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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje

 O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje



Hoje, 28 de dezembro, é a memória litúrgica dos Santos Inocentes. Num tuíte, Francisco convida a rezar e defender as crianças dos "novos Herodes" que destroem sua inocência.

“Os novos Herodes dos nossos dias destroem a inocência das crianças sob o peso do trabalho escravo, da prostituição e da exploração, das guerras e da emigração forçada. #RezemosJuntos hoje por estas crianças e defendamo-las.

Foi o que tuitou o Papa Francisco em sua conta @Pontifex na memória litúrgica dos Santos Inocentes celebrada nesta terça-feira (28/12), que lembra as crianças de Belém de até dois anos, mortas pelo Rei Herodes a fim de eliminar o Menino Jesus, anunciado pelas profecias como o Messias e novo rei de Israel.

152 milhões os menores obrigados a trabalhar

Hoje, como no passado, os Herodes ainda são muitos e há muitas armas que eles usam para destruir a inocência das crianças. Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado em março de 2021, ainda existem 152 milhões de crianças e adolescentes, 64 milhões são meninas e 88 milhões são meninos, vítimas do trabalho infantil. Metade deles, 73 milhões, são obrigados a realizar trabalhos perigosos que põem em risco sua saúde, segurança e desenvolvimento moral. Muitos deles vivem em contextos de guerra e desastres naturais onde lutam para sobreviver, revistando nos destroços ou trabalhando nas ruas. Outros são recrutados como crianças soldados para lutar em guerras travadas por adultos.

Os "comerciantes da morte" devoram a inocência das crianças

Um fenômeno dramático e inaceitável contra o qual o próprio Papa Francisco levantou a voz em 2016, numa Carta aos bispos publicada em 28 de dezembro daquele ano: convidando os prelados a terem a coragem de defender os menores de tudo que "devora" sua inocência, o Pontífice recordou que "milhares de nossas crianças caíram nas mãos de bandidos, máfias, comerciantes da morte que só exploram as suas necessidades". Francisco citou os milhões de crianças sem instrução, vítimas do "tráfico sexual", menores obrigados a "viver fora de seus países por causa do deslocamento forçado", crianças que morrem de desnutrição e vítimas do trabalho escravo.

Nunca mais essas atrocidades!

"Se a situação mundial não mudar", escreveu o Papa, citando estimativas do UNICEF, "em 2030 haverá 167 milhões de crianças que viverão na pobreza extrema, 69 milhões de crianças menores de 5 anos que morrerão até 2030 e 60 milhões de crianças que não poderão frequentar a escola primária". Francisco não esqueceu “o sofrimento, a história e a dor dos menores abusados ​​sexualmente por sacerdotes”: “Um pecado que nos envergonha”, sublinhou, que devemos “deplorar profundamente” e pelo qual “pedimos perdão”. Daí o apelo do Pontífice a "renovar todos os nossos compromissos para que estas atrocidades não aconteçam mais entre nós".

"O nosso silêncio é cúmplice"

As palavras de Francisco de 2016 recordam as da mensagem Urbi et Orbi do Natal de 2014, durante a qual o Pontífice dirigiu um pensamento a "todas as crianças mortas e maltratadas hoje, as que são antes de verem a luz, privadas do amor generoso dos pais e sepultadas no egoísmo de uma cultura que não ama a vida, as crianças deslocadas por guerras e perseguições, abusadas e exploradas diante de nossos olhos e de nosso silêncio cúmplice; e as crianças massacradas sob os bombardeios, inclusive onde nasceu o filho de Deus”. "Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes", sublinhou Francisco. Hoje, a sombra de Herodes está presente sobre o seu sangue. Realmente, há muitas lágrimas neste Natal, junto com as lágrimas do Menino Jesus!”

O recurso da oração

Mas há uma resposta a tudo isso, "à tragédia da matança de seres humanos indefesos, ao horror do poder que despreza e reprime a vida"? A oração é certamente um recurso, como o próprio Papa explicou na Audiência Geral de 4 de janeiro de 2017: "Quando alguém vem a mim e me faz perguntas difíceis, por exemplo: 'Diga-me, Padre: por que as crianças sofrem?', eu realmente não sei o que responder. Eu só digo: 'Olhe para o Crucifixo: Deus nos deu seu Filho, Ele sofreu, e talvez ali você encontrará uma resposta'. (...) Somente olhando para o amor de Deus que dá seu Filho, que oferece sua vida por nós, ele pode indicar alguma forma de consolo; sua Palavra é definitivamente uma palavra de consolo, porque nasce do pranto".

fonte: 

https://www.vaticannews.va/content/dam/vaticannews/multimedia/2019/03/28/india-2507482.jpg/_jcr_content/renditions/cq5dam.thumbnail.cropped.1000.563.jpeg





sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

  NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

 


Hoje é a véspera de Natal, celebramos a vida no menino Deus que vem até nós na sua simplicidade para nos ensinar que somo chamado a ser humildes servidores. Jesus vem até nós para nos instruir que a veste que usamos é para o serviço dos mais necessitados. As guerras, as fomes, as sedes de poder, as arrogâncias e dominação devem dar lugar ao serviço do bem comum.

A liturgia de hoje é simples e torna-se grandiosa nas leituras que são por si so grande ensinamento para que tenhamos um roteiro e meta de colocar em pratica o amor que Deus tem por nós. Isso nos dá uma grande alegria.

No livro do Profeta Isaias no capitulo 57,7-10 nos fala da alegria do retorno dos exilados. O contesto do povo no exilio na Babilônia era de escravidão e ainda entristecido com a destruição do Templo em Jerusalém. Eles estão com saudade da pátria. Agora o profeta sonha com o encontro de todo no Monte de Jerusalém e ainda vendo o povo de Deus catar jubilosos com o retorno a sua terra. Tem imagem de sentinelas que correm para anunciar a chegada de numerosos exilado regressado da Babilônia.

Agora começará um novo tempo e quem cuidará será o próprio Deus. Um deus que está sempre conosco por ser fiel sempre a aliança. A pandemia nos deixo triste desolado com as mortes e tudo parecia perdido, isso nos dava impressão que o nosso fim estava próximo, mas a esperança da vida renasce nas vacinas e nos cuidados de cada um. Vamos superar porque é Nata, Deus está conosco sempre.

A libertação do povo da Babilônia nos reme a esse tempo de Nata, a onde Deus vem liberta o povo da escravidão do pecado que mata e aniquila o homem.

Na carta aos Hebreus no capitulo 1,1-6 temos a notícia da revelação através de todos os tempos e culminou-se em Cristo que chega a nós em uma noite, na manjedoura, contemplada pelas estrelas e pela visita dos pastores a Jesus na gruta a onde Deus se faz humilde doando se completamente a nós.

Agora a palavra se faz presente e é transparente a todo sem esquecer de ninguém e nós podemos tomar posse de Jesus que renasce em nós a esperança e a certeza que somos filhos de Deus.

O evangelho de João capitulo 1,1-8 nos mostra este hino eloquente do Verbo de Deus que se faz presente na terra na encarnação real de Cristo entre nós. Aqui é a constatação da beleza do nascimento de Cristo, o que era verbo de Deus se torna um de nós não no pecado para trazer a alegria da e da salvação em Deus. O filho de Deus é a palavra do Pai que tudo faz renova a face da terra para o amor desinteressado que constrói esperança de vida e fraternidade para todos.

Há 2021 anos Deus veio e vem sempre quando estamos disposto a ouvir Deus em Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida. O mundo precisa ver que a estrada que leva a vida e a De Cristo, pois a pequenez do menino se contrasta com a sede da ostentação dos poderosos que não deixam a vida acontecer para todos. Excluem muitos ao Banquete da vida que se oferece no Natal do Senhor sempre. Natal é a lição que devemos aprende que Deus nos ama muito. É a certeza que não devemos esquecer: "o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós".

A luz está em Cristo para dissipar o ódio, a violência, o engano, a destruição, as pandemias, o egoísmo que mata, a indiferença pelo sofrimento do outro etc. Devemos procura a luz que vida para todos. Somo chamado a entender que a nossa vida deve estar em sintonia do serviço. Somos servos de Cristo sempre.

Hoje é natal, tempo de renascer para a verdadeira vida e viver plenamente o sentido do Natal de Jesus que é vale dar do que receber.

Feliz Natal a todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Servus Christi semper. Missionarius, Catolicus  e laicus.

Jose B. Schumann Cunha

Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez

 Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez



Pequenez foi a palavra que o Papa Francisco escolheu para marcar o Natal de 2021. Enquanto vamos atrás de poder, sucesso, visibilidade e força, Jesus vem ao mundo para indicar o caminho contrário, feito de humildade, ternura e serviço. Em sua homilia, o Pontífice fez também um forte apelo em prol dos trabalhadores.

Pedir a Jesus a graça da pequenez: este foi o convite que o Papa Francisco dirigiu os fiéis do mundo inteiro ao presidir na Basílica Vaticana à tradicional Missa do Galo.

Em sua homilia, o Pontífice ressaltou os contrastes contidos na narração do nascimento de Cristo: grandeza e pequenez, riqueza e pobreza, nobreza e exclusão são aspectos presentes no Evangelho de Lucas.

Jesus nasce para servir

O episódio começa com o imperador César Augusto na sua grandeza, que ordena o recenseamento de toda a terra. De lá, leva-nos a Belém, onde, de grande, não há nada: apenas um menino pobre envolto em panos, rodeado por pastores. Ali está Deus, na pequenez.

“Eis a mensagem: Deus não cavalga a grandeza, mas desce na pequenez. A pequenez é a estrada que escolheu para chegar até nós.”

Fixemo-nos no centro do presépio, convidou o Papa: vamos deixar para trás luzes e decorações e vamos contemplar o Menino para nos questionar se somos capazes de acolhê-lo.

“É o desafio de Natal: Deus revela-Se, mas os homens não O compreendem. Faz-Se pequeno aos olhos do mundo… e nós continuamos a procurar a grandeza segundo o mundo, talvez até em nome Dele. Deus abaixa-Se… e nós queremos subir para o pedestal. O Altíssimo indica a humildade… e nós pretendemos sobressair. Deus vai à procura dos pastores, dos invisíveis… nós buscamos visibilidade. Jesus nasce para servir… e nós passamos os anos atrás do sucesso. Deus não busca força nem poder; pede ternura e pequenez interior.”

A graça da pequenez

Eis o que devemos pedir a Jesus no Natal, prosseguiu Francisco: a graça da pequenez.

Pequenez significa acreditar que Deus quer vir às pequenas coisas da nossa vida, quer habitar nas realidades cotidianas, nos gestos simples que realizamos em casa, na família, na escola, no trabalho. 

Pequenez significa também aceitar a nossa fraqueza e erros e se entregar a Ele, na certeza de que Deus nos ama como somos, nas nossas fragilidades. 

Acolher a pequenez significa ainda abraçar Jesus nos pequenos de hoje. Ou seja, amá-Lo nos últimos e servi-Lo nos pobres. São eles os mais parecidos com Jesus. E é nos pobres que Ele quer ser honrado.

Chega de mortes no trabalho!

Jesus nasceu pobre rodeado de pobres, isto é, dos pastores, os “esquecidos da periferia”. Estavam lá para trabalhar, porque a sua vida não tinha horário, dependia do rebanho.

“Nesta noite, Deus vem encher de dignidade a dureza do trabalho. Recorda-nos como é importante dar dignidade ao homem com o trabalho, mas também dar dignidade ao trabalho do homem, porque o homem é senhor e não escravo do trabalho. No dia da Vida, repitamos: chega de mortes no trabalho! Empenhemo-nos para que cessem.”

Em Jesus, tudo se harmoniza

Mas se no presépio há os pastores, há também os Magos, “os eruditos e os ricos”.

Tudo se harmoniza quando, no centro, está Jesus, disse o Papa, convidando a voltar para Belém para reencontrar a essencialidade da fé.

“Olhemos os Magos que vêm em peregrinação e, como Igreja sinodal, a caminho, vamos a Belém, onde está Deus no homem e o homem em Deus; onde o Senhor ocupa o primeiro lugar e é adorado; onde os últimos ocupam o lugar mais próximo Dele; onde pastores e Magos estão juntos numa fraternidade mais forte do que qualquer distinção. Que Deus nos conceda ser uma Igreja adoradora, pobre e fraterna. Isto é o essencial.”

Ponhamo-nos a caminho e voltemos a Belém, porque a vida é uma peregrinação, concluiu Francisco. Nesta noite, acendeu-se uma luz, suave, que nos lembra a nossa pequenez. É a luz de Jesus que ninguém jamais apagará.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-12/papa-francisco-missa-galo-natal-pedir-jesus-graca-pequenez.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 4 de dezembro de 2021

A conversão a Deus e de vida são necessárias

 A conversão a Deus e de vida são necessárias




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos no segundo Domingo do Advento e é uma oportunidade que nós temos de prepararmos bem para celebrar o Natal do Senhor.

 

Temos a figura de João Batista, que é uma voz que clama no deserto. Sabemos que o deserto é o lugar de encontro com o senhor Deus e de lembrança da bondade de Deus que vem ao encontro do homem. João Batista tinha a missão de preparar o caminho para o senhor Jesus. Lá ele adverte a todos a necessidade da conversão.

 

Hoje devemos ser outro João Batista pra pedir  a todos que volte a Deus, neste mundo cheio de voz de toda ordem que deixam as pessoas sem saber qual o caminho que devemos seguir para ter a vida em abundância que está com Deus da vida. A preparação do natal é uma época de arrumar a nossa casa da vida para receber Jesus que vem na humildade para libertar-nos do egoísmo e do orgulho, e deste sermos mais humanos.

 

Devemos viver o advento, libertar de antigos costumes e algemas da escravidão impostas pelo sistemas injustos para que possamos ter a verdadeira libertação. É poder reviver a alegria de estar em comunhão com Deus e com todos. Essa pandemia não pode nos abater e pensar que Deus está longe de nós. (cf. Br 5,1-9)

 

O Salmo 25 nos mostra a oração confiante a Deus Pai e o desejo de cada um acolher e seguir  aos ensinamentos e ter a instrução segura para caminhar no caminho do Senhor. O caminho é esse: o amor, a justiça e a fidelidade, tudo isso nos leva a estar em comunhão íntima com Deus. Deste modo a aliança é conhecida e restabelecida com Deus, pois Ele é fiel e ainda deseja que estejamos com Ele sempre em santidade e fidelidade.

 

Na carta aos filipenses, há uma exortação que nos apela para progredirmos na atitude de uma vida no amor. Um amor que constrói pontes e laços que permitem a vivermos a perfeição. Não podemos abaixar a guardar e ainda sermos sempre vigilantes na esperança, na fé e no amor. (cf. Fl 1,4-6.8-11)

 

O evangelista nos fala de João Batista da sua missão: "preparar o Caminho do Senhor". Deus fala em João Batista, um profeta que vem anunciar a chegada do Senhor. O silêncio de Deus foi quebrado. Agora Deus vem falar para nós através de João Batista e depois no Cristo, o Messias. (cf. Lc 3.1-6)

 

Aqui “Deserto", na História de Israel, é uma lugar de lembranças vivas como: Libertação... Purificação... Aliança... Esperança da Terra Prometida...  . Agora o deserto onde estava João Batista é um convite para vivermos novamente  a experiência de um Deus que caminha conosco e nos ajuda a termos a libertação plena como foi no passado. Não podemos estar presos às ideologias cegas que não nos deixam sermos livres como: sistemas políticos, religiosos, socioeconômicos que muitas vezes nos cegam para o verdadeiro bem que nos leva a Deus da vida.

 

É um convite de acolhermos o Messias em nossa vida e nas nossas comunidades cristãs. Não podemos viver com individualismo e nem com intimismo religioso, mas ter a experiência de vida comunitária na solidariedade e partilha. Onde Deus nos dá pão partilhado no banquete da vida que Deus oferece a todos. Ninguém fica de fora. Todos têm lugar à mesa e ninguém fica excluído.

 

Que esta liturgia nos ajude a ouvir o Senhor através dos verdadeiros profetas que clamam até nós para viver o Natal do Senhor e esperar a vinda de Cristo, pois Ele é a razão de nosso viver rumo à terra celeste. Sejamos abertos à graça e que arrumemos a nossa casa humana e material para sermos criaturas alegres na esperança de dias melhores. Amém.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Sejamos anunciadores da Esperança em Cristo no mundo.

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha