ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 28 de maio de 2022

O Papa: toda guerra nega os compromissos da ONU, o bem constrói o mundo

 O Papa: toda guerra nega os compromissos da ONU, o bem constrói o mundo



Francisco se encontra com os membros da Proteção Civil italiana: "Obrigado pela assistência e acolhimento na Itália dos refugiados da Ucrânia, especialmente mulheres e crianças que fugiram desta guerra absurda. O bem não faz barulho, mas constrói o mundo”. O apelo à Terra que "chora": "Quando forçamos a mão, a natureza mostra sua face cruel".

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (23/05), na Sala Clementina, no Vaticano, os voluntários italianos do Sistema Nacional de Defesa Civil.

Francisco recordou o trabalho louvável dos voluntários da Defesa Civil, lembrando o bem que fizeram durante a recente pandemia, especialmente nas fases mais agudas.

Vocês se colocaram à disposição para ajudar as famílias mais frágeis; realizaram serviços de acompanhamento e segurança para idosos e pessoas vulneráveis; ajudaram muitas pessoas que estavam doentes, pobres ou sozinhas em casa. Vocês apoiaram a campanha de vacinação com competência e gratuidade através da ação dos voluntários. Não faltou o seu compromisso com a assistência humanitária e o acolhimento na Itália de refugiados da Ucrânia, especialmente mulheres e crianças que fugiram desta guerra absurda. Obrigado pelo que fizeram e continuem fazendo em silêncio. O bem não faz barulho, mas constrói o mundo.

Proteger o mundo e não depredá-lo

A seguir, o Papa fez uma reflexão sobre a palavra que inspira o trabalho dos voluntários: proteção. Trata-se de "uma missão que lembra a do Bom Samaritano do Evangelho". Francisco citou três tipos de proteção.

A primeira proteção que precisamos é "a que nos preserve do isolamento social. É uma maneira muito importante de dar voz à esperança". Segundo o Papa, "a recente pandemia permitiu-nos recuperar e valorizar tantos companheiros e companheiras de viagem que, no medo, reagiram dando a própria vida. Fomos capazes de reconhecer como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns que, sem dúvida, escreveram os acontecimentos decisivos da nossa história compartilhada. Compreenderam que ninguém se salva sozinho".

As emergências desses anos, ligadas ao acolhimento de refugiados que fogem de guerras ou mudanças climáticas, recordam como é importante encontrar alguém que estenda a mão, que ofereça um sorriso, que gaste tempo gratuitamente, que faz sentir em casa. Toda guerra marca uma rendição à capacidade humana de proteger. Uma negação do que está escrito nos compromissos solenes das Nações Unidas. Portanto, São Paulo VI, falando na ONU, proclamou: "Nunca mais a guerra!". Repitamos isso hoje diante do que está acontecendo na Ucrânia, e protejamos o sonho de paz das pessoas, o direito sagrado dos povos à paz.

A segunda proteção de que precisamos é contra os desastres ambientais. Então, o Papa recordou um antigo ditado espanhol que diz: "Deus perdoa sempre, os homens perdoam de vez em quando e a natureza não perdoa nunca". "As mudanças climáticas do nosso tempo multiplicaram os eventos atmosféricos extremos, com consequências dramáticas para as populações civis. A terra grita! Quando forçamos a mão, a natureza mostra seu rosto cruel e o homem é esmagado, obrigado a gritar seu medo", disse ainda Francisco, recordando que o trabalho da Defesa Civil foi fundamental em casos de terremotos, testemunhando a vocação de proteger as pessoas afetadas por tais tragédias. "Somos chamados a proteger o mundo e não a depredá-lo", frisou.

Proteger é cuidar

A terceira proteção vem através da prevenção. Segundo o Papa, "a prevenção pode ser alcançada envolvendo os diversos sujeitos responsáveis pela administração de um território". Segundo Francisco, "é preciso formar as consciências para que os bens comuns não sejam abandonados ou sejam usados apenas em benefício de poucos". "É importante educar para a beleza, preservar histórias de vida e tradições, culturas e experiências sociais. Ao fazer isso, vocês se tornam artesãos da esperança", disse ainda o Pontífice.

"Proteger é, portanto, cuidar", disse o Papa, que a propósito da palavra voluntariado, disse: "Vocês são voluntários. Encontrei três coisas na Itália que não vi em nenhum outro lugar. Uma dessas três coisas é o forte voluntariado do povo italiano, a forte vocação ao voluntariado. É um tesouro, o protejam. É um seu tesouro cultural, o protejam bem." Por fim, incentivou os voluntários da Defesa Civil a continuarem "seu trabalho de bem entre os necessitados, de acordo com o testemunho de seu padroeiro São Pio de Pietrelcina".

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-05/papa-francisco-voluntarios-defesa-civil-italiana-guerra-ucrania.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT


Jesus vai para o céu e nos deixa A Missão para fazer

 Jesus vai para o céu e nos deixa A Missão para fazer

 


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste domingo celebramos o Ascensão do Senhor. Depois de ter cumprido bem a missão que tinha que fazer e após 40 dias depois da sua ressurreição, ele apareceu aos discípulos e deste fortaleceu-os para a missão que teriam que fazer propagando a todos que Ele é o salvador e quer a humanidade converta-se e torna-se melhor no mundo.

A ascensão de Jesus aos céus é bem descrito nas leituras bíblicas deste domingo.

O que mais deve chamar atenção é o lugar, a forma e o tempo aos novos cristãos que estava ansiosos para a segunda vinda do Senhor. Hoje o mais importante é cumprir a missão de evangelizadores para que o mundo transforme no lugar de bondade, amor e perdão.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos mostra o coroamento da missão de Cristo no mundo e o apelo de Cristo para nós sermos anunciadores da Boa Nova do Reino. Para isto somos ungido pela força do Espirito Santo. Devemos levar a todos os cantos da terra. Nós somos testemunhas que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, pois sem Ele nada somos.

Os 40 dias significa tempo necessário para que os discípulos estejam bem preparados e encorajados para missão de levar o Evangelho da vida de Cristo a todos. Agora é a Igreja e nós como batizados devemos cumprir esta missão. (cf. At 1,1-11)

Na carta de São Paulo aos Efésios podemos observar que Paulo vê na Ascensão do Senhor a sua glorificação e nos dá uma alegria de saber que temos o novo retorno a humanidade a Deus. Somos vivificados em Cristo. Cristo é a cabeça e lá está o corpo vivo. (cf. Ef 1,17-23)

O evangelista São Lucas termina o seu evangelho com a Ascensão do Senhor e aqui percebemos que Jesus cumpriu a sua missão e nos deixa um mandato de continuar a sua missão na terra. Não é o fim mas Jesus está conosco de outra forma. Cada vez que reunimos em comunidade e fazemos bem a nossa missão que Jesus nos confiou, Ele estará presente.

O próprio Jesus nos dá recomendações e um mandato. A Igreja está no mundo com a autoridade de Cristo e nos envia para sermos testemunhas que Jesus é único salvador do mundo. Precisamos ser a Igreja de saída para que a cultura da morte seja substituída pela cultura da vida. Vasta de violência e guerras. (cf.Lc 24,46-53)

 Que esta liturgia nos encoraje para sermos missionários da sua Palavra para que haja um jardim florido de paz, de concórdia, de fraternidade, de solidariedade e partilha entre nós. Que não falte pão do alimento, pão do trabalho e da saúde.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi semper! Senhor, envia-nos a onde precisa que a sua Palavra seja anunciada.

 Jose B. Schumann Cunha

domingo, 22 de maio de 2022

Papa: "Não se pode dar a paz se não se está em paz"

Papa: "Não se pode dar a paz se não se está em paz"




"A paz de Jesus vem do seu coração manso, habitado pela confiança e daqui flui a paz que nos deixou: não se pode deixar a paz para os outros se não se a tem em si mesmo. Não se pode dar a paz se não se está em paz". São palavras do Papa Francisco na oração do Regina Caeli deste VI Domingo de Páscoa na Praça São Pedro

Na oração do Regina Caeli deste domingo, 22 de maio, VI Domingo de Páscoa, o Papa Francisco falou sobre a paz com as palavras de Jesus, recordando as palavras ditas pelo mestre na Última Ceia. Embora Jesus soubesse tudo o que aconteceria, estava sereno, e disse ao se despedir dos discípulos: “Deixo-vos a paz" e "Eu vos dou a minha paz" (Jo 14, 27).

Se morre como se viveu

Francisco refletiu sobre estas palavras destacando que Jesus “em vez de mostrar agitação, ele permanece gentil até o final. Um provérbio diz que se morre como se viveu. As últimas horas de Jesus são, de fato, como a essência de toda a sua vida. Ele sente medo e dor, mas não dá espaço para ressentimentos e protestos”. Explica que a paz de Jesus vem do seu coração manso, habitado pela confiança e daqui flui a paz que Jesus nos deixou, concluindo:

“Pois não se pode deixar a paz para os outros se não se a tem em si mesmo. Não se pode dar a paz se não se está em paz”

A mansidão é possível

Francisco diz ainda que este gesto demonstra que a mansidão é possível e que Ele a encarnou no momento mais difícil e quer que nos comportemos assim.

“Isto é testemunhar Jesus e vale mais do que mil palavras e muitos sermões. Perguntemo-nos se, nos lugares onde vivemos, nós discípulos de Jesus nos comportamos assim: aliviamos as tensões, extinguimos os conflitos? Estamos também nós em atrito com alguém, sempre prontos para reagir, para explodir, ou sabemos como responder com a não-violência, com palavras e gestos mansos?”.

E o Papa pondera ainda “É claro que esta mansidão não é fácil: como é difícil, em todos os níveis, acabar com os conflitos!”. Porém, segue Francisco, neste ponto vem em nosso auxílio a segunda frase de Jesus: ‘Eu vos dou a minha paz’. Ele sabe que sozinhos não somos capazes de manter a paz, que precisamos de ajuda, um dom”.

Dom de Deus, ajuda para a paz

Explicando em seguida que a paz, que é nosso compromisso, é, antes de tudo, um dom de Deus.

“De fato, Jesus diz: ‘Eu vos dou a minha paz. Não como o mundo dá, eu a dou a vós’. Que paz é essa que o mundo não conhece e que o Senhor nos dá? É o Espírito Santo, o mesmo Espírito de Jesus. É a presença de Deus em nós, é a ‘força da paz’ de Deus”

Francisco acrescenta sobre este ponto:

“É Ele, o Espírito Santo, quem desarma o coração e o enche de serenidade. É Ele, o Espírito Santo, quem derrete a rigidez e extingue as tentações de agredir os outros. É Ele, o Espírito Santo, quem nos lembra que ao nosso lado há irmãos e irmãs, não obstáculos e adversários. É Ele, o Espírito Santo, quem nos dá a força para perdoar, para recomeçar, porque com as nossas forças não podemos. E é com Ele, com o Espírito Santo, que se torna homens e mulheres de paz”.

Por fim recorda que nenhum fracasso, nenhum rancor deve nos desencorajar de pedir com insistência o dom do Espírito Santo, porque “quanto mais agitado está o nosso coração, quanto mais sentirmos dentro de nós nervosismo, impaciência, raiva, mais devemos pedir ao Senhor o Espírito de paz. Aprendamos a dizer todos os dias: 'Senhor, dá-me tua paz, dá-me o Espírito Santo'".

https://r.spclists.va/r.html?uid=D.P2.EU-.Rjz.BESd.A.WU80rqTUQ4l2q2yrCny_nw7jvDWG1olidNG_bTjxhymcra2E-jJsec0f2K7lb2Ot0317UtxHC5qyKIxUdAXpDQ

sábado, 21 de maio de 2022

Jesus continua conosco

 Jesus continua conosco



Estamos no último domingo antes da Ascensão, que encerra a presença humana de Cristo na terra. Esse anuncio provocou uma tristeza a todos, mas Jesus garante que fica conosco de outra forma, Ele não fica visível, mas está na Palavra proclamada, na eucaristia e na comunidade igreja que reúne no seu amor infinito por nós. Deus fica conosco sempre.

Todas as vezes que vamos a comunidade, experimentamos a graça de Deus com os irmãos e irmãs reunidos no amor de Deus na liturgia terrena até um dia estar na liturgia celeste.

No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos a ação do Espirito Santo no primeiro conflito surgido na comunidade. Onde existe pessoas há conflitos e problemas, mas isso não anula convivência dos irmãos na comunidade. Deus da unidade conduz a concórdia e a decisão de todos devem visar o bem comum da comunidade que quer viver o amor verdadeiro entre todos. Há muitas regras que são criadas pelos homens que podem impedir da pessoa estar em comunhão com Deus e com os outros. (cf. At 15,1-2.22-29)

Não se pode colocar travas e cercados aos querem experimentar a salvação que Cristo trouxe a humanidade. Devemos procurar viver a graça do Batismo com todas as gentes. Crer em Cristo é fundamental. Os conflitos devem ser resolvido em concilio na ação do Espirito Santo. "Decidimos, o Espírito Santo e nós,

No livro do Apocalipse vamos ver a linda descrição da morada de Deus aqui na terra, não de formas física, mas espiritual e isso é comprovado quando estamos em comunhão com Deus na Liturgia da Igreja, na família e  onde estivermos situados. Aqui construímos, passo a passo, a comunidade que Deus quer. Não poder ser porteiros que impedem outros entrarem na comunidade para experimentar o amor Deus juntamente com os irmãos. Quando estivermos na Jerusalém celeste no convívio com os irmãos, podemos para sempre ver a Gloria de Deus. Aqui já experimentamos Deus na nossa vida, no nosso coração e na paz que se irradia entre nós. (cf. Ap 21,10-14.22-24)

Jesus nos disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa MORADA...". Então o que vai nos ajudar a experimentar Jesus em nossa vida e na nossa comunidade é o amor, a solidariedade, o perdão e a fé que vivemos entre todos. Deus quer fazer morada em nós. A igreja não é um lugar social, mas lugar que experimentamos a salvação de Cristo, o amor misericordioso de Deus e a fraternidade entre os irmão de fé.

Aqui estamos diante do discurso da despedida e é o próprio Jesus promete o Espirito Santo que vai trazer para nós entendimento, coragem para pregar e a disponibilidade de sermos uma Igreja de saída. Há muitos que querem ouvir a Palavra e saber e viver a salvação que Cristo nos deu. (cf. Jo 14,23-29)

A missão de Jesus foi concluída plenamente, agora Ele nos chama para a missão. Não podemos ficar parados e nem se importar com os outros que necessitam de conhecer a verdadeira libertação e salvação de Cristo. O amor nos tira das correntes das ideologias nefastas que alienam e nos faz escravos do poder ganancioso e autoritário

Que a liturgia desse domingo nos ajude a sermos corajosos no agir e fiel a Cristo no anúncio do seu evangelho que salva.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi semper. Senhor, envia-nos onde precisa de pregadores e a anunciadores do seu Evangelho que salva a todos.

Jose B. Schumann

domingo, 15 de maio de 2022

O Papa: vivamos as tarefas de cada dia em espírito de serviço

O Papa: vivamos as tarefas de cada dia em espírito de serviço



"Os nossos companheiros de viagem, hoje canonizados, viveram assim a santidade: abraçando com entusiasmo a sua vocação, de sacerdote, de consagrada, de leigo, gastaram-se pelo Evangelho, descobriram uma alegria que não tem comparação e tornaram-se reflexos luminosos do Senhor na história", disse Francisco em sua homilia.

O Papa Francisco canonizou dez novos santos durante a missa celebrada na manhã deste domingo (15/05), na Praça São Pedro.

Dentre os novos santos estão o carmelita Tito Brandsma, Maria Rivier e Charles de Foucauld.

«Assim como Eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros». Com estas palavras Jesus diz aos seus discípulos o que significa ser cristão. "Este é o testamento que Cristo nos deixou, o critério fundamental para discernir se somos verdadeiramente seus discípulos ou não: o mandamento do amor", disse o Papa em sua homilia.

No centro está o amor incondicional e gratuito de Deus

A seguir, Francisco refletiu sobres os dois elementos essenciais deste mandamento: o amor de Jesus por nós, «assim como Eu vos amei», e o amor que Ele nos pede para viver, «amai-vos também vós uns aos outros».

Primeiro ponto: «Assim como Eu vos amei». "E como nos amou Jesus?", perguntou o Papa. "Até o fim, até o dom total de si mesmo", respondeu o Pontífice. Segundo o Papa, "causa impressão vê-Lo pronunciar estas palavras numa noite tenebrosa, enquanto se respira no Cenáculo um ambiente denso de comoção e turbamento: comoção, porque o Mestre está prestes a despedir-se dos seus discípulos; turbamento, porque anuncia que será precisamente um deles a traí-Lo. Podemos imaginar a tristeza que havia no íntimo de Jesus, a escuridão que se adensava no coração dos apóstolos, a amargura vivida ao ver que Judas, depois de receber o bocado de pão ensopado para ele pelo Mestre, saía da sala para adentrar-se na noite da traição. É justamente na hora da traição que Jesus confirma o amor pelos seus. Com efeito, nas trevas e tempestades da vida, o essencial é isto: Deus nos ama", sublinhou Francisco.

«Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou». Que este anúncio "seja sempre central na profissão da nossa fé e nas suas expressões", disse Francisco, acrescentando:

Nunca nos esqueçamos disto! No centro, não está a nossa capacidade nem os nossos méritos, mas o amor incondicional e gratuito de Deus, que não merecemos. No início do nosso ser cristão, não estão as doutrinas e as obras, mas a maravilha de descobrir que se é amado, antes de qualquer resposta nossa.

“Enquanto o mundo quer muitas vezes convencer-nos de que só temos valor se produzirmos resultados, o Evangelho nos lembra a verdade da vida: somos amados.”

Assim escreveu um mestre espiritual do nosso tempo: «Ainda antes que nos visse qualquer ser humano, fomos vistos pelos olhos amorosos de Deus. Ainda antes que alguém nos ouvisse chorar ou rir, fomos escutados pelo nosso Deus que é todo ouvidos para nós. Ainda antes que alguém neste mundo nos falasse, já nos falava a voz do amor eterno».

Deixar-se transfigurar pela força do amor de DeusSegundo o Papa, "esta verdade nos pede uma conversão da ideia de santidade que frequentemente possuímos. Às vezes, insistindo muito sobre o nosso esforço para praticar boas obras, criamos um ideal de santidade demasiado fundado em nós mesmos, no heroísmo pessoal, na capacidade de renúncia, nos sacrifícios feitos para se conquistar um prêmio. Deste modo fizemos da santidade uma meta inacessível, separamo-la da vida de todos os dias, em vez de a procurar e abraçar na existência quotidiana, no pó da estrada, nas aflições da vida concreta e, como dizia Santa Teresa de Ávila às suas irmãs, «entre as panelas da cozinha». Ser discípulo de Jesus e caminhar pela via da santidade é, primeiramente, deixar-se transfigurar pela força do amor de Deus. Não esqueçamos o primado de Deus sobre o próprio eu, do Espírito sobre a carne, da graça sobre as obras".

"O amor que recebemos do Senhor é a força que transforma a nossa vida: dilata-nos o coração e predispõe-nos a amar. Por isso, e passamos ao segundo ponto, Jesus diz «assim como Eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros». Este «assim como» não é apenas um convite a imitar o amor de Jesus; mas significa que só podemos amar porque Ele nos amou, porque dá aos nossos corações o seu próprio Espírito, Espírito de santidade, amor que nos cura e transforma. Por isso podemos decidir-nos a praticar gestos de amor em toda a situação e com cada irmão e irmã que encontramos", disse ainda o Pontífice.

"O que significa, concretamente, viver este amor?", perguntou o Papa. "Antes de nos deixar este mandamento, Jesus lavou os pés aos discípulos; depois de o ter pronunciado, entregou-se no madeiro da cruz", disse Francisco, acrescentando:

“Amar significa isto: servir e dar a vida. Servir, isto é, não colocar os próprios interesses em primeiro lugar; desintoxicar-se dos venenos da ganância e da preeminência; combater o câncer da indiferença e o caruncho da autorreferencialidade, partilhar os carismas e os dons que Deus nos concedeu.”

Perguntando-nos o que fazemos de concreto pelos outros, vivamos as tarefas de cada dia em espírito de serviço, com amor e sem alarde, sem nada reivindicar.

"Primeiro servir, depois dar a vida", sublinhou o Papa. "Aqui não se trata só de oferecer aos outros qualquer coisa, alguns bens próprios, mas dar-se a si mesmo."

Eu gosto de perguntar às pessoas que me pedem conselhos: "Diga-me, você dá esmola?" – "Sim, Padre, eu dou esmola aos pobres". "E quando você dá esmola, você toca na mão da pessoa, ou você joga a esmola e se limpa? E ficam vermelhos: "Não, eu não toco." "Quando você dá esmola, você olha nos olhos da pessoa que você ajuda, ou você olha para o outro lado?" "Eu não olho". Tocar e olhar, tocar e olhar a carne de Cristo que sofre em nossos irmãos e irmãs. Isso é muito importante. Dar a vida é isso. A santidade não se faz de alguns gestos heroicos, mas de muito amor diário.

O caminho da santidade não está fechado

Somos chamados a "servir o Evangelho e os irmãos", a oferecer a nossa vida "sem retribuição, sem buscar nenhuma glória mundana, mas escondido humildemente como Jesus".

“Os nossos companheiros de viagem, canonizados hoje, viveram assim a santidade: abraçando com entusiasmo a sua vocação, de sacerdote, de consagrada, de leigo, gastaram-se pelo Evangelho, descobriram uma alegria que não tem comparação e tornaram-se reflexos luminosos do Senhor na história. Este é um santo ou uma santa: um reflexo luminoso do Senhor na história.”

O caminho da santidade não está fechado. É universal, é um chamado a todos nós. Começa com o Batismo, não está fechado. Tentemos fazê-lo também nós, porque cada um de nós é chamado à santidade, a uma santidade única e irrepetível. A santidade é sempre original, como dizia o Beato Carlos Acutis: Não existe santidade de fotocópia, a santidade é original, é a minha e a sua, de cada um de nós. É única e irrepetível. Sim, o Senhor tem um projeto de amor para cada um, tem um sonho para a sua vida, para a minha vida, para a vida de cada um de nós. O que você quer que eu lhe diga? Realiza-o com alegria.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-05/papa-francisco-missa-canonizacao-santidade-servico-santos.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 14 de maio de 2022

O Papa: os voluntários dão um rosto mais humano e mais cristão à nossa sociedade

 O Papa: os voluntários dão um rosto mais humano e mais cristão à nossa sociedade


Francisco recebeu em audiência os membros da Associação de Voluntariado Cornélia de Lange. "Esta rara doença genética é causa de desconforto e grandes dificuldades tanto para aqueles que são afetados quanto para seus familiares. A eles quero expressar minha proximidade e minha compreensão, encorajando-os a não se deixarem abater pelos obstáculos que encontram no caminho", disse o Papa em seu discurso.

O Papa Francisco recebeu em audiência, neste sábado (14/05), na Sala do Consistório, no Vaticano, os membros da Associação de Voluntariado Cornélia de Lange, um distúrbio genético presente desde o nascimento que causa uma série de comprometimentos físicos, cognitivos e neurológicos.
O grupo se encontra em Roma para conscientizar a opinião pública sobre esta síndrome.
Esta rara doença genética é causa de desconforto e grandes dificuldades tanto para aqueles que são afetados quanto para seus familiares. A eles quero expressar minha proximidade e minha compreensão, encorajando-os a não se deixarem abater pelos obstáculos que encontram no caminho.

O Papa agradeceu aos voluntários da Associação, que estão ao lado dos irmãos e irmãs mais frágeis, apoiando também quem cuida deles. "A cultura da solidariedade expressa concretamente a participação na construção de uma sociedade fraterna, no centro da qual está a pessoa humana", sublinhou Francisco, acrescentando:

O voluntariado envolve a dimensão fundamental da imagem cristã de Deus e do ser humano: o amor a Deus e o amor ao próximo. Jesus, no Evangelho, nos convida a amar a Deus com todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.

“É a caridade de Deus que nos faz reconhecer no outro o irmão ou irmã a ser acolhido. Como voluntários, enquanto realizam um trabalho de assistência, vocês contribuem para dar um rosto mais humano e mais cristão à nossa sociedade.”

O Papa concluiu, exortando os membros da Associação de Voluntariado Cornélia de Lange a serem "testemunhas de bondade e ternura! Perseverem serenos e fortes em seu trabalho, enfrentando as dificuldades que poderão encontrar com um espírito de unidade e sempre colocando na base de tudo o objetivo final de seu compromisso: o serviço ao próximo".
fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-05/papa-francisco-audiencia-voluntariado-cornelia-de-lange.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Disse Jesus: Amai-vos como eu vos amei

Disse Jesus: Amai-vos como eu vos amei


Queridos irmãos e irmãs, neste domingo estamos celebrando o 5° Domingo da Páscoa e vamos compreender que Jesus tinha a preocupação de formar a Igreja para continuar a sua obra de Salvação no mundo. As aparições de Jesus no cenáculo sempre no domingo e a pesca milagrosa que mostrou pela obediência a Jesus. No domingo passado vimos a liturgia do Bom Pastor que é Jesus.

Hoje vamos ver na liturgia dominical que o espírito que deve animar a nova comunidade cristã será o amor mútuo. O amor deve ser a medida da ação dos cristãos na comunidade, na família e no mundo.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos mostra o final da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé eles fundaram e organizaram as novas comunidades. Podemos observar várias coisas, primeiramente que a Palavra de Deus seja propagada em todos os cantos da terra. É o anúncio da salvação para todos. Segundo os conflitos superados e que os sofrimentos são indispensáveis para ganhar a salvação e entrar no reino de Deus. Terceiro , as comunidades são formadas com seus dirigentes que são os presbíteros que tem a missão de administrar, vigiar no zelo e defender a comunidade. Tudo isso é na oração e jejum. (cf. At 14,21b-27)

O salmista nos lembra do canto de louvor a Deus porque Ele é bom e compassivo com todos nós. (cf. Sl 145)

No livro do Apocalipse nos mostra como deve ser a comunidade cristã que tem Jesus como centro e nela somos chamados a viver a comunhão e o amor. Sabemos que o amor abre pontes que unem as pessoas no amor fraterno e no perdão recíproco.  É um novo céu e uma nova terra que vão surgir e que a noiva linda vai ao encontro do seu amado. É o novo céu e a nova terra que surgiram para nós. Para isso devemos ser autênticos cristão que dão teste no amor a Cristo e aos irmãos na necessidade  e no sofrimento cotidiano (cf. Ap 21.1-5a)

No Evangelho, Jesus, ao se despedir dos discípulos, deixa em testamento à comunidade o "MANDAMENTO NOVO: "Amai-vos uns aos outros, COMO eu vos amei". (

É uma síntese da vida de Jesus e um Estatuto da Comunidade cristã para concretizar o projeto de Deus. O novo mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como nós mesmos. Jesus nos fala e também dá o seu corpo e sangue como alimentos que nos regenera e salva. Assim vamos caminhando até a nossa passagem para o céu. O sinal da presença de Jesus na comunidade é o amor mútuo e é ele que vai ser distintivo da comunidade que nasce no Cristo vivo no meio de nós. ( cf. Jo 13,31-33a.34-35)

Assim a comunidade deve ser no amor, também na solidariedade , no martírio e no sangue derramado dos mártires que não tem medo de servir a Cristo até no horror da morte provocadas pelos maus governantes e ambiciosos do nosso tempo.

 Devemos largar o ritualismo e sim viver uma igreja de saída ao encontro de todos principalmente aos que mais sofrem. Assim com o nosso testemunho da coerência e da vivencia do amor para com todos são sinais que acreditamos em Cristo. E que esta liturgia nos faz sermos autênticos cristãos nos lugares onde estejamos.

 Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi semper! Envia-nos Senhor da messe onde precisam de missionários da sua palavra que salva.

 Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Jesus é o Bom Pastor que nos leva a lugar seguro

 Jesus é o Bom Pastor que nos leva a lugar seguro



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 4º Domingo da Páscoa, é neste espirito hoje a liturgia nos fala de Jesus como o bom Pastor que cuida das suas ovelhas sem interesse financeiro e nem quer ser dominador. Hoje também é dia das Mães, pois elas são as guardiães da vida e elas são as primeiras que ajudam que as crianças sejam verdadeiras filhos e filhas de Deus.

Como sabemos, o pastor é aquele que vai a frente do rebanho e o leva a lugares tranquilos que dão vida a elas. Não é mercenário e nem ganancioso, pois ele mesmo pode dar a vida por elas se algum inimigo queira telas para o seu próprio interesse mesquinho. Devemos reconhecer que Jesus é o Senhor e Ele dá a graça aos que são verdadeiros pastores que zelam as suas comunidades.

Se nós olharmos com atenção no Antigo Testamento vemos que a figura de Pastor foi designada a Jacó, Moisés, Davi etc. As ovelhas não perecem por falta de alimento e nem por falta de agua, pois elas estão seguras nas mão do Pastor.

Israel é considerado como rebanho que é conduzido por Deus, pois Ele mesmo que cuida, zela e ajuda as ovelhas de Israel. O povo é o rebanho de Deus. Deus tira o povo da escravidão e leva para a liberdade e vida.

No ato dos Apóstolos vemos a primeira viagem apostólica de Paulo e Barnabé. Os judeus recusaram de ouvir a verdade que eles traziam do Cristo e por isso os gentios foram agraciados pela evangelização deles. É o anuncio que Jesus é o Salvador da humanidade. Os judeus achavam dono da Palavra de Deus, isto percebemos hoje que muitas religiões querem ser donos da mensagem de Cristo e não deixam os pobres e os marginalizados tenham acesso a mensagem de Cristo que não tem distinção de pessoas para ouvir a sua libertação que Cristo trouxe para a humanidade. Os gentios ouvem a mensagem como ovelhas que ficam atentas a voz do verdadeiro pastor.

Devemos estar aberto a voz de Cristo que é anunciada pela Igreja, pelos verdadeiros pastores das comunidade e dos missionários da Palavra de Deus. (cf. At 13,14.43-52)

No livro do Apocalipse nos mostra que Cristo é verdadeiro cordeiro pascal que venceu e destruiu a morte e é ele que nos leva a verdadeira fonte de agua viva. Deus nos quer livres, salvos e cheios de vida abundante. (cf. Ap 7,9.14b-17)

O evangelista São João nos mostra Jesus como o Bom Pastor. Jesus é que nos conduz a boa pastagem e as fontes de agua. Cristo não nos deixa perecer pela fome e nem com sede. Jesus é o pastor que dá a vida para as suas ovelhas não morram . Ele está atento para que suas ovelhas não sejam manipuladas , não roubadas e ainda não ser aniquiladas pelas injustiças do mundo, pelos desempregos e pelas mortes for falta de recurso à saúde.

Devemos ficar atento às vozes dos que conduzem as comunidades e devemos perceber que pastores estão as conduzindo. A Igreja é de Cristo e Ele pune os mercenários que só aproveitam das ingênuas ovelhas. Todos são chamados a serem pastores para levarem a Palavra de Cristo. São os padres, bispos, leigos cristãos, todos são responsáveis de ensinar o bom caminho e a segurança de vida para todos. (cf. Jo 10,27-30)

Tudo por Jesus nada sem Maria! Somos Servus Christi semper. Somos disponíveis para a missão. Envia-nos Senhor a onde precisa da sua Palavra que salva.

 Jose B. Schumann