Na escolha que devemos fazer, então devemos dizer: “Senhor, a quem iremos?"
Queridos irmãos e irmãs, no
domingo passado, a liturgia nos chamou atenção sobre a importância da escolha
que devemos fazer. Nesse mundo tem muitos caminhos e ideologias políticas,
religiosas, sociais e econômicas, então perguntamos quais que devemos seguir? Isso
é uma encruzilhada em que ficamos, então devemos escolher e assumir qual caminho
a seguir que vai trazer a vida plena. Há um só caminho que leva a vida plena e
eterna. Aqui está a decisão de assumir o caminho que leva a Deus que quer nos
libertar das escravidões que nos levam a morte e distanciamento do bem.
A liturgia bíblica nos mostra
dois testemunhos autênticos e que nos ajudam a termos convicção de seguir o Deus
verdadeiro que nos traz a liberdade e vida digna. As leituras nos dão dois
testemunhos muito significativos: Josué e Pedro.
No livro dos juízes o povo teve
que optar pelo Deus vivo ou por ídolo que nada faz. Josué chama atenção do povo
para quem quer seguir e dá a oportunidade de escolha para o povo dizendo: "ESCOLHEI
a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito
e fez uma Aliança conosco? Eu, porém, e
a minha família vamos servir ao Senhor". Essa afirmação de Josué é um
testemunho eloquente que fala por si só e essa afirmação deve ressoar no nosso
coração como certeza da nossa fé em Deus. Aqui podemos dizer que queremos estar
com Deus verdadeiro porque sempre está do lado do povo, tanto no passado como agora
na nossa história de vida. Devemos ser fiel a Deus e estar com Ele em todos os
momentos tanto nos infortúnios como na alegria. (cf Js 24,1-2.15-18)
Na carta de São Paulo aos Efésios
nos fala da relação da Igreja com Cristo. Jesus é a cabeça da Igreja e se
entregou por ela. Jesus foi fiel. Aqui a uma explicação que a família deve se
espelhar na relação que Cristo tem com a sua Igreja. A obediência, a solicitude
e o amor devem estar na relação do casal como a Igreja deve estar com Cristo
sempre. Não podemos ser mais que os outros e nem ser arrogantes diante da vida
em comunidade, nas pastorais ou na família, mas como membros que se ajudam e se respeitam mutuamente. É o corpo que se manifesta na sua beleza, na sua autonomia e na sua articulação de todo a sua essência de existir e assim devemos buscar a união
mais intima com Deus e com a família no diálogo e no amor reciproco de doação e compromisso. (cf. Ef
5,21-32)
O evangelho de São João nos
mostra a escolha de Pedro e dos Apóstolos. Aqui está o contexto do discurso do
pão da vida. Jesus é o pão da vida que anima e fortalece a caminhada dos discípulos.
Assumir e assimilar Jesus no alimento deve ser uma escolha dos que creem a
Jesus e faz a adesão ao seu projeto de vida e libertação. Ou seguimos Jesus e
as suas consequências ou procuramos outros caminhos que não podem dar sentido a
vida. (cf. Jo 6,60-69)
O mundo experimenta uma realidade efêmera que não traz a felicidade e bem durável, mas que são passageiros e depois trazem frustração. Se ficarmos presos ao pão material que acaba, riquezas e ostentação que trazem ilusão, prestígios sem serviços aos necessitados e muitos outros que não satisfazem completamente a vida das pessoas e isso traz um grande vazio existencial. Não podemos procurar uma Igreja fácil e algo só para satisfazer o nosso egoísmo sem se comprometer com todos.
Hoje é necessário
ser uma Igreja viva, comprometida com todos, principalmente aos que mais sofrem
nesse mundo. Devemos ser a Igreja do pão partilhado e de saída para ir atrás
das ovelhas machucadas pela injustiça da nossa sociedade, que muitas vezes,
excluem os mais fracos e indefesos.
Que a liturgia nos ajude a abrir o nossos olhos aos pobres e
também nos ajudar a colocar as mãos na massa do trabalho pastoral a favor da
vida. Sair da Igreja de pedra pra uma Igreja viva d e pessoas que sintam
acolhido numa grande família, fazendo do corpo único que é Cristo com todo os
seus membros. Amém.
Tudo por Jesus nada sem Maria,. Eis me aqui Senhor, envia-me a onde precisar de pregador do seu Evangelho.
Jose B. Schumann Cunha
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