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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Deus chama e nós respondemos

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia dominical nos convoca para a missão. O chamado vem de Deus e nós respondemos com a nossa vida e com os nossos talentos. Estes são desenvolvidos em nós pela Graça de Deus. Ao longo da História da Salvação, Deus chama as pessoas para colaborar com o seu plano. Nós podemos constatar, nestas três leituras, que Deus faz o chamado no momento certo de cada um.

O Livro do Profeta Isaías narra o Seu Chamado - Deus se revela a Isaías. O interessante é que Isaías estava em oração no Templo. A Glória de Deus se manifesta. Ele sempre está presente. Deus chama o Profeta para a missão. Podemos, em um primeiro momento, não nos comprometermos, mas Deus capacita cada pessoa humana. No caso de Isaías, através do anjo que toca nos lábios com uma brasa e, desse modo, purifica-o para a missão.

Isto quer dizer, para nós, que a obra é de Deus e nós somos os seus instrumentos. Deus pergunta. Quem vou enviar? Ele respeita a decisão do homem. Só resta a Isaías dizer. ”Eis-me aqui, envia-me”(Cf. Is 6, 1-8). Na Primeira Carta aos Coríntios, vemos que São Paulo se considera o “último” dos apóstolos... Considera-se como um “abortivo”. È no bom sentido que ele diz isso. Ele nasce para a missão de modo espetacular. Deus vem até ele e questiona-o: porque me persegues, pois Eu sou o Cristo que foi crucificado e agora está vivo e no meio de nós.

Se nós percebermos esse encontro com Cristo que São Paulo teve a caminho de Damasco. Ele se põe a responder ao Cristo desta maneira. "Senhor, que queres que eu faça?". Assim, deveríamos agir em relação ao Nosso Senhor. O que podemos fazer a Deus, dando uma resposta segura na comunidade, nas pastorais, na sociedade. Desta maneira, o nosso serviço terá êxito porque vamos nos solidarizar com as pessoas, vamos nos comprometer com elas e fazer acontecer o Reino de Deus entre nós. Essa é a pergunta que devemos fazer a Deus toda vez que somos chamados a servir o Senhor, seja na Igreja, seja na comunidade ou em qualquer lugar (Cf. 1 Cor 15, 1-11).

O Evangelista Lucas narra que os pecadores foram pescar e nada conseguiram à noite, e voltaram desanimados. Jesus aparece e faz uma proposta para que eles voltem com Ele na barca. E a barca vai a alto mar. Jesus está na barca de Pedro. Orienta-os pela Palavra. Pedro obedece. Mesmo no seu íntimo, nada acontece, pois eles não conseguiram pescar na hora que era boa a pescaria. Por causa da Palavra do Mestre, eles seguem e há uma pesca maravilhosa. Para pescadores, isso é a melhor coisa que pode acontecer no trabalho deles.

Mas Deus, o autor de todas as coisas, está presente em todas as situações difíceis e faz um convite extraordinário a eles. Vou fazer de vocês pescadores de homens. É uma proposta incrível que eles aceitam porque Jesus estará presente, orientando-os e fortalecendo-os na fé (Cf. Lc 5, 1-11). Hoje a barca é a Igreja. Nós somos os seus seguidores. Jesus comanda esta barca e deixa dirigentes que nos encorajam e nos dão forças. A Igreja faz a vontade de Deus. Ela é guiada pela força do Espírito Santo e faz resplandecer a Verdade dos ensinamentos de Cristo.

Cabe a nós escutarmos, respondermos, vivermos com autenticidade e com generosidade. Desse modo, estaremos animados na missão libertadora do homem na sua integridade. Não tenhamos medo de responder como tantos já responderam, dizendo: eis-me aqui, Senhor, envia-me! Temos muitos trabalhos para fazer. Devemos sim, na medida do possível, ajudar as pastorais, movimentos, viver engajado na luta da vida das crianças, adolescentes e idosos desamparados que estão em risco nos seus princípios fundamentais, que são moradia, educação de qualidade, saúde de nível qualificado e respeito à dignidade da pessoa humana.

“Similiter autem et Iacobum et Ioannem, filios Zebedaei, qui erant socii Simonis. Et ait ad Simonem Iesus: ‘Noli timere; ex hoc iam homines eris capiens." (Lc 5, 10)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Um comentário:

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha disse...

errata:onde está escrito "O Evangelista Lucas narra que os pecadores foram pescar..." lê-se : o Evangelista Lucas narra que os pescadores foram pescar...
teologo Jose Benedito Schumann Cunha