ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 17 de julho de 2022

O Papa recorda viagem ao Canadá para "encontrar e abraçar os povos indígenas"

 O Papa recorda viagem ao Canadá para "encontrar e abraçar os povos indígenas"


Querido irmãos e irmãs, devemos pensar e refletir dentro do nosso coração como que muitos prejudicaram, aniquilaram os nossos irmãos por ambição, por preconceito e por falta de amor. Isso trouxe sequelas profundas e marcas profundas nas nações indígenas  e é por isso que devemos pedir perdão a eles e a Deus pela falta de coragem de viver o amor fraterno entre nós. Que o mundo possa ver no outro o ser humano a imagem de Deus independente de raça, credo e cor politica. Que Deus abençoe a viajem do nosso Papa Francisco ao Canadá. (Jose B. Schumann Cunha)

Francisco recordou, no final do Angelus, que no próximo domingo irá ao Canadá e que recebeu recentemente, no Vaticano, alguns representantes dos povos indígenas, aos quais manifestou sua "solidariedade pelo mal que sofreram". O Papa espera que essa viagem "possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido".

No final da oração do Angelus deste domingo (17/07), o Papa Francisco recordou que, no próximo domingo (24/07), terá início sua 38ª viagem apostólica que o levará ao Canadá, de 24 a 30 de julho. Francisco visitará as cidades de Edmonton, Maskwacis, Québec e Iqaluit.

Papa Francisco estará no Canadá de 24 a 30 de julho

Francisco se dirigiu aos canadenses, dizendo que estará entre eles "sobretudo em nome de Jesus para encontrar e abraçar os povos indígenas".

Infelizmente, no Canadá, muitos cristãos, incluindo alguns membros de institutos religiosos, contribuíram para as políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente, de várias maneiras, as comunidades nativas. Por essa razão, recebi recentemente no Vaticano alguns grupos, representantes dos povos indígenas, aos quais manifestei minha tristeza e minha solidariedade pelo mal que sofreram. Agora estou me preparando para fazer uma peregrinação penitencial, que espero, com a graça de Deus, possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido. Agradeço-lhes desde agora por todo o trabalho de preparação e pelo acolhimento que me reservarão. Obrigado a todos! E peço-lhes que me acompanhem com a oração.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-07/papa-francisco-angelus-viagem-canada-indigenas.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 16 de julho de 2022

Marta e Maria, exemplo de serviço e escuta

Marta e Maria, exemplo de serviço e escuta




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 16° Domingo do Tempo Comum. Aqui vamos entender a importância da hospitalidade e do acolhimento. A eucaristia nos ajuda a viver a hospitalidade a onde temos a melhor parte que é a eucaristia e a escuta da Palavra de Deus. O pão da vida nos fortalece na vida espiritual e o pão da Palavra que nos ajuda sermos fortes na jornada na terra rumo ao céu.

 

No livro do Gênesis podemos ver Abraão que acolheram  os forasteiros que representaram o Senhor. O que nos chama atenção é que Abraão estava sentado do lado da tenda em Mambré. E estava atento os passageiros que passam por ali. Ele estava disposto a partilhar e repartir de modo espontâneo e gratuito. Quando ele viu os |três homens, corre ao encontro deles. Oferece o alimento e até a hospedagem e ao final da refeição teve uma surpresa deles, pois uma promessa que ia ter um filho e eles voltariam após 9 meses.

 

Ele creu, embora Abraão e Sara tinham idades avançadas, mas para Deus nada é impossível. Isso era um grande desejo deles, pois queriam ter uma descendência grande conforme a promessa de Deus quando saiu das suas terras na Mesopotâmia. A tradição cristã nos dá uma informação que esses três homens seriam a figura da Santíssima Trindade. Deus é fiel a sua promessa e nós devemos crer Nele. (cf. Gn 18,1-10a)

 

Na carta de São Paulo aos Colossenses nos fala do seu próprio exemplo que acolheu Cristo na sua vida. E também a missão de Cristo que ele continuou. Oxalá se pudermos fazer o mesmo sem condicionamento quando o próprio Paulo diz: "É Cristo crucificado que vive em mim".

 

Nós devemos ser missionários que acolham a todos, amando e servindo. A Igreja de Cristo deve ser a Igreja de saída. Ela não é apenas portadora da Palavra e da Eucaristia, mas uma  Igreja encarnada na Palavra de Deus que salva e opera Maravilhas.

 

A Igreja também é do Pão Vivo que restaura e renova a nossa vida na comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs em comunidade. O mundo precisa de autêntico missionários de uma Igreja viva e não templo de pedra que só recebe pessoas sem compromisso com a vida.

 (Cl 1,24-28)

 

O evangelista Lucas nos coloca duas pessoas que são servidores, mas cada uma do seu jeito. Uma trabalha sem cessar e não tem tempo para parar e ouvir a vontade Deus, mas a outra deixa os afazeres por um determinado tempo e acolhe Jesus que é a Palavra viva de Deus. Jesus adverte Marta que é bom essa para ouvir Deus e a sua vontade para nós, pois somos peregrino em busca da morada eterna e responder um questionamento de Marta dizendo: Marta você preocupa com muitas coisas, mas Maria escolheu a melhor parte e essa não vai ser tirada.

 (cf. Lc 10,38-42)

 

A comunidade nos chama ao serviço e nós devemos dedicar o nosso tempo a essa Missão, não como obrigação, mas com vontade de disposição e gratuidade para que reina entre nós o amor a Deus que vem de abundância sempre para todos.

 

Que possamos aprender a acolher e estar presente é uma forma de evangelizar.

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos preparados e disponíveis a missão quando requerem de nós gratuidade, bondade e paciência para que Deus seja a bandeira principal de nossa vida, da Igreja e do mundo,

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Servus Christi Semper!

Jose B. Schumann Cunha

domingo, 10 de julho de 2022

Papa: caminhando com Jesus, se aprende a ver o outro e sentir compaixão

 Papa: caminhando com Jesus, se aprende a ver o outro e sentir compaixão



"O Evangelho nos educa a ver: orienta cada um de nós a compreender corretamente a realidade, superando preconceitos e dogmatismos dia após dia. E depois seguir Jesus ensina-nos a ter compaixão: estar atentos aos outros, especialmente aos que sofrem, aos que mais precisam. E intervir como o samaritano."

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

“E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. Lc 10, 36-37”

É importante conhecer a Deus, prestar-lhe culto, mas acima de tudo, é importante colocar em prática o que se aprende “caminhando nas pegadas de Cristo”, como o samaritano, pois se aprende “a ver e a sentir compaixão.” E quando dou esmola, se não olho nos olhos da pessoa que ajudo, se não toco a sua miséria, então aquela esmola é para mim mesmo.

Viu e sentiu compaixão

 “Ver e sentir compaixão”: dirigindo-se aos milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical deste XV Domingo do Tempo Comum, o Papa inspirou sua reflexão a partir dessas duas palavras presentes na Parábola do Bom Samaritano, narrada no Evangelho de Lucas (Lc 10,25-37). Duas atitudes que o “discípulo do Caminho” aprende ao mudar gradativamente seu modo de pensar e agir ao seguir o Mestre, conformando-se a Ele.

Toda a cena se passa na estrada de Jerusalém a Jericó, onde à beira do caminho está um homem que foi espancado e roubado. Por ele passam um sacerdote - que “o vê, mas não para, segue adiante” - e um levita. Quem para diante da cena, é um samaritano que estava viajando: “chegou perto dele, viu e sentiu compaixão", diz o Evangelho:

Não se esqueça destas palavras: “sentiu compaixão dele”; é o que Deus sente cada vez que nos vê em um problema, em um pecado, em uma miséria: “sentiu compaixão dele”. O evangelista faz questão de salientar que ele estava viajando. Portanto, aquele Samaritano, apesar de ter seus planos e estar direcionado para um objetivo distante, não encontra desculpas e se deixa interpelar pelo que acontece ao longo do caminho. Pensemos nisso: o Senhor não nos ensina a fazer exatamente isso? Olhar para a frente, para a meta final, prestando muita atenção, no entanto, aos passos a serem dados, aqui e agora, para chegar lá.

Aprendizado dos "discípulos do Caminho" é contínuo

 O Papa recorda que os primeiros cristãos eram chamados de "discípulos do Caminho", pois no seguimento de Jesus estão aprendendo todos os dias, em caminho, viajantes, o que muito os assemelha ao samaritano:

O discípulo de Cristo caminha seguindo-o, tornando-se assim um "discípulo do Caminho". Ele vai atrás do Senhor, que não é um sedentário, mas sempre em movimento: pelo caminho encontra pessoas, cura doentes, visita povoados e cidades.

Assim – observou Francisco - o "discípulo do Caminho" vê que “seu modo de pensar e agir muda gradativamente, tornando-se cada vez mais conforme ao do Mestre. Caminhando nas pegadas de Cristo – diz o Papa - torna-se um viajante e aprende - como o samaritano - a ver e a sentir compaixão”. Mas antes de tudo, ele vê:

Ele abre os olhos para a realidade, não se fecha egoisticamente no círculo de seus próprios pensamentos. Em vez disso, o sacerdote e o levita veem a vítima, mas é como se não o vissem, seguem adiante.

Mas o seguir Jesus, além de ver,  também ensina a ter compaixão:

O Evangelho nos educa a ver: orienta cada um de nós a compreender corretamente a realidade, superando preconceitos e dogmatismos dia após dia. Tantos crentes se refugiam nos dogmatismos para defender-se da realidade. E depois ensina-nos a seguir Jesus, porque seguir Jesus ensina-nos a ter compaixão: estar atentos aos outros, especialmente aos que sofrem, aos que mais precisam. E intervir como o samaritano, não seguir em frente, mas parar.

Pedir a graça de ver e sentir compaixão

 E diante desta Parábola – chama a atenção o Papa – pode existir o risco de apontarmos o dedo para os outros, “comparando-os ao sacerdote e ao levita”, ou para nós mesmos, “enumerando a falta de atenção ao próximo”. Assim, o exercício a ser feito é outro, sugere:

Não tanto o de nos culpar. Claro, devemos reconhecer quando fomos indiferentes e nos justificamos, mas não nos detenhamos aí. Devemos reconhecer, isso é um erro. Mas peçamos ao Senhor que nos faça sair da nossa indiferença egoísta e nos coloque no Caminho. Peçamos a ele para ver e sentir compaixão. Esta é uma graça, devemos pedi-la ao Senhor: "Senhor, que eu veja, que eu sinta compaixão, como Tu me vês e Tu sentes compaixão de mim". Esta é a oração que vos sugiro hoje (...). Que sintamos compaixão daqueles que encontramos ao longo do caminho, especialmente aqueles que sofrem e estão necessitados, para nos aproximarmos e fazer o que pudermos para dar uma mão.

Tocar a miséria daqueles a quem ajudo

 Então, saindo do texto preparado, o convite do Santo Padre a tocarmos as misérias dos que sofrem:

Tantas vezes quando me encontro com algum cristão ou cristã, que vem falar de coisas espirituais, eu pergunto se dão esmola. “Sim!”, me dizem. Diga-me: Tu tocas a mão da pessoa para a qual dás a moeda? “Não, não, a coloco ali”. E tu olhas nos olhos dessa pessoa? “Não, não me vem em mente”. Se tu dás a esmola sem tocar a realidade, sem olhar nos olhos da pessoa necessitada, aquela esmola é para ti, não para ele. Pense nisso. Eu toco as misérias - também aquela miséria que eu ajudo -, eu olho nos olhos das pessoas que sofrem, das pessoas as quais eu ajudo? Deixo-vos esse pensamento. Ver e ter compaixão!

Que a Virgem Maria - disse ao concluir - nos acompanhe neste caminho de crescimento. Ela, que "nos mostra o Caminho", isto é, Jesus, também nos ajude a ser cada vez mais "discípulos do Caminho".

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Sri Lanka: apelo do Papa para que clamor dos pobres não seja ignorado

Sri Lanka: apelo do Papa para que clamor dos pobres não seja ignorado



Após a oração mariana do Angelus, Francisco uniu-se à dor do povo do país asiático que vive uma situação de forte instabilidade política e econômica. O convite do Papa a levar em conta as necessidades da população.

Antonella Palermo - Cidade do Vaticano

Depois da oração do Angelus, o Papa se uni à dor do povo do Sri Lanka, “que continua sofrendo os efeitos da instabilidade política e econômica”.

O apelo para não ignorar o clamor dos pobres

Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz e imploro às autoridades para não ignorarem o clamor dos pobres e as necessidades da população.

Palavras do Papa Francisco referindo-se a uma área geográfica onde a crise econômica no país parece ter derrubado o presidente Gotabaya Rajapaksa. Rajapaksa planeja deixar o cargo em 13 de julho, disse o presidente do Parlamento do país no sábado, cedendo à forte pressão após um violento dia de protestos em que manifestantes invadiram a residência oficial do presidente e incendiaram a residência do ex-ministro em Colombo.

Manifestantes antigovernamentais enfurecidos com os apagões na rede elétrica, a escassez de produtos de primeira necessidade e o aumento dos preços, há muito pedem que Rajapaksa renuncie, mas o militar aposentado resistiu às exigências por meses, pedindo poderes de emergência em um esforço para manter o controle.

Um país vítima da violência e do caos político

 A violência e o caos político que assolam a nação insular de 22 milhões de habitantes ocorre em meio às negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um resgate e propostas de reestruturação da dívida soberana, que poderiam estar em risco.

A situação foi agravada pelos profundos cortes de impostos lançados pelo governo Rajapaksa logo após sua posse em 2019. Meses depois, foi a vez do golpe causado pela pandemia de Covid-19. Isso eliminou grande parte das receitas do Sri Lanka, particularmente as da lucrativa indústria do turismo, enquanto as remessas de cidadãos que trabalham no exterior caíram e foram ainda mais reduzidas por uma taxa de câmbio inflexível.

Uma economia de joelhos

As agências de classificação, preocupadas com as finanças do governo e sua incapacidade de pagar sua grande dívida externa, reduziram a classificação de crédito do Sri Lanka a partir de 2020, excluindo o país dos mercados financeiros internacionais.

Para manter a economia, o governo se apoiou fortemente nas reservas cambiais, erodindo-as em mais de 70% em dois anos. A crise paralisou o Sri Lanka, outrora considerado um modelo de economia em desenvolvimento.

A escassez de combustível resultou em longas filas nos postos de gasolina e apagões frequentes, enquanto os hospitais ficaram sem remédios. A inflação atingiu 54,6% no mês passado e pode subir para 70%, disse o Banco Central.

A Índia fez bilhões de dólares em empréstimos para ajudar a pagar suprimentos vitais. No total, Nova Délhi diz que forneceu mais de US$ 3,5 bilhões em ajuda este ano.

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Domingo do Bom Samaritano

 Domingo do Bom  Samaritano



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o 15° Domingo do Tempo Comum, e a liturgia nos chama atenção para buscar o bem e a vida eterna. Para isso é necessário que sejamos dóceis e abertos a graça de Deus. Se queremos estar bem devemos procurar o caminho para isso e lá está Deus de braços abertos para nos acolher.

No livro do Deuteronômio nos Mostra Moisés que convida o povo a aderir aos Mandamentos de Deus dizendo: Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus Mandamentos”. E acrescenta: "Esta lei não está acima de tuas forças... pelo contrário, ela está bem perto de ti, está em tua boca e em teu coração". Por que é importante aderir aos Mandamentos de Deus? Se observarmos bem é uma constituição para que o Povo seja uma nação unida respeitando a Deus e a todos e assim teremos a vida aqui e eterna no céu. É um mandamento de amor que traz felicidade. (Cf. Dt 30,10-14)

Na carta de São Paulo aos Colossenses tem um hino cristológico que nos mostra que Cristo é a imagem de Deus Pai, que é invisível para nós, mas nós vamos ter contato com Ele por causa de Cristo que nos revelou a face bondosa, amorosa e misericordiosa de Deus Pai. Aqui podemos dizer que Cristo foi autêntico bom samaritano da humanidade, fazendo o bem sem discriminar ninguém e nem ficou preso diante do poder religioso, econômico e político daquela época. (cf. Cl 1,15-20)

O evangelista nos mostra Jesus que nos orienta como alcançar a vida eterna. Ao ser questionado pelo Mestre da Lei que faz uma pergunta intrigante que é : O que devo fazer para alcançar a vida Eterna? Mas Jesus responde com outro questionamento: O que diz a Lei? O mestre prontamente responde: amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo. Jesus aponta o certo, faz isso que terá a vida eterna. Naquela época os dez mandamentos foram acrescidos 613 preceitos que dessa maneira tornou um fardo e um legalismo que não leva a caminho nenhum.

Para viver bem não precisa de muitas leis, mas o amor a Deus, a nós e aos outros para encontrarmos a verdadeira justiça e a paz com todos. O mestre ainda questiona Jesus quem é o meu próximo? Jesus responde com a Parábola do Bom Samaritano que ajuda o viajante roubado, machucado na estrada. E ainda dá uma assistência levando-o a uma hospedaria para que seja cuidado e na volta acertou tudo sem preocupar com as despesas e nacionalidade dela. É uma caridade perfeita.

Os que conheciam bem a Lei, desprezou a vítima e a deixou as margens na estrada, enquanto o samaritano que não conhecia a Lei, mas praticou o amor a solidariedade com a vítima cuidando plenamente dele. (cf. Lc 10,25-37)

Hoje percebemos que o mundo está cheio de vítimas de toda ordem. São as vítimas da guerra, das doenças, do desemprego, da fome, da violência urbana, do descaso do poder político-econômico e religioso do nosso tempo e as vítimas da violência familiar. E nós muitas vezes passamos, ignorando-os. Agora que nesse momento no mundo precisa que apareça muitos samaritanos para ajudar a todos sem ver a nacionalidade, a religião e as posições políticas das pessoas que precisam de ajuda urgente.

Que esta liturgia nos ajude a sermos bons samaritanos cuidando uns dos outros para que possamos viver uma fraternidade universal com justiça, com amor e com misericórdia.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi Semper!

Jose B. Schumann Cunha

domingo, 3 de julho de 2022

Papa aos congoleses: sejam embaixadores de paz

Papa aos congoleses: sejam embaixadores de paz



“Os cristãos devem ser embaixadores de paz. Aqui está a sinal distintivo: o cristão é um portador de paz, porque Cristo é a paz”. Palavras do Papa Francisco na homilia da missa em rito zairense celebrada para os congoleses em Roma, neste domingo, 3 de julho

Na manhã deste domingo, dia 3 de julho o Papa Francisco celebrou uma missa com a comunidade congolesa residente em Roma. Missa compartilhada com as paróquias da República Democrática do Congo, país que o Papa iria visitar nestes dias e teve que adiar sua viagem por motivos de saúde.

A missão

Na homilia da celebração realizada em rito zairense, Francisco iniciou com a palavra Esengo, ou seja, alegria. Recordando que “o Reino de Deus está próximo: ainda não alcançado, parcialmente escondido, mas perto de nós”, assegurou. Depois, continuou, a proximidade de Deus nos dá paz mas ao mesmo tempo não nos deixa em páz, explicando em seguida: “Provoca em nós uma mudança: nos enche de admiração, nos surpreende, muda nossas vidas. É o que acontece com os discípulos no Evangelho: para anunciar a proximidade de Deus eles vão longe, em missão”. Portanto, se nos perguntamos qual é nossa tarefa no mundo, o que devemos fazer como Igreja na história, a resposta do Evangelho é clara: a missão.

Em seguida o Papa explica a maneira surpreendende de Jesus enviar seus missionários, sem esperar que estivessem prontos, eles não haviam estudado teologia, mas ele os enviou do mesmo jeito em missão com três surpresas missionárias reservada aos discípulos e para cada um de nós.

Equipamento

A primeira surpresa é o equipamento. Jesus não diz o que levar, mas o que não levar: "Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias".  Depois explica que para anunciar

“Quanto mais formos livres e simples, pequenos e humildes, mais o Espírito Santo guia a missão e nos torna protagonistas das suas maravilhas”

Recordando em seguida que para Cristo, o equipamento fundamental é outro: o irmão. “Não sozinhos, não por conta própria, sempre com o irmão ao seu lado. Nunca sem o irmão, porque não há missão sem comunhão”.  

Embaixadores de paz

Quanto à segunda surpresa da missão o Papa afirma que é a mensagem. Também neste ponto recorda que Jesus orienta com uma saudação: "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa!’”. Ou seja, o Senhor prescreve que se apresentem, em qualquer lugar, como embaixadores de paz. Aqui está a sinal distintivo: o cristão é um portador de paz, porque Cristo é a paz”.

“Aqueles que fomentam o ressentimento, incitam o ódio, ignoram os outros, não trabalham para Jesus, não levam a sua paz”

“Hoje, - continuou Francisco - queridos irmãos e irmãs, oremos pela paz e reconciliação na República Democrática do Congo, tão ferida e explorada. Unamo-nos às missas celebradas no país segundo esta intenção e rezemos para que os cristãos sejam testemunhas de paz, capazes de superar todos os sentimentos de rancor e vingança, a tentação de que a reconciliação não seja possível, todo apego insalubre ao próprio grupo que leva a desprezar os outros”.

Mudar seu coração

Em seguida o Pontífice disse que a paz “começa conosco; comigo e contigo, do coração de cada um. Se vive sua paz, Jesus chega e a sua família, a sua sociedade mudam. Mudam primeiramente se o seu coração não está em guerra, não está armado de ressentimento e raiva, não está dividido, duplo e falso”.

Anunciar a proximidade de Deus, isso é o essencial

Após a saudação de paz, todo o resto da mensagem confiada aos discípulos se reduz às poucas palavras com as quais começamos e que Jesus repete duas vezes: "O Reino de Deus está próximo! [...] O Reino de Deus está próximo". Anunciar a proximidade de Deus, que é o Seu estilo; o estilo de Deus é claro: proximidade, compaixão e ternura. Este é o estilo de Deus. Isso é o essencial. A esperança e a conversão vêm daqui: de acreditar que Deus está próximo e cuida de nós: é o Pai de todos, que nos quer todos irmãos e irmãs”.

Como cordeiros entre os lobos

Depois do equipamento e a mensagem, a terceira surpresa da missão diz respeito ao nosso estilo. Jesus pede aos seus para irem ao mundo "como cordeiros entre os lobos". O bom senso do mundo diz o contrário: imponha-se, sobressaia!

“Isto não significa ser ingênuo, mas abominar todo instinto de supremacia e prepotência, de ganância e de posse”

Francisco recordou que a ganância por dinheiro e por bens causam tanto mal também à República Democrática do Congo. O discípulo de Jesus rejeita a violência, não faz mal a ninguém e ama a todos”. Por fim o Papa concluiu afirmando : “Que o Senhor nos ajude a sermos missionários hoje, indo na companhia do nosso irmão e da nossa irmã; tendo em nossos lábios a paz e a proximidade de Deus; levando em nossos corações a mansidão e a bondade de Jesus, o Cordeiro que tira os pecados do mundo”.

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sábado, 2 de julho de 2022

A Igreja tem duas colunas fundamentais

 A Igreja tem duas colunas fundamentais



Neste domingo estamos celebrando a festa de dois apóstolos marcantes na História da Igreja, Pedro e Paulo. Cada um de seu modo de atuação e serviço, mas marcado no amor a Cristo e a Igreja na difusão da Boa Nova.


Pedro é a Rocha da firmeza da Fé e é o que fez uma confissão de Fé importante para Cristo quando diz: Tu é o Cristo, Filho do Deus Vivo. Já Paulo é aquele que com coragem anunciou Cristo a todos sem temer as perseguições. Interessante como não conhecia a Cristo, então perseguia os que  creram Nele, mas quando teve a experiência de Cristo converte e torna-se um grande missionário. Cada um do seu jeito teve um papel importante na Igreja de Cristo.


No livro dos Atos dos Apóstolos podemos ver Pedro na prisão já com dia marcado para a sua Morte, mas a Igreja reza e algo extraordinário acontece. Mesmo guardado com 16 soldados, Pedro se liberta pela intervenção de Deus. Deus nunca nos deixa sem resposta, Ele age de modo extraordinário sempre. A comunidade que ora e é perseverante na oração e no testemunho, Deus age sempre de modo extraordinário. (cf. At 12, 1-11)


Na segunda carta de Paulo a Timóteo, está na prisão, aguardando o julgamento final. Aqui há o balanço de sua vida. Ele compara com a atividade do atleta quando diz: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, conservei a fé...". Sua vida, seu trabalho missionário e o cansaço não tira a fé em Cristo, mas confia no Senhor que é juiz justo e dá o prêmio merecido a quem O segue. Nós devemos aprender que a missão acarreta perseguição e violência dos maus aos que praticam a vontade e a justiça de Deus na missão apostólica e cristã. É a serenidade dos que seguem a Cristo mesmo na iminência da morte injusta.(cf. 2 Tm 4,6-8.17-18)


No Evangelho de Mateus temos dois enfoques, uma cristológica e a outra eclesiológica. Temos a pergunta de Cristo uma  para o povo e para Eles, que é Ele, mas a resposta de Pedro é incisiva quando diz: Tu é o Cristo, Filho do Deus vivo, e assim  o fez primeiro Papa da Igreja, recebendo as chaves da dela na Terra e a do céu.  "Sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja”. A Igreja está marcada na fé de Pedro a Cristo. Nós não podemos ficar omissos diante da pergunta que Cristo faz ao nosso coração. Quem é Ele para nós. Jesus é o caminho, verdade e vida. (cf. Mt, 16,13-19)


Agora a Igreja é o sinal da Presença Dele entre nós e ela está fundamentada na cátedra de Pedro que é o hoje na pessoa do Papa Francisco. Não podemos renegar o Papa e fazer as coisas fora da comunhão eclesial e se procedermos desse modo não podemos dizer que somos católico autênticos. Sejamos uma Igreja na unidade e na fé em Cristo e Ele nos quer seguidores do seu evangelho, levando a todos a esperança e solidariedade no amor, no perdão e na partilha.


Tudo por Jesus, nada sem Maria!!! Servus Christi Semper.


Jose B. Schumann Cunha


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domingo, 26 de junho de 2022

Papa: perseverar no bem, mesmo diante das contrariedades

 Papa: perseverar no bem, mesmo diante das contrariedades



"Às vezes pensamos que nosso fervor se deve ao senso de justiça por uma boa causa, mas na realidade na maioria das vezes não passa de orgulho, aliado à fraqueza, suscetibilidade e impaciência. Peçamos então a Jesus a força de ser como Ele, de segui-lo com firme decisão. De não ser vingativos e intolerantes quando surgem dificuldades, quando nos gastamos em fazer o bem e os outros não entendem."

Com a ajuda da Virgem Maria, tomar a firme decisão de Jesus de permanecer no amor até o fim, de não sermos vingativos e intolerantes quando surgem dificuldades.

Este foi o pedido do Papa Francisco antes de rezar o Angelus neste XIII Domingo do Tempo Comum, dirigido aos milhares de fiéis e turistas provenientes de várias partes do mundo, reunidos na Praça São Pedro sob forte calor. para o tradicional encontro dominical.

A inspirar sua reflexão, a passagem do Evangelho do dia onde Lucas fala da decisão de Jesus de partir para Jerusalém, naquela que seria sua última viagem. Motivo pelo qual, era necessária uma decisão firme, determinada.

Como discípulos, seguir Jesus com decisão

 Ao contrário do que pensam os discípulos, “cheios de entusiasmo ainda demasiado mundano”, Jesus sabe que é rejeição e morte que o esperam em Jerusalém”:

Ele sabe que terá que sofrer muito; e isso requer uma firme decisão. É a mesma que devemos tomar também nós, se quisermos ser discípulos de Jesus. Porque devemos ser discípulos de Jesus com seriedade, com decisão verdadeira, não como dizia uma idosa que conheci: "cristãos em água de rosas". Não, não, não! Cristãos decididos Em que consiste essa decisão?

E é precisamente o episódio que o evangelista Lucas narra logo em seguida, que nos ajuda a compreender isso.

Amor misericordioso cresce com a paciência, constância e espírito penitencial

 De fato, um povoado de samaritanos não acolheu Jesus, pois soube que ele se dirigia a Jerusalém, uma cidade adversária. Os apóstolos Tiago e João ficam indignados e sugerem que Jesus castigue aquelas pessoas fazendo descer fogo do céu:

Jesus não só não aceita a proposta, como repreende os dois irmãos. Eles querem envolvê-lo em seu desejo de vingança e ele não está de acordo. O "fogo" que ele veio trazer à terra é o amor misericordioso do Pai. E para fazer crescer esse fogo é preciso paciência, é preciso constância, é preciso espírito penitencial. Ou seja, diante daquela situação, os dois apóstolos reagem com ira:

E isso acontece também conosco quando, fazendo o bem, talvez com sacrifício, em vez de acolhida encontramos uma porta fechada. Então vem a raiva: tentamos até mesmo envolver o próprio Deus, ameaçando com castigos celestiais. Determinação de seguir em frente, por outro caminho, revela força interior

 Já a reação de Jesus, é bem diferente:

Jesus, ao contrário, segue outro caminho, não o caminho da raiva, mas aquele da firme decisão de seguir em frente, que, longe de se traduzir em dureza, implica calma, paciência, longanimidade, sem, no entanto, afrouxar minimamente o compromisso de fazer o bem. Este modo de ser não denota fraqueza, mas, ao contrário, uma grande força interior.

“Ficar com raiva na contrariedade é fácil, é instintivo”, recorda o Papa. O que é difícil, é conseguir controlar as reações instintivas e fazer como Jesus, que partiu "a caminho de outro povoado":

Isso significa que, quando encontramos fechamentos, devemos nos voltar para fazer o bem em outro lugar, sem recriminações. Assim Jesus nos ajuda a ser pessoas serenas, felizes com o bem realizado e que não buscam as aprovações humanas.

Servir no silêncio

 “E nós, em que ponto estamos?”, pergunta Francisco:

“Diante das contrariedades, das incompreensões, nos dirigimos ao Senhor, pedimos a Ele sua firmeza em fazer o bem? Ou buscamos confirmação nos aplausos, acabando por ser ásperos e rancorosos quando não os ouvimos? Quantas vezes, consciente ou inconscientemente, buscamos os aplausos, a aprovação dos outros? E nós, fazemos [o bem] pelos aplausos? Não, isso não está certo. Devemos fazer o bem pelo serviço e não buscar os aplausos":

Às vezes - acrescentou o Papa - pensamos que nosso fervor se deve ao senso de justiça por uma boa causa, "mas na realidade na maioria das vezes não passa de orgulho, aliado à fraqueza, suscetibilidade e impaciência":

Peçamos então a Jesus a força de ser como Ele, de segui-lo com firme decisão neste caminho de serviço. De não ser vingativos, de não ser intolerantes quando surgem dificuldades, quando nos gastamos pelo bem e os outros não entendem isso, antes ainda, quando nos desqualificam. Não: silêncio e em frente.

Que a Virgem Maria nos ajude a tomar a firme decisão de Jesus de permanecer no amor até o fim.

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2022-06/papa-francisco-angelus-xiii-domingo-tempo-comum-26-junho-2022.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 25 de junho de 2022

A Caminho de Jerusalém nos ensina para a Jerusalém Celeste

  A Caminho de Jerusalém nos ensina para a Jerusalém Celeste



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos a caminho do Reino de Deus e o Pai nos chama para estar com Ele e também realizar o seu Plano de Salvação como foi nos chamados dos profetas e missionários na História do Povo de Deus. Um chamado gratuito. Hoje precisa surgir pessoas comprometidas com a dignidade das pessoas numa sociedade que para manter as pessoas calmas dão esmolas que mais escravizam as pessoas. Infelizmente estão diante dos nossos olhos esse assistencialismo cruel que não permite a pessoa ser livre e nem dependente do Estado e das instituições públicas de toda ordem.

 

A Igreja, na sua Liturgia, nos permite encontrar essas pessoas que vem para nos alertarem e ainda nos tirarem  das garras do poder que está aí para ter as vantagens pessoais sem se preocupar com a multidão que sofre nesse mundo. Estamos assistindo milhões de pessoas que estão passando fome, muitos estão nas margens desta sociedade do capitalismo selvagem sem ajuda. A educação, segurança e saúde estão precárias entregando somente o básico e o paliativo do faz de conta que estão ajudando,  produzindo e fazendo algo produtivo e eficaz para nós. Assim somente os privilegiados que tem acesso a qualidade desses serviços.

 

 

No Livro dos Reis vemos o profeta Elias já idoso e cansado para consagrar um rico agricultor chamado Eliseu. O que ele fez obedecer uma ordem de Deus. Aqui vemos que Eliseu estava trabalhando nas terras. Elias dá esse mandato a Ele jogando o seu manto. Isso é a impostura da missão profética.


Eliseu aceitou prontamente essa missão. Aqui podemos perceber que mesmo sendo rico teve esse chamado, pois quando a pessoa se mostra que é uma pessoa justa administração dos seus bens sem explorar e sem praticar a injustiça, Deus não condena o possuidor de riqueza que é bom e justo. Infelizmente a nossa sociedade de hoje condena o fruto do trabalho honesto de pessoas justas e ainda  é visto por eles como inimigos do povo.

 

Sabendo que Deus é a razão da vida de cada um de nós, portanto Eliseu renunciou todo o seu trabalho e as posses que tinha para servir ao projeto de Deus que a ele estava sendo confiado. Assim Eliseu fez, cortando as amarras que não o deixaria livre para a missão. 


Muitas vezes temos que dar um basta nas estruturas injustas que mantém as pessoas presas a um assistencialismo aniquilante da liberdade. Deus chama pessoa normal e de vida normal, a única coisa que preza para Deus é a disposição de servir aos que mais sofrem na nossa sociedade sem interesse algum. (cf. Rs 19,16b.19-21)


A carta de São Paulo aos Gálatas nos mostra que a nossa escolha por Jesus é livre. Não tem Fake News para poder seguir Jesus e nem promessas mirabolantes que mais atrapalham do que ajudam. Jesus quer que o homem seja livre e que possa ter a autonomia para dizer não as falácias de falsos políticos, religiosos e poderosos. Quem segue e responde tem vida nova e liberdade. Assim não tornamos presas fáceis a demagogia religiosa, econômica e política social do nosso tempo. ( cf. Gl 5,1.13-18)

 

Jesus , na sua vida pública no mundo, vai mostrando como devemos ser na jornada que estamos fazendo para a Jerusalém celeste. Os valores do Reino e a nossa adesão a Ele devem nos levar ao caminho do sacrifício e renúncia de nós mesmo para ter a vida em Deus. Aqui vemos três samaritanos que se recusam de ir ao templo de Jerusalém e queriam impedir que outros fossem. Infelizmente vemos hoje nas propagandas políticas e religiosas que querem induzir as pessoas para sua ideologia e doutrinas que não ajudam na libertação da pessoa.

 

Dois discípulos reagiram de modo brusco dizendo a Jesus:  "Senhor, queres que mandemos que desça o fogo do céu e os consuma?" mas Jesus os repreendeu de imediato, pois o caminho de Jesus é amor, perdão, conscientização e libertação sem nenhuma pressão ou chantagem. Nós não somos para brigar com ninguém e nem impor uma doutrina ou ideologia. A escolha por Jesus é livre. (cf. Lc 9,51-62)

 

Não podemos ser intolerantes e nem preconceituosos com as pessoas e nem com as diversas manifestações religiosas, políticas. O trabalho missionário deve estar pautado em atitudes de respeito, de colhida aos mais fracos e marginalizados que são milhões. Não podemos ser omissos e nem indiferentes à dor de muitos.

 

Seguir Jesus não é ter e nem querer viver em um palacete para morar, nem ter carros luxuosos e nem viver uma ostentação, pois podemos constar o que Jesus disse a todos: até os animais têm onde morar, mas o filho do homem não. O discípulo de Cristo deve ser despojado para a missão evangelizadora. Como falta pessoas assim no mundo. 


O evangelho precisa ser proclamado com o nosso testemunho de vida comunitária, social, religiosa, política e social. A mesa da refeição é para todos, ninguém pode faltar a educação, trabalho, casa, segurança e saúde.


Que esta liturgia nos ajude a sermos missionários, profetas e discípulos para denunciar as manobras dos opressores que querem nos enganar com esmolas sociais que não nos ajudam em nada e sermos porta voz da liberdade, da dignidade e da vida em comunitária onde a partilha, a solidariedade, a misericórdia e ajuda mútua sejam a tônica de uma vida cristã autêntica.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi Semper!!!

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 11 de junho de 2022

Trindade, a comunidade de amor perfeita

  Trindade, a comunidade de amor perfeita

 


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando neste domingo o Domingo da Trindade. Desde que fomos batizados e ensinado pelos nossos pais que Deus é Trino numa comunidade de amor perfeito. É o Pai, é o Filho e é o Espírito Santo em três pessoas distintas, mas um só Deus. Aprendemos a fazer o sinal da cruz quando levantamos, quando passamos na frente da igreja e ao deitar.

 

É uma comunidade de amor, um mistério que deve ser compreendido na fé. Este mistério deve ser contemplado. Deus é amor. Tudo foi feito em Deus. A nossa História de Salvação é marcada pela presença de um plano de Salvação de Deus Pai, movido pela força do Espírito Santo em Cristo que se doou plenamente por nós.

No livro dos Provérbios temos a constatação que o universo é criado na sabedoria e no amor. Deus é autor de tudo. A obra criadora de Deus Pai é boa sempre. (cf. Pr 8,22-31)

Na carta ao Roan os podemos ver que a obra realizada por Cristo no amor a Deus Pai e na força do Espírito Santo nos dá a paz, a esperança e o amor de Deus. A vida se restaura plenamente em Cristo e nós participamos dela pela Paixão, morte e ressurreição de Cristo. (cf. Rm 5,1-5)

 

No evangelho de São João temo a ação do Espírito Santo que esclarece a todos que é preciso crer em Cristo e ser testemunha dele no mundo. A boa nova deve ser propagada em todos os lugares. O batismo nos capacita para isso. Somos ungidos na Trindade e o Espírito Santo nos ajuda a viver bem a missão que devemos executar.

 

Assim nos fala claramente o Catecismo Católico:   "Deus deixou vestígios desse mistério na Criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade de Deus Trindade constitui um mistério inacessível à inteligência humana e até mesmo à fé de Israel...Esse mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios". (CCIC 45)

 

Cristo é a verdade revelada de Deus Pai e é a ponte que nos une ao céu. Jesus nos fala: "Felipe... quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,8). E ainda nos falou: "Quem observa os meus mandamentos... o Pai o amará... e viremos nele e faremos nele morada..." (Jo 14, 23) e também a oração que Ele mesmo nos ensinou: a oração do Pai nosso (Lc 11,1 ss). E a missão última que Jesus nos deu: Ide... e batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." (Mt 28, 19)

 

Assim o mistério é confiado a todos que querem ser de Cristo na Igreja. Devemos ser dóceis e humildes a Deus na força do Espírito Santo que nos foi revelado em Cristo.

Que esta liturgia nos ajude a estar na presença da Trindade Santa de Deus numa comunidade igreja viva e ser sempre corajosos porta voz de Deus no mundo.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!! Servus Christi Semper!

 

Jose B. Schumann Cunha