A Igreja deve ser sempre fiel a Cristo
Queridos irmãos
e irmãs, a Igreja não se desvia do ensinamento genuíno de Cristo confiado ao Magistério,
sucessor de Pedro. O deposito da fé está guardado e difundido pela na voz do Papa,
que hoje é Papa Francisco. Não pode jamais, por uma pseuda preocupação de
querer reter no seio da Igreja pessoas que querem uma Igreja “aberta”, “liberal”
sem nenhuma ligação com a doutrina e a Verdade de Cristo. A Igreja é tolerante,
é aberta ao dialogo e procura ser sinal, de levar a mensagem de Cristo, que
liberta o homem da escravidão do materialismo, das correntes filosóficas e
outras que relativizam todas as coisas da terra. em contraposição com a verdade
salvadora de Cristo.
É sempre bom salientar
que na passagem de Lucas 4,17-21 onde Jesus lê no Livro de Isaias 61,1s., onde está escrito: Deram-Lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos, e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos. e para proclamar um ano de graça do Senhor». Em seguida Jesus fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos n'Ele. Então Jesus começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
Então, se
cumpriu a escritura em Cristo e se O seguirmos, com convicção, tornaremos verdadeiros
discípulos Dele, dando testemunho autentico da sua mensagem libertadora. A
libertação da humanidade não se dá na concordância do erro e do pecado que ela dissemina
em todos os cantos da terra, mas numa libertação integral do homem de tudo que
não o deixa ser livre completamente.
Hoje, assistimos a desvalorização da família nos valores perenes do respeito, da
educação e do amor que geram homens novos com coração aberto na busca de acertar
na dignidade que temos como filhos de Deus. Não se constroem a paz e o respeito
ao outro na concordância da cultura da morte e do descartável, que se espalham em nosso meio.
Para propagar
o bem nós não podemos concordar com o mal e nesse modo nós amamos o pecador que
quer se corrigir, mas nunca o pecado que se comete por ele, pois esso o diminui
e o faz sair da comunhão com Deus e com os outros, perdendo a vida da graça.
Jesus quando
perdoa a pecadora publica, que foi colocada para Ele a ser condenada ao
apedrejamento pelos que a surpreenderam em adultério, Ele está demonstrando a
valorização da vida da pessoa por inteiro. Ele diz a Eles: quem não tiver pecado atire a primeira pedra e em seguidas todos
jogam a pedra ao chão e vão se embora, mas ela fica ali só diante de Jesus e esse
fixa o olhar na pessoa dela e diz: -cadê
os quem tinham lhe condenado? Ela responde a Ele: ninguém me condenou e Jesus,
o mestre, fala: Eu também não lhe
condeno e vá embora, mas não peques mais. Isso nos quer dizer: que ela, não
pecando, não vai deixar se aniquilar numa vida vazia e sem proposito, pois vai
encontrar sentido em sua existência humana.
O Papa Bento
XVI, na sua mensagem de quaresma em 2012 nos exortava: A atenção ao outro inclui que se
deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e
espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do
mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus
é “bom e faz o bem” (Sal 118/119, 68) Esse pensamento dele nos dá a
certeza que devemos procurar o bem que não frustra a pessoa e nem a deixa num
vazio existencial.
Se vivermos no
individualismo e no egoísmo não vamos defender a vida de uma criança no ventre da
mãe ou alguém que caia nas mãos de assaltantes e assassinos, desse modo, tornamos
insensíveis aos problemas e sofrimento das pessoas.
O papa Bento
XVI nos lembrou bem disso, na sua mensagem para a quaresma de 2012: “O
Evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois
exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do
bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, “passam ao largo” do
homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10,30-32), e, na do rico
avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro
que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos
com o contrário de “prestar atenção”, de olhar com amor e compaixão”.
Em uma parte
da Lumem Fidei nós encontramos uma verdade que deve estar em nosso coração que
busca o bem, a verdade e a ética na conduta humana nesta sociedade em que
vivemos, então podemos destacar:
“A
luz da fé em Jesus ilumina também o caminho de todos aqueles que procuram a
Deus e oferece a contribuição própria do cristianismo para o diálogo com os
seguidores das diferentes religiões.” “O homem religioso procura reconhecer os
sinais de Deus nas experiências diárias da sua vida, no ciclo das estações, na
fecundidade da terra e em todo o movimento do universo. Deus é luminoso,
podendo ser encontrado também por aqueles que O buscam de coração sincero”.(
Lumem Fidei, 35)
De modo algum
podemos endurecer o nosso coração e fechar para necessidade dos que estão ao
nosso lado, sofrendo na pobreza, no vicio e no pecado, então, nós estendemos as
nossas mãos a eles, os acolhemos e cuidamos de cada para que eles encontrem o
sentido da sua vida em Cristo que dignifica a pessoa humana. Nós não somos
mercadoria e nem objeto de uso e do prazer momentâneo sem preocupar com o
outro, mas construtores de uma sociedade de irmãos e irmãs que se ajudam
mutuamente.
O livro dos Provérbios
nos mostra que: “O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende”
(Prov 29,7). Então, devemos buscar o bem do outro, corrigi-lo
fraternalmente para que ele procure o bem, que dá a verdadeira felicidade e que
vai ao encontro de Deus, que é o nosso fim ultimo de nossa existência humana.
Somos
peregrinos nesse mundo, que caminha para a eternidade, mas construindo a ponte
da vida para todos. Que o nosso sim seja para a plena verdade que nunca munda e
não aos modismos que surgem e deixam o ser humano como coisa e sem vida na sua
dignidade perene. Amém
Bacharel em
teologia Jose Benedito Schumann Cunha
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