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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

“Idéia” perdeu o acento

Na Nova Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa, uma das mudanças foi que algumas palavras não são mais grafadas com o acento agudo, como em “idéia”, que passa a ser escrita assim: “ideia”, uma palavra clássica, como bem observou Marcelo Alves Souto, editor e profissional formado em Artes pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Uma das justificativas para a Reforma Ortográfica é facilitar o ensino do português, unificar a linguagem e aproximar os cerca de 250 milhões de falantes portugueses.

Como também destacamos, esse é um dos argumentos da Nova Reforma Ortográfica do Português. Outro argumento, implícito no contexto, é o dinheiro fácil, que sempre aponta para a padronização das coisas e aqui, no caso, para a padronização da língua, numa época em que a diversidade cultural é mais valorizada na contemporaneidade mundial. Na Itália, como ensina o jornalista Attilio Faggi Junior, existe muitos dialetos e que são vistos como um bem cultural de cada região. Em Portugal e em países africanos falantes do Português, como Moçambique, pronuncia-se “contaCto” e lá “rapariga” não é sinônimo de “prostituta” e sim feminino de “rapaz”.

No Brasil, a maioria da população, que não tem escola e nem saúde de qualidade, mas trabalha e paga uma das maiores cargas tributárias do mundo, fala “menas”. O termo não está totalmente errado em uma frase. Ele utiliza a concordância de gênero, como no exemplo: “Era esperado menas gente no estádio”. Enquanto “idéia” perde o acento, muitas ideias também perdem o assento pelo mundo quando não têm incentivos para se concretizarem. Pena que nós, que escrevemos o Português, ao invés de motivar a pluralidade “lingüística” (agora é “linguística”, pois não se utiliza mais o trema, exceto para nomes próprios), partimos para uma unificação que ajuda muito pouco a compreender o que João Guimarães Rosa chamou de “Grande Sertão: Veredas”.

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