ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Francisco: calem-se as armas, quem faz a guerra esquece a humanidade

 Francisco: calem-se as armas, quem faz a guerra esquece a humanidade


Depois do Angelus, novo apelo do Papa pela Ucrânia: as pessoas simples desejam a paz mas pagam na própria pele pelas loucuras da guerra, corredores humanitários são necessários para aqueles que buscam refúgio. Recordando os conflitos na Síria, Etiópia e Iêmen: "Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência".

Uma voz contra o barulho dos mísseis, que o crepitar das armas não enfraquece. É uma voz sobre uma grande praça, mas acima de tudo sobre as consciências, a de Francisco. Não ouvida por aqueles que estão derramando sangue e transformando um pedaço da Europa em um campo de batalha, mas que não recua:

Nestes dias, ficamos abalados por algo trágico: a guerra. Muitas vezes rezamos para que este caminho não fosse percorrido. E não paramos de falar; pelo contrário, suplicamos a Deus com mais intensidade.

A verdadeira vítima, o povo

A mensagem do Papa no pós-Angelus é um refrão que liga todos os últimos apelos. A guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia torna ainda mais urgente a convocação, na Quarta-feira de Cinzas, de um Dia de oração e jejum para que a paz possa retornar onde pessoas indefesas buscam refúgio ou morrem, onde "as mães estão em fuga com seus filhos...". Rezaremos, é o convite de Francisco, "para sentir que somos todos irmãos e irmãs e para implorar a Deus o fim da guerra".

Quem faz a guerra esquece a humanidade. Não parte do povo, não olha para a vida concreta das pessoas, mas coloca diante de tudo interesses de parte e de poder. Baseia-se na lógica diabólica e perversa das armas, que é a mais distante da vontade de Deus. E se distancia das pessoas comuns, que desejam a paz; e que em cada conflito - pessoas comuns - são as verdadeiras vítimas, que pagam as loucuras da guerra com a própria pele.

Pedaços de guerras que não devem ser esquecidos

Para os idosos, as crianças, as pessoas que procuram refúgio, "é urgente - insistiu Francisco - abrir corredores humanitários", eles são irmãos e irmãs "que devem ser acolhidos". E mais uma vez a voz se move sobre o mundo das guerras "em pedaços".

Com o coração dilacerado pelo que está acorrendo na Ucrânia - e não esqueçamos as guerras em outras partes do mundo, como no Iêmen, na Síria, na Etiópia... -, repito: calem-se as armas! Deus está com os construtores de paz, não com aqueles que usam a violência.

"Porque aqueles que amam a paz", concluiu o Papa, citando a Constituição italiana, "repudiam a guerra como instrumento de ofensa à liberdade de outros povos e como meio de resolver disputas". As bandeiras de muitos ucranianos na Praça São Pedro balançaram em sinal de agradecimento ao Papa. E Francisco saudou-os em seu idioma: Хвала Ісусу Христу, "Louvado seja Jesus Cristo".

fonte: aticannews.va/pt/papa/news/2022-02/francisco-calem-se-as-armas-quem-faz-a-guerra-esquece-humanidade.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 26 de fevereiro de 2022

O agir e o falar da pessoa revela o que ela tem de bom ou de mau

  O agir e o falar da pessoa revela o que ela tem de bom ou de mau


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 8º domingo do Tempo comum, e no próxima já vamos começar a quaresma, tempo adequado para a nossa conversão a Deus e nos prepararmos bem para a Pascoa do Senhor. Muitas vezes na nossa vida julgamos e até condenamos pessoas pelas aparências ou estereótipos que fazemos delas.

A palavra de Deus tem muito a nos dizer sobre isso. O que devemos ter como uma medida certa e correta é reconhecer as pessoas nas suas palavras, obras e ações neste mundo.

Se quisermos agir corretamente em relação as outras pessoas, devemos agora ouvir, entender bem e refletir o Livro do Eclesiástico que nos fala. Assim diz o Livro do Eclesiástico para nós: "A Palavra mostra o coração do homem... os defeitos de um homem aparecem em seu falar...". Se quisermos fazer um juízo de uma pessoa, ouça o que ela vai dizer, pois na palavra dela que vai revelar realmente o que ela é. É uma dica boa para o nosso julgamento que porventura devemos fazer de alguém. Essa leitura nos ajuda a entender o que Jesus diz no evangelho de hoje. (cf. Eclo 27,5-8)

Na Primeira carta de Paulo aos coríntios nos fala de uma certeza que não podemos jamais dúvidar de que é a vitória da vida sobre a morte, que Cristo conquistou para nós. Que vida é essa? Ai podemos dizer que é a vida clara sem sombra porque essa vida pura e verdadeira vem de Cristo que nos deu com seu sangue derramado na cruz e no amor que transforma a todos. Queremos a vida que não acaba. (cf. 1 Cor 15, 54-58)

O evangelista Lucas nos mostra um dos critérios que Cristo nos ensina que é: "A boca fala daquilo que o coração está cheio...". E ainda fala que as obras são reflexo daquilo que brota do íntimo de nossa coração. Se fazemos algo bom porque o nosso coração tem algo bom também, mas se agimos mal porque dentro de nós tem um castelo de maldade.

Isso é importante para nós em relação a igreja comunidade. Se existir pessoas que querem apenas o poder e a ostentação, então  as suas obras e efeitos vão refletir as más intenções que estão no coração. O agir segue o ser. O fruto revela que jeito a arvore é. Essa frase dita por Jesus: "Não há árvore boa que dê frutos maus, nem árvore má que dê bons frutos. Cada árvore se conhece pelo seu fruto". É uma premissa importante para a gente refletir. (cf. Lc 6,39-45)

Hoje em dia as palavra de solidariedade, fraternidade, ajuda mutua, compaixão e altruísmo estão longe de nossas atitudes cristãs. Essa pandemia estamos vendo muitas pessoas isoladas com medo e distante uns dos outros. O egoísmo reina, a maldade se espalha e o ódio se multiplica contra todos e guerras se fazem com motivos banais. O bem comum se esvazia no meio de nós e deixa a igreja longe do amor fraterno.

Que essa liturgia nos ajude a buscar alternativas para que as pessoas se sintam acolhidas, ajudadas e ainda membros vivos de uma Igreja que quer ser sinal de partilha da Palavra, de pão e de misericórdia.

Deus conhece as intenções do nosso coração.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em teologia Jose B. Schumann Cunha – Servus Cristi semper!