O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)
Frase
"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)
Fatos
Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...
Celebrar a Pascoa do Senhor é
fazer uma atualização e memoria do amor de Cristo que doou a sua vida pela
nossa salvação. É a festa da vida sobre a morte, pois esta não tem mais a
ultima palavra. Agora Jesus vive e nos dá esperança da eternidade. Assim fala a
Sequencia Pascal: «Surrexit Christus, spes mea – Ressuscitou Cristo, minha
esperança»
Na manha de domingo, Maria
Madalena constata que Jesus está vivo e fala para os discípulos: “vi o Senhor (Jo
20,18), O nosso papa emérito Bento XVI nos falou na sua mensagem de Pascoa em
2012: “Hoje também nós, depois de termos atravessado o deserto da Quaresma e os
dias dolorosos da Paixão, damos largas ao brado de vitória: «Ressuscitou!
Ressuscitou verdadeiramente!””
Jesus nos liberta da escravidão
do pecado e da morte através da sua paixão, morte e ressurreição. Agora a cruz
de Cristo nos leva ao túmulo vazio, pois Jesus vive para sempre e nos convida a
participar da sua vitória. A beleza da vida ofusca a morte, pois ela é o
presente que Deus nos dá agora e resplandecerá com toda sua grandeza na
eternidade com Ele. Que seja derrubada todas as muralhasdo egoísmo, do ódio, do coração fechado e de
tudo que não nos deixam sermos irmãos e irmãs na nossa realidade de vida na
busca de justiça, fraternidade e partilha entre nós.
Se quisermos estar com Cristo,
passemos a segui-Lo como Ele é, um salvador presente e está nas periferias do
mundo, onde estão as mãos que suplicam a nossa ajuda que os levam a dignidade de
filhos de Deus. Viva Cristo Ressuscitado! Boa Pascoa para todos. Amém
Papa lava pés de detentos em cerimônia em prisão de Roma
Foto divulgada pelo jornal L'Osservatore Romano mostra o papa
Francisco lavando os pés de detentos da prisão Casal del Marmo, em Roma
Foto: AP
O papa Francisco
celebrou nesta quinta-feira uma cerimônia de Páscoa inédita em uma
prisão de Roma, onde lavou os pés de detentos, incluindo jovens
mulheres, indicou a Rádio Vaticano.
Mantendo a cerimônia da época em que era arcebispo de
Buenos Aires, o Papa argentino celebrou a última ceia de Cristo e seus
discípulos com o tradicional lava-pés de pessoas humildes e em
dificuldade, em uma cerimônia que não foi transmitida ao vivo pela
televisão.
"Quem está no ponto mais alto deve servir aos outros",
disse o Papa, que preside pela primeira vez como pontífice os
tradicionais ritos da Semana Santa.
"Isto é um símbolo e um gesto: lavar os pés quer dizer
que estou a seu serviço", explicou o novo Papa a um grupo de cerca de 50
detentos de várias nacionalidades que participaram da missa.
Papa acena na chegada ao centro corretivo de menores de Casal del Marmo
Foto: AP
"Pensem que com esta cerimônia de lava-pés você mostra
que está disposto a ajudar os demais. Pensem que é como um carinho de
Jesus, porque veio para isso, para nos ajudar", disse o pontífice, que
lavou os pés de 12 jovens, entre eles duas meninas, uma católica e uma
muçulmana.
A cerimônia foi acompanhada por cantos e música de
violão e transmitida apenas pela emissora do Vaticano para proteger os
detentos.
Os demais ritos da Semana Santa serão realizados segundo
a tradição. O Papa participará também da Via Crucis em torno do Coliseu
romano na sexta-feira à noite, que deve ser transmitida ao vivo por
diversas redes de televisão de vários países.
Na homilia da primeira missa celebrada em Cuba depois de
várias semanas em Roma para a eleição do novo papa, o cardeal Jaime
Ortega revelou as palavras que o cardeal Jorge Mario Bergoglio
pronunciou durante uma congregação geral dos cardeais antes de entrarem
no conclave.
A celebração na catedral de Havana aconteceu na manhã do último
sábado, 23 de março, com a presença do núncio apostólico em Cuba, dom
Musarò de Bruno, e dos bispos auxiliares dom Alfredo Petit Havana e Juan
de Dios Hernández, além do clero, que renovou as promessas sacerdotais.
O arcebispo de Havana contou que, naquela congregação geral, o
cardeal Bergoglio fez um discurso "magistral, perspicaz, envolvente e
verdadeiro".
As palavras de Bergoglio se articulavam em quatro pontos que expressam a sua visão pessoal sobre a Igreja no tempo presente.
O primeiro ponto é a evangelização: "a Igreja deve deixar tudo e ir
para as periferias", não só geográficas, mas também humanas e
existenciais. Ela tem que chegar até os últimos, se aproximar das
pessoas onde se manifesta o pecado, a dor, a injustiça e a ignorância.
O segundo ponto é uma forte crítica à Igreja "autorreferencial", que
olha para si mesma com uma espécie de "narcisismo teológico" que a
distancia do mundo; uma Igreja e que “pretende manter Jesus Cristo para
si, sem deixá-lo sair”.
No terceiro ponto, o cardeal Bergoglio explicava as consequências
dessa visão autorreferencial: uma igreja que não evangeliza mais e que
cria uma vida mundana para si mesma. De acordo com o então arcebispo de
Buenos Aires, devem-se levar em conta essas consequências "para se
lançar luz sobre as possíveis mudanças e reformas de que a Igreja tem
necessidade urgente".
No último ponto, Bergoglio confessou aos cardeais a esperança, a
respeito do novo papa, de “um homem que, a partir da contemplação de
Jesus Cristo, possa ajudar a Igreja a se aproximar das periferias
existenciais da humanidade".
Ao apontar as características do futuro pontífice, o cardeal
Bergoglio não imaginava sequer remotamente que caberia justo a ele
reparar a barca de Pedro.
O cardeal Ortega ficou tão impressionado com o que tinha ouvido que
pediu o texto a Bergoglio. O então arcebispo de Buenos Aires lhe
respondeu que tinha estabelecido alguns pontos mentalmente, mas não os
tinha escrito. Na manhã seguinte, "num gesto de extrema gentileza",
Bergoglio levou para Ortega uma folha de papel em que tinha escrito os
pontos do discurso, do jeito que se lembrava deles.
Ortega perguntou se podia publicá-los depois do conclave, ideia com
que Bergoglio concordou. Quando o arcebispo de Buenos Aires se tornou o
papa Francisco, o cardeal cubano perguntou se ainda poderia publicar o
texto do seu discurso na congregação geral e o pontífice confirmou que
sim.
A revista da arquidiocese de Havana, Palabra Nueva, dirigida
por Orlando Márquez, publicou então uma transcrição do manuscrito
entregue pelo cardeal Jorge Mario Bergoglio ao cardeal Jaime Ortega.
O bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo, destacou Papa Francisco na Missa do Crisma nesta quinta-feira
O Papa Francisco celebrou na
manhã desta Quinta-feira Santa, 28, que abre o Tríduo Pascal, a Missa do
Crisma na Basílica Vaticana.
Em sua homilia, falou da
simbologia dos ungidos, seja na forma, seja no conteúdo. A beleza de
tudo o que é litúrgico, explicou, não se reduz ao adorno e bom gosto dos
paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no
seu povo vivo e consolado. Acesse .: NA ÍNTEGRA: Homilia do Papa Francisco .: FOTOS da Celebração
“O
óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo,
mas se espalha e atinge 'as periferias'. O Senhor dirá claramente que a
sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão
tristes e abandonados. A unção não é para perfumar a nós mesmos, e menos
ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia
rançoso... e o coração amargo.”
Para Francisco, o bom sacerdote
reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo: “Nota-se quando o povo é
ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o
rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho
quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu
dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da
realidade, quando ilumina as situações extremas, 'as periferias' onde o
povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua
fé”.
Ser sacerdote é estar nesta relação com Deus e com o seu
povo, pois assim a graça passa através dele para ser mediador entre Deus
e os homens. Esta graça, todavia, precisa ser reavivada, para intuir o
desejo do povo de ser ungido e experimentar o seu poder e a sua eficácia
redentora: “Nas 'periferias' onde não falta sofrimento, há sangue
derramado, há cegueira que quer ver, há prisioneiros de tantos patrões
maus”.
Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o
Senhor, adverte o Pontífice, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder
da graça cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós
mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que
temos àqueles que nada têm.
“O sacerdote que sai pouco de si
mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz
de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai
de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um
intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de
alguns, em vez de serem pastores com o 'cheiro das ovelhas', pastores no
meio do seu rebanho e pescadores de homens.”
Para enfrentar a
crise de identidade sacerdotal, que se soma à crise de civilização, Papa
Francisco convida a lançar as redes em nome Daquele em que depositamos a
nossa confiança: Jesus.
E conclui: “Amados fiéis, permanecei
unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam
sempre Pastores segundo o coração de Deus. Amados sacerdotes, Deus Pai
renove em nós o Espírito de Santidade com que fomos ungidos, o renove no
nosso coração de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas
'periferias' onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia”.