ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 20 de outubro de 2012

A fé deve ser partilhada com todos

A Igreja é missionaria por excelência e esta vocação vem do nosso Batismo. O mês de outubro é reservado para nos dedicarmos à conscientização da missão de evangelizar. Não podemos nos fechar no nosso mundo particular, pois muitos precisam conhecer Jesus e ainda vivê-Lo intensamente nas nossas vidas. A promoção humana e a evangelização precisam ter uma atenção especial por todos os cristãos.

No Livro do Profeta Isaías, tem a figura do “Servo de Javé”. Esse livro nos mostra o Messias como uma pessoa sem significação e desprezada pelos homens. Nesse instante, Ele se revela em vida plena e de salvação para a humanidade. Temos aí o Messias, não como um Rei poderoso, mas como um servo sofredor que tudo sofre por causa do Senhor. Ele nos reverte para Cristo, que veio ao mundo sem querer privilégio, mas para servir. Ele tornou-se missão, fazendo a vontade de Deus Pai (cf. Is 53, 10-11).

Na Carta de São Paulo aos Hebreus nos é afirmado, em bom tom, que Jesus Cristo é o sumo sacerdote que tem a missão de ser o mediador único entre nós e Deus. Jesus nos fez o resgate pela sua cruz e nos olha sempre. Jesus nos ajuda a sermos fiéis ao plano de Deus. Ele quer a nossa fidelidade, pois Ele é fiel sempre (cf. Hb 4, 14-16).

O evangelista nos mostra Jesus educando os apóstolos para a Missão que é também de todos nós que somos batizados. Jesus está a caminho de Jerusalém, onde tudo vai acontecer. Jesus não fugiu das atrocidades que estavam por vir. Ele sabia que lá seria o ápice da sua missão redentora da nossa humanidade. Um Deus que se deixou morrer por nós. Quem faz isso? Devemos aprender a nos desprendermos do nosso egoísmo que mata muitos irmãos que precisam da nossa ajuda. 

 
Não podemos tirar proveito próprio das nossas funções na Igreja. Somos missionários pela força do nosso Batismo. Infelizmente, alguns querem privilégios, como podemos constatar: “Mestre, faça que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda, na tua glória”. Isso provoca indignação dos demais apóstolos. Jesus os repreende: “Não sabeis o que pedis…”. Na Igreja de Cristo, não existe privilegiados, Deus ama a todos. Jesus faz o 3º anúncio da sua Paixão (cf. Mc 10, 35-45).

Não podemos pensar na grandeza e nem no poder quando estamos a serviço na Igreja. Jesus veio para nos ajudar a encontrar o verdadeiro caminho. Nosso papa nos fala da missão: “Chamados a fazer brilhar a Palavra da verdade”. Que a liturgia nos ajude a tomar consciência dos acontecimentos que a Igreja está celebrando que são os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), o Ano da Fé, que estamos vivendo desde o dia 11/10, e o Sínodo dos Bispos em Roma sobre a nova evangelização.

Nosso papa ainda nos fala: “Os homens, à espera de Cristo, constituem ainda um número imenso”, afirmava o Beato João Paulo II (1978-2005) na Encíclica Redemptoris missio sobre a validade permanente do mandato missionário; e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus” (n. 86). Por minha vez, ao proclamar o Ano da Fé, escrevi que Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta ap. Porta fidei, 7/ver mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões)

Que a nossa coragem e nosso ardor superem o nosso medo de anunciar Jesus a todos, pois só Ele é o caminho, a verdade e a vida, e ainda nos ajuda a sermos melhores neste mundo em vista do céu.

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia e filósofo
Mora em Itajubá (MG)
Natural de Cristina (MG)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A vida deve ser protegida em todos seus estágios

Irmãos e irmãs,


Não podemos nos omitir diante da proliferação da cultura de morte que este mundo está colocando na nossa sociedade. Infelizmente, o aborto e a eutanásia estão sendo propagados e isso nos parece que não queremos assumir as nossas responsabilidades diante da vida. Devemos ser promotores da cultura da vida, porque somos cristãos. Devemos assumir postura corajosa em defesa dos nascituros e das pessoas que estão em fase terminal. A sociedade capitalista deve dar lugar a uma sociedade humanitária e cristã (1).


Em seu discurso nesta manhã aos Bispos da França que estão em Roma em sua visita ad limina, o papa Bento XVI assinalou que defender a vida e a família “não é de nenhuma maneira retrógrado, é profético”. O santo padre ressaltou aos bispos da França e serve para nós: “a interdependência entre o desenvolvimento da pessoa, e o desenvolvimento da sociedade e do fato que a família, que é o fundamento da vida social, está sendo ameaçada em muitos lugares, por uma concepção defeituosa da natureza humana”. “Defender a vida e a família na sociedade não é, de nenhuma maneira, retrógrado, mas sim profético, já que suporta a promoção de valores que permitam o pleno desenvolvimento da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus”, afirmou (2).

Estas palavras corajosas do nosso papa devem ressoar em nossos corações com ardor para a defesa da vida. Uma sociedade que promove a morte voluntaria está condenada a não subsistir. O nosso Deus é da vida e sempre está ao lado dos mais fracos e pobres da nossa sociedade. Se não houver entre nós a valorização da vida, então podemos aniquilar a nossa dignidade humana. A vida é dom e deve ser defendida com astúcia e vontade guerreira. Assim, podemos tomar consciência e nos converter para a promoção à vida para todos e oportunidade de dar uma dignidade ao homem e a mulher que respeitam a vida (1).

Amém!

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia e filósofo
Morador de Itajubá (MG)
Natural de Cristina (MG)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Não podemos nos contentar com pouco; precisamos da graça de Deus abundante

A liturgia nos faz entender que devemos procurar algo mais que nos faz ser melhores e ainda gratos pela graça de Deus que vem até nós abundantemente.


O Livro da Sabedoria nos leva a entender como deve ser a nossa prece diante de Deus. O jovem Salomão é convidado a fazer um pedido a Deus diante de um sacrifício que muito o agradou. Deus, satisfeito, lhe diz: “Pede-me o que queres... e eu te darei...”. Então Deus gosta do jeito que Salomão pediu e fala: “Já que não pediste nem vida longa, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim inteligência para governar meu povo... vou te dar o que pedes... e também o que não pediste...”.

Essa escolha que Salomão fez muito agradou a Deus e essa deve ser a nossa atitude de cristão. Não podemos pedir coisas materiais, mas pedir algo mais que nos faça pessoa livre e aberta à graça que vem de Deus (cf. Sb 7, 7-11). 


 
Na Carta aos Hebreus, nos faz dada uma exortação para acolher a Palavra de Deus. Como está escrito: “Ela é viva, eficaz e mais penetrante de qualquer espada de dois gumes”. Ela ajuda a discernir o bem e o mal e a fazer a escolha certa. Quem esta atento à escuta da Palavra não pode fazer escolha errada, pois ela dá o rumo certo para que possamos prosseguir na nossa jornada aqui na terra rumo ao céu. A comunidade é o lugar ideal da escuta Palavra de Deus, pois ela é alimento que nos sustenta e dá força para sermos cristãos autênticos (cf. Hb 4, 12-13).

O evangelista Marcos nos mostra Jesus que está a caminho e ensina os discípulos. Jesus mostra a eles as exigências do Reino e ainda os ensina a entender as condições necessárias para se integrarem à comunidade messiânica. Um jovem ajoelha diante de Jesus para perguntar como faz para conseguir a vida eterna. Ajoelhar significa reconhecer em Jesus a sua divindade. Jesus mostra a ele que deve cumprir os mandamentos de Deus, que são sinais para termos as credenciais para ir e participar do Reino de Deus que é proposto para todos.

Ele responde a Jesus que já os cumpria, mas queria algo mais que o completasse e desse a paz ao seu coração. Então Jesus pede a ele que integrasse a sua comunidade de modo pleno, desfazendo dos bens que ele tinha. Esses bens prendiam-no a não ser pleno diante de Deus. Esse convite o afasta de Jesus e vai embora. Não quis fazer a experiência da providência de Deus na sua vida em comunidade. Essa generosidade, Deus pede a cada um de nós.

Não podemos querer a segurança do mundo, pois passa e ainda podemos perdê-la. Jesus nos fala: “Como é difícil a um rico entrar no Reino de Deus!”. Nós podemos fazer uma escolha melhor que é o amor a todos, solidariedade aos que sofrem, misericórdia aos que erram e partilha de bens com os mais necessitados. Muitos precisam de uma palavra e de um estímulo nosso. A nossa missão não acaba na missa que participamos, mas em uma adesão plena a Jesus.

Que esta liturgia nos ajude a sermos mais humanos e que os nossos gestos sejam expressões de uma fé autêntica em Jesus. Que a nossa Mãe do Céu nos ajude a responder a Deus de modo pleno, sem nenhum medo de assumir a reponsabilidade que temos diante da nova evangelização do mundo. Estar com Jesus é preciso, estar disponível a ele também, e ainda fazer a melhor escolha e não ficar preso diante de nossas ideias individuais e nem no materialismo que exclui os mais pobres, os doentes e abandonados deste mundo.

Tudo por Jesus, nada sem Maria (Mc 10, 17-30).

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A Fé em Jesus nos encoraja para a missão evangelizadora do mundo

Estamos em Outubro, Mês da Missão e também dedicado a Maria, a Mãe do Rosário. A fé nos habilita para o Reino de Deus, pois não podemos seguir Jesus, se não cremos Nele.

Jesus é o enviado do Pai e nos mostrou qual o caminho a seguir. Não adianta buscar explicações humanas para crer em Jesus, mas devemos estar onde Jesus está: como Ele mesmo diz aos apóstolos, quando o perguntaram onde moras, então Ele responde. “Vinde e vede”.

Depois de fazerem a experiência de estar com Jesus, permaneceram e continuaram com Jesus. Precisamos fazer esta experiência com Ele, acreditando que Ele é o Senhor que veio, proclamou a bondade de Deus, demonstrou, por atos e palavras, que Deus está do lado dos que buscam a justiça para todos, sofreu por nós, morrendo e ressuscitando, nos presenteou com a vida eterna.

Vamos iniciar a partir do dia 11 de Outubro o Ano da Fé proclamado pelo nosso papa Bento XVI. Que neste ano possamos aumentar a nossa fé em Deus, acreditando no seu projeto de Salvação e fazer que outros encontrem, em Cristo, a razão da sua vida.

Jesus trouxe a novidade do Reino de Deus já experimentado por nós, que é o amor, a solidariedade, a doação, a justiça, a misericórdia e o perdão entre nós. Que esta fé seja a nossa coragem de evangelizar o mundo que nos rodeia. Tudo por Jesus, nada sem Maria.

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
07-09-2012