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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Quarta Congregação: no domingo, vésperas dos cardeais no túmulo de Francisco

 Quarta Congregação: no domingo, vésperas dos cardeais no túmulo de Francisco


Cento e quare


nta e nove cardeais estiveram presentes na reunião desta sexta-feira, 25 de abril, na qual foram discutidos sobre a Igreja e o mundo, bem como as exéquias do Papa. O mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias explicou que, segundo a vontade do Pontífice, as exéquias serão como as de um pastor, e não como as de um soberano. O corpo não será exposto num catafalco.

Na tarde de domingo, 27 de abril, os cardeais irão a Santa Maria Maior para visitar o túmulo de Francisco e a capela onde está exposto o ícone que lhe é querido, a Salus Populi Romani. Eles também passarão pela Porta Santa e celebrarão as Vésperas juntos. Foi o que decidiu a Quarta Congregação geral dos cardeais realizada, na manhã desta sexta-feira (25/04), das 9h10 às 12h20, informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. Cento e quarenta e nove cardeais estiveram presentes na Sala do Sínodo e houve 33 pronunciamentos sobre vários assuntos, incluindo temas da Igreja e do mundo. Como nas outras sessões, prosseguiu-se com a leitura da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis e os cardeais que chegaram, nesta sexta-feira, tiveram a oportunidade de prestar juramento. A próxima Congregação Geral, a quinta, se realizará na manhã de segunda-feira, 28 de abril, às 9h.

Os métodos e a organização das exéquias

No final da Congregação desta sexta-feira, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli, explicou o rito das exéquias. "Serão as exéquias de um pastor, não de um soberano", disse ele. O corpo do Papa não será exibido no catafalco. Matteo Bruni lembrou que essas mudanças foram escolhidas e pensadas pelo próprio Francisco e aprovadas em 2024, quando foi publicada a nova edição do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis.

Terceira Congregação dos Cardeais, conversa sobre a Igreja e o mundo

A Sala de Imprensa da Santa Sé também especificou que no sábado, 26 de abril, na missa de corpo presente, as autoridades estarão dispostas conforme o protocolo, ou seja, na primeira fila os presidentes da Argentina, terra natal do Papa, e da Itália. Depois, haverá a realeza e os outros presidentes em ordem alfabética francesa. A lista completa das delegações será divulgada na tarde desta sexta-feira. De acordo com as últimas atualizações da última quinta-feira, pelo menos 130 delegações foram confirmadas, incluindo aproximadamente 50 chefes de Estado e 10 soberanos reinantes.

Após a missa, o cortejo fúnebre não passará pela Praça São Pedro, mas retornará à Basílica. Em seguida, num veículo aberto para permitir ver o caixão, sairá do Estado da Cidade do Vaticano pela Porta del Perugino, em direção à Basílica de Santa Maria Maior. O trajeto deverá durar entre 30 e 40 minutos e o veículo que transportará o corpo do Papa seguirá numa velocidade de aproximadamente 10 km por hora. As imagens da procissão serão transmitidas ao vivo pelos canais do Vaticano Media e a transmissão terminará na chegada à Basílica Liberiana. O rito de sepultura será um ato privado. Por fim, às 21h, o cardeal Rolandas Makrickas rezará o Terço em sufrágio pelo Papa Francisco do lado de fora da Basílica.

150 mil fiéis para se despedirem do Papa e 2700 jornalistas

Esta noite, a Basílica de São Pedro fecha às 19h locais, mas às 18h termina o acesso à fila, para que os fiéis possam dar o último adeus ao Papa, antes do ritual de fechamento do caixão, que será um ato privado. Desde quarta-feira, 23 de abril, até às 12 horas desta sexta-feira, cerca de 150 mil pessoas deslocaram-se à Basílica de São Pedro para prestar homenagem ao Papa. A Sala de Imprensa informa ainda que pelo menos 2700 jornalistas de todo o mundo foram credenciados para os eventos destes dias.

FONTE: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-04/quarta-congregacao-geral-cardeais-exequias-papa-francisco.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

terça-feira, 22 de abril de 2025

Exéquias do Papa Francisco: sábado na Praça São Pedro

 Exéquias do Papa Francisco: sábado na Praça São Pedro

O Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do Papa Francisco. Em 23 de abril, o corpo será trasladado à Basílica de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada em 26 de abril, seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.

O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do Papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.

Traslado para a Basílica de São Pedro

Na quarta-feira, 23 de abril, às 9h (horário local), o corpo do Papa Francisco será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária do Papa Francisco.

Exéquias e sepultamento

No sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.

Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem ao Pontífice falecido.

fonte https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-04/papa-francisco-translado-missa-exequias.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Na Missa de Páscoa, card. Comastri agradece ao Papa: obrigado por despertar a nossa fé!

 Na Missa de Páscoa, card. Comastri agradece ao Papa: obrigado por despertar a nossa fé!



A pedido de Francisco, o cardeal italiano Angelo Comastri presidiu à Santa Missa do Domingo de Páscoa na Praça São Pedro, lotada de fiéis. O Pontífice preparou uma homilia, em que recorda que Cristo Ressuscitado abre nossa vida à esperança.

A Praça São Pedro foi enfeitada com milhares de flores para acolher o mais belo anúncio da história: Cristo verdadeiramente ressuscitou!

Cerca de 35 mil fiéis participaram da Missa de Páscoa, que este ano excepcionalmente foi presidida pelo cardeal Angelo Comastri, por desejo do Papa Francisco, ainda convalescente. A celebração teve início com a abertura do ícone do Santíssimo Salvador, com o canto do Aleluia, ausente da liturgia no período da Quaresma.  A novidade foi a leitura da homilia, pois normalmente não há nesta ocasião. O texto foi preparado pelo Pontífice.

Cristo não é herói nem peça de museu

O Santo Padre destacou dois aspectos que o anúncio da Páscoa nos sugere. Primeiramente que Cristo ressuscitou, está vivo, portanto é necessário procurá-lo em outro lugar pois não se encontra no túmulo. Não se trata de uma bela história para contar nem de um herói do passado ou uma estátua a ser colocada num museu. 

"Se Ele ressuscitou, então está presente em toda a parte, habita no meio de nós, esconde-se e revela-se ainda hoje nas irmãs e nos irmãos que encontramos pelo caminho, nas situações mais anônimas e imprevisíveis da nossa vida. Ele está vivo e permanece sempre conosco, chorando as lágrimas de quem sofre e multiplicando a beleza da vida nos pequenos gestos de amor de cada um de nós."

A fé pascal, portanto, é tudo menos uma acomodação estática ou um pacífico conformar-se numa segurança religiosa qualquer. Pelo contrário, a Páscoa põe-nos em movimento, impele-nos a correr. Eis, então, o segundo aspecto: movimentar-se. "Temos de O procurar, e, por isso, não podemos ficar parados. Temos de nos pôr em movimento, sair para O procurar: procurá-lo na vida, procurá-lo no rosto dos irmãos, procurá-lo no dia a dia, procurá-lo em todo o lado, exceto naquele túmulo", escreve o Papa.

"Irmãos e irmãs, aqui está a maior esperança da nossa vida: podemos viver esta existência pobre, frágil e ferida agarrados a Cristo, porque Ele venceu a morte, vence a nossa escuridão e vencerá as trevas do mundo, para nos fazer viver com Ele na alegria, para sempre."

A Páscoa no ano do Jubileu

Francisco recorda que o Jubileu é um convite a renovar em nós mesmos o dom desta esperança, a mergulhar nela os nossos sofrimentos e as nossas inquietações, a contagiar aqueles que encontramos no caminho, a confiar a esta esperança o futuro da nossa vida e o destino da humanidade. "Por isso, não podemos estacionar o nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria." Para isso, citou uma frase do teólogo Henri de Lubac: "Nos bastará compreender isto: o cristianismo é Cristo. Verdadeiramente, não há nada mais do que isso. Em Cristo temos tudo".

É Cristo ressuscitado que abre a nossa vida à esperança, concluiu o Pontífice. Ele está vivo e ainda hoje quer renovar a nossa vida:

“Irmãs, irmãos, na maravilha da fé pascal, trazendo no coração todas as expetativas de paz e libertação, podemos dizer: Convosco, Senhor, tudo é novo. Convosco, tudo recomeça.”

O cardeal Comastri acrescentou no final um agradecimento ao Santo Padre, "por este forte convite a despertar a nossa fé em Jesus ressuscitado e vivo, e sempre presente ao nosso lado. Obrigado, Papa Francisco e Feliz Páscoa!". 

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-04/papa-francisco-homilia-missa-pascoa-2025.html

Hoje o nosso Papa Francisco fez a Ultima Pascoa, a pascoa definitiva. Ele foi ao encontro do bom Pastor.

domingo, 13 de abril de 2025

A morte não tem vez, agora o amor vencerá

  A morte não tem vez, agora o amor vencerá


Queridos irmãos e irmãs, estamos na sexta-feira da Paixão de Cristo. É uma celebração que não há consagração da eucaristia, mas tem a comunhão aos fiéis devido  houve uma missa anterior que teve a consagração da eucaristia: corpo e sangue de Cristo. Nesta celebração temos a veneração da cruz, uma celebração contemplativa do maior sacrifício que fez pela humanidade.

Nesta sexta-feira temos 4 momentos distintos: A liturgia da Palavra  vai nos mostrar que Isaías nos revela o servo sofredor que para nós é Jesus, o servo fiel que assume as nossas fraquezas e pecado, Jesus é o sacerdote que nos leva ao Pai, pela sua mediação universal e o Evangelho que nos faz refletir que Jesus é o Rei servidor que dá a vida para salvação da humanidade, oração comunitário universal, veneração da cruz e o rito da comunhão aos fiéis presente

Temos a oração comunitária universal que nos faz orar por todos os segmentos da nossa humanidade como os cristão e não cristãos, pelos governantes e pela paz. Veneração da cruz, pois foi nela que Jesus foi pregado e morreu. A cruz é símbolo de doação e amor e misericórdia e perdão. E a comunhão, pois foi celebrado a eucaristia na véspera. Não há bênção e todos se retiram silenciosamente.

O evangelista João nos coloca na cena da Paixão e tudo que ocorreu até a morte de Jesus. Esse momento da liturgia nos ajuda a entender que o amor é a máxima da nossa existência humana. Foi por amor que Jesus se deixou entregar para que a humanidade seja salva.

Vemos que os homens de autoridade foram injustos com Cristo que só fez o bem. Um julgamento sem defesa e testemunha, u m Pilatos que não quer perder os privilégios do poder se omite por medo dos judeus.

Hoje ainda acontecem muitos julgamentos injustos que são manipulados por ideologias para que o poder injusto seja imposto por medo e um autoritarismo que cega a verdade e a justiça.

Neste contexto, temos Judas, que dá um beijo em Jesus, sinal da entrega de Jesus aos malfeitores. Maria Madalena que está sempre presente para atenuar a dor de Cristo. Uma presença que é um bálsamo e quantas vezes precisamos de alguém assim na nossa vida.

Mas a cruz não será suficiente para prender Jesus, pois o sepulcro escuro vai abrir de modo extraordinário no domingo e ali sairá Jesus, a luz do mundo, ressurgirá vitorioso. A vida vence a morte. Jesus ressuscita e ainda nos dá um presente da vida eterna.

Sexta feira sem missa, pois não há renovação do sacrifício. Isso porque celebramos a memória da morte que foi a pior injustiça do mundo.

Que esse dia seja de reflexão e expectativa da Páscoa de Cristo. A vida é vitoriosa em Cristo. Feliz páscoa para todos.

 Servus Christi semper!

Missionarius Christi.

Jose B. Schumann

 

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Vamos dar um grande Hosana Hey a Jesus

 Vamos dar um grande Hosana Hey a Jesus





Queridos irmãos e irmãs, neste domingo estamos celebrando o Domingo de Ramos e Da Paixão de Jesus.

Assim com muito fervor vamos começar a nossa semana santa quando celebramos a memória dos últimos dias de nosso salvador na terra. Jerusalém recebe jesus triunfante, mas não como os reis da época, Ele vem montado num jumento. A nova Jerusalém se inicia com a chegada de Jesus.

Aquele poder tirano não vai mais existir, pois Jesus é Rei humilde e servidor que foi dito por Isaias na sua profecia. A igreja primitiva havia duas tradições que eram celebradas, uma em Jerusalém que falava da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém e a outra em Roma que citava a paixão de Cristo.

Agora as duas tradições se fizeram presente até hoje. Portanto a celebração começa com a procissão de ramos e dentro da Igreja a celebração da proclamação da Paixão de Cristo.

A primeira parte festiva e todos gritam hosana ao Rei, Filho de Davi e depois é concretização da missão de Jesus que é a sua paixão e morte na cruz. O servo que sofre em obediência a Deus Pai. Jesus foi obediente sempre. Mesmo com Todo sofrimento, o servo confia nos planos de Deus (Is 50,4-7).

Esse servo predito por Isaias é Jesus.

O salmo que é cantado na missa é dito por Jesus na cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"

Na carta aos filipenses (Fl 2,6-11) nos mostra um hino cristológico. Aqui se fala do real despojamento de Cristo, ele sendo Deus se fez homem e igualou a todos nós como ser humano, mas sem cometer o pecado. Jesus se deixou humilhar e foi até a morte de cruz. Tudo isso para nos salvar. Por isso Deus Pai o glorificou na Ressurreição.

O evangelho de Lucas (Lc 22, 1-49)   nos faz refletir e contemplar a Paixão de Cristo. Sabemos que Jesus fez o grande ministério sem ostentação e nem servir da sua condição para explorar o povo. Esteve do lado dos marginalizados e pobres deste mundo. Hoje ainda temos muitos explorados pelos gananciosos do poder religioso, político e econômico. Ele fez o bem e isso deixou os poderosos obcecados em punir e matar. Sua vida e atitude levaram a morte. O anuncio do reino de justiça, misericórdia e amor.

O amor é a parte principal da nossa existência no mundo. Ele não exclui ninguém. O sofrimento e paixão de Jesus não ficaram em vão pois muitos seguiram Jesus dando a vida pelos que mais sofrem no mundo. Que liturgia deste domingo e da semana santa seja momentos de muita reflexão para que possamos converte ao bem e não ficar no mundo como que nada está acontecendo.

 Servus Christi semper

Tudo por Jesus, nada sem Maria!

Jose B. Schumann Teólogo

domingo, 6 de abril de 2025

O Papa: na doença, Deus não nos deixa sozinhos. Francisco chega de surpresa à Praça

 O Papa: na doença, Deus não nos deixa sozinhos. Francisco chega de surpresa à Praça



Na doença, Deus não nos deixa sozinhos e, se nos abandonarmos a Ele, precisamente onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença. Ele mesmo, feito homem, quis partilhar a nossa fraqueza em tudo e sabe bem o que é o sofrimento. Por isso, podemos dizer-Lhe e confiar-Lhe a nossa dor, certos de que encontraremos compaixão, proximidade e ternura: disse o Papa na Missa deste domingo, presidida por dom Fisichella, ponto alto do Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde

“Com o seu amor cheio de confiança, Deus envolve-nos para que, por sua vez, nos tornemos nós mesmos, uns para os outros, “anjos’, mensageiros da sua presença, a tal ponto que tanto para quem sofre como para quem presta assistência, a cama de um doente se pode transformar, muitas vezes, num ‘lugar santo’ de salvação e redenção”, disse Francisco na homilia por ele preparada para a Missa deste domingo - presidida na Praça São Pedro pelo arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização -, ponto alto do Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde, com a participação de cerca de 20 mil peregrinos: pacientes, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, profissionais da saúde, voluntários, provenientes de mais de 90 países.

De seu quarto, Francisco está particularmente perto de nós

Antes de pronunciar a homilia, o arcebispo Fisichella quis dirigir-se aos participantes da Eucaristia com as seguintes palavras:

Irmãos e irmãs, a poucos metros de nós, o Papa Francisco, de seu quarto na Casa Santa Marta, está particularmente perto de nós e está participando, como tantos doentes, tantas pessoas frágeis, desta Santa Eucaristia pela televisão. Sinto-me feliz e honrado por oferecer minha voz para ler a homilia que ele preparou para esta ocasião.

Partindo da promessa de Deus trazida pelo profeta Isaías que se dirige ao povo de Israel exilado na Babilônia assegurando-lhe realizar algo de novo, que já está a aparecer, e do trecho do Evangelho em que Jesus entra na vida da pecadora que está para ser apedrejada, defendendo-a e resgatando-a da violência de seus carrascos, Francisco ressalta que em ambos os casos em que tudo parece perdido, Deus dá a possibilidade de começar uma nova existência.

Deus está sempre ao nosso lado para nos salvar

Com estas narrativas dramáticas e comoventes, a liturgia de hoje convida-nos a renovar, no caminho quaresmal, a confiança em Deus, que está sempre ao nosso lado para nos salvar. Não há exílio, nem violência, nem pecado, nem qualquer outra realidade da vida que o impeça de estar à nossa porta e bater, pronto a entrar logo que lho permitamos. Aliás, observou o Santo Padre, é sobretudo quando as provações se tornam mais duras que a sua graça e o seu amor nos apertam com uma força ainda maior, para nos reerguer.

Irmãs e irmãos, lemos estes textos no momento em que celebramos o Jubileu dos enfermos e do mundo da saúde, e não há dúvida que a doença é uma das provas mais difíceis e duras da vida, durante a qual tocamos com a mão o quanto somos frágeis. Tal como aconteceu com o povo exilado ou a mulher do Evangelho, ela pode levar a fazer-nos sentir privados de esperança no futuro. Mas não acontece assim.

Nesses momentos, continuou o Pontífice, Deus não nos deixa sozinhos e, se nos abandonarmos a Ele, precisamente onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença. Ele mesmo, feito homem, quis partilhar a nossa fraqueza em tudo e sabe bem o que é o sofrimento. Por isso, podemos dizer-Lhe e confiar-Lhe a nossa dor, certos de que encontraremos compaixão, proximidade e ternura.

Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde

Partilho convosco a experiência da enfermidade

Queridos médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, enquanto cuidais dos vossos pacientes, em especial dos mais frágeis, o Senhor oferece-vos a oportunidade de renovar continuamente a vossa vida, alimentando-a com gratidão, misericórdia e esperança. Ele chama-vos a iluminá-la com a consciência humilde de que nada está garantido e tudo é dom de Deus; e a alimentá-la com aquela humanidade que se experimenta quando, deixadas por terra as aparências, permanece o que conta: os pequenos e grandes gestos de amor. Permiti que a presença dos doentes entre na vossa existência como um dom, para curar o vosso coração, purificando-o de tudo o que não é caridade e aquecendo-o com o fogo ardente e doce da compaixão.

E convosco, queridos irmãos e irmãs doentes, neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio. Nem sempre é fácil, mas é uma escola na qual aprendemos todos os dias a amar e a deixarmo-nos amar, sem exigir nem recusar, sem lamentar nem desesperar, agradecidos a Deus e aos irmãos pelo bem que recebemos, abertos e confiantes no que ainda está para vir. O quarto do hospital e a cama da enfermidade podem ser lugares para ouvir a voz do Senhor que também nos diz a nós: “Vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais?” (Is 43, 19). E, deste modo, renovar e fortalecer a fé.

Saudação e agradecimento do Santo Padre aos presentes

Ao término da celebração, Francisco presenteou os participantes fazendo uma surpresa a todos, deixando-os comovidos: apresentou-se brevemente diante do altar, em sua cadeira de rodas. Detendo-se em poucos minutos, o Papa acenou aos presentes, abençoou-os e fez uma saudação:

“Bom domingo a todos! Muito obrigado!”

Antes de saudar os peregrinos e os fiéis na praça, o Santo Padre recebeu o sacramento da reconciliação na Basílica de São Pedro, deteve-se em oração e atravessou a Porta Santa.

Por fim, ao término da Missa foi lida uma mensagem de Francisco de agradecimento:

Sua Santidade o Papa Francisco sauda com afeto todos os que participaram desta celebração e agradece do fundo do coração as orações dirigidas a Deus pela sua saúde, desejando que a peregrinação jubilar seja rica de frutos. Ele lhes concede a bênção apostólica, estendendo-a aos entes queridos, aos doentes e aos sofredores, bem como a todos os fiéis hoje reunidos.

FONTE :https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-04/papa-francisco-homilia-missa-jubileu-dos-enfermos-mundo-da-saude.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT


sábado, 5 de abril de 2025

Quem vai atirar a Primeira Pedra Queridos irmãos e irmãs, vamos celebrar no dia 6/4 o último domingo da Quaresma. Foram momentos fortes de oração, penitência e jejum para que possamos ter um coração misericordioso e não juiz de alguém. Somos convidados a ter fraternidade, não julgar alguém e nem atirar pedras em pessoas que caíram no pecado. O mal deve ser combatido com o bem, com a tolerância e amor. A quaresma é propício para isso para que na Páscoa sejamos livres e melhores como pessoa, como cristão e como um bom exemplo que está em comunhão com Cristo, com os irmãos e na comunidade. Isaías nos mostra um anúncio da libertação do Povo do exilio. Lá foram momentos difíceis, mas Deus ouviu a prece do povo. Agora estão no êxodo para a terra Prometida que Deus tinha falado e feito a aliança com povo no Deserto. Deus é fiel. Esse caminhar do povo nos remete para quaresma que é um caminho para a vida nova sem pecado e viver a graça pascal que nos faz pessoas novas em comunhão com Deus. Devemos o que nos faz ser presos no mundo onde o mal não nos deixa livres. Não podemos deixar ser escravizados neste mundo complicado pela violência, pelo ódio, terror e mal. (Cf. Is 43,16-21) Na carta de Paulo nos exorta com a sua opção por Cristo, pois é isso que lhe interessa e o resto ele considera lixo. Assim é a melhor maneira de sermos melhores e santos. Fazer de nossa vida uma oblação agradável a Deus. Não permitir que o mal nos engane e nem nos deixar se escravizar pelas coisas do mundo que são passageiros. De sim para a vida e não para o pecado que mata. (cf. Fl 3,8-14) O evangelista João (cf. Jo 8,1-11) nos fala da cena de Jesus com as pessoas que queriam apedrejar a pecadora. Jesus é misericordioso com ela e diz quem te condenou, ela responde: ninguém senhor, então Jesus fala: eu também não, vai e não peques mais. Nada passa percebido por Jesus, mas os escribas e os homens da Lei queriam pegar Jesus de qualquer jeito. Mas não era hora ainda, Jesus é o senhor do tempo. Muitas vezes nós queremos julgar e atacar outros sem nos julgar primeiro as nossas atitudes que muitas vezes não batem no que Jesus quer. Devemos buscar a conversão sempre. Que esta liturgia nos ajude a refletir para que não possamos ser algoz dos nossos irmãos que falham e que a misericórdia de Deus nos abrace. Amém. Salve Maria e Viva Cristo sempre. Christi semper sumus!!! Jose B. Schumann

  Quem vai atirar a Primeira Pedra



Queridos irmãos e irmãs, vamos celebrar no dia 6/4 o último domingo da Quaresma. Foram momentos fortes de oração, penitência e jejum para que possamos ter um coração misericordioso e não juiz de alguém.

Somos convidados a ter fraternidade, não julgar alguém e nem atirar pedras em pessoas que caíram no pecado. O mal deve ser combatido com o bem, com a tolerância e amor.

A quaresma é propício para isso para que na Páscoa sejamos livres e melhores como pessoa, como cristão e como um bom exemplo que está em comunhão com Cristo, com os irmãos e na comunidade.

Isaías nos mostra um anúncio da libertação do Povo do exilio. Lá foram momentos difíceis, mas Deus ouviu a prece do povo. Agora estão no êxodo para a terra Prometida que Deus tinha falado e feito a aliança com povo no Deserto. Deus é fiel.

Esse caminhar do povo nos remete para quaresma que é um caminho para a vida nova sem pecado e viver a graça pascal que nos faz pessoas novas em comunhão com Deus. Devemos o que nos faz ser presos no mundo onde o mal não nos deixa livres.

Não podemos deixar ser escravizados neste mundo complicado pela violência, pelo ódio, terror e mal. (Cf. Is 43,16-21)

Na carta de Paulo nos exorta com a sua opção por Cristo, pois é isso que lhe interessa e o resto ele considera lixo. Assim é a melhor maneira de sermos melhores e santos. Fazer de nossa vida uma oblação agradável a Deus.

Não permitir que o mal nos engane e nem nos deixar se escravizar pelas coisas do mundo que são passageiros. De sim para a vida e não para o pecado que mata. (cf. Fl 3,8-14)

O evangelista João (cf. Jo 8,1-11) nos fala da cena de Jesus com as pessoas que queriam apedrejar a pecadora. Jesus é misericordioso com ela e diz quem te condenou, ela responde: ninguém senhor, então Jesus fala: eu também não, vai e não peques mais.

Nada passa percebido por Jesus, mas os escribas e os homens da Lei queriam pegar Jesus de qualquer jeito. Mas não era hora ainda, Jesus é o senhor do tempo.

Muitas vezes nós queremos julgar e atacar outros sem nos julgar primeiro as nossas atitudes que muitas vezes não batem no que Jesus quer. Devemos buscar a conversão sempre.

Que esta liturgia nos ajude a refletir para que não possamos ser algoz dos nossos irmãos que falham e que a misericórdia de Deus nos abrace. Amém.

Salve Maria e Viva Cristo sempre.

Christi semper sumus!!!

Jose B. Schumann