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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A cruz dá sentido à vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A vida humana é marcada, muitas vezes, por sofrimentos, perdas, mortes, vitórias, fracassos, amor, doação, coragem, desamor, perdão e falta de perdão, etc. Isto acontece porque o homem está sujeito ao pecado e também à conversão e à volta para Deus. Quem deu este caminho de reconciliação consigo, com o outro e com Deus foi Jesus Cristo.

A novidade do Cristianismo é a lei do Amor que ultrapassa todas as barreiras do egoísmo, do individualismo e do materialismo. Jesus, com a sua vinda, com o seu exemplo de vida, com as suas mensagens de salvação e de libertação, deu ao homem um novo começo. A cruz se torna bendita porque dá sentido à vida. Ela foi um instrumento de morte, mas nela o Autor da Vida morre e depois ressuscita, dando vida nova para todos que creem n’Ele. A cruz é um símbolo que indica que um Deus se doa plenamente à humanidade por amor.

“O crucifixo é o espelho no qual todos, crentes e não crentes, podem encontrar um significado que enriquece a vida. E, portanto, em nenhum outro lugar o homem pode melhor compreender o quanto ele é importante olhando-se no espelho da cruz”. Foi o que sublinhou recentemente o Santo Padre, o Papa Bento XVI, ao centralizar a importância da catequese em audiência geral sobre a pessoa de Santo Antônio de Pádua, um homem que colocou “Cristo sempre no centro da sua vida e do seu pensamento, da sua ação e pregação” (10 de fevereiro de 2010).

Assim o Papa nos ensina. “Iniciador da teologia franciscana, o santo, um dos mais populares em toda a Igreja, falava da oração como de uma relação de amor, que leva o homem a conversar docilmente com o Senhor”. “Somente uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual”, afirma Bento XVI. Antônio, além do mais, conhecia “bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado”, e exortava “continuamente a combater a inclinação à avidez, ao orgulho, à impureza”, praticando, ao invés, “as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza”.

“A caridade”, dizia Santo Antônio, “é a alma da fé”. Um ensinamento de grande atualidade se for visto à luz da crise econômica que ainda semeia tanta pobreza. Por isso, o Papa nos exorta que “a economia tem necessidade de ética para o seu correto funcionamento, não de uma ética qualquer, mas sim de uma ética amiga da pessoa”.

No Evangelho de Marcos, é narrado que o que deixa impuro o homem é o que sai de dentro dele, isto é, toda forma de mal que não o deixa ser livre, como, por exemplo, o orgulho, a avareza, a imoralidade, a devassidão, a violência, os assassinatos e muitas outras coisas que diminuem a dignidade humana (Cf. Mc 7, 14-23).

Se o homem estiver em plena comunhão com Deus e com os irmãos, as coisas externas más não vão contaminá-lo porque ele terá na sua vida Cristo que liberta de todas as más inclinações e o deixa livre para ser bom. Assim o mundo é transformado, a sociedade se torna justa e fraterna, e a cooperação e a solidariedade dão as mãos em favor da vida e da dignidade da pessoa humana.

“Et Iesus hoc audito ait illis: ‘Non necesse habent sani medicum, sed qui male habent; non veni vocare iustos sed peccatores’.” (Mc 2, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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