que todos são atingidos sem distinção. Principalmente neste tempo de pandemia com os vitimados pela covid 19 e pelos milhares de mortes aqui no Brasil e no mundo.

Muitas vezes não entendemos o sofrimento e fazemos questionamentos sobre ele. Sabemos que o sofrimento faz parte da existência humana que pode ter origem pela nossa fragilidade humana e também de guerras, de ódios, de violência de toda ordem, calamidades, pobrezas devido a exploração dos sistemas capitalista e socialista, doenças etc. a pergunta que fazemos: quem é o culpado de tudo isso?  Seria um castigo de Deus? Seria o nosso pecado e desobediência a Deus? E a pessoa boa e justa por que sofre? E muitos outros questionamentos de toda a ordem sobre o sofrimento que a comete a todos, quem é o culpado? Como que explica o sofrimento de Jesus na cruz?

Essas perguntas que fazemos tem respostas diante da Palavra de Deus que nos fala como uma teologia do sofrimento.

No livro de Jó temos a experiência de Jó no sofrimento. Ele era um homem bom, justo e era fiel a Deus. Ele tinha muitos bens e uma grande família.

As leituras bíblicas nos dão uma resposta. Uma hora para outra tudo muda mudou na vida de Jó, perdeu os bens e a família e para piorar foi atingido de uma doença grave. Muitos amigos achavam que era castigo de Deus e Jó começou a questionar aquela situação triste que estava passando. Um sentimento de tristeza e de vazio levando isso a Deus. Uma revolta natural, mas logo encontra em Deus a confiança para tirá-lo desse sofrimento.

Aqui ele encontra em Deus a esperança e o sentido da sua própria existência. A experiência do sofrimento de Jó e como que ele se comportou é para nós modelo de fé em Deus. Reconhece que tudo e toda a maravilha que há é obra de Deus. Se Ele fez tudo de bom há de dar a solução para essa situação de sofrimento, de dor e de tristeza. Como nos comportamos diante do sofrimento atual em nós nos e outros? Jamais podemos achar que Deus é culpado e nem um mostro que gosta de ver o sofrimento da pessoa, mas devemos descobrir a ação verdadeira de um Deus compassivo e bom.

Isto nos traz a experiência da esperança e da fé em Deus.  Esse sofrimento nos faz crescer e entender a nossa fragilidade e criar em nós um coração solidário pela dor e  pelo sofrimento do outro. (cf. Jó 7,1-4.6-7)

Na primeira carta de Coríntios, Paulo nos chama para responsabilidade de evangelizar. Essa é uma responsabilidade que vem do compromisso do nosso batismo. O mundo necessita de evangelizadores comprometidos com a missão de levar Jesus, o bom pastor, que cuida de todas as ovelhas, principalmente as que mais sofrem. Não podemos agarrar na função de trabalho na Igreja, mas colocar a serviço daqueles que mais precisam de nossa ajuda. A igreja não é um aglomerado de pessoas, mas uma comunidade onde todo tem vez e voz. Sejamos um Igreja do pão partido e de saída para que a mesa da vida sejam todos participantes. (cf.1Cor 9,16-19.22-23)

 O evangelista Marcos nos mostra Jesus diante do sofrimento humano. Aqui temos a missão do Messias no mundo. Na Galileia começou a proclamação do Reino de Deus por Jesus. A realidade do mundo de Jesus é de sofrimento e dor causados, muitas vezes, pela insensibilidade das pessoas e também do sistema político e religioso da época. Nesse contesto Jesus traz a mensagem e a atitude para salvação e libertação da pessoa. Aqui vemos uma multidão de sofredores. E Jesus se solidariza com todos. Jesus é vencedor do mal e anuncia um mundo novo de liberdade e de vida plena que vem na conversão e mudança de vida.

Jesus sai da Sinagoga e vai à casa de Pedro, lá a sua sogra estava acamada e doente. Mas Jesus a cura no gesto de segurar na sua mão e pede para que ela se levante. Assim que restabelece a sua saúde, ela coloca-se para servi-los. Vemos Jesus curando muitos doentes e também Jesus orando no deserto de madrugada a Deus Pai. (cf Mc 1,29-39) Assim a oração é a comunhão que temos com Deus da vida.

 A oração é importante para quem quer servir a Deus numa missão nesse mundo. Devemos ser pessoas de oração e de atitudes para aliviar a dor de muitos de nossos irmãos e irmãs, principalmente hoje devido a pandemia. Muitos perderam a vida e muitos ficaram sozinhos e sem a presença de pessoas para solidarizar e ter compaixão devido a esse vírus e o medo de ser contagiados.

Que esta liturgia nos ajude a ter mais fé e se colocar na mão do Senhor para que o medo seja substituído pela coragem de ir ao encontro daquele que está em desespero devido a doença, ao desemprego, da falta de assistência de toda ordem. Que o amor vença as barreiras e que sejamos mais fraternos com todos. Amém

 Tudo por Jesus Nada sem Maria!!! Eis me aqui, envia-me.

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha