ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 28 de março de 2023

Iniciamos a Semana Santa com Ramos nas mãos

Iniciamos a Semana Santa com Ramos nas mãos!!!  

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o Domingo de Ramos e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a memória da entrada Triunfante de Jesus, montado num jumento em Jerusalém e saudado pelo povo com ramos de oliveira, gritando alegre Hosana ao Filho do Rei Davi. Este momento da celebração é de festa e de alegria. É o nosso gesto de fé em Cristo e compromisso com Ele. Inicia-se a Semana Santa com a leitura da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. A liturgia nos reserva dois momentos, um do triunfo e outro da humilhação e martírio. O que mais chama a nossa atenção é que Jesus é o príncipe da Paz, mas o poder é o da guerra às ideias e gestos, condenando a morte a Ele, em um julgamento injusto e triste. 

No livro do Profeta Isaías, temos a figura do servo sofredor. Para a Igreja Primitiva e para nós, é o Cristo que sofre, que é perseguido, mas Ele é fiel a Deus Pai e na sua obediência que nos traz a salvação. É o cordeiro que se entrega por todos nós. Hoje precisamos ter mais fé e colocar-se na mão de Deus que tudo pode (conferir em Is 50, 4-7) Na Carta de São Paulo aos Filipenses, temos um lindo hino Cristológico, pois Cristo é a razão de tudo que existe, nada é sem Ele. 

Ele é Deus e se despojou de toda a sua condição, vindo a nós, nos ensinando o verdadeiro caminho e ainda se deixa morrer, sofrendo o martírio da cruz para nos salvar. Ele é o modelo da obediência. O que é o fracasso para o mundo se torna a vitória diante dos poderosos de todos os tempos. O mal nunca vai prevalecer (conferir em Fl 2, 6-11) O Evangelista Mateus narra para nós a Paixão e Morte, um relato da maldade do homem que não aceita que o amor se propague. 

Jesus passou fazendo bem, levou a boa nova aos excluídos, curou os leprosos, ajudou os aleijados a andarem, ressuscitou os mortos, recuperou a visão de muitos e levou esperança a um povo sofrido. Esses gestos de Jesus aterrorizou os poderosos daquele tempo com medo de perder o poder e ostentação. Jesus só fez o bem e mostrou que é possível ser bom se acredita n'Ele e viver as bem-aventuranças. 

O mundo se abre ao amor verdadeiro. O seu sofrimento é uma lição para nós, quando há sentido nele. A glória da ressurreição será para todos com o seu sofrimento, morte e vida despojada. Que possamos fazer a caminhada da Semana Santa com muita fé e propósito de sermos melhores para que a Páscoa seja algo real na nossa vida e dos nossos irmãos de caminhada. 

Amém!!! 

Boa Semana Santa para todos!!!

(conferir em Mt 26, 14-27, 66) 

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10, 45) 

 Tudo por Jesus, nada sem Maria! 

Servus Christi Semper! 

José Benedito Schumann Cunha, teólogo e engenheiro

domingo, 26 de março de 2023

Papa no Angelus: não ceda à dor e ao pessimismo, Deus está perto de nós!

 Papa no Angelus: não ceda à dor e ao pessimismo, Deus está perto de nós!



Francisco no Angelus deste domingo: “talvez também nós, neste momento, carregamos em nossos corações algum peso ou algum sofrimento, que parecem nos esmagar. Então é hora de remover a pedra e sair ao encontro de Jesus, que está próximo”.

"Não ceda ao pessimismo que deprime, ao medo que isola, ao desânimo pela recordação de más experiências, ao medo que paralisa"! O Papa Francisco introduzindo a recitação do Angelus comentou a passagem do Evangelho deste V Domingo da Quaresma, a ressurreição de Lázaro, "querido amigo de Jesus", para sublinhar que Jesus "dá vida mesmo quando parece não haver mais esperança" e "convida-nos a não deixar de acreditar e esperar, a não nos deixarmos esmagar por sentimentos negativos".

"Acontece, às vezes, sentir-se sem esperança, aconteceu com todos, ou encontrar pessoas que perderam a esperança: amarguradas", com "um coração ferido", "por causa de uma perda dolorosa, uma doença, uma decepção, um erro ou uma traição sofrida, por um grave erro cometido", observou o Pontífice.

"Às vezes ouvimos as pessoas dizerem: 'Não há mais nada a ser feito!' e fecha a porta a toda esperança. Estes são momentos em que a vida parece um sepulcro fechado: tudo é escuro, ao redor vemos apenas dor e desespero". Em vez disso, Jesus "nos diz que isto não é assim, o fim não é este, que nestes momentos não estamos sozinhos, pelo contrário, que precisamente nestes momentos Ele se aproxima mais do que nunca para restaurar nossa vida". Jesus chora, o Evangelho diz que ele chora diante do sepulcro de Lázaro, e Jesus chora conosco, como chorou por Lázaro: o Evangelho repete duas vezes que ele se comoveu e sublinha que Ele chorou".

Jesus, continua Francisco, "aproxima-se de nossos sepulcros e nos diz, como então: 'Tire a pedra'". "Tire a pedra: a dor, os erros, também os fracassos, não os escondam dentro de vocês, em um quarto escuro e solitário, fechado". Tire a pedra: tire tudo o que está dentro, jogue-a em mim com confiança, sem medo, porque estou com você, amo você e desejo que viva novamente".

E, como a Lázaro, acrescenta o Papa, "repete a cada um de nós: vem para fora! Levante-se, retome o caminho, recupere a confiança! Eu levo você pela mão, como quando você era uma criança aprendendo a dar seus primeiros passos". "Tire as ataduras que o prendem, por favor não ceda ao pessimismo que deprime, não ceda ao medo que isola, não ceda ao desânimo por causa da recordação de más experiências, não ceda ao medo que paralisa. Eu o quero livre e vivo, não o abandonarei e estou com você". "Não se deixe aprisionar pela dor, não deixe morrer a esperança: volte à vida". "Eu pego você pela mão e trago você para fora" da escuridão, diz Jesus.

Esta passagem, capítulo 11 do Evangelho de João, nos faz tão bem lê-la, enfatiza o Papa. "É um hino à vida", diz, "e nós o lemos quando a Páscoa está próxima. Talvez também nós, neste momento, carregamos em nossos corações algum fardo ou algum sofrimento, que parece nos esmagar. Alguma coisa ruim, algum pecado feio, algum erro da juventude", acrescenta Francisco.

"Então é o momento de remover a pedra e sair ao encontro de Jesus, que está próximo". "Conseguimos abrir nossos corações e confiar nossas preocupações a Ele? Abrir o sepulcro dos problemas e olhar para além da soleira, em direção à sua luz? Ou será que temos medo disso? E, por sua vez, como pequenos espelhos do amor de Deus, será que conseguimos iluminar os ambientes em que vivemos com palavras e gestos de vida? Damos testemunho da esperança e da alegria de Jesus? Nós pecadores, todos nós?".

Francisco dirigiu-se novamente aos confessores: "Caros irmãos, não esqueçam que vocês também são pecadores e no confessionário não sejam torturadores, mas perdoem tudo".

O Papa concluiu: “Maria, Mãe da Esperança, renove em nós a alegria de não nos sentirmos sozinhos e o chamado a levar luz à escuridão que nos circunda”.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-03/papa-angelus-quaresma-evangelho.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT


sábado, 25 de março de 2023

É Deus que dá a vida nova e eterna

É Deus que dá a vida nova e eterna



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 5º Domingo da Quaresma e vamos entrar na última semana da quaresma de preparo para a Pascoa do Senhor que é a nossa expectativa da nossa Pascoa futura. Nós desejamos estar com Deus e querendo a vida nova e terna que não acaba nunca. Jesus é a ressurreição para todo que Nele crer e for batizado.


A liturgia nos dá um itinerário para chegar a ser cristão. Sabemos que o dom de Deus vem pela agua viva. E ainda a iluminação que vem da ressureição que Jesus nos traz no Batismo.

O profeta Ezequiel anuncia a vida nova para todos. O Povoo de Deus estava na babilônia, tinha uma vida de escravidão e de morte. Aqui entra o profeta para dar esperança nova para o Povo. O momento de desespero e de não ter solução para o povo, vem a profecia que reanima o povo de Deus. É a esperança alimentada pelo profeta que diz que Deus nunca abandona o seu povo. A visão do túmulo a onde os ossos ressequidos é a forma de uma realidade nova que adquire carne e vida numa nova libertação-. Ele anuncia a libertação daquela escravidão que não deixa o povo livre.

Hoje nós vivemos uma realidade de morte, vícios, maldades e violência, a onde o povo sofre pelo autoritarismo e arrogância dos poderosos que exploram os pobres. Tudo parece que o pode dos maus vencem, mas nós temos um Deus que zela e está atento com os nossos sofrimentos. Só devemos ter a fé viva e acredita que o bem vence o mal. (Ez 37,12-14)

Na carta de Paulo aos romanos temo Paulo que nos faz lembrar e não esquecer que o espirito de Deus ressuscitou Jesus e o levou na sua gloria eterna. Jesus é a nossa razão de viver e trabalhar para o bem. Assim a ressurreição de Cristo que vamos celebrar na Vigília Pascal, e esta é a nossa certeza que vamos ressuscitar com Ele para a vida nova e terna. Foi no nosso Batismo que somos agraciados do dom da vida eterna, e é por isso que devemos viver conforme a graça de Deus que foi colocado em nós como uma marca indelével. Não devemos afastar de Deus nunca. (cf. Rm 8,8-11)

No evangelho de João nos mostra Jesus como o Senhor da vida. Veio a noticia a Jesus que Lázaro estava doente e parece que Jesus não se importou com isso apesar que Ele é grande amigo dele. Os apóstolos estranharam esse comportamento de Jesus para com a situação de Lázaro doente.  Jesus fala a eles, não se preocupam essa doença não vai trazer a morte para ele, dizendo ele está dormindo jesus ainda fica dois dias com os seus discípulos e depois vai a casa de Lazaro. Maria vai ao encontro de Jesus e diz que lazaro morreu, então Jesus chora de compaixão a elas e sente a morte de Lázaro. Jesus as conforta, dizendo que ele é a ressurreição e a vida e vai ao túmulo e o extraordinário acontece, pois Jesus ordena para que Lázaro saia do túmulo e ele obedece e sai. A vida acontece de novo para provar que depois da Ressureição Jesus a morte não vai ser a última palavra pois quem crê em Cristo vai ter vida nova e eterna em Deus. (Jo 11,145)

Queridos irmãos e irmãs, se estivermos unidos a Cristo na sua Palavra que salva e na eucaristia que nos sustenta na caminhada, e ainda  vivendo em comunidade, sem buscar ostentação e privilégios, mas servir aos mais necessitados e humildes, nós vamos já saborear a vida em Cristo que é nova e eterna para sempre com Deus e como todos que amaram e serviram a Deus nesta vida terrena, tendo uma vida de santidade com gestos e de boas obras. Amem

Tudo por Jesus nada Sem Maria. Servus Christi semper!

iesus est resurecti et vita. Qui credit im eum, habet vitam  aeternam.

Jose B. Schumann Cunha

 

domingo, 19 de março de 2023

São José, Pai provedor, justo e misericordioso

 

São José, Pai provedor, justo e misericordioso




Na sua mansidão e humildade transbordantes e luminosas, nos chama a tornar-nos a ser como seu Filho, artesãos da paz e da não violência, revelando de forma perfeita a misericórdia e a ternura do Pai do Céu.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)

A solenidade de São José, que este ano 2023 foi antecipada para 18 de março (pela precedência do domingo da quaresma), nos apresenta um modelo de paternidade e de confiança que nos animam na conversão quaresmal e renovação plena da vida cristã. Sua especial missão, de guardião e protetor da Sagrada Família e Patriarca Universal da Igreja, revelam um exercício de permanente solicitude e providência amorosa para todos (as) os seus filhos espirituais.

Paternidade vivenciada em face de riscos e desafios, como migrante e refugiado atravessando duas vezes o deserto, e morando no Egito por um período. Num tempo como o atual, de carências e necessidades prementes, saber que temos um Pai nutrício que cuida e acompanha com desvelo a situação precária de seus preferidos os pobres, nos convida a imitá-lo e a cooperar com sua benignidade e generosidade proverbiais.

Mas também nos estimula a trabalhar com empenho pela justiça maior do Reino, fazendo acontecer a solidariedade com os fracos e a defesa dos direitos das famílias desamparadas e carentes. Como padroeiro dos operários e colaboradores da edificação de um mundo mais equitativo e sustentável, nos ensina a santificar-nos no trabalho, com o trabalho e pelo trabalho, forjando uma humanidade fraterna que compartilha e com divide os bens da criação.

Na sua mansidão e humildade transbordantes e luminosas, nos chama a tornar-nos a ser como seu Filho, artesãos da paz e da não violência, revelando de forma perfeita a misericórdia e a ternura do Pai do Céu. Sua presença na Igreja nos permite aprender que para viver a sinodalidade e a comunhão que o Papa Francisco nos pede, a exercer mais a escuta atenta e silenciosa, para enchermos-nos da Palavra e construir espaços de diálogo e convergência na família, no bairro, na cidade e no mundo inteiro.

Finalmente e não menos importante com seus atributos simbólicos o lírio e o nardo, acrescentamos a nossa vida a pureza de coração, a simplicidade autêntica e a alegria de servir a Jesus com Maria sua Esposa e nossa Mãe. Valei-me São José!

sábado, 18 de março de 2023

Somos Filhos da Luz no mundo

 Somos Filhos da Luz no mundo





Queridos irmãos e irmãs, estamos no 4º Domingo da Quaresma, continuamos com a catequese batismal. Hoje o tema da nossa liturgia é a luz. Essa luz é importante pois ela nos permite ver. A cura do cego é algo extraordinário que Jesus fez na fé do cego. Ter luz e irradiar luz é importante neste mundo para os  que estão na escuridão do erro e do pecado.

As leituras deste domingo nos permitem fazermos um mergulho e entrarmos na luz da fé e ainda nos tornamos portadores dessa luz que foram acesas na Liturgia no Sacramento do Batismo.

As Leituras nos lembram a Luz da fé recebida no Batismo.  Devemos viver na luz de Cristo que nos ilumina por completo.

No livro de Samuel vemos Davi sendo ungido com óleo e torna-se rei conforme a vontade de Deus. No nosso batismo somos ungidos, tornamos reis em Cristo para servir a todos. (cf. 1Sm 16,1b.6-7.10-13a)

Assim podemos dizer que somos filhos da Luz. Paulo nos exorta neste sentido para que possamos viver irradiando a luz de Cristo em todos os lugares e ainda a caminhar na Luz de Cristo rumo ao céu. Nós não somos cidadãos deste mundo, mas cidadãos do Céu com Deus para sempre. (cf. Ef 5,8-14)

O evangelista João narra para nós a cura do cego. Jesus coloca barro nos olhos do cego, pois o fez ver, isto o que  quer dizer para nós ? A resposta é simples e firme que nos orienta para Jesus, que é a luz do mundo que nos tira das da escuridão que não nos deixa sermos livres.

 A cegueira acaba, pois é recuperada a visão e o mais importante disso vem a fé que este homem tem a partir de agora em Jesus. Agora o cego tem a luz de Cristo e sua vida e o torna missionário dele também. Nós devemos ser assim, pois o Batismo nos cura e nos dá fé em Cristo e ainda nos habilita para que sejamos irmãos uns dos outros para que  juntos caminhemos na luz da fé para a eternidade no reino de Deus que nunca acaba.

É interessante falar que antes de Jesus curar o cego, os discípulos perguntaram a Ele, se esse homem é assim porque é pecador, mas Jesus responde:  "Nem ele, nem seus Pais pecaram..." .

Jesus não fica só na palavra solta, mas age curando o cego. Jesus faz barro com a sua saliva e coloca nos olhos do cego e o manda para se lavar na piscina de Siloé.

A cura acontece no processo que tem a cooperação do cego. E foi para lá banhar-se conforme Jesus tinha falado e ainda deveria mostrar-se aos sacerdotes do templo para atesta que tinha recuperado a sua  visão, que é uma cura e milagre pois ele era cego de nascença. No processo da cura ele caminhou no crescimento da fé e ainda o fez se tornar uma   testemunha de Cristo. Assumiu que a cura é de Cristo que ele confiou todo caminho para ter a luz plena. (cf. Jo 9,1-41)

Irmãos e irmãs, precisamos caminhar na fé na comunidade, crescer nela e assim sair de uma situação de escuridão para a luz de Cristo que irradia em nós uma vivência coerente na comunidade cristã. Portanto, devemos deixar que essa luz do alto tome conta de todo nosso ser. Nunca devemos temer as opiniões de outros que relativizam a fé e ainda querem tirar o poder de Deus na cura em nossas vidas.

 Que a Páscoa seja celebrada na fé em Cristo, que é a luz perfeita, que não nos deixa escravos dos sistemas e estruturas deste mundo. São Jose, rogai por nós. Amém

tudo por Jesus nada sem Maria. Servus Christi semper !
Christus est lux mundi!

sábado, 11 de março de 2023

Água que sacia sempre e é eterna

Queridos irmãos e irmãs, estamos no 3º Domingo da Quaresma e continuamos no itinerário para a páscoa, então precisamos fazer penitência e converter-nos para Deus. Na Igreja primitiva, o batizado se dava no Sábado Santo ou melhor na Vigília Pascal. É neste contexto de três dos domingos antes da Páscoa que a liturgia se coloca no tema Batismal através do símbolos da água no episódio do diálogo com a samaritana, à luz na cura do cego e ressurreição de Lázaro.

Na nossa liturgia de hoje é à água que renova, limpa e transforma.

No Livro do Êxodo, o povo estava no deserto e sentiu sede e pediu água dizendo: Dá-nos água para beber. Deus intervém e dá água que jorra na Rocha do Horeb. Aqui Moisés dá água ao seu povo, mas a água da vida se dará com o Espírito Santo. Deus renovando a vida da humanidade no Batismo. Somos batizados em Cristo e tornamo-nos filhos e herdeiros do céu em Cristo (conferir em Ex 17, 3-7).

Na Carta de Paulo aos Romanos, vemos Paulo que resume a fé da Igreja no dom da água viva que jorra em cada cristão em Cristo. Somos saciados plenamente em Cristo que nos salva e nos deixa livres para caminhar com Ele e com os irmãos na comunidade rumo ao céu (conferie em Rm 5, 1-2.5-8).

O evangelista João nos mostra a cena do poço onde Jesus se assenta pois estava cansado, mas aparece a Samaritana com o balde vazio para pegar água. Ela tinha um coração vazio pelos revezes da sua vida. Jesus quebra toda a regra e preconceito, pois pede água a uma mulher samaritana e de uma religião diferente. É algo novo que devemos refletir para os momentos de hoje. A mulher é estranha porque Jesus é judeu e ela samaritana e os apóstolos acharam também porque Jesus estava conversando com uma mulher que não conhecia. Há um intercâmbio do verdadeiro amor.

A mulher já teve cinco maridos e o que tinha agora não era uma situação lícita, mas Jesus pede a água para mostrar que Ele pode dar água viva que não acaba que é o amor. Jesus é a fonte que sacia a todos os tipos de sede. Ela reconhece e aceita Jesus que é a fonte que não acaba. É uma adesão consciente e que traz vida nova.

Agora o velho balde que traz angústia e vazio não vai mais precisar na sua vida, pois Jesus dá os motivos para ela viver feliz. Ela se torna uma discípula que sai correndo para falar aos outros que encontrou o Cristo que é a razão da nossa vida. Jesus não é para ela um qualquer judeu viajante, mas o Senhor da vida (conferir em Jo 4, 5-42).

Não podemos ficar presos ao poço que é um depósito de esperança passageira, mas devemos buscar o poço de água viva que satisfaz cada um de nós plenamente.

Assim como o poço é o lugar de encontro, agora vamos ao poço que é a Igreja para termos água viva que nos satisfaz sem nos deixar com sede, pois é o próprio Cristo que nos dá o pão que nos satisfaz e a sua Palavra que nos enche plenamente.

Que esta liturgia nos ajude a viver e a buscar o verdadeiro sentido da nossa vida e é em Jesus que salva a nossa vida em nossos sentidos. Vamos confiantes para celebrar a Páscoa do Senhor. Jesus nos dá sempre água viva e que possamos crescer no amor.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi semper...

José Benedito Schumann Cunha

domingo, 5 de março de 2023

A fé em Deus nos faz missionário da Palavra

 A fé em Deus nos faz missionário da Palavra



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 2º Domingo da Quaresma e na Eucaristia e na Palavra de Deus vamos fortalecendo na fé em Deus para a missão de evangelizar a todos. A quaresma é o momento forte que vivemos para buscar a santidade e reforçar a fé em Cristo na comunidade cristã.

No livro do Gênesis, Deus fala a Moisés para sair daquela terra aonde mora para outra, pois nesta será abençoado a sua descendência. Nesta nova terra o que ele abençoar Deus abençoará e quem ele amaldiçoar Deus amaldiçoará também. Então parte com toda família e também com seus pertences. O que fez Abrão sair e obedecer a Deus foi a fé na Palavra de Deus que é sempre fie. Nós devemos fazer o mesmo, acreditar que Deus quer melhor para nós. Devemos enxergar os sinais dos temos. (cf. Gn 12, 1-4ª)

Devemos fazer como o salmista que canta: Esperamos, Senhor, na vossa misericórdia. Isso é uma verdade, pois Deus é fiel sempre. Sl 32 (33), 4-5.18-19.20.22 (R. 22)

Na Segunda carta a Timóteo, Paulo nos fala que os sofrimentos vividos juntos pela pregação do Evangelho têm o apoio da Força de Deus que os encoraja. É Deus que nos chama à santidade   e não é pelas nossas obras, mas pela graça e pela vontade de Deus por nós. Essa certeza que nós temos vem da Fé em Cristo que nos salvou pela sua morte e ressurreição Deus nos ama em Cristo Jesus. Deus nos dá a vida eterna. (cf. 2Tm 1, 8b-10)

O evangelista Mateus nos fala do evento da Transfiguração. Jesus leva três discípulos juntos para o Monte Tabor e lá Jesus se transfigura na sua própria essência de Filho de Deus glorificado e conversava com Moises e Elias. Isso dá a sensação de algo Maravilhoso e êxtase que faz Pedro quere fazer três tendas uma para Jesus, para Moisés e Elias. Era muito bom aquele acontecimento que nem precisava fazer tenda para eles discípulos. Esse episódio foi antes do sofrimento, morte e ressurreição.  Novamente a Trindade Pai, filho e Espírito santo se faz presente. Deus fala que Jesus é o seu amado e que todos devem escutar.

Isso é para que os discípulos pudessem fortalecer a fé em Cristo quando viesse a paixão de Jesus em Jerusalém. Jesus depois desse acontecimento fala aos discípulos: «Levantai-vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».(cf. Mt 17, 1-9)

Portanto, para crer em Cristo precisamos caminhar com Ele, aceitando os seus ensinamentos e ser despojados das coisas materiais e buscar as coisas do alto. Desta forma vamos solidarizar e partilhar o bem com Todos.

Que esta liturgia nos ajude a ter mais fé em Cristo e não ficar presos às ideologias políticas, econômicas, sociais e religiosas do nosso tempo.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Servus Christi semper!

Jose B. Schumann Cunha