A Lei de Deus é justa e ajuda o ser humano
Queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste domingo estamos celebrando o 22º Domingo do Tempo Comum. E a liturgia dominical vai nos ajudar a refletir e entender sobre o sentido da Lei. O objetivo da Lei de Deus é dar ao homem o sentido pleno na vida dele e da sua realização como pessoa. E ela é uma proposta de Deus e dá o modo como deve ser observada, pois é uma Lei que ajuda a pessoa viver bem com Deus e com o próximo praticando a justiça verdadeira que Deus quer que cada uma faça neste mundo
No Livro do Deuteronômio, o Povo de Deus recebe a Lei de Deus por Moisés para poder viver bem na nova terra prometida. Se observarmos bem, é desejo espiritual para que as pessoas sejam fiéis a Deus e sejam observadores desta Lei para viver bem. Não é uma imposição, mas uma grande ajuda e é sinal de um povo que vai tomar posse da terra que Deus preparou para todos.
Os outros povos não a tinham, pois a Lei é o selo da Aliança do Deus vivo com seu povo na nova terra que se avizinha. A observância da Lei de Deus é uma forma de obediência e gratidão a um Deus libertador. Deus sempre é fiel e ajudou o povo a não ficar em caminhos aventurosos que não levam a lugar nenhum. Se refletirmos melhor o sentido dos Mandamentos de Deus é a trilha para a felicidade e vida plena aqui até um dia no reino definitivo no céu.
Não precisamos aumentar as regras e nem acrescentar artigos a ela porque ali tem o necessário para que todos vivam em comunhão com Deus e com os irmãos. Infelizmente os judeus multiplicaram exigência que só aumentaram o julgo e escravidão da Lei que não era a que Deus tinha proposto. Como hoje vemos a Constituição de uma nação em que os seus legisladores multiplicam leis para proveito de quem está no poder e outras que mais atrapalham as pessoas, provocando injustiças de toda ordem. Em vez de ser sinal de liberdade que foi proposta por Deus torna-se um peso para o povo. (cf. Dt 4,1-2.6-8)
Na Carta de Tiago nos exorta e nos lembra para que não sejamos apenas ouvintes da Palavra de Deus, mas sim cumpridores dela, pois ela é vida e condição de ter a felicidade plena neste no mundo e na caminhada ao reino definitivo onde Deus já preparou para todos.
Muitas vezes estamos presos a ritos e gestos que se perdem no verdadeiro sentido de ser discípulo de Cristo. Devemos ser solidários aos órfãos e viúvas e ainda ser comprometido com amor fraterno na vivência da comunidade igreja. Jamais ser uma Igreja intimista e nem uma Igreja de aparência na ostentação sem ser a Igreja de saída no mundo que grita por justiça e partilha. (cf. Tg 1,17-18.21-22.27)
O evangelista Marcos nos mostra Jesus que explica o sentido da Lei de Deus para todos nós. Os judeus tramavam contra Jesus porque Ele mostrava e denunciava a distorção da Lei que sacrificava a maioria do povo que sofria discriminação, injustiça e fome.
Hoje percebe-se isso também. Os poderosos do mundo querem calar o povo, impondo leis que amordaçam o povo para não questionar e nem denunciar as injustiças que se praticam por eles contra o povo. Jesus diz assim: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens".
Deus não quer observância externa da Lei, mas o desejo que vem do coração do homem que é o amor. Os acréscimos feitos na Lei de Deus são preceitos humanos que subjugam o ser humano para não ser livre. Isso não foi e não é desejo de Deus. A novidade do cristianismo está na Lei do amor e em Jesus resume os 10 mandamentos no amor, portanto a lei é um sinal de um caminho da verdadeira liberdade de sermos filhos de Deus.
É preciso uma conversão e entender a Lei de Deus que jamais será empecilho para sermos felizes. (Mc 7,1-8.14-15.21-23)
Os fariseus daquela época estão neste mundo em que vivemos, pois impedem muitos com regras e disposições alfandegárias de participar da sociedade e da comunidade cristã, excluindo-os e discriminando-os muitos.
Estamos celebrando nesta dia o ministério do catequista, este tem o papel e o dever de ensinar aos que vão receber os sacramentos da Igreja, uma doutrina cristã sadia e sem entraves para que os catequizandos possam assumir os compromissos batismais numa Igreja viva da partilha do pão e no Banquete da vida desejada por Deus em Cristo;
Que esta liturgia nos ajude a sermos verdadeiros cristãos, obediente a sua Palavra e aos mandamentos de Deus que liberta a cada um de nós das armadilhas deste mundo que nos escravizam as ideologias cegas da política, da justiça, da economia, da religião e das regras sociais que discriminam e excluem o povo, deixando-o na margem da sociedade capitalista de nosso tempo.
Tudo por Jesus nada sem Maria! Eis me aqui Senhor, envia-me para onde precisa de pregador da sua Palavra.
Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha
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