ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 25 de junho de 2019

Quem reconhece o Cristo, vive coerente o nome de cristão

Quem reconce Cristo vive coerentemente o nome cristão


Xiamen, Moradores Da Favela, Fotografia De Rua, Sha Po


Queridos irmãos e irmãs, nesse 12º Domingo do tempo Comum, a liturgia nos adverte para a resposta coerente com o agir dos que querem seguir Jesus Cristo que viveu, agiu bem no mundo sem fazer pactos com sistema excludente da época, morreu por não aceitar as injustiças dos privilegiados, mas ressuscitou e está no nosso meio, clamando a nossa coerência de vida.

Sabemos que é difícil de dizer sim aos mais necessitados diante de tantas benefícios do sistema capitalista que privilegia alguns em detrimento de muitos. Hoje no Brasil vemos multidões de desempregados, muitos sem casas dignas, muitos passando fome e outros sem assistência a saúde, a educação e a segurança, mas poucos com tudo e outros muitos sem nada. Isso bate contra o que Jesus propor aos seus seguidores.

Somos cristãos e cada domingo nós reunimos para orar e agradecer, mas também se comprometer com o Reino de Deus que se faz na justiça, no amor, na misericórdia, no perdão e de mundo sem violência e sem armas.

Uma pergunta intrigante Jesus fez aos apóstolos e faz hoje para nós, Quem é Ele para nós?

Jesus é o Messias prometido, mas não como os judeus pensavam, pois Ele é o Messias servidor que compadece com a situação de milhões de pessoas que são exploradas, marginalizadas e excluídas dos sistemas de governos e de economia. Ele mostrou que quando estamos com Ele, haverá partilha, solidariedade e fraternidade que levanta o ser humano caído nas diversas situações de morte que se apresentam. 

Não haverá cristão verdadeiro se não for generoso com o seu próximo. O pobre sem recurso nenhum grita por socorro e pede a nossa ajuda. Não se pode dar migalhas e nem uma política assistencialista e populista que faz de conta que está protendo a maioria, mas não se abre a mão de privilégios e salários altíssimos em favor de todos.

Na profecia de Zacarias nos mostra como é o verdadeiro servidor, esse que foi registrado nessa profecia é Jesus Cristo. Jesus foi cruelmente assassinado e aceitou por ser um servo fiel e sofredor predito em Isaias. O que isso nos remete a Ele também nos faz pensar, dando a nossa resposta sincera de conversão a Deus. Então ser cristão de fato, não de placas de igreja e nem de rótulos bonitos. Ser pessoa que age na massa e produz algo que dá vida em abundancia para todos .. (cf. Zc 12,10-11;13,1)

A Carta aos Gálatas nos mostra que o Cristão, após o Batismo, se reveste de Cristo, por isso ele tem que ser outra pessoa, o homem velho, egoísta e insensível tem que sumir para viver uma vida nova em Cristo na comunidade de irmãos. Não se pode ter uma Igreja de privilegiados se existem muitos irmãos pedindo socorro e ajuda. Muitas vezes há pessoas que estão no nosso caminho à igreja, estendendo as mãos para levantarem daquela situação deprimente, mas a nossa insensibilidade, os deixamos lá fora e entramos na Igreja como só nós que Deus vai nos servir e ajudar. (Gl 3,26-29)


O evangelista Lucas, nos mostra a profissão de fé de Pedro e também o anuncio da Paixão de Jesus. É bom observar, que após as atividades de Cristo, Ele vai orar e depois disso conversa com os discípulos. E faz um pergunta: o que as pessoas pensam dele. As respostas são diversas mas não satisfatórias, mas Jesus faz uma pergunta direta, quem é Ele para eles.

Pedro dá uma resposta: Tu é o Cristo, filho do Deus vivo. Esta resposta é toda dimensão da ação de Jesus. Ele não se compactuou com o sistema dos privilegiados e exploradores daquele tempo, mas pede e quer que as pessoas se libertem desses sistemas e religiões intimistas e momentâneas. (cf. Lc 9,18-24)

Infelizmente muitas pessoas procuram um Cristo shop center a onde tem tudo de graça e ainda um Jesus pessoal e individual para cada um. Muitos não se comprometem por um mundo melhor para todos. Ficam anestesiados diante do horror da fome e de mortes de muitos irmãos nossos que estão marginalizados nesse mundo global.

Que a liturgia desse domingo possibilite que as pessoas mudem os seus paradigmas a favor do bem comum. Não há Igreja que não olhe e faça alguma coisa para todos e principalmente aos que mais precisam.
Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann

sábado, 22 de junho de 2019

Montes-clarense é eleita presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil

Acontece de 20 a 23 de junho de 2019, em Cuiabá, Mato Grosso, o 7º Encontro Nacional do Laicato com o tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade: um novo olhar e um novo agir”. Na sexta-feira (21/06), houve a eleição para a nova diretoria do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Três representantes do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) do CNLB compõem agora a direção da entidade. São eles: Sônia Gomes de Oliveira, presidente; Luiz Everaldo, tesoureiro; e Adriano Massariol, titular no Conselho Fiscal. 

Nascida em 28 de abril de 1969 em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sônia Gomes de Oliveira é filha de Maria Eva Gomes de Oliveira (Dona Tiú) e Sebastião Rodrigues de Oliveira, casal que teve seis filhos. É a caçula da família. Mora no Bairro Nossa Senhora de Fátima, Região do Grande Cintra, desde que nasceu. É formada em Assistência Social pelas Faculdades Santo Agostinho. Atua na Arquidiocese de Montes Claros pelo Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano (Proderur). 


Adriano Massariol, Sônia Gomes de Oliveira e Luiz Everaldo

Sônia Gomes de Oliveira é a nova presidente do CNLB

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Onde há partilha ninguém passa fome


Onde há partilha ninguém passa fome


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Hoje estamos celebrando o Corpus Christi, é a festa da Eucaristia, o Corpo e o Sangue de Cristo se expõem publicamente. A Igreja feliz dá esse testemunho público nas procissões de cada cidade e algumas, essa procissão é realizada no domingo como por exemplos Roma.

Eucaristia é a festa da unidade e da comunidade que se reúne sempre para viver a partilha, a solidariedade e amor com todos.

A liturgia bíblica vai nos inserir nesse contexto da eucaristia vida, eucaristia corpo de Cristo que nos alimenta para a missão evangelizadora. Se não houver fraternidade e partilha entre nós, então é difícil estar em sintonia com Cristo.

No livro do Gênesis temos a figura do Sacerdote MELQUISEDEC que oferece a Abraão e seus homens cansados e famintos PÃO e VINHO,  depois de os abençoar, invocando o nome de Deus sobre eles. (cf. Gn 14,18-20)

Isso é prefiguração de Cristo; pois Jesus é o sacerdote da nova aliança. Em todas as missas Jesus oferece-nos ao Pai e depois se dá em alimento para nós. Devemos aprender a dividir e assim ninguém passará fome matéria e nem espiritual. A Partilha é a lei do amor aos mais necessitados.
O salmo nos remete ao verdadeiro sacerdote que é eteno (cf. Sl 109)

Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo nos fala da Eucaristia, o ponto alto do encontro de irmãos. Eucaristia é união e alimento da comunidade que se reúne em nome de Cristo. O gesto de partir é um convite a repartir com quem mais precisam. (cf. 1 Cor 11,23-26) No banquete da vida do Reino de Deus ninguém passa fome e assim todos tem vez e voz na mesa da Palavra e da Eucaristia que celebramos. (cf. 1 Cor 11,28-29),

O Evangelista  Lucas nos fala da cena da multiplicação dos pães. É a festa da partilha de dons. Se soubermos distribuir, todos fartam e ainda sobra. Se estamos com Cristo, Ele não nos deixa só, mesmo se a hora se adiantar ou dificuldade vier, nós podemos contar com Ele. A igreja realiza isso nas nossas missas que participamos. O reino de Deus é um fato real e nós podemos participar se soubermos partilhar os dons com todos para ninguém fique marginalizado ou  fora do banquete da vida que Deus nos convida incessantemente. Jesus nos exorta para que - "Dai-lhes vós mesmo de comer...", assim somos também responsáveis pela partilha e não apenas Deus. (cf. Lc 9,11b-17)

Devemos multiplicar o amor, a partilha, a fraternidade, a misericórdia, ao perdão, a solidariedade e desse modo ninguém fica prejudicado e nem carente. Sejamos a Igreja que partilha o pão da Palavra, da vida, do amor e de gesto que geram vida para todos. Os pães e os peixes são sinais que quando damos com disposição a multiplicação acontece. É algo simples, mas é preciso de despojamento e abertura para o outro que está ao nosso lado gritando por ajuda e socorro.

Isso acontece quando a comunidade se doa a serviço de todos. Que a Eucaristia que recebemos seja uma mola para sermos mãos e pês que ajudam para que esse mundo seja melhor e que possamos ser alimento de vida para todos . Amém!!!

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel Em Teologia Jose B. Schumann Cunha

A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga


A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga

O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado no Altar da Cátedra, às exéquias do arcebispo Léon Kalenga Badikebele, núncio apostólico na Argentina, falecido no último 12 de junho. Os representantes pontifícios convocados pelo Santo Padre para oencontro realizado na quinta-feira, no Vaticano, participaram da celebração.

Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano

Dizer adeus ao irmão significa deixá-lo ir para Deus, significa deixá-lo nas mãos do Senhor, que são as mãos mais belas, porque “chagadas de amor".
Na manhã deste sábado, 15, o Santo Padre celebrou no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro a Missa de Exéquias de Dom Léon Kalenga Badikebele,  falecido no último dia 12 de junho. Sua homilia foi centrada na despedida do pastor de seu rebanho.

Testemunho

 O pastor, afirmou o Santo Padre, despede-se do próprio povo, como fez São Paulo em Mileto antes de ir a Jerusalém. Todos, recordou o Papa, choraram antes que o Apóstolo dos Gentios subisse no barco. O pastor "despede-se com o próprio testemunho":
“O pastor se despede mostrando que sua vida é uma vida de obediência a Deus: "Agora, impelido pelo Espírito, vou" para outro lugar. É o Espírito que me trouxe e que me leva”.

Desapego

 A despedida é também um desapego. É o testemunho daqueles que "estão habituados a não serem apegados aos bens deste mundo, a não serem apegados à mundanidade".
O pastor que se despede - acrescentou Francisco - confia a outros a tarefa de vigiar, de prosseguir pelo caminho. É como se dissesse:

“Vigiem sobre vós mesmos e sobre todo o rebanho. Vigiem, lutem; sejam adultos, vos deixo sozinhos, sigam em frente.”

Profecia e oração

 A despedida do pastor é também profética: mostra o caminho, indica como se defender. O pastor - observou o Papa - exorta a estarem atentos, porque depois de sua partida "virão lobos vorazes". E no final, o pastor reza e é como se ele dissesse: "agora eu confio vocês a Deus".
Isto, recordou o Santo Padre, é a despedida do pastor, que "São Paulo viveu tão fortemente em Mileto".

Esperança

 Além daquele do Apóstolo dos Gentios, o Papa indicou outra despedida: a de Jesus, que foi uma despedida de esperança. Jesus, disse o Pontífice, nos diz: "Vou preparar um lugar para vocês". A vida, afirmou o Papa, "nos ensina a nos despedir", a dar pequenos passos antes da grande despedida final:

“Que o Senhor nos dê a todos essa graça: aprender a despedir-se, que é uma graça do Senhor”.
Dom Léon Kalenga

 Dom Léon Kalenga Badikebele nasceu em 17 de julho de 1956 em Kamina, na República Democrática do Congo. Em 5 de setembro de 1982, foi ordenado sacerdote e incardinado em Luebo. Graduou-se em Direito Canônico, ingressando no serviço diplomático da Santa Sé em 27 de fevereiro de 1990, prestando sucessivamente seu serviço nas representações pontifícias no Haiti, Guatemala, Zâmbia, Brasil, Egito, Zimbábue e Japão.
Em 1° de março de 2008, foi eleito à sede titular de Magneto e nomeado, ao mesmo tempo, núncio apostólico em Gana, recebendo a ordenação episcopal no dia 1º de maio sucessivo. Em 22 de fevereiro de 2013, foi transferido como núncio apostólico em El Salvador e em 13 de abril do mesmo ano tornou-se também núncio apostólico em Belize. Em 17 de março de 2018 foi nomeado núncio apostólico na Argentina.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

A comunidade trina entre nós

A comunidade trina entre nós

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Queridos irmãos e irmãs, o domingo da Santíssima Trindade nos faz recordar que desde pequenos aprendemos a fazer o sinal da Cruz em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Isso já o fazemos desde a tênue idade e era uma coisa tranquila. Quando vamos a missa, nós já assinalamos com o sinal da cruzem nossas frontes e ainda quando somos batizados este sinal fica marcado em nossa fronte para firmar a nossa identidade de filhos de Deus.

Esta festa é importante, pois celebramos esse mistério de um Deus em três pessoas. Esse mistério é para ser contemplados na grandeza da fé, do amor e da esperança que temos em Deus. O que fazer diante desse mistério? A resposta é simples, devemos responder a ele na confiança incondicional a trindade que nos abarca por inteiro. É a comunidade perfeita que nos convida a fazer parte dela na inserção na comunidade cristã que vive o amor, o perdão e a misericórdia. O amor que cria que é o Deus Pai, o amor que se entrega totalmente para nos salvar que é o Deus Filho e o amor que nos fortalece e nos santifica que é o Espirito Santo. Tudo é o amor.

 A liturgia bíblica nos ajudará a ter uma compreensão melhor. Isso vai nos fazer refletir, amar e vivenciar esse mistério grandioso entre todos nós que queremos ser cristãos autênticos.

No Livro dos Provérbios no capitulo 8, 22-31 nos faz ver em ação o projeto criador de Deus, que cria o universo com a máxima sabedoria e amor. E tudo que vemos contempla a grandeza de Deus. Suas maravilhas se espalham como uma corrente de águas cristalinas que atravessa o despenhadeiro para nos dar uma linda visão de uma cachoeira. (cf. Pr 8,22-31)

Na carta de Paulo  aos Romanos podemos constatar que através de Deus Pai é derramado sobre cada pessoa muitos dons que se traduz no amor, na paz que nos anima a viver com todos, a esperança que faz cada um seguir no caminho do senhor e o amor de Deus que nos ergue, nos anima e nos faz forte para construir um reino aqui na terra onde todos podem desfrutar dele sem nenhuma marginalização ou exclusão de pessoas. (cf. Rm 5,1-5)

No evangelho de João nos faz um clareamento que devemos ter da missão do Espirito Santo.. Sabemos que é Ele que faz acontecer por completo a obra do Pai e do Filho. Tudo isso é para que possamos aderir plenamente ao Projeto de Deus Pai no Filho, que é a obra de salvação de Jesus Cristo. Deus nos salva no Pai, no Filho e no Espirito. Não existe exclusão de nenhuma pessoa na Trindade Santa. O Pai é visto no Cristo e os dois se faz presente na ação do Espirito. . (cf. Jo 16,12-15)

O mais importante é que cada um de nós se deixar ser conduzido por Deus na comunidade, que quer ser sinal do amor Dele, na sua ação pastoral e numa Igreja de Saída. A comunidade que se reúne na Palavra de Deus, na Eucaristia partilhada e na partilha de dons que são para o proveito de todos. A mesa se torna o lugar de encontro, onde todos vão ter assento, ter vez e ter voz

Que esta liturgia nos ajude a mergulhar nesse mistério que se faz mais próximo em nós na adesão plena onde possamos ser irmãos e irmãs na comunidade viva da Igreja.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A Igreja nasce na força do Espirito Santo


A Igreja nasce na força do Espirito Santo

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje a Festa de Pentecostes e nesta liturgia se encerra o Tempo Pascal. A festa de Pentecostes é antiga e já existia no Antigo Testamento e era a festa da colheita em Israel, mais tarde tornou-se a festa aliança, 50 dias depois da Pascoa dos judeus. Agora para nós é uma festa que vem depois de 50 dias que Jesus ressuscitou. Jesus indo ao Pai, mandou O Espirito Santo a Igreja e isso para nós é o nascimento da Igreja. É a festa da comunidade e da nossa maturidade cristã que acontece com o crisma que um dia recebemos.

Hoje estaremos fazendo a renovação das promessas Batismais dessas crianças, que na semana que vem, vão fazer a sua primeira comunhão. A Igreja batiza na fé dos pais, padrinhos e da própria comunidade que está inserida essas crianças, mas hoje elas vão dar esse testemunho na frente de toda comunidade aqui reunida.

A liturgia bíblica desse domingo nos faz compreender melhor a Festa de Pentecoste que é a força da Igreja para ela ser missionaria e corajosa nesse mundo cheio de ideias e pensamentos plurais.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos apresenta o acontecimento de 50 dias após a Pascoa do Senhor. Isso se coincidiu com o Pentecostes dos judeus. Aqui vemos a importância de sermos comunidade de irmãos e irmãs em Cristo e ela é assistida pelo Espirito Santos de Deus. O acontecimento se deu alguns sinais de teofania que são o vento e fogo.

Agora os apóstolos medrosos vão ter a coragem de anunciar Jesus e a sua boa nova sem medo porque tem a certeza que são impulsionados pela força do Espirito Santo. Hoje Deus pede para nós essa coragem e disposição de sermos uma Igreja de saída para estar a onde mais precisa de evangelizar e levar a esperança que o Reino de Deus é para todos. Todos vão compreender o que Deus quer de nós e é por isso que todos entendem a mensagem da Igreja, podendo se compreendidos em todas as línguas. (cf.At 2,1-11).

Na Primeira carta aos Coríntios, Paulo nos fala que o Espirito é a fonte onde surge a comunidade e nela o Espirito distribui dons para o bem dela. Ninguém torna-se importante, pois cada dom é para enriquecer a comunidade. Como o corpo tem membros e todos eles agem em harmonia para o bem do corpo, assim é a comunidade cristã que tem o papel de ser sinal de Cristo vivo em todas as circunstância da vida. A Igreja é toda ministerial, cada um exercendo a sua função para o bem comum de todos. As portas da Igreja se abrem para que todos possam sentir amados e uteis na comunidade. (cf.1Cor 12,3b-7.12-13) 

No Evangelho de João, os Apóstolos recebem a efusão do Espírito Santo, no "anoitecer" do dia da Páscoa.  O lugar está fechado e os apóstolos com muito medo, mas Jesus se apresenta e dá a Paz a todos e dão a eles um mandato que é de ser missionário em todos os lugares, principalmente a onde mais precisam.

Hoje, há muitos gritando por nossa ajuda porque estão marginalizados no desemprego, na fome, na doença e em uma escuridão que precisam ser iluminados com a luz do Espirito Santo irradiada pelos nossos gestos de amor, de misericórdia e de perdão. A Igreja recebe de Jesus essa vida nova que não acaba. (cf. Jo 20,19-23)

Assim, a comunidade sente cada vez mais impulsionada com esse calor que inunda todo nosso ser. Somos a Igreja em movimento e ativa no mundo, trazendo novas cores que enchem e modificam a realidade de morte para a vida.

Que esta liturgia nossa ajude a sermos comprometidos com o projeto de Deus, trazendo a fé, a esperança e o amor a todos e desse modo, encorajando cada vez mais as pessoas para o serviço missionário.

Que a Eucaristia e a Palavra de Deus sejam a mola que nos impulsiona para frente e cada gesto nossos sejam de vida em abundância para todos.

Tudo ´por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 25 de maio de 2019

Caminhamos para morada de Deus

Caminhamos para morada de Deus


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Queridos irmãos e irmãs, estamos no último Domingo que antecede a Ascensão do Senhor. Este episódio que celebramos domingo que vem, encerra a presença de Jesus Ressuscitado no meio de nós. Jesus cumpriu bem a sua missão. Esta despedida física entristeceu os apóstolos. Mas Jesus promete estar sempre conosco em uma outra forma. Jesus se encontra conosco na comunidade que vive o amor com todos, na Eucaristia e na Palavra proclamada. Agora Deus é presente nessa situação, é uma morada que irradia a todos os cantos da terra.

No livro dos Atos dos Apóstolos temos o primeiro conflito na comunidades dos convertidos, de um lado os provenientes do judaísmo e do outro lado os pagãos. Aqui vem o questionamento, os pagãos precisam obedecer o que manda a lei de Moises? Precisam ser hebreu para tornar-se cristãos? Precisam circuncidar-se? Para se obter a salvação deve estar com a circuncisão e pela observância da Lei judaica de Moises ou ela vem de Cristo? São perguntas que vão ter respostas no discernimento pela força do Espirito Santo em um Concilio. 

Então eles se reúnem em Assembleia e são dóceis ao Espirito Santo e tiram uma conclusão sábia diante dessa situação surgida na comunidade dos convertidos. Eles resolvem mandar uma carta com seguintes dizeres: "Decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além do indispensável...". Aqui está a máxima do cristianismo, Jesus não impõe fardo pesado nos ombros das pessoas, mas deseja apena a conversão, a obediência da lei maior, que é o amor e ser fraterno com todos na comunidade de partilha. Agora é Cristo que está acima das leis.

Esse concilio foi conhecido como Concilio de Jerusalém e a decisão vinda de lá foi muito importante para o início da Igreja primitiva. O que aconteceu lá e as vezes é preciso de haver um Concilio para atender novas demandas e desafios do mundo presente. A Igreja está para se reunir em um Sínodo em outubro, para tratar o problema da falta de padres na Amazônia do Brasil. 

Em toda a história da Igreja a presença do Espirito Santo traz luz para várias situações urgentes e novas que surgem. Na discussão e na oração a solução vem com selo de Deus para o bem da Igreja e da comunidade. (At 15,1-2.22-29)

No livro do Apocalipse de São João, temos a maravilha da descrição da morada de Deus, onde todos nós vamos estar definitivamente na eternidade com a Trindade Santa. (Ap 21,10-14.22-24)

O evangelista São João nos apresenta o discurso da despedida de Jesus no meio de nós e ainda nos fala da promessa da vinda do Espirito Santo como está escrito: "Ele vos ENSINARÁ e RECORDARÁ tudo o que vos tenho dito". Jesus vai para a casa do Pai, mas se amarmos teremos a presença Dele em nós como está escrito: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa MORADA..." Esta é a nova forma que Jesus ficará conosco, está na Igreja conduzida pelo Papa, e o Espirito Santo está nos conduzindo no mundo como conduziu Jesus na Terra. Deus vai estar sempre em nós se estivermos com Ele no amor e na ação de cada um de nós na comunidade igreja. (cf Jo 14,23-29)

O povo de Deus quis está próximo Dele , no Emanuel, na  tenda e na arca da aliança, Como está escrito: "Porei minha casa bem no meio de vós e o meu coração nunca mais vos deixará” (Lv 26,11),  agora é Jesus que fica no meio de nós, nos aquecendo e inflamando para o amor . No tempo de Jesus a morada de Deus é o templo de Jerusalém, mas agora está em cada um de nós na comunidade. Não precisa de templos luxuosos, mas somente com um coração convertido, generoso, misericordioso e cheio de amor,, principalmente  aos pobres e desvalido do mundo. 

Que esta liturgia no ajude a reconhecer a morada Deus em cada um de nós no mundo, preservando-nos  do mal, vivenciando o amor mutuo e praticando o bem, a justiça e transformado esse mundo melhor, seguindo a voz da Igreja e construindo o Reino de Deus já no meio ate um dia na morada definitiva no céu.

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 17 de maio de 2019

O amor é a medida certa que Jesus viveu


O amor é a medida certa que Jesus viveu


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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 5º Domingo da Páscoa, Jesus surge em vários momentos aos apóstolos como no Cenáculo, na pesca milagrosa e na figura do Rebanho, mostrando do que Jesus é o bom Pastor. Tudo isso é para mostrar que a nova comunidade deve estar na abundancia, na paz e no exercício do pastoreio que faz o povo caminhar bem nesta terra com o foco no céu.

Hoje a liturgia nos fala do amor mutuo, isto é devemos amar com o caminho de ida e volta.

No livro dos atos dos Apóstolos, nos mostra o final da viagem do apóstolo Paulo e Barnabé que fundaram novas comunidades. Aqui o anúncio da boa Nova se estende por toda terra para mostrar que o amor é a medida que se faz no desejo da salvação de toda a humanidade. Ninguém vai ficar de fora, todos são chamados a experimentar e viver a graça de Cristo em suas vidas.

Na comunidade aprendemos a superar os conflitos que surgem e o sofrimento faz parte do exercício missionário. Tudo isso confirma a missão, a mensagem transmitida pelos apóstolos e pelos missionários de hoje. Seguir Jesus é arriscar e vencer com Ele na vitória final da vida em nossa vida.

As comunidades são criadas e surgem os presbíteros que vão liderar essas comunidades cristãs. Esta organização agora aparecem fora de Jerusalém. Esses sãos responsáveis de zelar e dirigir bem as comunidades a eles confiadas. O selo é marcado pela oração e jejum. Não podemos esquecer da oração, da escuta da palavra e da eucaristia partilhada na comunidade. (cf. At 14,21b-27)

Deus é bom e sempre está ao nosso lado porque é compassivo com todos devido ao amor Dele pelo seu Povo (cf. Sl 145)

No Livro do Apocalipse nos mostra como deve ser a marca da comunidade visível que vai ser o amor que todos são chamados a viver em comunidade. Um amor que é serviço, fraternidade, partilha e perdão. É uma nova realidade que vai surgir para todos, isto é um novo céu e uma nova terra. Agora uma bela Igreja que se torna a esposa amada que vai ao encontro do seu amado Deus. (Ap 21.1-5a)

O evangelista João nos mostra a despedida de Jesus com essa exortação amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Esse é o novo mandamento que deve ser a norma seguida pela comunidade. Jesus na sua trajetória no mundo viveu isso intensamente para inaugurar o Projeto de Salvação da humanidade, que foi e é um desejo de Deus Pai. A presença de Jesus é atestada no amor vivido por todos para concretizar o projeto de Deus. Foi uma novidade a uma exigência do antigo de amar o próximo como está em Levítico 19,18, mas agora como uma tônica maior que é como eu vos amei. (cf. Jo 13,31-33a.34-35)

É uma amor intenso que se traduz na entrega total para salvar a humanidade toda. Como esse proposito devemos ser cristãos no mundo, mudar a realidade de morte para a vida, ser coerente na ação e nos gestos, vivenciar uma amor mutuo onde todos tem vez e voz no grande banquete da vida onde Deus prepara para todos.

Que esta liturgia nos ajude a ter esse amor concreto em todas as nossas atitudes para consigo, com Deus e com o próximo. Que sejamos uma Igreja de saída em busca de todos, principalmente os marginalizados de nossa sociedade para que tenham vida em abundância.

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha


sábado, 11 de maio de 2019

O Bom Pastor guia as ovelhas a lugares seguros


O Bom Pastor guia as ovelhas a lugares seguros

Jesus

Queridos irmãos e irmãs em Cristo Ressuscitado, hoje estamos celebrando o 4º Domingo de Pascoa. Este domingo é conhecido como o Domingo do Bom Pastor. A liturgia nos apresenta esse tema, mostrando que Jesus é o Bom Pastor, pois Ele nos guia a lugares seguros e nos ajuda a caminhar com segurança para o Reino definitivo de Deus. Sabemos que o pastor é aquele que vai sempre a frente para mostrar o caminho que leva a boas pastagens e as nascentes de águas puras.

Nós deparamos com a figura do Pastor no Antigo Testamento e ela era uma figura familiar a todo Povo de Israel. Muitos líderes do Povo eram pastores como Jacó, Moises, Davi etc.

Israel era comparado a um Rebanho que era conduzido por Deus, assim Ele era considerado um Pastor bom, fiel e presente. O profeta Ezequiel nos fala que é o próprio Deus que tomará conta do seu povo, guiando-nos e ainda Deus nos livrará da escravidão nos levando a uma verdadeira vida. Essa profecia nos leva a Jesus, pois Ele é que nos leva a verdadeira vida. A sua morte e ressurreição nos permitem a vida eterna para sempre.

Estamos vendo os Atos dos Apóstolos após a ressurreição de Jesus. Temos a primeira viagem de Paulo e Barnabé. Há uma resistência dos judeus a tomar posição por Cristo, razão da evangelização deles, então surge um novo caminho para que os gentios conheçam Cristo. Como podemos ver que diante das duas propostas que surgem: uma ao povo judeu e a outra aos gentios.
Os primeiros destinatários da boa nova do evangelho de Cristo se fecham a novidade de Dele,  porque eles  acreditavam que tinham o monopólio de Deus e da verdade, enquanto os gentios abraçavam com alegria e entusiasmo a boa nova de Cristo, transmitida por Paulo e Barnabé. Os pagão de ontem e de hoje são as novas ovelhas que são atentas a voz do Pastor que é Cristo. Como no passado, hoje também estão dispostas a segui-Lo ao onde Ele for. (cf. At 13,14.43-52)

Não podemos ficar passivos a voz de Cristo, mas ativos na escuta da Palavra e participante da Eucaristia que nos levam ao compromisso de fazermos um Reino em que todos tem vez e voz.
No livro do Apocalipse vemos que Jesus é o Cordeiro Pascal que venceu a morte de uma só vez para sempre. Agora Ele é o verdadeiro Pastor que leva o Povo as águas vivas que nunca faltam. Jesus é caminho seguro que nos leva a vida em abundância. Não há outro caminho alternativo, pois senão aderirmos a Ele plenamente e não comprometermos de fato a sua propostas, estaremos fadados a ficarmos a deriva e ainda estagnados na fé morta que nos leva a escassez e morte. (cf Ap 7,9.14b-17)

O evangelista João nos mostra Jesus Cristo, o bom Pastor. Essa passagem é uma uma grande catequese que nos ensina que Jesus nos leva a pastagens verdejantes e ainda as águas puras que nos fazem ter vida plena. Deparamos com algumas evidencias e qualidades do Bom Pastor. São elas: O pastor dá a vida pelas suas ovelhas, conhece as ovelhas e o seus modos operantes, cuida de cada uma com zelo e fidelidade, pois nunca as abandona.  (cf. Jo 10,27-30)

A Igreja segue o mandato de Cristo tornando a voz Dele na difusão da Boa Nova, ela faz como Jesus, guia o Povo com firmeza e dedicação. Infelizmente surgem maus pastores que nada fazem para a Igreja, trazendo a ela manchas, dores e descuidos, mas há pastores zelosos que imitam Jesus e tem uma atenção especial a todos, principalmente as fracas e doentes e também as que estão fora do redil. A Igreja vai atrás delas, dando esforços para que haja um só rebanho e pastor que é Cristo.

Que sejamos missionários, verdadeiros seguidores, levando a Palavra genuína de Cristo e se esforçando de agir em conformidade o que Ele ensinou. Não podemos ser populistas e nem difundir falácias de ideologias humanas que só trazem fumaças que se dispersam sem nada realizar para o bem do Povo. O mundo hoje está marcado por um pluralismo e ideias novas, mas o que se deve ficar como algo que traz a verdadeira libertação é a verdade de Cristo.

Que esta liturgia nos ajude a entender, a comprometer e a viver em nossa vida toda a mensagem de Cristo que é o caminho, a verdade e a vida.

Hoje estamos celebrando o dia das mães e que elas possam espelhar em Maria, a mãe de Cristo, levando sem medo a mensagem de Cristo aos seus filhos e ainda que as nossas casas sejam verdadeiras oficinas do amor, da misericórdia e do perdão de Deus que trazem uma vida nova que a Pascoa nos dá sempre. Amém

Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 5 de maio de 2019

Estudar, aprender, saber

POR Mara Narciso. médica-endocrinologista e jornalista

“O estudo é a luz da vida”, dizia um escrito para lá de verdadeiro num singelo quadro negro, que eu ganhei no Natal aos sete anos. Na escola desde os quatro, frequentei escola formal durante 27 anos, incluindo os três anos de Residência Médica e mais ainda gostaria de frequentar. Não tenho medo dos bancos escolares e nem das ideias veiculadas nas escolas. Médica aos 24 e jornalista aos 54 anos, não entendo o mundo sem letras. E, se estudar não é a coisa mais gostosa de fazer, saber é a parte boa da história, item importante na separação das classes sociais, melhor do que qualquer outro critério de classificação. Pessoas que leem têm um aguçado senso crítico, que reduz a possibilidade de engano. Governos manipulam a informação e assim controlam populações, por isso os africanos escravizados não podiam estudar, e os que sabiam ler escondiam sua condição.

Tive a sorte de ter pai contador e mãe grande leitora, que depois se tornou médica, assim, Alcides Alves da Cruz e Maria Milena Narciso Cruz criaram em casa um ambiente de jornais, revistas e livros. Antes da nossa alfabetização, minha mãe nos lia revistinhas em quadrinhos. Pobres, tínhamos de buscar variedade na casa do meu avô Petronilho Narciso e na casa de amigas. Ainda assim meu pai nos colocou em escola particular, e, algumas vezes meu avô teve de pagar as mensalidades.

O livro clareia o mundo, sendo dois faróis iluminando o caminho. Quando a Veja não era um panfleto, e sim uma revista informativa, foi lida por mim semanalmente da capa a contracapa durante 30 anos. Opinativa, tive 22 cartas lá publicadas. O espírito crítico do qual falo se dava durante as minhas leituras desde aquela época, pois as questões opostas ao meu modo de pensar, não influenciavam minhas convicções, daí eu acreditar que adultos são pouco influenciáveis. Crianças, à medida que acontecem suas experiências, vão formando o seu modo de entender o mundo.

Há três anos vemos o desmonte do sistema educacional brasileiro, iniciado por Michel Temer e sua a PEC da Morte - Proposta de Emenda Constitucional 241, que congelou os gastos com educação e saúde durante 20 anos, a despeito do aumento populacional. Agora vemos Jair Bolsonaro entrar com voracidade na seara educacional, para castrar opiniões e formar pessoas de pensamento único. As universidades federais, seguidas pelos institutos federais entrarão em colapso com o corte de 30% em sua verba. Disseram que tal montante será investido no ensino básico, mas quem poderá garantir? Enquanto a UFMG está sem dinheiro para pagar as contas de água e luz, os cursos de Filosofia e Sociologia foram descartados. Sem cursos profissionalizantes, sem qualificação, mais sofridos ainda ficarão os pobres, com seu intelecto desprezado e eternizado como trabalhador braçal.

A sanha governista de caça ideológica, na verdade ideologiza à direita e oprime toda uma geração. A população de renda alta já está adestrada e a de renda baixa volta para a senzala. Penalizados com a realidade, muitos receiam pelos movimentos para trás das peças do tabuleiro Brasil, num retrocesso sem precedentes. O que nos acalenta é a música, que tem produzido canções de protesto. Além dela, nada mais nos salvará. Então, ainda que nunca tenha estudado em escola gratuita, defendo o ensino para todos. Quem sabe a Defensoria Pública possa fazer algo a favor do bem público?

Domingo, 05 de maio de 2019