O Evangelho narra que “Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo” (João 20, 1). Ela foi imediatamente avisar os apóstolos Pedro e João, pois, o sepulcro estava aberto e nenhum corpo estava lá dentro. Quem o havia tirado? Eis a questão! A pedra que tampava a tumba era pesada. Quem a tinha arrastado devia ter sua justificativa. Mas é preciso lembrar que Jesus falara de sua ressurreição. Esta foi confirmada: “Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido” (Atos 10, 40-41).
Muitos refutam a ressurreição de Jesus. Falta-lhes fé, que lhes tire a pedra da visão do Homem-Deus. Tirar a pedra requer ir ao sepulcro dos enterrados que precisam ressurgir para a vida digna. Jesus nos dá a fé para testemunharmos sua ressurreição. Esta dá vida de sentido para os caídos em suas misérias e necessidades. É preciso de quem lhes dê a mão amiga e amorosa, como a do bom samaritano. A fé no Ressuscitado não nos deixa enclausurados em nossas sepulturas egoístas. A fé só voltada para dentro do nosso sepulcro não nos deixa tirar a pedra para dizermos a todos que a vida tem jeito ou solução. Assim evangelizamos, ou seja, levamos solidariedade, união com todos para convivermos na promoção da cidadania humana e divina para cada um. Melhoramos nossas relações familiares, comunitárias, sociais e políticas, com a perspectiva do Cristo que venceu a morte.
É Páscoa! Ela aconteça para todos, com a juventude ajudando a tirar a pedra da sepultura de muitos que estão nos descaminhos da vida, para apresentar a vida nova impregnada do amor do Cristo. Assim haverá transformação do mundo, renovado com a superação de todas as mortes!
D. José Alberto Moura, CSS
Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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