ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Holocausto nunca mais



Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi criado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, através da resolução 60/7 de 1 de novembro de 2005. Esta data nos faz lembrar-se dos horrores que os nossos irmãos judeus e outros que sofreram por causa do nazismo da Alemanha. Esta mancha de morte e de terror foi marcada em muitos países. Na Polônia teve a das piores violências contra os judeus.

Esse horror não pode ser esquecido para que não seja repetido mais. O ser humano tem valor perene independente de raça, politica, religião e nação. A vida é sagrada e é preciso ser defendida e valorizada sempre.

Após rezar o Angelus com os fiéis na Praça São Pedro, o Papa Bento XVI lembrou que este domingo, 27, é o Dia de Memória pelas vítimas do holocausto. O Santo Padre expressou que a data deve ser um alerta para todos, para que os “horrores do passado” não se repitam. Ele ainda nos disse: “A memória desta terrível tragédia, que atingiu tão duramente sobretudo o povo judeu, deve representar para todos um alerta constante para que não se repitam os horrores do passado, se superem todas as formas de ódio e de racismo e se promovam o respeito e a dignidade da pessoa humana”, disse. (www.cancãonova.com)

Assim, ao lembrar-se desse horror possamos ser solidários com todos que sofrem injustiça, perseguição e martírio no mundo de hoje. Que a paz e a concórdia dos povos sejam a mola impulsora do amor e das verdades do homem que foi criado a imagem de Deus da vida.

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Palavras do papa antes do Angelus

Palavras do Papa antes do Angelus - 27/01/2013

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)


ANGELUS

Praça São Pedro - Vaticano

Domingo, 27 de janeiro de 2013



Queridos irmãos e irmãs! A liturgia de hoje nos apresenta, unidas, duas partes distintas do Evangelho de Lucas. A primeira (1, 1-4) é o prólogo, endereçado a um certo “Teófilo”; porque este nome em grego significa “amigo de Deus”, podemos ver nele cada crente que se abre a Deus e quer conhecer o Evangelho. A segunda parte (4, 14-21), por sua vez, apresenta-nos Jesus que “com o poder do Espírito” ia aos sábados à sinagoga de Nazaré. Como bom observador, o Senhor não escapa ao ritmo litúrgico semanal e se une à assembleia de seus compatriotas na oração e na escuta das Escrituras. O rito prevê a leitura de um texto de Torá ou dos Profetas, seguida de um comentário. Naquele dia Jesus levantou-se para ler e encontrou uma passagem do profeta Isaías que inicia assim: “o Espírito do Senhor Deus repousa sobre mim, / porque o Senhor consagrou-me pela unção; / enviou-me a levar a boa nova aos humildes” (61, 1-2). Comenta Orígenes: “Não é por acaso que ele abriu o pergaminho e encontrou o capítulo da leitura que profetiza sobre ele, mas também isto foi obra da providência de Deus” (Homilia sobre o Evangelho de Lucas, 32, 3). Jesus, de fato, terminada a leitura, em um silêncio cheio de atenção, disse: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (Lc 4, 21). São Cirilo de Alexandria afirma que o “hoje”, localizado entre a primeira e a última vinda de Cristo, está ligado à capacidade do crente de escutar e arrepender-se (cfr PG 69, 1241). Mas em sentido ainda mais radical, é o próprio Jesus o “hoje” da salvação na história, porque completa a plenitude da redenção. O termo “hoje”, muito querido por São Lucas (cfr 19,9; 23,43), relata-nos o título cristológico preferido pelo próprio Evangelista, aquele de salvador (sōtēr). Já nos relatos da infância, esse está presente nas palavras do anjo aos pastores: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, Cristo Senhor” (Lc 2,11).

Queridos amigos, esta canção desafia “hoje” também nós. Antes de tudo nos faz pensar no nosso modo de viver o domingo: dia de repouso e da família, mas antes ainda dia de dedicar ao Senhor, participando da Eucaristia, na qual nos alimentamos do Corpo e Sangue de Cristo e da sua Palavra de vida. Em segundo lugar, no nosso tempo disperso e distraído, este Evangelho nos convida a perguntar-nos sobre nossa capacidade de escuta. Antes de poder falar de Deus e com Deus, é preciso escutá-Lo, e a liturgia da Igreja é a “escola” desta escuta do Senhor que nos fala. Enfim, nos diz que cada momento pode se transformar em um “hoje” propício para a nossa conversão. Cada dia (kathēmeran) pode se transformar no hoje salvífico, porque a salvação é história que continua para a Igreja e para cada um dos discípulos de Cristo. Este é o sentido cristão do “carpe diem”: aproveite o hoje em que Deus te chama para doar-te a salvação!

A Virgem Maria seja sempre o nosso modelo e a nossa guia no saber reconhecer e acolher, a cada dia da nossa vida, a presença de Deus, Salvador nosso e de toda a humanidade.
 fonte: www.cancaonova.com
colaboração Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Oração, um dialogo aberto do homem com Deus.



Nós somos de fato filhos de Deus e abertos a Ele pela graça do nosso Batismo. A oração nos faz estar perto Dele sempre. Esse dialogo é reciproco. Deus nos deixa falar e nos escuta com carinho de Pai, mas devemos também deixa-Lo falar ao nosso coração. A graça vem abundantemente a nós por intermédio da sua Palavra que salva e dos sacramentos que recebemos da Igreja.

Somos criados para estar sempre em comunicação com Deus e com todos. Tudo nos fala de Deus. A natureza nos impulsiona para o transcendente e ela canta as maravilhas de Deus nas suas multicores, no cantar dos pássaros, no barulho das aguas e dos ventos que batem nos nossos rostos. Isso tudo se lembra da bondade de Deus.

Nós devemos ser simples como uma criança e mansos e obedientes como um cordeiro. Jesus nos fala: "E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe."
(Mt 18:2-6)

 

 Assim, o nosso encontro intimo com Deus se faz na singeleza e sinceridade do nosso eu com Ele e nos permite entrar em harmonia conosco e com todos. Amém 


Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

A Palavra de Deus no nosso meio



Queridos irmãos e irmãs, estamos no 3º domingo do tempo comum. A liturgia nos faz ver a importância da Palavra de Deus na caminhada do Povo eleito.

No Livro de Neemias, nos fala de uma assembleia onde o Povo de Deus estava reunido ouvindo a Palavra de Deus. Todos estavam atentos e recebiam a Palavra de Deus em seus corações. (cf. Ne 8,2-4.5-6.8-10) O contexto da época era que o Povo estava retornando do exilio da Babilônia. Dois personagens ajudam a reconstruir o país e ainda recuperar a memória do passado onde Deus sempre esteve ao lado do seu povo e também recuperar a sua identidade. A palavra de Deus é levada ao povo e ouvida por todos. A comunidade é animada na Palavra de Deus no lugar apropriado e ela é reverenciada pelo povo . Os levitas proclamaram a Palavra de Deus e o povo a aclamam com alegria. Esta palavra é viva e produz conversão a Deus, portanto as nossas celebrações da Palavra deve ser assim, gerando alegria, festa e conversão a Deus.

O apostolo Paulo na carta aos coríntios nos fala dos carismas no "Corpo de Cristo" que é a Igreja.  Nós pertencemos a comunidade que se reúne pela Palavra de Deus. (cf. 1Cor 12,12-30) Nós somos muitos e diferentes, mas formamos uma unidade em Cristo. Cada um tem o seu papel de transformar esse mundo em uma realidade de vida e justiça para todos. Nós não podemos omitir diante da Palavra de Deus, pois como diz o salmista: “Vossas Palavras, Senhor, são espírito de vida". (Sl 18)

O evangelista Lucas nos mostra Jesus na sinagoga, onde Ele lê a passagem de Isaias que nos fala da missão do profeta que vem libertar todas as pessoas das amarras do pecado, que não deixa ver, não deixa caminhar e ainda nos torna impedidos de ser livre diante de Deus e dos outros. (cf. Lc 1,1-4;4,14-21). Jesus inicia a sua missão libertadora e leva a boa nova aos pobres e excluídos e nós que somos seus discípulos que devemos fazer o mesmo que Ele fez. Devemos levar a esperança e vida plena aos oprimidos, pois foi esse legado que Jesus nos deixou. O que faz nos libertar do pecado? È a palavra de Deus que é proclamada na Igreja e ensinada através dela. O Magistério tem autoridade de colocar as mensagens genuínas de Cristo para que possamos viver de acordo com a vontade de Deus. Não há vida sem Deus.

Assim diz Santo Ambrosio: “Bebe primeiro do Antigo Testamento, para beberes em seguida do Novo. Se não beberes do primeiro, não poderás dessedentar-te do segundo. Bebe do primeiro para aplacares a sede, do segundo para a saciares completamente. [...] Bebe da taça do Antigo Testamento e da do Novo, porque ele é a vinha (Jo 15,1), é o rochedo que fez jorrar a água (1Co 10,4), Ele é a fonte da vida (Sl 35,10). Bebe Cristo, porque Ele é «um rio [...] [que] alegra a cidade de Deus» (Sl 45,5), Ele é paz (Ef 2,14), e «hão-de correr do Seu coração rios de água viva» (Jo 7,38). Bebe Cristo para te saciares do sangue da tua redenção e do Verbo de Deus.

O Antigo Testamento é a Sua palavra, o Novo é-o também. Bebemos a Sagrada Escritura e comemo-la; então o Verbo eterno, a Palavra de Deus, correrá nas veias do espírito e na vida da alma: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4). Dessedenta-te portanto com este Verbo, mas pela ordem que convém: bebe primeiro do Antigo Testamento e depois, sem tardar, do Novo. Ele mesmo o diz, como a insistir: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9,1 LXX; Mt 4,16). Bebe então, sem mais demora, e uma grande luz te iluminará: não será já a luz quotidiana do dia, do sol ou da lua, mas essa outra luz que repudia a sombra da morte (Lc 1,79 (Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Ambrósio
Bispo de Milão, Doutor da Igreja (c. 340-397)

Assim, queridos irmãos e irmãs, devemos abrir os ouvidos para Palavra de Deus, libertar de todos os vícios que não nos deixam estar com Deus e ser livre para seguir Jesus, pois a libertação é dada gratuitamente por Jesus e nós a acolhemos com alegria e festa na comunidade cristã.  Que esta liturgia nos ajude a comprometer com a palavra de Deus e que sejamos portadoras dela na comunidade, na família e no mundo. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sociedade precisa de cristãos que superem divisões, diz Bento XVI



 
Queridos irmãos e irmãs, a força do Batismo deve nos impulsionar para promover a unidade e a paz com todos. A unidade cristã se faz eco na cruz de Cristo. Ela é o marco do amor de Deus a nós de modo extremo e total. Não há outro sacrifício que sobrepõe à salvação de Deus a humanidade. Deus nos chama a todos para uma conversão que nos transforme e também  o nosso redor. A divisão deve ser superada por uma tolerância e dialogo que leva a uma sociedade do amor e paz. Que possamos reavivar a fé em Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida. (Jose Benedito Schumann Cunha)

Celebração ecumênica das Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo. "A sociedade atual muitas vezes esquece o Evangelho, precisa de um exemplo de comunhão entre os cristãos que supere toda e qualquer divisão." Assim se expressou o Papa Bento XVI ao presidir na tarde desta sexta-feira, 25, na Basílica romana de São Paulo Fora dos Muros, às segundas Vésperas da festa da Conversão de São Paulo. A celebração concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: um dom de Deus que necessita desses gestos concretos para curar recordações e relações, disse o Pontífice. “Ressaltamos que a Igreja no Brasil celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos entre as solenidades da Ascensão do Senhor e Pentecostes.” (www.cancaonova.com)

Na homilia da celebração, o Santo Padre recordou os cristãos na Índia, "por vezes chamados a dar testemunho da fé em condições difíceis". Celebrando as segundas Vésperas com representantes de outras confissões cristãs, reunidos em torno do túmulo do apóstolo Paulo, Bento XVI falou sobre a unidade dos cristãos como meio privilegiado, pressuposto para anunciar a fé de modo crível a quem não conhece Cristo ou a quem, mesmo já tendo recebido o dom precioso do Evangelho, o esqueceu. A unidade entre os cristãos, antes de ser fruto de esforços humanos, é obra e dom do Espírito Santo, explicou o Pontífice. A oração, o ecumenismo espiritual é o coração do empenho ecumênico, que sem a fé se reduziria a uma forma de contrato ao qual aderir por um interesse comum. Portanto, a premissa para uma mútua fraternidade é a comunhão com o Pai: “O diálogo, quando reflete a prioridade da fé, permite abrir-se à ação de Deus com a firme confiança de que sozinhos não podemos construir a unidade, mas é o Espírito Santo que nos guia rumo à plena comunhão, e faz colher a riqueza espiritual presente nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais.” Segundo o Papa, a sociedade atual incide cada vez menos o Evangelho e está necessitada de reconciliação, diálogo e compreensão. Diante deste cenário, disse o Papa, as Igrejas e as Comunidades eclesiais são chamadas a acolher o desafio de, juntas, anunciar Cristo, oferecendo ao mundo um luminoso exemplo na busca da comunhão. "Ao tempo em que caminhamos rumo à plena unidade, é necessário buscar então uma colaboração concreta entre os discípulos de Cristo em vista da transmissão da fé ao mundo contemporâneo", ressaltou. (www.cancaonova.com)

Todavia, as questões doutrinais que ainda separaram os cristãos, não devem ser subestimadas ou minimizadas: devem ser enfrentadas com coragem, em espírito de fraternidade e respeito recíproco, acrescentou Bento XVI. “O ecumenismo não dará frutos duradouros se não for acompanhado de gestos concretos de conversão que favoreçam a cura das recordações e das relações,” prosseguiu. O dom da unidade é inseparável do dom da fé, e a fé é inseparável da santidade pessoal, bem como da busca da justiça. Pensando nos cristãos da Índia que prepararam os subsídios para a reflexão durante a Semana de Oração deste ano, celebrada com o tema "O que o Senhor exige de nós" – extraído do livro do profeta Miquéias –, o Papa recordou as condições difíceis em que eles por vezes são chamados a dar testemunho:" ’Caminhar humildemente com Deus’ significa, em primeiro lugar, caminhar na radicalidade da fé, como Abraão, confiando em Deus, aliás, colocando n'Ele toda nossa esperança e aspiração, mas significa também caminhar para além das barreiras, do ódio, do racismo e da discriminação social e religiosa que dividem e prejudicam a sociedade inteira. "Os representantes do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, da Igreja Anglicana, das Igrejas ortodoxas, das Igrejas ortodoxas orientais e das diferentes comunidades eclesiais participaram das segundas Vésperas presididas pelo Santo Padre. Em nome de todos, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, saudou o Pontífice. (www.cancaonova.com)

Assim, animados pela fé em Cristo e fortalecidos através dela podemos caminhar na busca da unidade. Deus nos permite um dialogo constante que nos leva a um amor reciproco que chega aos nossos irmãos de caminhada ao Reino definitivo. As palavras do papa e o momento de oração feita junto com os irmãos de fé na véspera do dia de São Paulo, o apostolo dos gentios, nos fazem pensar e refletir da importância da busca do dialogo, da concórdia e da unidade entre nós cristãos. Que as pessoas busquem viver o amor e sejam sinais de unidade que promovem a paz, a justiça a partilha de dons, e solidariedade para as pessoas que precisam de nós. (jose Benedito Schumann Cunha)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Revitalização paroquial e as comunidades de vida e aliança

POR Monsenhor Geraldo Marcos Tolentino

De um modo bastante explícito, o Documento de Aparecida e as Diretrizes da CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] apregoam a importância decisiva da renovação paroquial, diante do desafio da “mudança de época”. A Paróquia tem que se renovar. É imperioso! Para esta renovação, porém, é preciso que se busque uma configuração eclesial e paroquial que possibilite uma experiência salvífica e profunda de Deus, através do encontro pessoal com Cristo em todas as ações eclesiais e que, ao mesmo tempo, garanta o engajamento eclesial de cada fiel, conforme os carismas recebidos de Deus. Que cada fiel seja realmente “sujeito eclesial”. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que significa dizer "Eu creio em Deus"? Papa explica na catequese




Queridos irmãos e irmãs, somos agraciados por Deus na medida em que a nossa vida se conforma com a DEle. Somos de Deus por que cremos Nele e sabemos que Ele é principio e fim de nossa vida. Cada um recebe a graça de Cristo através do Batismo. Deus nos chama sempre e cabe a nós respondermos a Ele com generosidade. Deus nos ama de modo infinito. Deus nos quer que nós fiquemos com Ele sempre. Crer em Deus significa aderir e fazer plenamente a vontade Dele. Deus sempre nos fala e devemos estar aberto a Ele para poder responder conscientemente a sua vontade. Esse crer é a base da fé que permite Deus entrar na nossa vida e ela não nos deixa abalar por nada. Isso nos leva a suportar todo sofrimento e perseguição em nome desse Deus que nunca nos deixa sozinho mesmo nos momentos mais angustiantes de nossa vida. Muitas pessoas souberam fazer isso e não tiveram medo de perder a vida por Ele. (Jose Benedito Schumann Cunha)

Dizer acreditar em Deus significa, segundo o Papa, fundar a vida sobre Deus, deixar que Sua Palavra a oriente. Na catequese desta quarta-feira, 23, o Papa Bento XVI começou uma reflexão sobre o Credo, a profissão de fé, dando continuidade ao ciclo de catequeses dedicadas ao Ano da Fé. Enfatizando o exemplo de Abraão, que aceitou plenamente o chamado de Deus, Bento XVI explicou especificamente o significado da expressão “Eu creio em Deus", que inicia a oração cristã. Essa afirmação, “Eu creio em Deus” é, segundo o Papa, fundamental, e embora aparentemente simples, abre ao infinito mundo do relacionamento com o Senhor e com o seu mistério. “Crer em Deus implica adesão a Ele, acolhimento da sua Palavra e obediência alegre à sua revelação”. (www.cancaonova.com)

E para escutar o que Deus tem a dizer ao ser humano, Bento XVI indicou a Sagrada Escritura. Ele lembrou que toda a Bíblia fala de fé e ensina a fé narrando a história em que Deus se faz próximo do homem através de tantas figuras de pessoas que acreditam Nele e confiam Nele. Uma dessas pessoas é Abraão.“E é propriamente sobre Abraão que gostaria de concentrar-me e concentrar a nossa atenção, porque é ele a primeira grande figura de referência para falar de fé em Deus: Abraão o grande patriarca, modelo exemplar, pai de todos os crentes (cfr Rm 4, 11-12)” E o fato de Abraão ter tido uma fé inabalável, ao continuar aceitando a vontade de Deus mesmo quando os caminhos lhe pareciam misteriosos, tem um significado especial para todos os crentes. Conforme explicou o Santo Padre, quando se diz “Eu creio em Deus”, está-se dizendo da mesma forma que disse Abraão, que confiou em Deus. (www.cancaonova.com)

“Dizer 'Eu creio em Deus' significa fundar sobre Ele a minha vida, deixar que a sua Palavra a oriente a cada dia, nas escolhas concretas, sem medo de perder algo de mim mesmo”, enfatizou o Pontífice. Por fim, o Santo Padre destacou que a crença em Deus leva a uma contínua saída de si mesmo, da mesma forma que o fez Abraão, para levar à vida diária a certeza que vem da fé: “a certeza, isso é, da presença de Deus na história, também hoje; uma presença que leva vida e salvação, e nos abre a um futuro com Ele para uma plenitude de vida que não conhecerá nunca o pôr do sol”.(www.cancaonova.com)

Assim, animados pelas palavras do nosso Papa Bento XVI e fortalecidos na fé e no testemunho de Abrão, podemos com certeza corresponder a Deus numa fé viva. A nossa vida tem sentido na medida em que somos libertos de todos os entraves que não nos deixam crer em Deus plenamente. As ideologias e o secularismo do mundo não podem apagar a presença de Deus que nos assiste sempre. Tudo nos fala de Deus e nada acontece por acaso. Na realidade nada é sem Deus e tudo vem Dele. O bem é produzido no nosso meio pela nossa coerência de vida cristã e o mal é o não que damos a Deus. A sociedade contemporânea não pode aniquilar a vida, a criança, o idoso, os doentes e os pobres em nome de uma economia materialista, individualista  e desumana que não permitem que eles também tem vez e voz no mundo. Jesus nos elevou a dignidade de filhos de Deus e nós somos de fato se seguir realmente os passos e os atos Dele na nossa vida, na comunidade e no mundo. (Jose Benedito Schumann Cunha)