Os excluídos do mundo devem ter a
nossa atenção
Queridos irmãos e irmãs, estamos
celebrando o 6º Domingo do Tempo e também o dia do enfermo. A liturgia de hoje
nos lembra dos excluídos e marginalizados do mundo, principalmente os pobres e
os doentes sem recursos. Estes são muitas
vezes abandonados e explorados por alguns poderes constituídos e também de
algumas instituições politicas e religiosas do nosso tempo.
O evangelista São Marcos nos
mostra quem é Jesus. Ele não é uma figura fora da realidade vivida do nosso povo
sofredor, mas é alguém que age e muda as situações de morte para uma situação
de vida. A partir de seus gestos, podemos descobrir quem Jesus é. Vemos Jesus
libertando o homem possuído por um espirito mau, ele estende a mão para a sogra
de Pedro e a cura, e hoje vemos Jesus tendo uma atitude para com os
marginalizados e excluídos.
A liturgia bíblica desse domingo
vê a discriminação que os leprosos sofriam em conformidade na Lei de Moises.
Era uma imposição feita por ele e não de Deus. Assim dizia a lei : "O
leproso andará com vestes rasgadas, cabelos soltos e barba coberta...Viverá
isolado, morando fora do acampamento... Ao se encontra com alguém, deve gritar:
sou impuro...". Era o medo do contagio.
Infelizmente a sociedade atual
faz leis desses modos, prejudicando os que não tem vez e nem voz no mundo. São regras
sem misericórdia e solidariedade, pois é mais fácil descartar essas pessoas do
nosso convívio social, religioso, econômico e politico. O povo hebreu achava
que era castigo de Deus para justificar a exclusão, mas não procurava ver as causas
desses males que atigiam o povo daquela época como que acontece na nossa
sociedade. (cf. Lv 13,1-2.44-46)
A Primeira Carta de São Paulo aos
Coríntios nos convida a sermos samaritanos para todos que sofrem, mas isto deve
ser feito no prisma grandioso que é “fazer tudo para a gloria de Deus”. Ser balsamos
para os que estão na marginal da sociedade como os doentes pobres e os pobres
sem nenhum recurso. (cf.1Cor 10,31-11,1)
O Evangelista Marcos nos mostra a
atitude de Jesus diante de um leproso, Ele o cura e o integra na sua
comunidade. Vemos que o leproso desobedece esta lei injusta, aproxima de Jesus
e ajoelha diante Dele e diz “se queres, podes limpar-me...”. Esta atitude é de alguém
que reconhece em Cristo Deus que tudo pode. É o Deus do Monte Sinai que quer a
lei do amor seja a marca entre todos. Jesus quer e cura o homem, o faz ser
digno da graça e de poder viver com os outros. Deus é sempre acolhedor e justo.
Este homem curado torna-se ardoroso testemunho da bondade de Deus na pessoa de
Jesus. (cf. Mc 1,40-45)
Que esta liturgia nos ajude a
sermos solidários e misericordiosos com todos, principalmente com doentes e
pobres. Que Maria no titulo de Nossa Senhora de Lourdes derrame pela sua
interseção benção de Deus a cada um que precisa e que possa sentir a mão de Deus dando conforto
e cura física e espiritual.
Tudo por Jesus nada sem Maria!
Bacharel em Teologia e filósofo Jose
Benedito Schumann Cunha
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