ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Livro sagrado sempre tem valor no meio do POVO na comunidade reunida

  Livro sagrado sempre tem valor no meio do POVO na comunidade reunida



Queridos irmãos e irmãs, estamos no 3º Domingo do Tempo Comum e o enfoque será a importância da Palavra de Deus no meio de nós.

No livro de Neemias temos o contexto do retorno do Povo do exilio da Babilônia. Deus sempre convoca o Povo para retornar a Aliança que Ele fez com seu Povo. Tanto Esdras e Neemias querem reconstruir o pais e recuperar todo passado e ainda conservar a identidade do povo de Deus.

O que vai fazer a diferença nisso é a Palavra de Deus que sempre é nova e atual. Deus nos chama a vida de comunidade, pois não existe Povo sem relacionamento com todos. A palavra de Deus é algo sério e por isso foi preparado um lugar para que ela seja destacada e respeitada numa liturgia viva com o povo na comunidade. A solenidade nos dá valor da Palavra de Deus.

São os levitas que a proclamam, então é bom salientar que não é qualquer um deve manusear a Palavra de Deus. Percebemos que essa liturgia feita é de alegria e festa, isso dever ser as nossas celebrações comunitárias. ( cf. Ne 8,2-4.5-6.8-10)

Na Primeira Carta aos Coríntios nos fala dos carismas que estão no corpo de Cristo que é Igreja. O corpo tem muitos membros e todos ligados a cabeça que é Cristo. Ninguém faz nada se não tiver ligado a Cristo. Aqui entra nós, o clero, as pessoas que já estão no céu como todos os santos e santas de Deus. É uma ação viva e dinâmica. O alimento da comunidade é na palavra de Deus e daqui gera pessoas ouvintes e crentes no Senhor. (cf. 1Cor 12,12-30)

O salmo 18 nos dá a importância da Palavra de Deus quando diz: "Vossas Palavras, Senhor, são espírito de vida". (cf. Sl 18)

No evangelho de Lucas nos mostra realmente qual é a Missão de Cristo na sua vida pública. Jesus veio para libertar a todos, tirar a cegueira que não nos deixa seguir Jesus, curar as doenças mais profundas das pessoas. É dar vida aos que estão às margens no mundo individualizado. É ser compassivo com os que estão sofrendo no corpo e não alma.

 Jesus ó o caminho que nos leva a vida eterna. Não se pode seguir Jesus longe da Igreja, pois é nela que se difunde a Palavra de Deus. Devemos viver  em comunhão com a Igreja de Cristo que é visível no seu magistério atuante no mundo. Devemos estar em comunidade uns com os outros, ajudando mutualmente.

O Espirito que conduziu Cristo em toda sua missão e é esse que devemos pedir para que a nossa ação no mundo leve vida, a partilha e o amor seja o selo de nossas comunidades cristão adicionado ao perdão e solidariedade com todos. (Lc 1,1-4;4,14-21)

Que esta liturgia nos ajude a sermos missionários do amor, do perdão e da misericórdia e a onde tivermos que seja perfumado com o aroma do serviço desinteressado a todos.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi semper!

Jose B. S. Cunha

domingo, 16 de janeiro de 2022

JESUS É ÚNICO QUE NOS AJUDA DE MODO PLENO

 JESUS É ÚNICO QUE NOS AJUDA DE MODO PLENO



Este domingo celebramos ao 2º domingo do Tempo comum. Aqui se fala das bodas de Cana, e Jesus, sua mãe e seus discípulos foram convidados para a festa dos noivos.

Toda festa é momento de alegria e todos sentem felizes com a felicidade do novo casal. É o momento de encontro de amigos que querem bem os noivos.

A Igreja tem Cristo como esposo e seus membros estão ligados a Ele como uma relação de casamento. Toda vez que vamos a Missa, celebramos a eucaristia que é o próprio Cristo nos dá como alimento que nos fortalece muito.

Nas bodas de Caná tem o primeiro sinal que Jesus faz de modo simples e tranquilo sem alarde e sem nenhum e nem um espetáculo. É Maria e Jesus se solidarizando com os noivos. O Papa Francisco nos falou isso no ângelus deste domingo em Roma: "O primeiro sinal que Jesus realiza não é uma cura extraordinária ou um prodígio no templo de Jerusalém, mas um gesto que atende a uma necessidade simples e concreta das pessoas comuns. É assim que Deus gosta de agir”: disse o Papa Francisco na oração mariana do Ângelus, neste II Domingo do Tempo Comum.” (https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-01/papa-francisco-angelus-16-janeiro-2022-bodas-de-cana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)

Este sinal não se ´pode considerar como um milagre, mas uma forma de nos chama atenção que Jesus e Maria estão atentos as nossas necessidades e fraquezas. Assim o Papa nos fala:” Francisco evidenciou que o relato se conclui assim: "Esse foi o princípio dos sinais que Jesus realizou; ele manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele" (Jo 2,11). "Observamos – disse o Papa - que o evangelista João não fala de um milagre, ou seja, de um evento poderoso e extraordinário que gera maravilhas. Ele escreve que em Caná ocorre um sinal, que desperta a fé dos discípulos." (https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-01/papa-francisco-angelus-16-janeiro-2022-bodas-de-cana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)

Queridos irmão e irmã, é importante entender que Deus em Jesus sempre está e estará conosco, nos ajudando e nos fortalecendo mais do que merecemos. A reflexão do Papa nos ajuda a entender isso: Podemos então nos perguntar: o que é um "sinal" de acordo com o Evangelho? "É um indício que revela o amor de Deus, ou seja, não chama a atenção para o poder do gesto, mas para o amor que o provocou. Ele nos ensina algo do amor de Deus, que é sempre próximo, terno e compassivo. O primeiro sinal ocorre enquanto dois recém-casados estão em dificuldade no dia mais importante de suas vidas. No meio da festa, falta um elemento essencial, o vinho, e a alegria corre o risco de acabar em meio às críticas e insatisfação dos convidados." (https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-01/papa-francisco-angelus-16-janeiro-2022-bodas-de-cana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)

 O Santo Padre prosseguiu ressaltando que Nossa Senhora percebe o problema e discretamente o aponta para Jesus. E Ele intervém sem clamor, quase sem dar a perceber. Tudo se passa de forma reservada, "nos bastidores": Jesus diz aos serventes para encher as talhas de água, que se transforma em vinho. (https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-01/papa-francisco-angelus-16-janeiro-2022-bodas-de-cana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)

Somente os servidores e Jesus com atenção a sua Mãe Maria sabem deste vinho maravilhoso que encheram de alegrias aos noivos e todos os convidado.

Que a liturgia de hoje nos ajude a entender a ação de Cristo na sua Igreja e que possamos converter e ter mais fé em Cristo, na Igreja e no bem que age no amor que constrói pontes.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje

 O Papa: defender a inocência das crianças dos Herodes de hoje



Hoje, 28 de dezembro, é a memória litúrgica dos Santos Inocentes. Num tuíte, Francisco convida a rezar e defender as crianças dos "novos Herodes" que destroem sua inocência.

“Os novos Herodes dos nossos dias destroem a inocência das crianças sob o peso do trabalho escravo, da prostituição e da exploração, das guerras e da emigração forçada. #RezemosJuntos hoje por estas crianças e defendamo-las.

Foi o que tuitou o Papa Francisco em sua conta @Pontifex na memória litúrgica dos Santos Inocentes celebrada nesta terça-feira (28/12), que lembra as crianças de Belém de até dois anos, mortas pelo Rei Herodes a fim de eliminar o Menino Jesus, anunciado pelas profecias como o Messias e novo rei de Israel.

152 milhões os menores obrigados a trabalhar

Hoje, como no passado, os Herodes ainda são muitos e há muitas armas que eles usam para destruir a inocência das crianças. Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado em março de 2021, ainda existem 152 milhões de crianças e adolescentes, 64 milhões são meninas e 88 milhões são meninos, vítimas do trabalho infantil. Metade deles, 73 milhões, são obrigados a realizar trabalhos perigosos que põem em risco sua saúde, segurança e desenvolvimento moral. Muitos deles vivem em contextos de guerra e desastres naturais onde lutam para sobreviver, revistando nos destroços ou trabalhando nas ruas. Outros são recrutados como crianças soldados para lutar em guerras travadas por adultos.

Os "comerciantes da morte" devoram a inocência das crianças

Um fenômeno dramático e inaceitável contra o qual o próprio Papa Francisco levantou a voz em 2016, numa Carta aos bispos publicada em 28 de dezembro daquele ano: convidando os prelados a terem a coragem de defender os menores de tudo que "devora" sua inocência, o Pontífice recordou que "milhares de nossas crianças caíram nas mãos de bandidos, máfias, comerciantes da morte que só exploram as suas necessidades". Francisco citou os milhões de crianças sem instrução, vítimas do "tráfico sexual", menores obrigados a "viver fora de seus países por causa do deslocamento forçado", crianças que morrem de desnutrição e vítimas do trabalho escravo.

Nunca mais essas atrocidades!

"Se a situação mundial não mudar", escreveu o Papa, citando estimativas do UNICEF, "em 2030 haverá 167 milhões de crianças que viverão na pobreza extrema, 69 milhões de crianças menores de 5 anos que morrerão até 2030 e 60 milhões de crianças que não poderão frequentar a escola primária". Francisco não esqueceu “o sofrimento, a história e a dor dos menores abusados ​​sexualmente por sacerdotes”: “Um pecado que nos envergonha”, sublinhou, que devemos “deplorar profundamente” e pelo qual “pedimos perdão”. Daí o apelo do Pontífice a "renovar todos os nossos compromissos para que estas atrocidades não aconteçam mais entre nós".

"O nosso silêncio é cúmplice"

As palavras de Francisco de 2016 recordam as da mensagem Urbi et Orbi do Natal de 2014, durante a qual o Pontífice dirigiu um pensamento a "todas as crianças mortas e maltratadas hoje, as que são antes de verem a luz, privadas do amor generoso dos pais e sepultadas no egoísmo de uma cultura que não ama a vida, as crianças deslocadas por guerras e perseguições, abusadas e exploradas diante de nossos olhos e de nosso silêncio cúmplice; e as crianças massacradas sob os bombardeios, inclusive onde nasceu o filho de Deus”. "Ainda hoje o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes", sublinhou Francisco. Hoje, a sombra de Herodes está presente sobre o seu sangue. Realmente, há muitas lágrimas neste Natal, junto com as lágrimas do Menino Jesus!”

O recurso da oração

Mas há uma resposta a tudo isso, "à tragédia da matança de seres humanos indefesos, ao horror do poder que despreza e reprime a vida"? A oração é certamente um recurso, como o próprio Papa explicou na Audiência Geral de 4 de janeiro de 2017: "Quando alguém vem a mim e me faz perguntas difíceis, por exemplo: 'Diga-me, Padre: por que as crianças sofrem?', eu realmente não sei o que responder. Eu só digo: 'Olhe para o Crucifixo: Deus nos deu seu Filho, Ele sofreu, e talvez ali você encontrará uma resposta'. (...) Somente olhando para o amor de Deus que dá seu Filho, que oferece sua vida por nós, ele pode indicar alguma forma de consolo; sua Palavra é definitivamente uma palavra de consolo, porque nasce do pranto".

fonte: 

https://www.vaticannews.va/content/dam/vaticannews/multimedia/2019/03/28/india-2507482.jpg/_jcr_content/renditions/cq5dam.thumbnail.cropped.1000.563.jpeg





sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

  NATAL, Deus vem até nós como Menino para no ensinar a amar

 


Hoje é a véspera de Natal, celebramos a vida no menino Deus que vem até nós na sua simplicidade para nos ensinar que somo chamado a ser humildes servidores. Jesus vem até nós para nos instruir que a veste que usamos é para o serviço dos mais necessitados. As guerras, as fomes, as sedes de poder, as arrogâncias e dominação devem dar lugar ao serviço do bem comum.

A liturgia de hoje é simples e torna-se grandiosa nas leituras que são por si so grande ensinamento para que tenhamos um roteiro e meta de colocar em pratica o amor que Deus tem por nós. Isso nos dá uma grande alegria.

No livro do Profeta Isaias no capitulo 57,7-10 nos fala da alegria do retorno dos exilados. O contesto do povo no exilio na Babilônia era de escravidão e ainda entristecido com a destruição do Templo em Jerusalém. Eles estão com saudade da pátria. Agora o profeta sonha com o encontro de todo no Monte de Jerusalém e ainda vendo o povo de Deus catar jubilosos com o retorno a sua terra. Tem imagem de sentinelas que correm para anunciar a chegada de numerosos exilado regressado da Babilônia.

Agora começará um novo tempo e quem cuidará será o próprio Deus. Um deus que está sempre conosco por ser fiel sempre a aliança. A pandemia nos deixo triste desolado com as mortes e tudo parecia perdido, isso nos dava impressão que o nosso fim estava próximo, mas a esperança da vida renasce nas vacinas e nos cuidados de cada um. Vamos superar porque é Nata, Deus está conosco sempre.

A libertação do povo da Babilônia nos reme a esse tempo de Nata, a onde Deus vem liberta o povo da escravidão do pecado que mata e aniquila o homem.

Na carta aos Hebreus no capitulo 1,1-6 temos a notícia da revelação através de todos os tempos e culminou-se em Cristo que chega a nós em uma noite, na manjedoura, contemplada pelas estrelas e pela visita dos pastores a Jesus na gruta a onde Deus se faz humilde doando se completamente a nós.

Agora a palavra se faz presente e é transparente a todo sem esquecer de ninguém e nós podemos tomar posse de Jesus que renasce em nós a esperança e a certeza que somos filhos de Deus.

O evangelho de João capitulo 1,1-8 nos mostra este hino eloquente do Verbo de Deus que se faz presente na terra na encarnação real de Cristo entre nós. Aqui é a constatação da beleza do nascimento de Cristo, o que era verbo de Deus se torna um de nós não no pecado para trazer a alegria da e da salvação em Deus. O filho de Deus é a palavra do Pai que tudo faz renova a face da terra para o amor desinteressado que constrói esperança de vida e fraternidade para todos.

Há 2021 anos Deus veio e vem sempre quando estamos disposto a ouvir Deus em Cristo. Ele é o caminho, a verdade e a vida. O mundo precisa ver que a estrada que leva a vida e a De Cristo, pois a pequenez do menino se contrasta com a sede da ostentação dos poderosos que não deixam a vida acontecer para todos. Excluem muitos ao Banquete da vida que se oferece no Natal do Senhor sempre. Natal é a lição que devemos aprende que Deus nos ama muito. É a certeza que não devemos esquecer: "o Verbo se fez carne e veio habitar entre nós".

A luz está em Cristo para dissipar o ódio, a violência, o engano, a destruição, as pandemias, o egoísmo que mata, a indiferença pelo sofrimento do outro etc. Devemos procura a luz que vida para todos. Somo chamado a entender que a nossa vida deve estar em sintonia do serviço. Somos servos de Cristo sempre.

Hoje é natal, tempo de renascer para a verdadeira vida e viver plenamente o sentido do Natal de Jesus que é vale dar do que receber.

Feliz Natal a todos.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Servus Christi semper. Missionarius, Catolicus  e laicus.

Jose B. Schumann Cunha

Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez

 Papa: neste Natal, pedir a Jesus a graça da pequenez



Pequenez foi a palavra que o Papa Francisco escolheu para marcar o Natal de 2021. Enquanto vamos atrás de poder, sucesso, visibilidade e força, Jesus vem ao mundo para indicar o caminho contrário, feito de humildade, ternura e serviço. Em sua homilia, o Pontífice fez também um forte apelo em prol dos trabalhadores.

Pedir a Jesus a graça da pequenez: este foi o convite que o Papa Francisco dirigiu os fiéis do mundo inteiro ao presidir na Basílica Vaticana à tradicional Missa do Galo.

Em sua homilia, o Pontífice ressaltou os contrastes contidos na narração do nascimento de Cristo: grandeza e pequenez, riqueza e pobreza, nobreza e exclusão são aspectos presentes no Evangelho de Lucas.

Jesus nasce para servir

O episódio começa com o imperador César Augusto na sua grandeza, que ordena o recenseamento de toda a terra. De lá, leva-nos a Belém, onde, de grande, não há nada: apenas um menino pobre envolto em panos, rodeado por pastores. Ali está Deus, na pequenez.

“Eis a mensagem: Deus não cavalga a grandeza, mas desce na pequenez. A pequenez é a estrada que escolheu para chegar até nós.”

Fixemo-nos no centro do presépio, convidou o Papa: vamos deixar para trás luzes e decorações e vamos contemplar o Menino para nos questionar se somos capazes de acolhê-lo.

“É o desafio de Natal: Deus revela-Se, mas os homens não O compreendem. Faz-Se pequeno aos olhos do mundo… e nós continuamos a procurar a grandeza segundo o mundo, talvez até em nome Dele. Deus abaixa-Se… e nós queremos subir para o pedestal. O Altíssimo indica a humildade… e nós pretendemos sobressair. Deus vai à procura dos pastores, dos invisíveis… nós buscamos visibilidade. Jesus nasce para servir… e nós passamos os anos atrás do sucesso. Deus não busca força nem poder; pede ternura e pequenez interior.”

A graça da pequenez

Eis o que devemos pedir a Jesus no Natal, prosseguiu Francisco: a graça da pequenez.

Pequenez significa acreditar que Deus quer vir às pequenas coisas da nossa vida, quer habitar nas realidades cotidianas, nos gestos simples que realizamos em casa, na família, na escola, no trabalho. 

Pequenez significa também aceitar a nossa fraqueza e erros e se entregar a Ele, na certeza de que Deus nos ama como somos, nas nossas fragilidades. 

Acolher a pequenez significa ainda abraçar Jesus nos pequenos de hoje. Ou seja, amá-Lo nos últimos e servi-Lo nos pobres. São eles os mais parecidos com Jesus. E é nos pobres que Ele quer ser honrado.

Chega de mortes no trabalho!

Jesus nasceu pobre rodeado de pobres, isto é, dos pastores, os “esquecidos da periferia”. Estavam lá para trabalhar, porque a sua vida não tinha horário, dependia do rebanho.

“Nesta noite, Deus vem encher de dignidade a dureza do trabalho. Recorda-nos como é importante dar dignidade ao homem com o trabalho, mas também dar dignidade ao trabalho do homem, porque o homem é senhor e não escravo do trabalho. No dia da Vida, repitamos: chega de mortes no trabalho! Empenhemo-nos para que cessem.”

Em Jesus, tudo se harmoniza

Mas se no presépio há os pastores, há também os Magos, “os eruditos e os ricos”.

Tudo se harmoniza quando, no centro, está Jesus, disse o Papa, convidando a voltar para Belém para reencontrar a essencialidade da fé.

“Olhemos os Magos que vêm em peregrinação e, como Igreja sinodal, a caminho, vamos a Belém, onde está Deus no homem e o homem em Deus; onde o Senhor ocupa o primeiro lugar e é adorado; onde os últimos ocupam o lugar mais próximo Dele; onde pastores e Magos estão juntos numa fraternidade mais forte do que qualquer distinção. Que Deus nos conceda ser uma Igreja adoradora, pobre e fraterna. Isto é o essencial.”

Ponhamo-nos a caminho e voltemos a Belém, porque a vida é uma peregrinação, concluiu Francisco. Nesta noite, acendeu-se uma luz, suave, que nos lembra a nossa pequenez. É a luz de Jesus que ninguém jamais apagará.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2021-12/papa-francisco-missa-galo-natal-pedir-jesus-graca-pequenez.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 4 de dezembro de 2021

A conversão a Deus e de vida são necessárias

 A conversão a Deus e de vida são necessárias




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos no segundo Domingo do Advento e é uma oportunidade que nós temos de prepararmos bem para celebrar o Natal do Senhor.

 

Temos a figura de João Batista, que é uma voz que clama no deserto. Sabemos que o deserto é o lugar de encontro com o senhor Deus e de lembrança da bondade de Deus que vem ao encontro do homem. João Batista tinha a missão de preparar o caminho para o senhor Jesus. Lá ele adverte a todos a necessidade da conversão.

 

Hoje devemos ser outro João Batista pra pedir  a todos que volte a Deus, neste mundo cheio de voz de toda ordem que deixam as pessoas sem saber qual o caminho que devemos seguir para ter a vida em abundância que está com Deus da vida. A preparação do natal é uma época de arrumar a nossa casa da vida para receber Jesus que vem na humildade para libertar-nos do egoísmo e do orgulho, e deste sermos mais humanos.

 

Devemos viver o advento, libertar de antigos costumes e algemas da escravidão impostas pelo sistemas injustos para que possamos ter a verdadeira libertação. É poder reviver a alegria de estar em comunhão com Deus e com todos. Essa pandemia não pode nos abater e pensar que Deus está longe de nós. (cf. Br 5,1-9)

 

O Salmo 25 nos mostra a oração confiante a Deus Pai e o desejo de cada um acolher e seguir  aos ensinamentos e ter a instrução segura para caminhar no caminho do Senhor. O caminho é esse: o amor, a justiça e a fidelidade, tudo isso nos leva a estar em comunhão íntima com Deus. Deste modo a aliança é conhecida e restabelecida com Deus, pois Ele é fiel e ainda deseja que estejamos com Ele sempre em santidade e fidelidade.

 

Na carta aos filipenses, há uma exortação que nos apela para progredirmos na atitude de uma vida no amor. Um amor que constrói pontes e laços que permitem a vivermos a perfeição. Não podemos abaixar a guardar e ainda sermos sempre vigilantes na esperança, na fé e no amor. (cf. Fl 1,4-6.8-11)

 

O evangelista nos fala de João Batista da sua missão: "preparar o Caminho do Senhor". Deus fala em João Batista, um profeta que vem anunciar a chegada do Senhor. O silêncio de Deus foi quebrado. Agora Deus vem falar para nós através de João Batista e depois no Cristo, o Messias. (cf. Lc 3.1-6)

 

Aqui “Deserto", na História de Israel, é uma lugar de lembranças vivas como: Libertação... Purificação... Aliança... Esperança da Terra Prometida...  . Agora o deserto onde estava João Batista é um convite para vivermos novamente  a experiência de um Deus que caminha conosco e nos ajuda a termos a libertação plena como foi no passado. Não podemos estar presos às ideologias cegas que não nos deixam sermos livres como: sistemas políticos, religiosos, socioeconômicos que muitas vezes nos cegam para o verdadeiro bem que nos leva a Deus da vida.

 

É um convite de acolhermos o Messias em nossa vida e nas nossas comunidades cristãs. Não podemos viver com individualismo e nem com intimismo religioso, mas ter a experiência de vida comunitária na solidariedade e partilha. Onde Deus nos dá pão partilhado no banquete da vida que Deus oferece a todos. Ninguém fica de fora. Todos têm lugar à mesa e ninguém fica excluído.

 

Que esta liturgia nos ajude a ouvir o Senhor através dos verdadeiros profetas que clamam até nós para viver o Natal do Senhor e esperar a vinda de Cristo, pois Ele é a razão de nosso viver rumo à terra celeste. Sejamos abertos à graça e que arrumemos a nossa casa humana e material para sermos criaturas alegres na esperança de dias melhores. Amém.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Sejamos anunciadores da Esperança em Cristo no mundo.

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 28 de novembro de 2021

"Vigiai!", o Senhor está para chegar

 "Vigiai!", o Senhor está para chegar



Queridos irmãos e irmãs, a Igreja no mundo inteiro inicia-se o Novo Ano Litúrgico. Esse ano é o ano A. Vamos iniciar uma caminhada e viver novamente os Mistérios da nossa Salvação. Deus é bom e ele sempre está conosco. Em cada ano litúrgico temos foco em dois ciclos importantes que são: Natal e Páscoa.


Estamos no Advento, a preparação do Natal do Senhor que é nosso também. Natal vive em família. Neste ciclo preparamos também para a segunda vinda do Senhor. Advento significa vinda. E vamos celebrar no dia 25 o Natal do Senhor. A as duas semanas iniciais vamos refletir a ficarmos atentos e vigilantes para a segunda vinda do Senhor, é o Maranatha. 


E as duas restantes é a expectativa da preparação para celebrar a memória do Natal, com o coração agradecido a Deus por ter enviando a nós o Cristo nascido de uma mulher que foi agraciada abundantemente para ser a Mãe do Senhor, nosso salvador e libertador.

No livro de Isaías fala da profecia que anuncia a vinda do descendente de Davi e este trará para todos a verdadeira justiça e paz. Uma justiça que não tem lado e a paz duradoura que penetra os nossos corações para que possamos viver bem com todos. É o anuncio do advento de Cristo. 


O contexto era de perigo de guerra e nessa situação anuncia dias melhores com trabalho e vida para todos na liberdade. O lugar é Jerusalém , lá irradia a verdadeira realeza de serviço a todos, principalmente aos mais pobres e sem vez. Jesus veio anunciar um reino onde todos são chamados ao banquete da vida. Não há privilegiados na missão de Cristo. (Is 2,1-5)

 

Na carta de São Paulo aos romanos nos convida a acordar para descobrir e ver o novo dia que começará com a salvação que Deus proporciona à comunidade. Já começou a nossa libertação, cabe a nós ir ao encontra da salvação que é dom de Deus para todos. Para tê-la é preciso deixar as obras das trevas que são: orgulho, corrupção, enganos, mentiras, maldades e violência. E revestir as armaduras da luz que são: o amor, o perdão, a misericórdia, a fraternidade e a solidariedade.


Hoje com a pandemia, com a miséria, com a pobreza, doenças e falta de emprego, nós como cristão devemos descobrir alternativas para ajudar aqueles que mais precisam. Não podemos omitir diante de tantos que estão às margens da nossa sociedade capitalista e socialista deste mundo. (cf. Rm 13,11-14)

 

O evangelista São Mateus nos exorta para ficarmos vigilantes para reconhecer os sinais da chegada do senhor que virá pela segunda vez.

 

O Evangelho é um apelo a uma VIGILÂNCIA permanente, para reconhecer o Senhor na sua segunda vinda.


Na história da nossa salvação Deus manda sinais como: na época de Noé que construía a arca para o dia do dilúvio. Todos foram alertados deste episódio, mas fizeram descaso com a pala de Noé. Os nossos afazeres e correria do dia de nossos trabalhos não percebemos os sinais que Deus dá para sua chegada entre nós. Ficamos cegos diante dos acontecimentos e não mudamos de vida. 


E não devemos dormir sossegados diante dos perigos e também da chegada do Senhor que vem de surpresa até nós. Devemos estar vigilantes sempre e se possível em sentinela. (cf. Mt 24,37-44)

 

O medo do presente e do futuro não pode jamais nos cegar para ver a luz da esperança do Senhor que vem sempre nos ajudar e salvar.

 

Que esta liturgia nos ajude a preparar bem para o natal, vestindo as vestes da esperança, do amor e da fé. Que a pandemia não nos escureça o nosso coração para a caridade e ajuda aos necessitados de bens materiais e espirituais. Sejamos como Jesus fez ir ao encontros dos doentes sem medo, estendo a mão que solidariza e bálsamo que regenera a pessoa. Amém

 

Tudo por Jesus nada sem Maria! Eis aqui o servo que está disposto a servir o Senhor!!!


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Jesus, Rei do Universo que serve a humanidade

 Jesus,  Rei do Universo que serve a humanidade



Queridos irmãos e irmãs, chegamos ao final do ano Litúrgico da Igreja. Foi uma caminhada na Fé, na esperança e na caridade. Este ano ainda foi difícil devido à pandemia. Infelizmente as ideologias de toda ordem e as Fake News atrapalham muito o combate desta doença. Infelizmente a humanidade experimentou um longo luto e muitos morreram.

 A nossa fé em Cristo que serve a vida, Ele é o Rei do universo que serve. Neste dia importante e festa e junto com ela está o dia do Leigo que é muito importante, pois a Igreja hierarquizada precisa dele muito. Todos são chamados a construir aqui e agora o Reino de Deus que tem a sua culminância no céu. O mundo tem presidente e reis, e eles para serem sábios e justos devem espelhar no Cristo, Rei que servem sem nenhum interesse pessoal e nem de exploração e dominação.

Se pudermos entender a liturgia bíblica, percebemos que toda bíblia fala de reis, mas apenas um é Rei por excelência que devemos seguir sempre. As Leituras bíblicas nos falam dessa Realeza.

 No livro de Daniel fala do Filho do Homem, que vem do céu e tem a missão de Instaurar o Reino de Deus definitivo entre nós. O contexto vivido pelo povo de Deus era na época a do Rei Antíoco IV, ditador e mal, e tinha desejo de impor a sua cultura pagã e religião à força, sem respeitar a religião do Povo de Deus. A visão de Daniel caracterizou bem a profecia. Os quatro animais simbolizam os reis opressores que saem do mar (símbolo do mal), e no céu um ancião (Deus) que entrega a missão ao FILHO do homem o poder, a glória e o reino. Para nós é Cristo, o Rei, filho de Deus que instaura uma nova aliança.

Jesus veio levedar a massa, dá sabor do reino na prática da justiça, da paz, da misericórdia, da partilha e do amor na comunidade. Oxalá que as nossas comunidades sejam reflexo do Reino que se inicia aqui e culmina-se no céu. (cf. Dn 7,13-14)

No livro do Apocalipse nos lembra que Cristo instaura um Reino novo que todas as coisas se submetem a Ele. Toda a criatura se refaz em Cristo com a sua Ressurreição que finaliza toda ação de Cristo no mundo. (cf. Ap 1, 5-8)

No Evangelho, Jesus confirma a sua verdadeira Realeza que é de serviço e doação a todos, principalmente aos mais necessitados. A missão de Jesus era liberta os cativos, curar os doentes, restaurar o homem, promover a paz, a misericórdia, tirar o homem da escravidão do pecado e ser um Rei servidor.

Nenhum momento Jesus quis ser rei da estirpe dos reis e poderoso do mundo.  No mundo até hoje tivemos raros governantes justos e servidores ao Povo. São gananciosos, têm ânsia do poder, são ditatoriais, são ostentativos e arrogantes.

Embora muitas vezes o povo queria fazer de Jesus, rei, mas não era objetivo dele. Diante Pilatos, no tribunal, foi perguntado se ele era Rei, Jesus responde que sim, mas não deste mundo mas do Reino do céu. A sua coroa é de espinho e o seu trono é a cruz, sinal de amor extremo de doação para salvar a humanidade.

A realeza de Cristo é serviço a todos, principalmente aos marginalizados deste mundo. Um rei que solidariza com os pecadores e doentes incuráveis e contagiosos. Jesus é a voz dos mais fracos e sem voz. (cf. Jo 18, 33b-37)

Que esta liturgia nos ajude a ser discípulo e súdito do Rei Jesus que vem até nós sempre como irmão solidário de nossas fraquezas e necessidades. E que possamos ser membros ativos da comunidade que serve. Não podemos ser membros da comunidade para usurpar e servir da Igreja. Colocar a serviço da Igreja do Pão que partilha e solidariza com Todos. Que os leigos possam entender o seu papel na Igreja, sendo autênticos cristãos numa Igreja viva e não de pedra.

 Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 Bacharel em Teologia Jose. B. Schumann Cunha

domingo, 7 de novembro de 2021

A santidade é um caminho

  A santidade é um caminho




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando na liturgia deste domingo a Festa de todos os Santos. Este domingo é o 33º Domingo do Tempo Comum, o penúltimo deste ano.

 

Acreditamos e professamos no credo da Igreja a comunhão de todos os Santos. A igreja proclama a santidade de algumas pessoas com as virtudes heroicas e aclamadas pelo povo de Deus, mas há muitos que já estão na eternidade, são santos desconhecidos por todos e na Igreja, mas são santos anônimos. Hoje podemos contemplar e agradecer a Deus por estas muitas pessoas que passaram nesta vida fazendo o bem.

 

A liturgia bíblica nos fala disso e ela nos confirma esse fato. Quem segue a Deus está no caminho da santidade.

 

No livro do Apocalipse nos fala desta realidade e são muitos, porque Deus nos agracia de bênçãos e bondade para irradiarmos o bálsamo da santidade em todos os lugares. Deus é glorificado nos seus santos. Encontramos o número de 144.000 que é simbólico que significa todo o povo de Israel e mais uma grande multidão de pessoas e lugares e línguas diferentes. Todos são chamados a percorrer o caminho da santidade e através da vivência dos valores evangélicos que chegamos a ser santos em Deus.  (cf. Ap 7,2-4.9-14)

 

Na Primeira carta de São João e lá é afirmado de maneira categórica que somos filhos de Deus. Se somos filhos de Deus então temos ingredientes necessários de chegar à santidade de vida. O amor de Deus nos transforma e nos ajuda a viver um vida em comunhão com Deus, vivendo na graça de Deus sempre.  (cf. 1 Jo 3,1-3)

 

O evangelista São Mateus nos mostra como chegar a santidade e quem nos fala disso e nos exorta é Jesus Cristo. No discurso das Bem-aventuranças que é nada mais o roteiro e guia para chegar a santidade. Devemos ser pacíficos, misericordiosos, ser puros, ser tolerante e paciente, ser pessoa de comunhão e viver plenamente em Deus.

 

Santos são todos aqueles que em vida seguiram a Deus e agiram bem sem mistura com o mal do mundo. Todos eles, Deus permitiu ser instrumento da sua ação neles. Muitos milagres e graças vieram até através dos Santos, mas quem comandou foi o próprio Deus. Deus age nos santos. Nós sabemos que a Igreja tem a cabeça Cristo e nós os seus membros e cada uma agem conforme o comando de Da Cabeça que é Cristo.

 

Um exemplo para entender bem. Por exemplo, meu pé machucou, qual dos membros que vou cuidar para curá-lo, neste caso respondemos que ser as mãos, mas quem comandou essa ação? A resposta é simples e inquestionável, é o nosso cérebro. Portanto se pedimos aos santos, ou alguém para nos ajudar na interseção de uma graça ou um milagre, podemos ficar tranquilos que vai comandar Deus em Cristo isto. Isso é maravilhoso pois somo membros da Igreja de Cristo e ela irradia bênçãos e graças para o louvor e glória de Deus. (cf. Mt 5,1-12)

 

Que esta liturgia nos ajude a estar em comunhão com todos santos em Cristo até chegar ao Reino definitivo de Deus. E que possamos viver bem a bem-aventurança, pois Deus nos chama ser santos como Deus é Santo. Amém

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 23 de outubro de 2021

Há cegueira que precisa ser curada

Há cegueira que precisa ser curada



 

Queridos irmãos e irmãs, há cegueiras na nossa vida e só a palavra de Deus pode fazer que enxerguemos com a luz verdadeira que ilumina tudo para entendermos o sentido real das coisas. Essa luz é a fé que brota em nós. Nunca vai ser muito, mas o suficiente para enxergarmos com clareza a vontade de Deus na nossa vida

 

No livro de Jeremias nos fala que virá um sinal de luz para aquele povo que estava sofrendo na escuridão do exílio. É a esperança que brota no coração do homem e isso dissipa as trevas da maldade dos poderosos. Assim está escrito: "Coxos e cegos, mulheres grávidas e que deram à luz”.

 

Isso é a esperança que não decepciona. Deus sempre vem em socorro do seu povo, principalmente os mais sofridos. A pandemia nos deixou acuados algumas vezes, mas muito clamaram a Deus misericórdia e que desse um basta nisso. Hoje já podemos respirar mais tranquilo, parece que logo tudo será normalizado. (cf. Jr 31,7-9)

 

Na carta ao Hebreus podemos conferir e constar que Jesus é o sumo sacerdote que faz a ponte entre Deus e a humanidade. É uma graça que está à disposição de todos. Não estamos sós. (cf. Hb 5,1-6)

 

No evangelho de Marcos nos mostra Jesus que cura um cego e lhe dá a visão e a fé no Cristo. Jesus já caminha para Jerusalém e lá será morto e também ressuscitará. Aqui podemos notar que foi o último milagre de Jesus a um cego de nascença. É uma catequese que Jesus quer dizer para nós que muitas vezes somos cegos diante de tantas informações e graças de Deus, mas precisamos da luz da verdade que Deus é o único que nos dá verdadeira paz e salvação.

 

 

Os apóstolos estavam cegos pois acreditavam em Jesus, senhor, mas eles estavam cego diante do mistério da cruz e da morte que Jesus ia sofrer para salvar a humanidade toda. Perto de Jericó, um cego, se encontrava sentado "à beira da estrada", informou-se de que Jesus estava passando e gritou por socorro: "Filho de Davi, tem piedade de mim". A palavra de filho de Davi que o cego pronunciou é para nós um título messiânico em que Jesus significa. O cego joga o manto, e isso representa a segurança dele e as moedas são jogadas fora e se levanta vai ao encontro de Cristo.

 

Aqui podemos dizer que vai ao encontro do verdadeiro tesouro que é Jesus. Ele é curado e segue Jesus. O caminho da conversão deve ser de tirar a segurança que passa para buscar a segurança permanente que tira a vida eterna. (cf. Mc 10,46-52)

 

Que esta liturgia nos ajude a libertar das cegueiras das ideologias do capitalismo, do poder dos governos que passam e das religiões que dominam e não deixam a pessoa se libertar para caminhar rumo ao verdadeiro Deus que traz a vida eterna.


Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! O Senhor envia-nos a lugares que faltam missionários.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha