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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sábado, 20 de outubro de 2012

A fé deve ser partilhada com todos

A Igreja é missionaria por excelência e esta vocação vem do nosso Batismo. O mês de outubro é reservado para nos dedicarmos à conscientização da missão de evangelizar. Não podemos nos fechar no nosso mundo particular, pois muitos precisam conhecer Jesus e ainda vivê-Lo intensamente nas nossas vidas. A promoção humana e a evangelização precisam ter uma atenção especial por todos os cristãos.

No Livro do Profeta Isaías, tem a figura do “Servo de Javé”. Esse livro nos mostra o Messias como uma pessoa sem significação e desprezada pelos homens. Nesse instante, Ele se revela em vida plena e de salvação para a humanidade. Temos aí o Messias, não como um Rei poderoso, mas como um servo sofredor que tudo sofre por causa do Senhor. Ele nos reverte para Cristo, que veio ao mundo sem querer privilégio, mas para servir. Ele tornou-se missão, fazendo a vontade de Deus Pai (cf. Is 53, 10-11).

Na Carta de São Paulo aos Hebreus nos é afirmado, em bom tom, que Jesus Cristo é o sumo sacerdote que tem a missão de ser o mediador único entre nós e Deus. Jesus nos fez o resgate pela sua cruz e nos olha sempre. Jesus nos ajuda a sermos fiéis ao plano de Deus. Ele quer a nossa fidelidade, pois Ele é fiel sempre (cf. Hb 4, 14-16).

O evangelista nos mostra Jesus educando os apóstolos para a Missão que é também de todos nós que somos batizados. Jesus está a caminho de Jerusalém, onde tudo vai acontecer. Jesus não fugiu das atrocidades que estavam por vir. Ele sabia que lá seria o ápice da sua missão redentora da nossa humanidade. Um Deus que se deixou morrer por nós. Quem faz isso? Devemos aprender a nos desprendermos do nosso egoísmo que mata muitos irmãos que precisam da nossa ajuda. 

 
Não podemos tirar proveito próprio das nossas funções na Igreja. Somos missionários pela força do nosso Batismo. Infelizmente, alguns querem privilégios, como podemos constatar: “Mestre, faça que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda, na tua glória”. Isso provoca indignação dos demais apóstolos. Jesus os repreende: “Não sabeis o que pedis…”. Na Igreja de Cristo, não existe privilegiados, Deus ama a todos. Jesus faz o 3º anúncio da sua Paixão (cf. Mc 10, 35-45).

Não podemos pensar na grandeza e nem no poder quando estamos a serviço na Igreja. Jesus veio para nos ajudar a encontrar o verdadeiro caminho. Nosso papa nos fala da missão: “Chamados a fazer brilhar a Palavra da verdade”. Que a liturgia nos ajude a tomar consciência dos acontecimentos que a Igreja está celebrando que são os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), o Ano da Fé, que estamos vivendo desde o dia 11/10, e o Sínodo dos Bispos em Roma sobre a nova evangelização.

Nosso papa ainda nos fala: “Os homens, à espera de Cristo, constituem ainda um número imenso”, afirmava o Beato João Paulo II (1978-2005) na Encíclica Redemptoris missio sobre a validade permanente do mandato missionário; e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus” (n. 86). Por minha vez, ao proclamar o Ano da Fé, escrevi que Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta ap. Porta fidei, 7/ver mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões)

Que a nossa coragem e nosso ardor superem o nosso medo de anunciar Jesus a todos, pois só Ele é o caminho, a verdade e a vida, e ainda nos ajuda a sermos melhores neste mundo em vista do céu.

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia e filósofo
Mora em Itajubá (MG)
Natural de Cristina (MG)

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