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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Papa: Fome Mundial não deve ser aceite como "natural"

Papa: Fome Mundial não deve ser aceite como "natural"

Postado por Kathleen Naab em 13 de junho de 2016

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Queridos irmãos e irmãs em Cristo, não podemos ficar parados diante dos apelos dos nossos inúmeros irmãos e irmãs que passam fome. Há muitas que querem as migalhas que caem dos banquetes de algumas pessoas. Nós devemos procurar alternativas que amenizam esse grave problema social. Nesta hora, a solidariedade e a partilha fazem muita diferença, pois aonde se reparte o pão ninguém passa fome. Todos saboreiam a mesa que reparte. 

A Igreja nos ensina a partilha da Palavra, da Eucaristia e da boa vontade de ajuda a quem mais precisa. Em um mundo globalizado e marcado pelas redes sociais, que são veículos fecundos, que podem ajudar a muitas pessoas que gritam pela ajuda de alimento, de acolhimento e de amor.

O cristianismo nos dá uma lei que é amar a todos como nós nos amamos. Esperamos que a caridade ultrapasse todas as barreiras do indiferentismo e que haja pão em todos os lares do mundo.(Jose Benedito Schumann Cunha)

Papa Francis fez hoje a sua primeira visita à Organização das Nações Unidas com sede em Roma que combate a fome, o Programa Mundial de Alimentos, fazer uma chamada em seu discurso a reconhecer aqueles que sofrem de pobreza e da fome como mais do que uma estatística.

"Vivemos em um mundo interconectado marcada por comunicações instantâneas", o Papa refletiu, observando que as tecnologias de comunicação ", por trazer-nos face a face com tantas situações trágicas, pode ajudar, e ter ajudado, para mobilizar as respostas de compaixão e solidariedade. "

"Paradoxalmente, porém," ele disse, "essa proximidade aparente criado pela estrada da informação parece diária a ser quebrar. [...] Somos bombardeados por tantas imagens que vemos a dor, mas não tocá-lo; ouvimos chorar, mas não confortam-lo; vemos sede, mas não satisfazê-la. Todas essas vidas humanas se transformar em uma história mais notícias. Enquanto as manchetes podem mudar, a dor, a fome e a sede permanecem; eles não vão embora. "

O Santo Padre elogiou o papel que as organizações tais como PAM jogar nessa realidade, dizendo que "não pode ser satisfeito apenas com estar ciente dos problemas enfrentados por muitos dos nossos irmãos e irmãs. Não é o suficiente para oferecer amplas reflexões ou se envolver em discussões intermináveis, repetindo constantemente coisas todos sabem. Precisamos 'de-naturalizar' extrema pobreza, para parar de vê-lo como uma estatística do que uma realidade. Por quê? Porque a pobreza tem um rosto! Ele tem o rosto de uma criança; ele tem o rosto de uma família; ele tem a cara das pessoas, jovens e velhos ".

A pobreza não é algo natural, o resultado de "destino cego", sem remédio, afirmou.

E se "fome" "alimentos" e "violência" são apenas conceitos, o Pontífice advertiu, se não vemos aqueles que sofrem como pessoas reais, em seguida, "corremos o risco de burocratizar o sofrimento dos outros. Burocracias mexa em papéis; compaixão lida com as pessoas. "

O Papa afirmou que, a este respeito, "temos muito a fazer."

"Além de tudo o que já está sendo feito", disse ele, "precisamos de trabalhar em" desnaturalização "e" debureaucratizing 'a pobreza e a fome dos nossos irmãos e irmãs. "

Não é o suficiente

A este respeito, o Papa falou contra uma aceitação desinformados de escassez de alimentos, bem como a facilidade com que armas são transportados, enquanto a comida não chegar àqueles que dela necessitam.

"O fato de que hoje, em pleno século 21, muitas pessoas sofrem desse flagelo [da escassez de alimentos] é devido a uma distribuição egoísta e errada de recursos, para o 'merchandising' de alimentos", disse ele. "A terra, abusadas e exploradas, continua em muitas partes do mundo para produzir seus frutos, oferecendo-nos o melhor de si mesmo. As faces da fome nos lembrar que frustraram seus propósitos. Nós transformamos um presente com um destino universal em um privilégio desfrutado por um seleto poucos. Fizemos os frutos da terra - um presente para a humanidade -. Mercadorias para alguns, a exclusão gerando assim "

O Papa particularmente lamentou a fome das pessoas em zonas de guerra e conflitos, denunciando o que chamou de um "estranho paradoxo":

"Considerando formas de projectos de ajuda e desenvolvimento são obstruídas por decisões políticas envolvidas e incompreensíveis, visões ideológicas distorcidas e barreiras alfandegárias impenetráveis, armamento não é. Não faz diferença onde as armas vêm de; eles circulam com a liberdade de bronze e praticamente absoluta em muitas partes do mundo. Como resultado, guerras são alimentados, não pessoas. Em alguns casos, a própria fome é usado como uma arma de guerra. A contagem de mortos multiplica porque o número de pessoas que morrem de fome e sede é adicionado ao de vítimas do campo de batalha e as vítimas civis de conflitos e ataques ".

O Papa observou que as consciências são anestesiados e disse que é "urgente de desburocratizar tudo o que mantém projetos de assistência humanitária de ser realizado."

O Santo Padre também assegurou o apoio da Igreja na luta contra a fome, dizendo que a humanidade deve responder a esta necessidade.

"Eu estava com fome e me destes de comer; Tive sede e não me destes de beber alguma coisa '. Estas palavras encarnar um dos axiomas do cristianismo. Independente de credos e convicções, eles podem servir como uma regra de ouro para nossos povos ", disse ele. "A gente joga fora o seu futuro pela sua capacidade de responder à fome e sede de seus irmãos e irmãs. Nesse capacidade de vir em auxílio da fome e sede, podemos medir o pulso de nossa humanidade ".

domingo, 12 de junho de 2016

Chile: uma igreja da capital é atacada por um grupo de homens mascarados

Chile: uma igreja da capital é atacada por um grupo de homens mascarados

Os assaltantes destruíram vários objetos, além de roubar artigos religiosos, incluindo um grande crucifixo

10 JUNHO 2016REDACAONOTÍCIAS DO MUNDO

Ataque à Igreja Gratitud Nacional, Chile

Ataque Iglesia Gratitud Nacional - Conferencia Episcopal De Chile

Um grupo de homens mascarados atacou uma Igreja de Santiago, no meio de uma manifestação estudantil. Este é um dos episódios mais violentos do protesto nesta quinta-feira, que reuniu cerca de 150.000 pessoas, segundo os organizadores.

O templo saqueado foi a Igreja da Gratidão Nacional, localizada na Alameda, a principal avenida da capital chilena. Os assaltantes invadiram a igreja e destruíram vários objetos, além de roubar artigos religiosos, incluindo um grande crucifixo, destruído depois na rua.

O Vigário da área central da arquidiocese de Santiago, Marek Burzawa, anunciou que solicitou uma reunião de emergência com o prefeito Claudio Orrego: “Não é a primeira vez que atacam uma igreja no centro de Santiago. A violência não leva a nada, dói muito que ataquem os símbolos da nossa fé, os símbolos da nossa crença”. Também garantiu que “como Igreja estamos de acordo com as manifestações pacíficas, mas a violência não é o caminho adequado”, indica uma nota publicada pela Conferência Episcopal.

O padre Galvarino Jofré, diretor de Salesianos Alameda, destacou a pouca proteção da igreja contra esses eventos: “Nós esperamos que haja uma melhor proteção e tomara que estas manifestações não tenham o mesmo ponto de chegada. Estamos estudando ações legais”.

Horas depois do ataque, o ministro do Interior, Mario Fernandez, chegou à igreja para supervisionar a destruição e expressar sua solidariedade. Disse que “aqui tomaram as medidas, a Administração vai apresentar uma queixa, porque estes são sinais muito preocupantes e que o governo não vai fugir”.

Por sua parte, o arcebispo Fernando Ramos, bispo auxiliar de Santiago, agradeceu o gesto da visita da autoridade e salientou que a “convivência democrática se baseia no respeito mútuo. Nossas igrejas estão abertas, são locais de culto para vir a louvar a Deus e não queremos fechar-nos, para que aqueles que querem com a violência atemorizar os chilenos, tenham um êxito que não merecem”.

Os salesianos realizarão, como ato de desagravo à profanação do templo da Gratidão Nacional, uma eucaristia presidida pelo presidente da Conferência Episcopal, arcebispo de Santiago, o cardeal Ricardo Ezzati, no sábado, 11 de Junho, às 18hs, no mesmo templo.

Médicos da Venezuela pedem que a Igreja intervenha na crise de medicamentos

Médicos da Venezuela pedem que a Igreja intervenha na crise de medicamentos

Posted by Redacao on 10 June, 2016


Bandera_de_Venezuela_en_el_Waraira_Repano

Bandera_de_Venezuela_en_el_Waraira_Repano

A crise que afeta na Venezuela o Hospital Central de Maracay pela falta de suprimentos médicos e material cirúrgico, obrigou os especialistas desse centro médico, o principal do Estado de Aragua, a solicitar expressamente a intervenção da Igreja Católica. Por esta razão, os médicos prepararam uma petição ao papa Francisco e para o Bispo da Diocese de Maracay, monsenhor Rafael Ramón Conde Alfonzo, solicitando sua intervenção. A carta foi entregue ao bispo durante uma reunião na sede da diocese, realizada nesta quarta-feira.

De acordo com informações publicadas pela Agência Fides, o Dr. Martin Graterol, traumatologista, fez-se porta-voz explicando que através de suas cartas querem “expressar os seus sentimentos e desejos de ver que o Santo Padre e mons. Conde intercedam em favor dos pacientes”, para “permitir o mais rapidamente possível e com a ajuda de Deus, que se solucione o grave problema da falta de suprimentos médicos nos hospitais”.

Por sua parte, mons Conde, ao receber as cartas, ressaltou que há uma “iniciativa dos venezuelanos no mundo dispostos a iniciar uma campanha de coleta de medicamentos para levá-los à terra natal”. No entanto, alertou que o problema logo seria resolvido se o governo nacional permitisse que esses remédios entrassem no país, “já que, até agora, o obstáculo foi a proibição do governo em aceitar a ajuda externa”.

Também definiu a situação como “muito desagradável”, e recordou que a organização internacional de Cáritas “quer atuar como um instrumento de mediação, para que os recursos necessários cheguem ao país e sejam distribuídos de maneira uniforme de acordo com as necessidades e com um controle efetivo”.

Estamos confiantes de que os corações dos governantes – concluiu o Bispo de Maracay – não seja tão duro quanto a manter a proibição da entrada das ajudas que nos oferecem

Papa Francisco: “Como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência!”

Papa Francisco: “Como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência!”

Posted by Redacao on 12 June, 2016


«Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 19). O apóstolo Paulo usa palavras muito fortes para expressar o mistério da vida cristã: tudo se resume ao dinamismo pascal de morte e ressurreição recebido no Batismo. De facto cada um, pela imersão na água, é como se tivesse morrido e fosse sepultado com Cristo (cf. Rm 6, 3-4), e quando reemerge dela, manifesta a vida nova no Espírito Santo. Esta condição de renascidos envolve a vida inteira, em todos os seus aspetos; também a doença, o sofrimento e a morte ficam inseridos em Cristo, encontrando n’Ele o seu sentido último. No dia de hoje, jornada jubilar dedicada a todos aqueles que carregam os sinais da doença e da deficiência, esta Palavra de vida tem uma ressonância especial na nossa assembleia.

Na realidade todos nós, mais cedo ou mais tarde, somos chamados a encarar e, às vezes, a lutar contra as fragilidades e as doenças, nossas e alheias. E como são diferentes os rostos com que se apresentam estas experiências, tão típica e dramaticamente humanas! Mas sempre nos colocam, de forma mais aguda e premente, a questão do sentido da vida. Perante isso, no nosso íntimo, pode algumas vezes sobrevir uma atitude cínica, como se fosse possível resolver tudo suportando ou contando apenas com as próprias forças; outras vezes, pelo contrário, coloca-se toda a confiança nas descobertas da ciência, pensando que certamente deverá haver, nalgum lugar da terra, um remédio capaz de curar a doença. Infelizmente não é assim; e ainda que existisse tal remédio, seria acessível a muito poucas pessoas.

A natureza humana, ferida pelo pecado, traz inscrita em si mesma a realidade da limitação. Conhecemos a objeção que se levanta, sobretudo nestes tempos, à vista duma vida marcada por graves limitações físicas; considera-se que é impossível ser feliz uma pessoa enferma ou deficiente, porque incapaz de realizar o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão. Num tempo como o nosso, em que o cuidado do corpo se tornou um mito de massa e consequentemente um negócio, aquilo que é imperfeito deve ser ocultado, porque atenta contra a felicidade e a serenidade dos privilegiados e põe em crise o modelo dominante. É melhor manter tais pessoas segregadas em qualquer «recinto» – eventualmente dourado – ou em «reservas» criadas por um compassivo assistencialismo, para não estorvar o ritmo dum bem-estar falso. Por vezes chega-se a sustentar que é melhor desembaraçar-se o mais rapidamente possível de tais pessoas, porque se tornam um encargo financeiro insuportável em tempos de crise. Na realidade, porém, como é grande a ilusão em que vive o homem de hoje, quando fecha os olhos à enfermidade e à deficiência! Não compreende o verdadeiro sentido da vida, que inclui também a aceitação do sofrimento e da limitação. O mundo não se torna melhor quando se compõe apenas de pessoas aparentemente «perfeitas» (para não dizer «maquilhadas»), mas quando crescem a solidariedade, a mútua aceitação e o respeito entre os seres humanos. Como são verdadeiras as palavras do Apóstolo: «O que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte» (1 Cor 1, 27)!

O Evangelho deste domingo (Lc 7, 36 – 8, 3) apresenta também uma situação particular de fraqueza. A mulher pecadora é julgada e marginalizada pelos circunstantes, mas Jesus acolhe-a e defende-a «porque muito amou» (v. 47). Tal é a conclusão de Jesus, atento como está ao sofrimento e às lágrimas daquela pessoa. A sua ternura é sinal do amor que Deus reserva àqueles que sofrem e são excluídos. Não existe apenas o sofrimento físico; entre as patologias mais frequentes nos dias de hoje conta-se uma que tem a ver precisamente com o espírito: é um sofrimento que envolve a alma tornando-a triste, porque carente de amor. A patologia da tristeza. Quando se experimenta a decepção ou a traição nas relações importantes, então descobrimo-nos vulneráveis, fracos e sem defesas. Consequentemente torna-se muito forte a tentação de se fechar em si mesmo e corre-se o risco de perder a ocasião da vida: amar apesar de tudo. Amar apesar de tudo.

Aliás, a felicidade que deseja cada um pode exprimir-se de muitos modos, mas só é possível alcançá-la se se for capaz de amar. Esta é a estrada. É sempre uma questão de amor, não há outra estrada. O verdadeiro desafio é o de quem ama mais. Quantas pessoas com deficiência e enfermas se reabrem à vida, logo que descobrem que são amadas! E quão grande amor pode brotar dum coração, mesmo só através dum sorriso! A terapia do sorriso. Então a própria fragilidade pode tornar-se conforto e apoio para a nossa solidão. Jesus, na sua paixão, amou-nos até ao fim (cf. Jo 13, 1); na cruz, revelou o Amor que se dá sem limites. Que poderíamos nós censurar a Deus, nas nossas enfermidades e tribulações, que não esteja já impresso no rosto do seu Filho crucificado? Ao seu sofrimento físico, juntam-se a zombaria, a marginalização e a lástima, enquanto Ele responde com a misericórdia que a todos acolhe e perdoa: «fomos curados pelas suas chagas» (Is 53, 5; 1 Ped 2, 24). Jesus é o médico que cura com o remédio do amor, porque toma sobre Si o nosso sofrimento e redime-o. Sabemos que Deus pode compreender as nossas enfermidades, porque Ele mesmo foi pessoalmente provado por elas (cf. Heb 4, 15).

O modo como vivemos a doença e a deficiência é indicação do amor que estamos dispostos a oferecer. A forma como enfrentamos o sofrimento e a limitação é critério da nossa liberdade em dar sentido às experiências da vida, mesmo quando nos parecem absurdas e não merecidas. Por isso, não nos deixemos turbar por estas tribulações (cf. 1 Ts 3, 3). Sabemos que, na fraqueza, podemos tornar-nos fortes (cf. 2 Cor 12, 10) e receber a graça de completar em nós o que falta dos sofrimentos de Cristo em favor do seu corpo, que é a Igreja (cf. Col 1, 24); um corpo que, à imagem do corpo do Senhor ressuscitado, conserva as chagas, sinal da dura luta que trava, mas chagas transfiguradas para sempre pelo amor.
fonte:www.zenit.org 

sábado, 11 de junho de 2016

Francisco pede um ecumenismo que promova uma missão comum de evangelização e serviço

Francisco pede um ecumenismo que promova uma missão comum de evangelização e serviço

Papa Francisco - ecumenismo

O Santo Padre recebe uma delegação da liderança da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas

10 JUNHO 2016ROCÍO LANCHO GARCÍAPAPA FRANCISCO

Papa Francisco - ecumenismo

Papa Francisco Y Dirección De La Comunión Mundial De Las Iglesias Reformadas - Osservatore Romano

O Papa Francisco considera que é urgente e necessário um ecumenismo que, juntamente com o esforço teológico que visa recompor disputas doutrinárias entre os cristãos, promova uma missão comum de evangelização e de serviço. Assim falou na manhã de hoje no encontro que teve com uma delegação da direção da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas.

Da mesma forma, observou que existem muitas iniciativas e boa colaboração em diferentes lugares. Mas “todos podemos fazer muito mais juntos para dar um testemunho vivo a todo o que pede razão da nossa esperança”: transmitir o amor misericordioso de nosso Pai, que recebemos gratuitamente e estamos chamados a dar generosamente.

O encontro de hoje – garantiu o Papa no seu discurso – é um passo a mais no caminho que caracteriza o movimento ecumênico. Como recordou, passaram-se dez anos desde que uma delegação da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas visitou o Papa Bento XVI. Neste tempo, a histórica unificação do Conselho Ecumênico Reformado e da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, que aconteceu em 2010, “foi um exemplo tangível do progresso em direção à meta da unidade cristã” e para muitos, “um estímulo no caminho ecumênico”, observou o Papa.

Também assegurou aos presentes que “devemos dar graças a Deus” acima de tudo, pela redescoberta da nossa fraternidade que “está enraizada no reconhecimento do único batismo e na consequente exigência de que Deus seja glorificado na sua obra”.

Por isso, garantiu que “católicos e reformados podem promover um crescimento mútuo nesta comunhão espiritual, para melhor servir ao Senhor”. Nesta mesma linha, o Papa destacou que a recente conclusão da quarta fase do diálogo teológico entre a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, com o tema ‘A justificação e a sacramentalidade: a comunidade cristã como artesã de justiça’, representa “um motivo especial de agradecimento”. E manifestou a sua alegria ao ver que o informe final destaca com clareza “o vínculo inseparável entre a justificação e a justiça”. Com relação a isso, Francisco recordou que a nossa fé em Jesus “nos leva a viver a caridade por meio de gestos concretos”, capazes de influenciar “no nosso estilo de vida”, “nas relações” e “na realidade que nos rodeia”. Com base no acordo sobre a doutrina da justificação, o Papa disse que há muitos campos em que Reformados e católicos podem trabalhar juntos para testemunhar o amor misericordioso de Deus, “verdadeiro antídoto perante o senso de desorientação e a da indiferença que nos circundam”.

Reconhecendo que hoje experimenta-se, muitas vezes, uma ‘desertificação espiritual’, o Santo Padre indicou que, especialmente lá onde se vive como se Deus não existisse, nossas comunidades cristãs “estão chamadas a ser cântaros que apagam a sede com a esperança, presenças capazes de inspirar fraternidade, encontro, solidariedade, amor genuíno e desinteressado”, “devem acolher e reacender a graça de Deus, para não fechar-se em si mesmos e abrir-se à missão”.

A este respeito, o Santo Padre reconheceu que não pode comunicar a fé, vivendo-a “de forma isolada” ou “em grupos fechados e separados”, em uma espécie de falsa autonomia e de imanentismo comunitário. Assim não se dá resposta – acrescentou – à sede de Deus que nos interroga e que está presente também em tantas formas novas de religiosidade.

Para concluir o encontro, desejou que este “encontrar-nos” sirva de incentivo para todas as comunidades reformadas e católicas para continuar trabalhando juntas na transmissão da alegria do Evangelho aos homens e mulheres do nosso tempo.

A IGREJA CATÓLICA É A QUERIDA DE DEUS

A IGREJA CATÓLICA É A QUERIDA DE DEUS



Somos filhos de Deus através do batismo que recebemos da Igreja Católica. Quando assumimos a fé que recebemos da Igreja, onde tem o deposito dos ensinamentos genuínos de Cristo que vem do magistério, da tradição e da bíblia.

A vida de todos que passaram pela Igreja e deram testemunhos do Cristo com sua vida, derramando os seus sangues para que o evangelho fosse difundido. A Igreja é sinal da presença de Cristo no mundo. Jesus veio para servir e não ser servido. Ele não pregou que a riqueza desse mundo é a razão de nossa busca para felicidade, mas buscar as coisas do alto e as outras coisas vem por acréscimo até nós. 

Jesus nos convida segui-Lo, pois Ele não tinha a onde repousar a sua cabeça. Jesus é a demonstração da verdadeira humildade e pobreza, nascendo em uma manjedoura demonstrou de modo límpido a sua majestade. Antes de ser crucificado, Ele quis cear com os apostolo e no gesto de servidor lava os pés dos discípulos para que cada um de nós aprendamos a serem servidores humildes de todos.

Se quisermos seguir Jesus devemos desnudar a nossa vida de todo materialismo e acumulo de bens que faz com que afastemos Dele e ainda ficamos com o coração longe de Deus. A verdadeira riqueza é estar com Deus, ouvindo a sua palavra transmitida pela Igreja de Cristo, recebendo a eucaristia e ouvindo a voz do magistério.

É melhor estarmos na Igreja Católica do que ficarmos procurando doutrinas que se apegam em interpretações humanas aonde vem muitas duvidas transmitidas com erros sem serem bem refletidas.
Assim, meus irmãos e irmãs, procuremos abrir o nosso coração a Deus, pedindo que a luz do Espirito Santo inunda o nosso ser para o verdadeiro discernimento em vista da verdade que liberta e nos transforma. 

Há uma Igreja que é ornada com milhares de santos canonizados através da fé reconhecida pelos seus testemunhos e com sangues derramados em nome de Cristo. Nós somos e fazemos parte desta Igreja de Cristo que não vem com a ostentação de bens que perecem, mas de bens espirituais que duram para eternidade.

Se não houvesse a Igreja católica, onde foi guardiã da Palavra de Deus transmitida e muitas vezes copiada em pergaminhos, pois por 1500 anos aproximadamente não havia a imprensa. Ela foi zelosa, cuidava e transmitia a Palavra de Deus até um dia ter sido impressa em Bíblia através da descoberta da impressão que foi na Idade Moderna. Todos os livros sagrados estão na Bíblia que tiveram a sua canocidade e aval da Igreja de Cristo e que até hoje ela é propagada para todos.

Há muitos movimentos dentro da Igreja e fora dela para um dialogo ecumênico que busca a fraternidade e um bom convívio, pois todos são chamados a ouvir a voz de Jesus. desse modo podemos destacar: Por isso, garantiu que “católicos e reformados podem promover um crescimento mútuo nesta comunhão espiritual, para melhor servir ao Senhor”. Nesta mesma linha, o Papa destacou que a recente conclusão da quarta fase do diálogo teológico entre a Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, com o tema ‘A justificação e a sacramentalidade: a comunidade cristã como artesã de justiça’, representa “um motivo especial de agradecimento”. E manifestou a sua alegria ao ver que o informe final destaca com clareza “o vínculo inseparável entre a justificação e a justiça”. Com relação a isso, Francisco recordou que a nossa fé em Jesus “nos leva a viver a caridade por meio de gestos concretos”, capazes de influenciar “no nosso estilo de vida”, “nas relações” e “na realidade que nos rodeia”. Com base no acordo sobre a doutrina da justificação, o Papa disse que há muitos campos em que Reformados e católicos podem trabalhar juntos para testemunhar o amor misericordioso de Deus, “verdadeiro antídoto perante o senso de desorientação e a da indiferença que nos circundam”. ( zenit.org)

O Papa Francisco considera que é urgente e necessário um ecumenismo que, juntamente com o esforço teológico que visa recompor disputas doutrinárias entre os cristãos, promova uma missão comum de evangelização e de serviço. Assim falou na manhã de hoje no encontro que teve com uma delegação da direção da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. (zenit.org)

Todos devem colaborar no dialogo sincero e serviço para a difusão do evangelho genuino de Cristo.

Que Deus, possa nutrir o nosso coração sempre na sua verdade e que as penumbras das interpretações pessoais da bíblia sejam dissipadas pela luz do Espirito Santo que não deixará o engano e distorção reinarem nos corações inquietos. Amém


Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

O Papa eleva à festa a celebração de Maria Madalena
A decisão faz parte do atual contexto eclesial, que insta a uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher, a nova evangelização e a grandeza do mistério da misericórdia divina

10 JUNHO 2016REDACAOPAPA FRANCISCO

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Fray Angelico - Noli Me Tangere

A celebração de Maria Madalena, memória obrigatória dia 22 de Julho, foi elevada no Calendário Romano Geral ao grau de festa. Por desejo expresso do Papa Francisco, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou um novo decreto para estabelece-lo.

A decisão – explica mons. Arthur Roche secretário do dicastério – se enquadra no atual contexto eclesial, que pede uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher, a nova evangelização e a grandeza do mistério da misericórdia divina.

Também destaca que santa Maria Madalena, primeira testemunha que viu o Ressuscitado e primeira mensageira que anunciou aos apóstolos a ressurreição do Senhor, é um exemplo de verdadeira e autêntica evangelizadora, ou seja, uma evangelizadora que anuncia a alegre mensagem central da Páscoa.

Por outro lado, especifica que o Santo Padre Francisco tomou esta decisão precisamente no contexto do Jubileu da Misericórdia para demonstrar a relevância desta mulher que mostrou um grande amor a Cristo e foi tão amada por Ele.

O Pecado nos afasta de Deus e da Igreja.

O Pecado nos afasta de Deus e da Igreja.




Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse dia o 11° Domingo do Tempo Comum, é no encontro com os irmãos e irmãs que encontramos forças na caminhada através da escuta da Palavra de Deus e da Eucaristia. Sabemos que a Igreja é composta de santos e pecadores, mesmos que desejamos ser justos e santos, mas o pecado nos afasta de Deus e de todos. Há uma necessidade do perdão divino e de cada membro da Igreja. Hoje é dia dos namorados e que eles possam se santificarem nesse período importante para a maturidade e formação de uma futura família do agrado de Deus.

A liturgia bíblica desse domingo nos mostra um Deus de amor e de misericórdia por todos nós. Deus não gosta do pecado, tem um amor muito especial ao Pecador, assim Ele quer resgatá-lo para ter a vida plena com Deus.

No segundo livro de Samuel encontramos o rei Davi que peca diante dos olhos de Deus e vemos a reação de Deus diante do pecado do rei. O pecado de Davi foi o adultério, quando ficou com a mulher de Urias. A consequência disso foi a gravidez dela e desse modo agora ela vai ser mãe não do filho de Urias, mas de Davi. Isso faz com que Davi pensar numa saída que foi trazer Urias para dormir com ela, mas ele não foi ter com ela e dormiu na escada do palácio.

E  agora? Então rei Davi mandou uma mensagem ao general da Batalha para colocar Urias em uma batalha mais dura e assim foi feito. Consequência disso ele morre. O rei Davi a leva para sua casa, tornando assim sua mulher. Mas, Deus não aceitou essa transgressão e envia o profeta Natã e este denuncia o ato mal do rei e anuncia castigo a ele e a sua família. O rei Davi se arrepende e se humilha diante de Deus pelo pecado feito. Por causa disso, Deus acolheu o seu arrependimento e dá o seu perdão. Ele envia novamente ao rei Davi com uma mensagem da esperança: “tu não morrerás".Desse modo percebemos que Deus ama o pecador e não pecado. (cf. 2Sm 12,7-10.12)

Na carta aos gálatas de  Paulo afirma que a Salvação dada a todos é um dom gratuito que Deus oferece a nós, isso vai acontecer, por que Deus é que nos dá esse dom, mas é necessário nós aderirmos a Cristo na totalidade do amor a Ele em uma entrega a sua vontade. Na Igreja somos chamados a ser missionários da misericórdia de Deus e que todos possam provar o amor Dele e o seu perdão infinito por todos. (cf. Gl 2,16.19-21)

Na narrativa do Evangelho de Lucas  temos o episodio a mulher pecadora que entra nas casa dos pecadores onde Jesus estava fazendo a refeição com eles. Os presentes censuram Jesus por deixar aquela mulher lavar os seus pés e ungi-los com perfumes. Mas Jesus os exorta, dizendo essa mulher fez o que vocês deveriam ter feito comigo quando cheguei a sua, pois isso dela contou muito e Ele fala a ela: os seus pecados estão perdoados, mas não peques mais. (cf. Lc 7,36-8,3)

Isso nos faz pensarmos: uma mulher prostituta e ainda a figura da mulher  já era desprezada na sociedade, mesmo assim Jesus a acolhe com um coração amoroso e misericordioso. Essa atitude deve nos impulsionar na nossa Igreja, na nossa família e no mundo.

Que esta liturgia nos ajude a ter olhos e gesto de misericórdia com os nossos irmão e irmãs que falham e pecam para que encontre o caminho do arrependimento e regeneração de vida.

Tudo por Jesus, nada sem Maria.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Papa Francisco: “A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros”

Papa Francisco: “A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros”

QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS EM CRISTO, SOMOS CHAMADOS PELO BATISMO A SER MISSIONÁRIO DA FÉ EM JESUS A TRAVÉS DO NOSSO TESTEMUNHO DE VIDA. A IGREJA NOS ENVIA SEMPRE AO ENCONTRO DO OUTRO E NÃO PODEMOS ACOMODAR A NOSSA FÉ NO INDIVIDUALISMO RELIGIOSO. SE ESTIVERMOS ANIMADO NA FÉ QUE VEM DA NOSSA PARTICIPAÇÃO NA COMUNIDADE, NA EUCARISTIA E NA PALAVRA DE DEUS. A MELHOR MANEIRA DE ESCUTAR DEUS ESTÁ NA HUMILDADE DE SERVIR COMO SERVO OBEDIENTE. NÓS NÃO ESTAMOS SÓS NESTA JORNADA RUMO AO CÉU, POIS DEUS ESTÁ CONOSCO E UMA MULTIDÃO DE PESSOAS CAMINHAM EM DIREÇÃO À CASA DO PAI. QUANDO ESTAMOS ACOLHIDOS NA CASA DE DEUS E DOS IRMÃOS NUNCA VAMOS PASSAR NECESSIDADE, POIS DEUS NOS DARÁ A GRAÇA JUNTAMENTE COM OS IRMÃOS DE FÉ. QUE A LUZ DA NOSSA EXISTÊNCIA SEJA FONTE PARA QUE TODOS CAMINHEM. ( JOSE BENEDITO SCHUMANN CUNHA)

Posted by Redacao on 10 June, 2016

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Na homilia de hoje o Papa resume em três comportamentos a vida do cristão: estar de pé para acolher Deus, estar em paciente silêncio para escutar a sua voz e em saída para anunciá-Lo aos demais.

Um pecador arrependido que decidiu retornar a Deus ou alguém que consagrou a vida a Ele: ambos, em algum momento, podem ser tomados pelo “medo” de não conseguir manter a escolha. E a fé se embaça enquanto a depressão está à espreita.

Para aprofundar este aspecto e indicar a saída do túnel, o Papa evocou por um momento a situação do filho pródigo, deprimido enquanto observa faminto os porcos. Todavia, Francisco se concentrou sobretudo no Profeta Elias, personagem da liturgia do dia.

Ele, recordou o Papa, é “um vencedor” que “tanto lutou pela fé” e derrotou centenas de idólatras no Monte Carmelo. Mas, ao ser alvo da enésima perseguição, deixa-se abater. Cai por terra sob uma árvore, desencorajado, esperando a morte. Mas Deus não o deixa naquele estado de prostração e envia um anjo com uma frase imperativa: levanta-te, coma, saia:

“Para encontrar Deus é necessário voltar à situação do homem no momento da criação: de pé e em caminho. Assim, Deus nos criou: à Sua altura, à Sua imagem e semelhança e em caminho. “Vai, segue adiante! Cultiva a terra, faça-a crescer; e multiplicai-vos…’. ‘Saia!’. Saia e vá ao Monte e pare no Monte à minha presença. Elias ficou de pé. De pé, ele sai”.

Sair, para então colocar-se à escuta de Deus. Mas, “como passa o Senhor? Como posso encontrar o Senhor para ter certeza de que é Ele?”, se perguntou Francisco. O trecho do Livro dos Reis é eloquente. Elias foi convidado pelo anjo para sair da caverna no Monte Horebe, onde encontrou abrigo para estar na “presença” de Deus. No entanto, a induzi-lo a sair não são nem o vento “impetuoso e forte” que quebra as rochas, nem o terremoto que se segue e nem mesmo o sucessivo fogo:

“Muito ruído, muita majestade, muito movimento e o Senhor não estava ali. ‘E depois do fogo, o sussurro de uma brisa suave’ ou, como está no original, ‘o fio de um silêncio sonoro’. E ali estava o Senhor. Para encontrar o Senhor, é preciso entrar em nós mesmos e sentir aquele ‘fio de um silêncio sonoro’ e Ele nos fala ali”.

O terceiro pedido do anjo a Elias é: “Saia”. O profeta é convidado a refazer seus passos, em direção do deserto, porque lhe foi dada uma tarefa a cumprir. Nisso, ressalta Francisco, se capta o estímulo “a estarmos em caminho, não fechados, não dentro do nosso egoísmo, da nossa comodidade”, mas “corajosos” em “levar aos outros a mensagem do Senhor”, isto é, ir em “missão”:

“Devemos sempre buscar o Senhor. Todos nós sabemos como são os maus momentos: momentos que nos puxam para baixo, momentos sem fé, escuros, momentos em que não vemos o horizonte, somos incapazes de se levantar. Todos nós sabemos isso! Mas é o Senhor que vem, nos restaura com o pão e com a sua força e nos diz: ‘Levante-se e vá em frente! Caminhe!’. Para encontrar o Senhor devemos estar assim: de pé e caminhar. Depois esperar que ele fale conosco: o coração aberto. E Ele vai nos dizer: ‘Sou eu’ e ali a fé se torna forte. A fé é para mim, para preservá-la? Não! É para ir e dar aos outros, para ungir os outros, para a missão”. (Com informações Rádio Vaticano)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

O Papa Francisco presidiu hoje, na Praça de São Pedro, a celebração do Sagrado Coração de Jesus, concluindo o Jubileu dos Sacerdotes.

O Papa Francisco presidiu hoje, na Praça de São Pedro, a celebração do Sagrado Coração de Jesus, concluindo o Jubileu dos Sacerdotes.
Queridos irmãos e irmãs, como é bonito estarmos juntos e unidos no coração de Cristo, o bom Pastor. Hoje a modernidade e a correria nos afastam do verdadeiro sentido da vida e do ministerio que se deve fazer. Todo servição à Igreja deve ser feito no amor e na gratidão, pois quem nos orienta e nos dá sentido ao nosso agir é Deus. Jesus se deu por completo a toda humanidade sem deixar nada, tudo isso por amor grande que tem a todos. A misericórdia de Deus nos anima para que os nosso trabalhos sejam frutuosos. Precisamos de padres que sejam alegres no ministerio da Igreja para que o Reino de Deus seja desejado por todos. Assim, somos convidados para o banquete da vida onde todos tem o seu assento. (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Em sua homilia centrou-se no coração do Pastor. “O Coração do Bom Pastor é a própria misericórdia, revela que o seu amor não tem limites, não se cansa nem se arrende jamais. É um Coração que está inclinado para nós, concentrado especialmente sobre quem está mais distante; aponta a agulha da sua bússola para essa pessoa, por quem revela um amor particular”.
Leia a homilia na íntegra:
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Celebrando o Jubileu dos Sacerdotes na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, somos chamados a concentrar-nos no coração, ou seja, na interioridade, nas raízes mais robustas da vida, no núcleo dos afetos, numa palavra, no centro da pessoa. E hoje fixamos o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores.
O Coração do Bom Pastor é, não apenas o Coração que tem misericórdia de nós, mas a própria misericórdia. Nele resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado. Fixando aquele Coração, renovo o primeiro amor: a memória de quando o Senhor me tocou no mais íntimo e me chamou para O seguir; a alegria de, à sua Palavra, ter lançado as redes da vida (cf. Lc 5, 5).
O Coração do Bom Pastor diz-nos que o seu amor não tem limites, não se cansa nem se arrende jamais. Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1) – não se detém antes, ama até ao fim –, sem nunca se impor.
O Coração do Bom Pastor está inclinado para nós, concentrado especialmente sobre quem está mais distante; para aí aponta obstinadamente a agulha da sua bússola, por essa pessoa revela um fraquinho particular de amor, porque deseja alcançar a todos e não perder ninguém.
À vista do Coração de Jesus, surge a questão fundamental da nossa vida sacerdotal: para onde está orientado o meu coração?Uma pergunta que nós, sacerdotes, nos devemos pôr muitas vezes, cada dia, cada semana: para onde está orientado o meu coração? O ministério aparece, com frequência, cheio das mais variadas iniciativas, que o reclamam em tantas frentes: da catequese à liturgia, à caridade, aos compromissos pastorais e mesmo administrativos. No meio de tantas atividades, permanece a questão: onde está fixo o meu coração? (Vem-me à mente aquela oração tão bela da liturgia: «Ubi vera sunt gaudia…»). Para onde aponta o coração? Qual é o tesouro que procura? Porque – diz Jesus – «onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração» (Mt 6, 21). Todos nós temos fraquezas e também pecados. Mas procuremos ir ao fundo, à raiz: Onde está a raiz das nossas fraquezas, dos nossos pecados, ou seja, onde está precisamente aquele «tesouro» que nos afasta do Senhor?
Os tesouros insubstituíveis do Coração de Jesus são dois: o Pai e nós. As suas jornadas transcorriam entre a oração ao Pai e o encontro com as pessoas. Não distanciamento, mas o encontro. Também o coração do pastor de Cristo só conhece duas direções:o Senhor e as pessoas. O coração do sacerdote é um coração trespassado pelo amor do Senhor; por isso já não olha para si mesmo – não deveria olhar para si mesmo –, mas está fixo em Deus e nos irmãos. Já não é «um coração dançarino», que se deixa atrair pela sugestão do momento ou que corre daqui para ali à procura de consensos e pequenas satisfações; ao contrário, é um coração firme no Senhor, conquistado pelo Espírito Santo, aberto e disponível aos irmãos. E nisso têm solução os seus pecados.
Para ajudar o nosso coração a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, podemos treinar-nos a fazer nossas três ações que as Leituras de hoje nos sugerem: procurarincluir e alegrar-se.
Procurar. O profeta Ezequiel lembrou-nos que Deus em pessoa procura as suas ovelhas (34, 11.16). Ele – diz o Evangelho – «vai à procura da que se tinha perdido» (Lc 15, 4), sem se deixar atemorizar pelos riscos; sem hesitação, aventura-se para além dos lugares de pastagem e fora das horas de trabalho. E não exige pagamento das horas extraordinárias. Não adia a busca; não pensa: «hoje já cumpri o meu dever; veremos se me ocupo disso amanhã», mas põe-se imediatamente em campo; o seu coração está inquieto enquanto não encontra aquela única ovelha perdida. Tendo-a encontrado, esquece-se do cansaço e carrega-a aos ombros, cheio de alegria. Umas vezes terá de sair à sua procura, falar-lhe, convencê-la; outras deverá permanecer diante do Sacrário, «lutando» com o Senhor por aquela ovelha.
Tal é o coração que procura: é um coração que não privatiza os tempos e os espaços. Ai dos pastores que privatizam o seu ministério! Não é cioso da sua legítima tranquilidade – disse «legítima»; nem sequer desta –, e nunca pretende que não o perturbem. O pastor segundo o coração de Deus não defende as comodidades próprias, não se preocupa por tutelar o seu bom nome, mas será caluniado, como Jesus. Sem medo das críticas, está disposto a arriscar para imitar o seu Senhor. «Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem…» (Mt 5, 11).
O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens.
Segunda palavra: incluir. Cristo ama e conhece as suas ovelhas, dá a vida por elas e nenhuma Lhe é desconhecida (cf. Jo 10, 11-14). O seu rebanho é a sua família e a sua vida. Não é um líder temido pelas ovelhas, mas o Pastor que caminha com elas e as chama pelo nome (cf. Jo 10, 3-4). E quer reunir as ovelhas que ainda não habitam com Ele (cf. Jo 10, 16).
Assim é também o sacerdote de Cristo: é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas… Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir.
Alegrar-se. Deus está «cheio de alegria» (Lc 15, 5): a sua alegria nasce do perdão, da vida que ressurge, do filho que respira novamente o ar de casa. A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus.
Queridos sacerdotes, na Celebração Eucarística, reencontramos todos os dias esta nossa identidade de pastores. De cada vez podemos fazer verdadeiramente nossas as suas palavras: «Este é o meu corpo que será entregue por vós». É o sentido da nossa vida, são as palavras com que, de certa forma, podemos renovar diariamente as promessas da nossa Ordenação. Agradeço-vos pelo vosso «sim», e por tantos «sins» diários, escondidos, que só o Senhor conhece. Agradeço-vos pelo vosso «sim a doar a vida unidos a Jesus: aqui está a fonte pura da nossa alegria.

fonte: www.zenit.org