ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 27 de julho de 2024

Bispos venezuelanos convidam povo a votar nas eleições: "futuro está em suas mãos"

  Bispos venezuelanos convidam povo a votar nas eleições: "futuro está em suas mãos" 

  


Membros da delegação internacional de observadores eleitorais visitam um dos principais centros de votação para verificar a instalação de seções eleitorais a serem usadas na eleição presidencial, em Caracas, Venezuela. (Foto de Yuri CORTEZ / AFP)Membros da delegação internacional de observadores eleitorais visitam um dos principais centros de votação para verificar a instalação de seções eleitorais a serem usadas na eleição presidencial, em Caracas, Venezuela. 

Bispos venezuelanos convidam povo a votar nas eleições: "futuro está em suas mãos"

Em uum comunicado conjunto, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) sublinha o papel decisivo do povo na definição do futuro do país nas próximas eleições de 28 de julho.

A Venezuela prepara-se para eleições presidenciais em 28 de julho de 2024 e eleições legislativas em 2025. Diante de um ambiente político complexo, os bispos venezuelanos quiseram “compartilhar algumas reflexões sobre o fato político, o aprofundamento da democracia e a participação do povo no ato eleitoral”.

“O povo venezuelano tem uma nova oportunidade de tomar decisões por meio do voto consciente e livre que produz uma reforma profunda da democracia, da sociedade civil e da qualidade de vida. O povo venezuelano, cheio de esperança, sabe que o futuro está nas suas mãos”, afirmam os bispos em uma exortação recebida pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, sigla em inglês).

A mensagem intitula-se “Caminhando juntos com esperança” e foi publicada no dia 11 de julho, após a reunião da CXXII Assembleia Plenária Ordinária da Conferência Episcopal Venezuelana.

“A participação livre, consciente e responsável nestas eleições é de grande importância para desenhar um futuro com esperança e construir um país de progresso, paz, justiça e liberdade. Somente superando o abstencionismo e a apatia política poderemos avançar na reconstrução do país”, afirmam os prelados.

A Venezuela atravessa uma profunda crise econômica desde meados da década de 2010, exacerbada pela queda dos preços do petróleo, pela hiperinflação, pela escassez de alimentos e medicamentos, bem como por uma crise política interna. Isto gerou um dos maiores movimentos migratórios na América Latina em décadas. Segundo dados do Observatório da Diáspora Venezuelana (ODV) relativos a agosto de 2023, o número total de migrantes venezuelanos subiu para 8,5 milhões de pessoas, distribuídas em 90 países ao redor do mundo. Isto significa quase 30% da população total da Venezuela.

Nos últimos meses, vários representantes da Igreja na Venezuela mantiveram conversações com a fundação Ajuda á Igreja que Sofre, destacando o profundo drama que a migração acarretou ao país. Uma tragédia que causou a perda de inúmeras vidas, especialmente em rotas perigosas como a de Darién.

Os líderes eclesiásticos também destacaram o tremendo impacto que a emigração está tendo na estrutura familiar venezuelana. “Muitas crianças foram deixadas aos cuidados de familiares próximos porque os seus pais partiram em busca de melhores condições de vida. Muitos avós voltaram a ser pais”, comentou uma das fontes. Além disso, devido à degradação do ambiente familiar, tem-se observado um aumento alarmante nas taxas de gravidez precoce e de famílias monoparentais; agravando ainda mais a crise social.

Segundo relatórios recebidos pela ACN, a pobreza na Venezuela é ainda mais grave fora da capital, Caracas, uma cidade descrita por alguns como uma “bolha” que não reflete a dura realidade do resto do país. Em muitas regiões, a escassez de alimentos é grave, os cortes de electricidade são frequentes e a inflação é galopante, enquanto os salários mal chegam aos quatro dólares por mês. As perspectivas para os jovens são especialmente sombrias, com 95% pensando em emigrar. “Receia-se que, se não houver mudança de governo, a atual onda de migração se torne um fenômeno incontrolável. A situação levou a um dilema geral: 'Ou renuncias ou sais'", resumiram os líderes da Igreja durante as suas reuniões com a ACN

“O dia 28 de julho deveria ser um dia de celebração democrática não só no nosso território, mas também onde estão os nossos irmãos e irmãs migrantes, que votarão na esperança de se reunirem com os seus entes queridos numa pátria que “abra as portas ao desenvolvimento e felicidade”, expressaram os bispos na mensagem. “Ninguém deve ficar isento ou sentir-se excluído desta experiência democrática: todos somos chamados a participar de formas diferentes.”

Os bispos concluem convidando a rezar pela paz e também “para que o processo eleitoral seja realizado em um clima de respeito”, um pedido ao qual a fundação ACN se une com um apelo urgente à comunidade internacional para não esquecer o sofrimento de. da população venezuelana nem da crise que conduz ao êxodo em massa.

“Invocamos a Santíssima Trindade, fonte de comunhão, e a ternura materna de María de Coromoto, padroeira da Venezuela, para proteger o povo venezuelano neste momento de grandes decisões. Que inspirem as nossas mentes e corações a seguir o caminho mais preciso nos próximos anos de vida democrática no nosso país”, pedem.

Bispos franceses deploram “cenas de zombaria do cristianismo” na abertura dos JO

  Bispos franceses deploram “cenas de zombaria do cristianismo” na abertura dos JO



"Queridos irmãos e irmãs estamos vivendo uma época em que a ética está sendo deixada de lado e a moral está sendo individualizada de acordo com gostos e ideologias de pessoas ou grupos, muitas vezes de minorias. e esquecem que para incluir alguns grupos não podem excluir os demais. isto é injustiça. Há valores que são perenes e de modo algum podemos substituí-los ou desfigurá-los algo importante, mesmo de cunho religioso fazendo escarnio ou desprezo por algo que é valorizado por uma religião. 

Nenhuma bandeira pode ser colocada no lugar de algo importante que seja de cunho religioso, econômico, político e social. A beleza e a arte deve levar em conta no limite ético da sociedade moderna em que vivemos." (teólogo Jose B. Schumann Cunha)

Em um comunicado de imprensa publicado no dia seguinte à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que teve lugar no Sena, na sexta-feira, 26 de julho, a Conferência dos Bispos de França saudou os “momentos maravilhosos de beleza, de alegria, ricos de emoções”, ao mesmo tempo em que dirigiram o seu pensamento “aos cristãos de todos os continentes que foram feridos pelo excesso e pela provocação de certas cenas”.

Foi uma cerimônia de todos os superlativos. Uma inédita primeira cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no rio Sena, com desfile de delegações desportivas em 85 barcos, inúmeras quadros artísticos e performances de artistas de todo o mundo como a estadunidense Lady Gaga ou a canadense Céline Dion.

“A cerimônia de abertura (…) de ontem à noite ofereceu ao mundo inteiro momentos maravilhosos de beleza, de alegria, ricos de emoções e universalmente elogiados”, reconheceu a Conferência dos Bispos de França. No entanto, a cerimônia “incluiu cenas de escárnio e zombaria do cristianismo, que deploramos profundamente”, dizem os bispos.

No centro das críticas nas redes sociais, uma reprodução do quadro “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci por cerca de dez travestis.

Solidariedade de outras religiões

 Após a cerimônia, transmitida em mundovisão, muitos líderes de outras confissões religiosas expressaram a sua solidariedade para com a Igreja Católica francesa, informa o comunicado de imprensa.

“Pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pelo excesso e pela provocação de certas cenas”, asseguraram os bispos franceses. “Desejamos que eles compreendam que a celebração olímpica vai muito além dos preconceitos ideológicos de alguns artistas”, continuou a conferência episcopal francesa no comunicado.

A exclusão de certos crentes 

O secretário-geral da CEF, padre Hugues de Woillemont, destacou na rede social X a contradição entre "a inclusão demonstrada e a exclusão efetiva de certos fiéis, não é necessário ferir as consciências para promover a fraternidade e a sororidade”.

Dom François Touvet, presidente do Conselho de Comunicação da CEF, bispo coadjutor da Diocese de Fréjus-Toulon, “associou-se fortemente” a este comunicado de imprensa da Igreja na França. Em uma postagem nas redes sociais, declarou “protestar, como muitos, contra este insulto escandaloso e grave feito aos cristãos de todo o mundo, sem esquecer os outros excessos do espetáculo”.

Diante de pedidos de explicações, Michaël Aloïsio, porta-voz do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Paris 2024, reagiu neste sábado, 27 de julho, na Franceinfo: “Assumimos que ultrapassamos a linha”.

Unidade humana e fraternidade

 A CEF concluiu o seu comunicado recordando que o desporto “é uma atividade maravilhosa que encanta profundamente os corações dos atletas e dos espectadores”, e que as Olimpíadas são um “movimento ao serviço desta realidade de unidade e fraternidade humana”.

Foi com um tom de esperança, unanimemente apreciado pelos espectadores, que a cerimônia de abertura terminou, com um dos pontos altos da noite: quando Céline Dion concluiu o Hino ao Amor de Edith Piaf no primeiro andar da Torre Eiffel, deixando as últimas palavras da canção ressoarem na noite parisiense: “Deus reúne aqueles que se amam”.

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-07/jogos-olimpicos-bispos-deploram-cenas-zombaria-cristianismo.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

domingo, 21 de julho de 2024

Quando partilha o pão ninguém passa fome

 Quando partilha o pão ninguém passa fome


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 17º Domingo do Tempo Comum, já estamos na metade do ano litúrgico. A fome é a realidade em muitos lugares no mundo, principalmente no Brasil. Esta realidade cruel nos assusta. Por que será que tem gente passando fome? Muitas vezes é o egoísmo e a ganância dos poderosos e ricos deste mundo que essa realidade terrível acontece. Exploram trabalho e pagam míseros salários aos que trabalham e fazem a riqueza de cada país.

Deus é providente e nos convida a partilhar o pão da vida com todos. O nosso Deus é o da vida em abundância para todos. Hoje há diversos modos de termos fome que são de amor, de justiça, de paz e esperança. O mundo está mergulhado no ódio e na vingança.

No livro do Segundo Reis nos mostra que o profeta Eliseu recebeu 20 Pães de cevada, que era o pão das primícias, ele não fica para sim esse alimento e manda repartir ao povo faminto. Quem serve pergunta: "Mas como? É tão pouco para 100 pessoas." Mas o profeta garante que quando se reparte, todos comem e ainda sobra. Assim ele diz: "Dá... todos comerão e ainda sobrará…". (cf. 2 Rs 4,42-44)

A certeza da partilha acontece o milagre da multiplicação. Como que é preciso que aconteça isso no nosso meio. Aqui podemos afirmar que o fruto do trabalho representado pelos pães da primíssima torna-se dom no gesto de Eliseu de mandar partilhar com o povo faminto. O milagre acontece.

Na carta aos Efésios  nos mostra como dever a nossa atitude diante do Banquete do Senhor. O modo de agir na paz com todos, buscando a unidade, pois essa é a nossa vocação recebida por Cristo no Batismo. Devemos ser pessoa da Igreja do pão partilhado na harmonia de irmãos e irmãs que reúne no amor de Cristo na comunidade cristã. (cf. Ef 4,1-6)

O evangelista João nos mostra no capítulo 6, aqui vamos refletir e pensar na multiplicação dos pães feita por Jesus. E vamos ter a oportunidade de ver o sermão do Pão da vida. O povo sedento da Palavra de Cristo, sente fome de Deus e também do pão material. Essa multidão procura Jesus e ele teve compaixão deste povo.

Jesus questiona os discípulos com a pergunta: "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?", mas Filipe respondeu: "Nem duzentas moedas são suficientes…" André tem uma solução humana que diz: "Um menino tem 5 pães e 2 peixe… mas o que é isso?" Jesus nos mostra a solução certeira que acredita na partilha e na multiplicação. Assim Jesus fala: "Fazei-os sentar… tomou os pães, abençoou e distribuiu...". Assim se fez, todos comeram e se saciaram até teve sobra enchendo doze cestos.

Quando há partilha todos tem e não passam fome. O povo não entendeu o milagre e queria fazer de Jesus um rei, mas não é isso que Jesus quer. Ele se retira para a montanha, lugar onde Deus vem até ele e a nós também. (cf. Jo 6,1-15)

A fome no mundo é questão de justiça social. Se soubermos que ser seguidor de Cristo devemos aprender a saciar todo tipo de fome do povo. Não ficar recebendo e dando apenas  cestas básicas que não resolvem a real situação social do povo. Muitas vezes somos tocados a ser um “samaritano de ocasião” sem realmente preocupar com a realidade do povo sofrido. Devemos aprender do gesto do menino que deu 5 pães e dois peixes e deste modo a partilha aconteceu.

Que esta liturgia faça de nós multiplicadores de dons que se faz presente na comunidade que partilha amor, a justiça, a fraternidade, a esperança e a fé.

 Hoje estamos celebrando também o 4º ano do dia dos avós e dos idosos e que possamos ser solidários a eles que muitas vezes são carentes de pessoas acolhedoras. 

Tudo por Jesus, nada sem Maria.! Servus Christi semper!!!

 Jose B. Schumann

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Francisco convida os jovens latinos a continuar se preparando para o Jubileu

Francisco convida os jovens latinos a continuar se preparando para o Jubileu



O Papa envia uma mensagem aos participantes do XXI Encontro de líderes nacionais da Pastoral da Juventude da América Latina e do Caribe, que se realiza em Assunção de 15 a 20 de julho, e os encoraja a não ter medo de Jesus, que passa por nós, abrindo de par em par as portas de seu coração

“Suscita esperança o fato que considerem o discernimento comunitário como uma forma de 'conversão na prática pastoral'”, diz o Papa Francisco em sua mensagem aos jovens da Pastoral da Juventude Latino-Americana (PJ) que se reúnem em Assunção, no Paraguai, de 15 a 20 de julho para o XXI Encontro de Líderes Nacionais.

No texto, datado de 12 de julho, o Pontífice espera que este encontro “lhes permita identificar os desafios e as oportunidades que enfrentam com a ajuda do Espírito Santo”.

Trabalhar pela justiça que faz a paz efetiva e duradoura

“Vocês são o presente, sejam corajosos! Eu os encorajo a se agarrarem firmemente às suas raízes e seguirem em frente sem medo. Busquem a unidade entre todas as diferenças.”

O Santo Padre os incentiva a trabalhar pela justiça que faz a paz efetiva e duradoura, a construir o bem comum e a fecundar a felicidade da Pátria Grande que constitui os povos latino-americanos, para continuar crescendo o Reino de Deus.

XXI Encontro Latino-Americano de Líderes Nacionais da Pastoral da Juventude (Foto do Arcebispado de Assunção)

Cristo transforme seu otimismo natural em amor autêntico

Em uma carta anterior, datada de 27 de maio e endereçada aos bispos responsáveis pela PJ e aos organizadores do evento, Francisco garante que “a juventude é essa estapa da vida normalmente caracterizada por um otimismo natural, energia e esperança”. Também os exorta a “deixar que Cristo transforme seu otimismo natural em amor autêntico; um amor que sabe se sacrificar, que é sincero, real e genuíno, para que sua juventude seja um dom para Jesus e para o mundo e assim vocês poderão gastar sua vida de forma digna e frutífera”. A ordem de Jesus “Levantai-vos” significa tanto uma tarefa quanto uma responsabilidade. Não tenham medo do Senhor que passa por nós e sussurra em nosso ouvido, inclina-se para nós e nos oferece sua mão para nos levantar toda vez que caímos. Ele nos quer de pé, ressuscitados.

Abram seus corações para Cristo

Portanto, não tenham medo de deixá-Lo entrar em sua vida; abram de par em par as portas de seu coração para Ele, pois a nova vida que vem d’Ele é incomparável e vale a pena ser vivida. O Pontífice os confia à Santíssima Virgem e lhe pede que acompanhe seus passos e interceda por eles, “para que, junto com as crianças, os adultos e os idosos, em comunhão intergeracional, sejam protagonistas de uma Igreja cada vez mais sinodal, discípula e missionária”. Francisco agradece especialmente aos jovens paraguaios pela organização do encontro e convida a todos “a continuar se preparando durante este Ano de Oração, para celebrar o próximo Jubileu 2025 com alegre esperança”.


fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-07/papa-mensagem-pastoral-juventude-latino-americana-paraguai.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT



Somos Ovelhas sem Pastor neste mundo plural, precisamos de Cristo

 



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste próximo domingo o 16º Domingo do Tempo Comum. Nós temos que voltar para Cristo, Ele é o Pastor que está sempre ao lado das ovelhas. Jesus não tem interesse mesquinho de poder e nem explora as ovelhas do seu redil, mas cuida, zela, ajuda, tem compaixão e misericórdias daquelas frágeis e fracas.

No livro de Jeremias nos fala da denúncia de Jeremias dos maus pastores que são indignos de cuidar das ovelhas, pois usam das ovelhas para si e as exploram, mas ele anuncia que é o próprio Deus cuidará do rebanho, dando lhe vida em abundância, voz e vez. Assim a paz chega para todos, na tranquilidade, na justiça que traz a salvação para todos.

Deus é fiel e zela para todos sem nenhum interesse pessoal. Infelizmente como naquele tempo hoje vivemos com maus pastores que se enriquecem, explorando a boa fé do povo sofrido. E estes vivem na ostentação e luxos sem pensar em milhões que vivem mal e estão clamando por justiça e vida digna. (cf. Jr 23,1-6)

Na carta aos efésios nos dá a certeza que Jesus é o que desfaz todas as amarras e barreiras que separavam as pessoas de Deus e entre nós devido ao pecado e agora o pro jesus nos reuniu num só rebanho e num só povo comandado por ele. Infelizmente nós notamos no mundo presentes quantas ideologias religiosas que fazem separações de pessoas sem importar quem nos une é Cristo.

Não tem vários Cristos fabricados por ideologias dos homens que querem manter muitos aprisionados a doutrinas capitalistas de poder e exploração. Jesus é o que dá o caminho certo para nós na terra rumo aos céus com todos os irmãos e irmãs na fé Nele com sinceridade e fidelidade. (cf. Ef 2,13-18)

O evangelista Marcos nos mostra Jesus o pastor que olha a todos com misericórdia. Jesus acolhe os discípulos e também o povo sofrido que é desprezado pelo poder religioso da época.

Os discípulos vieram da missão, Jesus os acolhe e os faz descansar. Jesus também faz uma revisão das tarefas feitas. O cansaço e alguns obstáculos surgem, mas é preciso encontrar na oração as forças necessárias de revigoramento para as futuras missões. O missionário não pode desanimar. O anúncio não é apenas ensinar a doutrina, mas acolher e ajudar as ovelhas que precisam de cuidado e zelo para que elas possam voltar alegria de pertença ao rebanho de Cristo.

Devemos muitas vezes retirar para lugares desertos, orar é entrar em sintonia com Deus. Se não fizermos, seremos apenas um funcionário da comunidade. Devemos amar a missão e ser sempre um discípulo companheiro de Jesus. Jesus teve e tem compaixão do povo sofrido ontem e hoje. Ele compara as ovelhas sem pastor. Jesus é o bom pastor que está sempre ao lado delas, principalmente as que mais precisam (cf. Mc 6, 30-34)

Hoje há muitas ideologias políticas, econômicas, sociais e religiosas que nos fazem ser um agente deles sem se preocupar na verdadeira missão de Cristo que é a libertação e a salvação. Jesus não quer que sejamos escravos de doutrinas e nem ideologias escravizantes, mas Deus que pessoas libertas que agem em comunidade para o bem de todos.

Que esta liturgia nos ajude a sermos bons pastores de nossas comunidades cristãs, sendo uma Igreja de saída. Ter uma visão de uma Igreja sinodal. Que as orações nos ajude a sermos simples e presentes no lugar que mais precisam de nós. Amém

Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi semper

Jose B. Schumann

domingo, 14 de julho de 2024

Papa: a missão se faz juntos, com sobriedade de vida. O supérfluo escraviza

 Papa: a missão se faz juntos, com sobriedade de vida. O supérfluo escraviza



O Evangelho se anuncia juntos, como comunidade, e para fazê-lo é importante ser sóbrio não só no uso das coisas, afirmou Francisco, mas também nos pensamentos, abandonando os preconceitos e a rigidez.

O Papa rezou com os fiéis na Praça São Pedro a oração do Angelus, comentando o Evangelho deste 15º Domingo do Tempo Comum. O trecho de Marcos (cf. Mc 6,7-13) fala de Jesus que envia seus discípulos em missão "dois a dois".

Em sua alocução, Francisco se deteve sobre o fato de os discípulos serem enviados juntos e levarem consigo apenas o necessário.

Ouça a reportagem completa com a voz do Papa Francisco

"O Evangelho não é proclamado sozinho, mas em conjunto, como comunidade, e para fazer isso é importante saber preservar a sobriedade", explicou o Pontífice. É importante saber ser sóbrio no uso das coisas, compartilhando recursos, habilidades e dons, prescindindo do supérfluo, que "escraviza". Só assim se é livre.

A sobriedade, prosseguiu Francisco, também é necessária nos pensamentos e nos sentimentos, abandonando preconceitos e a rigidez que, como bagagem inútil, pesam e dificultam o caminho, para favorecer, ao invés, o debate e a escuta e, assim, tornar o testemunho mais eficaz.

É o que acontece nas famílias ou comunidades: quando nos contentamos com o necessário, mesmo com pouco, com a ajuda de Deus é possível seguir em frente e se entender, compartilhando o que se tem, todos renunciando a alguma coisa e apoiando-se mutuamente. Para o Pontífice, isso já é um anúncio missionário, antes e até mais do que palavras, porque encarna a beleza da mensagem de Jesus na concretude da vida.

"Uma família ou uma comunidade que vive dessa forma, de fato, cria em torno de si um ambiente rico de amor, no qual é mais fácil abrir-se à fé e à novidade do Evangelho, e do qual se sai melhor e mais sereno."

Se, ao contrário, cada um segue seu próprio caminho, se o que conta são apenas as coisas - que nunca são suficientes -, se não há escuta, se prevalecem o individualismo e a inveja, que é "mortal, um veneno", o ar se torna pesado, a vida difícil, e os encontros se tornam mais ocasião de inquietação, tristeza e desânimo do que de alegria.

"Queridos irmãos e irmãs, comunhão e sobriedade são valores importantes para a nossa vida cristã, valores indispensáveis para uma Igreja missionária, em todos os níveis."

O Papa então convidou os fiéis a se questionarem: sinto prazer em anunciar o Evangelho, de levar, onde vivo, a alegria e a luz que provêm do encontro com o Senhor? Para fazer isso, estou comprometido em caminhar junto com os outros, compartilhando com eles ideias e habilidades, com mente aberta e coração generoso? E finalmente: sei como cultivar um estilo de vida sóbrio e atento às necessidades dos irmãos?

"Que Maria, Rainha dos Apóstolos, ajude-nos a ser verdadeiros discípulos missionários, em comunhão e sobriedade de vida", concluiu Francisco, concedendo a todos a sua bênção apostólica.

fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-07/papa-francisco-angelus-14-julho-comunhao-sobriedade.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 13 de julho de 2024

A missão deve ser acompanhada com a fé e obras

A missão deve ser acompanhada com a fé e obras



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando dia 14/7 o 15° Domingo do Tempo Comum. A liturgia vai centralizar-se na missão. O mundo precisa de missionários que sejam fiéis a Deus, sejam pessoas de fé e que acompanhem com boas obras.

A liturgia bíblica nos vai mostrar alguns bons exemplos que tiveram a Missão de anunciar e denunciar o que atrapalha o reino de Deus aconteça. O mundo é o que é devido às escolhas dos seus que podem ser boas ou más. É o livre arbítrio.

A liturgia bíblica deste domingo nos mostra alguns exemplos. No livro de Amós nos relata que após a morte do Rei Salomão, o Reino governado por ele dividiu-se em dois: Israel ao norte e Judá ao sul. Do lado de Israel era próspero com as classes bem favorecidas e contrastava com as classes mais pobres do povo. O templo era Jerusalém no sul que foi proibido das pessoas peregrinarem e devido  a isso criou-se o Templo de Betel.

O rei de Israel manipulava a religião para manter-se no poder. Para isso custeava os sacerdotes e os cultos solenes do templo em troca deveria ter o apoio político. Muitas vezes hoje acontece com algumas religiões que se firmam no apoio dos governantes.

Neste contexto do Norte, o profeta Amós foi enviado por Deus para denunciar as injustiças que ocorriam no norte cometidas pelo rei e pelos poderosos que dominavam os mais humildes. As suas palavras incomodavam os poderosos e o rei e devido isso sofre perseguição e rejeição. Devido a isso, Amós foi expulso do templo de Betel e assim o sacerdote disse a ele: "Sai daqui, vá para Judá… Come lá o teu pão e profetiza por lá..." e assim Amós deveria voltar para o Reino do sul.

O Profeta Amós responde que não é profeta de profissão e sim obediente a Deus.. isso é vocação que ele foi chamado  e assim respondeu: "Sou vaqueiro e eu cultivo figos silvestres. Mas o Senhor me tirou do rebanho e me ordenou: VAI PROFETIZAR o meu povo, Israel." O que mais nos chama atenção é que ele não se vende e nem fica presos às amarras do pode que muitas vezes exploram o povo, deixando na miséria e na dependência dos poderosos. (cf. Am 7, 12-15)

Na carta aos Efésios temos este lindo hino que exalta Deus no seu plano de salvação. Portanto nos mostra que Deus nos escolheu antes da criação do mundo nos fez ser seus filhos adotivos em Cristo. Isso é graça e bondade de Deus para conosco. (cf. Ef 1, 3-14)

O evangelista Marcos nos mostra como foi a missão dos apóstolos por Jesus. E assim foi, Jesus mandou os apóstolos de dois e dois. Deu recomendação. Ser simples aceitar o que serve. Deixar a paz do Senhor, mas se não for bem recebidos, sacode a poeira das sandálias e vai embora, e assim  voltando para si a paz que eles deram. 

Então é importante receber os missionários do Senhor. A missão é feita em nome da comunidade e ainda sincronizado com a fé da comunidade. Jamais é para ostentar e ou vangloriar da missão feita. A obra é de Deus. Cada missionário é ungido pelo poder de Deus, podendo libertar e nenhum perigo vai cometê-los. O importante é acolher o evangelho de Cristo que liberta. Deus levanta os oprimidos e dá dignidade a todos, principalmente aos pobres marginalizados. A condição de ter a graça de Cristo é crer e converter de todo coração a Deus. Cf. (Mc 6, 7-13)

Que esta liturgia nos ensina a sermos libertos e atentos à Palavra de Deus que salva e deve alimentar da eucaristia, levando uma vida de comunidade, procurando ser autêntico evangelizador, que todos possam abrir a Boa Nova de Cristo que traz libertação e salvação.

Tudo por Jesus, nada sem Maria. Servus Christi semper

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann

sábado, 6 de julho de 2024

Meios de comunicação europeus à prova da Inteligência Artificial

  Meios de comunicação europeus à prova da Inteligência Artificial



Realizou-se em Limassol, Ilha de Chipre, a Assembleia geral da União Europeia de Radiodifusão (Ebu), da qual a Rádio Vaticano também participou. O tema central do encontro foi “O papel dos meios de comunicação de serviço público em uma era de fortes polarizações e o impacto da Inteligência Artificial no mundo da comunicação”.

“Os meios de comunicação social de serviço público são chamados a desempenhar um papel, cada vez mais importante, na defesa do sistema democrático, em um período caracterizado por fortes polarizações na política e na sociedade”: eis a mensagem lançada em Limassol, cidade no sul de Chipre, acaba de se realizar a Assembleia geral da União Europeia de Radiodifusão, uma associação que reúne estações públicas de rádio e televisão da Europa. A Rádio Vaticano também estava presente, representada por Alessandro Gisotti, vice-diretor editorial do Dicastério para a Comunicação. Os trabalhos, inaugurados pelo Presidente da República Cipriota, Nikos Christodoulides, dedicou grande espaço ao impacto que a Inteligência Artificial (IA) poderá ter no domínio da informação e na profissão dos jornalistas e agentes de comunicação.

O diretor-geral da Ebu, o irlandês Noel Curran, destacou “a necessidade de estar atualizados sobre os processos de transformação tecnológica e observou: “Se, por um lado, devemos nos beneficiar desta nova tecnologia, por outro é urgente salvaguardar os valores da informação, a partir da busca da verdade, que poderá ser ameaçada, perigosamente, por um uso indevido da Inteligência Artificial. Durante o encontro de cúpula dos meios de comunicação social europeus, foi apresentado um relatório sobre a credibilidade do jornalismo na época da IA, que reitera: “A informação tem a tarefa insubstituível de narrar fatos e histórias de pessoas e comunidades. Os algoritmos, que ditam tempos e métodos das novas tecnologias, são baseados, exclusivamente, no cálculo das probabilidades”. Foi dedicada atenção especial também à questão da privacidade e das datas-bases que, hoje mais do que nunca, podem representar um risco para a liberdade das pessoas, se não for garantida a sua utilização correta e regulamentada.

O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, também interveio no evento de Limassol, confrontando-se com os participantes sobre os desafios que o surgimento de formações políticas populistas, resultados das últimas eleições europeias, colocam aos meios de comunicação de serviço público. A assembleia geral confirmou, por outro biênio, a presidência de Delphine Ernotte, que, desde 2015, é responsável pela France Télévisions. A próxima plenária da Ebu se realizará em Lausanne, na Suíça, no próximo mês de dezembro.

https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2024-07/assembleia-ebu-chipre-midia-europa-inteligencia-artificial.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

O Papa: democracia é resolver "juntos" os problemas de todos

 O Papa: democracia é resolver "juntos" os problemas de todos



Em vista da visita do Papa a Trieste, no domingo, 7 de julho, para a conclusão da 50ª Semana Social dos Católicos na Itália, o jornal 'Il Piccolo' publicou um texto inédito de Francisco. Trata-se de uma introdução a uma antologia de discursos e mensagens do Papa intitulada "No coração da democracia". O volume, editado pela Livraria Editora Vaticana e pelo "Il Piccolo", é distribuído gratuitamente no domingo como um suplemento do jornal. O livro tem uma introdução do cardeal Matteo Zuppi.

Papa Francisco

É com grande satisfação que uso essas palavras para apresentar este texto que o jornal "Il Piccolo" e a Livraria Editora Vaticana oferecem aos leitores em concomitância com a minha visita a Trieste por ocasião das Semanas Sociais.

A minha presença em Trieste, cidade com forte sabor centro-europeu devido à coexistência de diferentes culturas, religiões e etnias, coincide com o evento que a Conferência Episcopal Italiana organiza nesta cidade, as Semanas Sociais dos Católicos na Itália, dedicado este ano ao tema "No coração da democracia. Participar entre história e futuro".


Democracia, como bem sabemos, é um termo que se originou na Grécia antiga para indicar o poder exercido pelo povo por meio de seus representantes. Uma forma de governo que, embora tenha se espalhado globalmente nas últimas décadas, parece estar sofrendo as consequências de uma doença perigosa, o "ceticismo democrático". A dificuldade das democracias em assumir a complexidade do tempo presente - pensemos nos problemas da falta de emprego ou no paradigma tecnocrático avassalador - às vezes parece ceder ao fascínio do populismo. A democracia tem em si um grande e indubitável valor: o de estar "juntos", o fato de o exercício do governo se realizar no contexto de uma comunidade que se confronta livre e secularmente na arte do bem comum, que nada mais é do que um nome diferente para o que chamamos de política.

“Juntos” é sinônimo de “participação”. Pe. Lorenzo Milani e suas crianças já sublinharam isso na sua Carta magistral a uma professora: "Aprendi que o problema dos outros é igual ao meu. Sair disso juntos é política, sair sozinho é avareza". Sim, os problemas que enfrentamos pertencem a todos e dizem respeito a todos. O caminho democrático é discutirmos juntos e saber que só juntos esses problemas podem encontrar solução. Porque numa comunidade como a humana não se pode salvar-se sozinho. Nem o axioma de mors tua vita mea se aplica. Pelo contrário. Até a microbiologia nos sugere que o humano está estruturalmente aberto à dimensão da alteridade e do encontro com um “você” que está à nossa frente. O próprio Giuseppe Toniolo, inspirador e fundador das Semanas Sociais, foi um estudioso de economia que compreendeu muito bem os limites do homo oeconomicus, ou seja, daquela visão antropológica baseada no "utilitarismo materialista", como ele o definiu, que atomiza a pessoa, amputando a dimensão relacional.

Eu gostaria de dizer isto, pensando hoje no que significa o “coração” da democracia: juntos é melhor porque sozinho é pior. Juntos é bonito porque sozinho é triste. Juntos, significa que um mais um não é igual a dois, mas sim a três, porque a participação e a cooperação criam o que os economistas chamam de valor adjunto, ou seja, aquele sentido positivo e quase concreto de solidariedade que nasce da partilha e da concretização, por exemplo, no ambiente público, de questões sobre as quais encontrar convergência.

Em última análise, é na palavra “participar” que encontramos o significado autêntico do que é a democracia, do que significa ir ao coração de um sistema democrático. Num regime estatista ou dirigista ninguém participa, todos assistem, passivamente. A democracia, por outro lado, exige participação, a exigência de fazer a própria parte, de arriscar o confronto, de levar seus próprios ideais, as suas razões, para a questão. Arriscar-se. O risco é o terreno fértil onde germina a liberdade. Ao passo que ficar na sacada, parado na janela para ver o que está acontecendo ao nosso redor, não apenas não é eticamente aceitável, mas também, egoisticamente, não é sábio nem conveniente.

São muitas as questões sociais sobre as quais, democraticamente, somos chamados a interagir: pensemos num acolhimento inteligente e criativo, que coopera e integra as pessoas migrantes, um fenômeno que Trieste conhece bem por estar perto da chamada rota dos Balcãs; pensemos no inverno demográfico que afeta agora de forma generalizada toda a Itália e, em particular, algumas regiões; pensemos na escolha de políticas autênticas para a paz, que coloquem em primeiro lugar a arte da negociação e não a escolha do rearmamento. Em resumo, aquele cuidado pelos outros que Jesus nos indica continuamente no Evangelho como a atitude autêntica de ser pessoa.

De Trieste, cidade com vista para o Mar Mediterrâneo, um caldeirão de culturas, religiões e povos diferentes, metáfora da fraternidade humana a que aspiramos nestes tempos ofuscados pela guerra, possa brotar um compromisso mais convicto por uma vida democrática plenamente participativa e voltada para o verdadeiro bem comum.

Muitas vezes o missionário é rejeitado pelos seus

 Muitas vezes o missionário é rejeitado pelos seus



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando no dia 7/7, o 14º Domingo do Tempo comum. Deus sempre chama colaboradores para seu Plano de Salvação da humanidade. Muitas vezes somos instrumentos fracos e falhos, mas quem vai dar a força e a coragem é Deus. Ele capacita os seus escolhidos para serem sinais de amor, piedade, misericórdia e perdão. O mundo necessita de bons evangelizadores.

Hoje a liturgia dominical nos chama para três pessoas escolhidas. São pessoas que estão na missão e são rejeitados na terra. O mais importante é ver na fraqueza humana oportunidade para pedir a graça e a fortaleza de Deus como aconteceu com Paulo, o apóstolo.

Na liturgia deste domingo vamos encontrar três figuras importantes que foram rejeitadas e sofreram na missão. São eles: um profeta rejeitado pelo Povo, um “carpinteiro, filho de Maria, rejeitado pelos seus na sua terra e outro reconhece a sua fraqueza na missão. A missão é ser o porta voz de Deus. Ninguém fica só na missão quem dará a força e a graça é Deus.

No livro de Ezequiel (Ez 2, 2-5) nos revela a dificuldade na missão de profeta. O profeta relata o desprezo do povo sobre a sua missão. Mas quem acompanha na Missão é Deus e nada pode temer o seu ministério. Assim devemos ser e seguir. Hoje necessitamos de profetas corajosos e que procuram anunciar o Reino de Deus sem temor e denunciar tudo que tira a dignidade da pessoa humana.

Na Segunda Carta de Paulo aos Coríntios (2 Cor 12, 7-10) nos mostra Paulo  e ele reconhece que é Deus que atua na sua missão. E é Deus que dá força e manifesta o seu poder. E usa os instrumentos fracos e limitados, mas quem capacita e forma é o poder e a graça de Deus. Deus garante a Paulo, apesar do espinho que relata na sua carne, mas Jesus diz: "Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente".

O evangelista Marcos (Mc 6, 1-6) narra para nós a experiência de Cristo na sua terra. Jesus está em Nazaré, na sua terra natal. Lá esteve na sinagoga, ensinando o povo. A sua sabedoria é admirada pelo povo inclusive pelos milagres que Jesus fez, mas isso os deixa assustados pois reconheciam Nele o filho de Maria e do carpinteiro, portanto eles achavam que  Ele não podia ser o Messias esperado. O povo achava que ia vir um guerreiro como foi o Rei Davi ou um sábio como foi Salomão, mas não um pobre filho de carpinteiro.

O que é Deus se não simples e servidor como dizia o profeta Isaías. Eles não perceberam os sinais que a escritura já tinha falado.

Infelizmente o profeta é rejeitado na sua terra. Hoje as pessoas procuram Deus em Palácios e em pastores com holofotes da mídia, mas Deus vem no simples.

Neste século 21 já experimentamos a graça e a bondade de Deus a um servo que soube ouvir a voz de Jesus, sendo o missionário da internet e que fez dele um santo de jeans e de tênis, Beato Carlos Acutis que será proclamado Santo no dia 20/10.  

Se soubermos ouvir, receber a eucaristia e ter a Maria como oxigênio para a vida já estamos caminhando na estrada para o céu com Jesus nos dando força, graça, sabedoria, vivenciando o seu Evangelho com a nossa simples vida.  Jesus conta conosco e a felicidade é estar em comunhão com Ele. No céu estaremos com todos que souberam caminhar com Jesus na terra, sendo fiel na vida, testemunhando que Jesus é Salvador e Senhor da nossa vida.

 Jesus nos transforma para vivermos em santidade. que esta liturgia nos ajude a sermos missionários do Senhor em todas as situações e que não desanimemos diante do desprezo e nem das perseguições. que a graça de Cristo esteja conosco sempre. que a eucaristia seja o nosso alimento, a Palavra de Deus o nosso guia e Maria com a sua proteção de Mãe.

 Tudo por Jesus, nada sem Maria! Servus Christi semper!!!

 Jose B. Schumann Cunha