ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As nove virtudes do homem que agrada o coração de Deus

As nove virtudes do homem que agrada o coração de Deus QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2014, 7H31 MODIFICADO: QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2014, 8H24




São José será nossa fonte inspiradora para refletirmos sobre as nove virtudes que agradam o coração de Deus

Jesus Cristo é o Homem perfeito. Mas seu pai adotivo, José, foi quem O inseriu nos ofícios e dinâmicas deste mundo. Sem dúvida, Cristo nasceu com todo potencial, mas Deus Pai providenciou que José fosse o escolhido para ensinar ao Menino Jesus o que é ser homem. A masculinidade é aprendida, passada de geração em geração, nisso o menino ou o jovem tem de se esforçar, lutar para ser virtuoso. Por isso, São José será aqui nosso modelo e fonte inspiradora das nove virtudes do homem que agrada o coração de Deus.

As 9 virtudes do homem que agrada o coração de Deus
1- Casto
São José é conhecido na tradição da Igreja como modelo de castidade. Essa virtude dá ao homem o domínio de si mesmo e, portanto, liberdade interior. O homem de Deus precisa se exercitar na pureza para aprender a não ser arrastado por seus impulsos e assim conseguir optar por escolhas grandiosas.

2 – Honrado
Pela forma como se referem a Jesus, “o filho do carpinteiro” (cf. Mt 13, 55), nos dá a entender que a profissão de seu pai seria a referência de José na cidade onde moravam. Daí, podemos também supor que era fácil encontrá-los em Nazaré, sua oficina e sua casa, pois não precisavam se esquivar de ninguém. José tinha um bom nome, honrava seus prazos e sua palavra. O homem, segundo o coração de Deus, é honrado. Se ele promete, cumpre. Se errou, assume. Seu nome e sua reputação são como que a assinatura de sua pessoa como um todo, sua palavra é sempre de honestidade.

3 – Trabalhador
A mesma citação – “o filho do carpinteiro” (cf. Mt 13,55) – pode designar uma pessoa que é conhecida pelo seu ofício; trata-se, portanto, de um ótimo profissional. José era um trabalhador talentoso. O ser masculino tem uma inclinação natural a ter, no trabalho, também um sentido existencial. A impressão de que sua profissão é extensão dele mesmo.

Frequentemente, nas obras de artes – esculturas e pinturas –, vemos uma mulher posando (parada e expondo sua beleza) e os homens quase sempre em posição de movimento, fazendo algo. Não imaginamos um homem sem o trabalho!

4 – Lutador
Olhe o esforço de São José nos primeiros anos de vida do Menino Jesus para preservar a vida do Filho de Deus e Sua Mãe Maria. José renunciou a tudo o que já tinha para preservar os seus. O homem de Deus é um lutador. O Senhor convida Seus profetas, na Sagrada Escritura, e, constantemente, os coloca em luta contra um inimigo público, contra forças espirituais; Ele os ensina a batalhar por sua família, pelo seu povo e pela causa do Reino de Deus.

5 – Fiel
Sem dúvida, o fato de Maria, enquanto noiva de São José, ter ficado grávida, significou para ele uma grande prova. Papa Francisco disse a esse respeito: “Uma prova parecida com aquela do sacrifício de Abraão”, em ambos os casos, Deus “encontrou a fé que buscava e abriu um caminho de amor e felicidade” (22/12/2013). Um homem deve ser fiel, primeiramente a Deus, depois a sua mulher e família. As tentações passam, a fidelidade torna o homem forte de espírito. Seja fiel até o fim!

6 – Cavalheiro
Difícil não imaginar José como um cavalheiro. Mas alguns fatos podem nos fazer supor isso de forma um pouco mais concreta. Por exemplo, quando Jesus aos doze anos se perde no templo, é Maria quem indaga Jesus na frente dos homens magistrados, numa sociedade que não contava mulheres e crianças. Por que não foi José quem o fez? Talvez, porque a Mãe participasse de forma mais intensa do ministério de Cristo, e José entendeu isso.

O homem de Deus é cavalheiro, porque associa sua força e propensão a ter atitude com sensibilidade e percepção. É atento e gentil sempre, mesmo em meio à crise, e não só na hora que quer conquistar uma mulher.

7 – Magnânimo
“José, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente” (Mt 1, 19). Este versículo demonstra a essência do coração do esposo de Maria. Ao saber da gravidez de sua noiva, José, num primeiro momento, deve ter imaginado que ela o tivesse traído, e a lei dos judeus condenava à morte a mulher que assim procedesse. Entretanto, mesmo sentindo-se injustiçado, a intenção desse homem de Deus revela sua disposição em garantir a vida da pessoa que ele amava e de uma criança inocente, e para ele isso significaria renunciar à sua carpintaria (seu sustento), sua casa (o “desposado” cuidava de construir e mobiliar o futuro lar), seu bom nome, sua reputação na cidade e, quem sabe, assim comprometer seu futuro.

Magnanimidade é bondade de coração, mas está além disso, é indulgência com nobreza. É compadecer-se do outro até em suas entranhas. É ser fiel, dar perdão, assumir a miséria do outro e fazer o bem mesmo quando se recebe um mal. É ter amor para oferecer mesmo quando a outra pessoa não o merece. O homem magnânimo é um gigante interiormente, ele doa de si não somente o que possui – seus talentos, dons materiais  e espirituais –, mas se entrega por  inteiro, até sua própria vida se preciso.

Imagine Maria, sabendo de seu esposo que ele teve a intenção de renunciar tudo em sua vida por causa de amor por ela! Imagine o olhar de amor que ela direcionou a ele! Que linda prova de amor José deu a Maria!

Faço aqui uma observação: Em minha juventude, conheci rapazes que tinham dinheiro, carro, eram “boa pinta” e bem populares entre as meninas. Contudo, das pessoas da minha geração, percebo que as mulheres que estão realmente felizes hoje são aquelas que se casaram com os homens que, desde aquela época, demonstravam ter um coração bom. Toda mulher merece ter um homem bom ao seu lado; no fundo, é o que elas esperam. O homem de coração magnânimo é um sinal e um reflexo de Deus nesta terra.

8 – Servo
São José escolheu ser servo, primeiramente de Deus. Por meio dos sonhos que tinha (e sonhos são coisas corriqueiras), ele entendeu que ali estavam as ordens do Senhor, e que era necessário cumpri-las. José não ficou questionando se aquilo era fruto de sua emoção causada pelos fatos que estavam acontecendo. Em tudo José foi obediente a Deus.

Também foi o servo de sua família. A Bíblia diz, “mas a cultura judia coloca o homem como chefe de sua família” (cf. Ef 5, 23). O pai terreno de Jesus fez de sua autoridade um serviço para os seus. Não usurpou dessa sua posição para obter direitos e favores dos membros de sua família. Pelo contrário, sacrificou-se, renunciou de si em favor de sua esposa e seu filho.

O homem segundo o coração de Deus entende que toda e qualquer autoridade nesse mundo deve ser vista como uma responsabilidade de amar e edificar aqueles que estão sob seus cuidados, seja família, subordinados no trabalho ou o povo do Senhor. Mas, acima de tudo, está a vontade de Deus.

9 – Justo
Todas as virtudes acima podem ser vistas como desdobramentos desta última. A Palavra define José como Justo (cf. Mt 1, 19). O significado bíblico dessa palavra se refere àquele que cumpre e pratica a Lei, tanto no termo jurídico – a pessoa que é idônea perante suas obrigações civis –, mas também a Lei do Senhor. José era irrepreensível quanto ao cumprimento dos preceitos e ritos religiosos, mas os fazia por um ardente amor ao Senhor, e não por prestígio entre os homens.

O homem precisa encantar-se com a Palavra e a Lei eterna do Altíssimo, pois, se ele dá a Deus o que é de Deus, não lhe será pesado dar a César o que pertence a César. Ser justo é ser santo. O homem que agrada a Deus busca constantemente a santidade.

Peçamos a intercessão de São José, pois o mundo está precisando cada vez mais de homens que tenham a coragem de entregar a vida deles a Deus, deixarem-se ser conduzidos por Ele e, dessa forma, trazerem um pouco da alegria do céu para viver já aqui nesta terra.

São José, rogai por nós!

O que a Igreja diz sobre purgatório?

O que a Igreja diz sobre purgatório? QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2014, 6H44 MODIFICADO: QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2014, 7H29 

Se quem já morreu não pode fazer nada por si mesmo, o que os vivos poderão fazer por quem já se foi?

Se temos uma certeza a respeito da vida é que a morte um dia virá, ela é certa; cedo ou tarde nós nos depararemos com ela. O que nos consola como cristãos é a nossa fé na ressurreição. Jesus ressuscitou e com Ele todo aquele que n’Ele crer ressuscitará. Talvez, você já tenha se perguntado: “O que vai ser daquele meu parente ou amigo que faleceu? Ele era gente boa, porém, tinha uns pecados. Ele vai para o céu? E se eu morrer, mas não estiver “tão em Deus”, o que vai ser de mim?”.

O que a bíblia diz sobre o purgatório 940x500

O ideal é que morramos em Deus, sem pecados, e que tenhamos vivido a reconciliação com todos com amor e gratidão. Enfim, se morrermos em Jesus Cristo, na pureza e sem pecado, com certeza o céu será o nosso destino final, pois lá é a morada dos santos. Devemos, dia após dia, viver o anúncio de Jesus Salvador para alcançarmos a pátria eterna que, por misericórdia, Ele concede aos Seus filhos.

Parece impossível, não é? Mas muitos santos conseguiram, e eles eram pessoas como nós. De qualquer forma, se morrermos não tão santos ou com alguns pecados, a Igreja nos ensina sobre o Purgatório, o lugar da purificação final dos eleitos, daqueles que morreram em Deus, mas ainda precisam de purificação para chegar à glória dos céus.

Foi no Concílio de Florença e de Trento que se desenvolveu a fé no purgatório. Na Bíblia, há algumas passagens que falam desse fogo que purifica (I Cor 3,15; I Pd 1,7). O segundo livro do Macabeus 12,46 fala de Judas, que ofereceu sacrifícios em expiação dos pecados de falecidos. Quando se menciona Purgatório, não diz respeito aos condenados ao céu ou ao inferno, não se trata ainda de um lugar, mas de um estado onde é possível a purificação. Assim, como em nossas orações, preces, Missas e em nossos jejuns somos purificados, quem já morreu não pode fazer mais nada por si mesmo.

Se quem já morreu não pode fazer nada por si mesmo, o que os vivos poderão fazer por quem já se foi? Cremos na comunhão dos santos e no batismo que nos une a Cristo. Por meio de orações, sacrifícios e, principalmente, pela celebração da Santa Eucaristia pedimos pelos falecidos, por aqueles que partiram.

Por fim, irmãos, essa é a nossa fé católica. Vamos com muita confiança viver nossa vida cristã na busca constante e perseverante pela santidade. Vamos, com muita garra, anunciar Jesus Cristo como Senhor e Salvador, e orar por aqueles que partiram, por parentes e amigos falecidos. Vamos rezar também por aqueles que morreram esquecidos, perdidos ou abandonados, para que também sejam purificados pelo fogo do Senhor e cheguem ao Seu Reino.


Padre Marcio
Padre Márcio do Prado, natural de São José dos Campos (SP), é sacerdote na Comunidade Canção Nova. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cujo lema sacerdotal é “Fazei-o vós a eles” (Mt 7,12), padre Márcio cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista; e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO). Twitter: @padremarciocn

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Vaticano aprova processo de beatificação do 'anjo surfista'

Vaticano aprova processo de beatificação do 'anjo surfista'


O médico brasileiro Guido Schäffer, que oferecia atendimento médico e espiritual a pessoas de poucos recursos, morreu afogado em 2009


Guido Schäffer tinha 34 anos quando morreu. Ele trabalhava gratuitamente como médico no hospital Santa Casa da Misericórdia 
Foto: Divulgação
O Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação do médico brasileiro Guido Schäffer, um seminarista que se caracterizou por seu compromisso com as causas sociais e que morreu em 2009, aos 34 anos, quando praticava surfe, uma de suas paixões.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro, que postulou a candidatura do médico e surfista a beato, informou nesta segunda-feira em comunicado que recebeu do prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Ángel Amato, o "Nihil Obstat", um documento em que o Vaticano indica que não se opõe à abertura do processo de beatificação.

Agora será instalado "um tribunal para dar início aos trabalhos", segundo o comunicado da Arquidiocese, que enviou no último mês de maio ao Vaticano o pedido de concessão do "Nihil Obstat" junto com relatos da vida do candidato "que comprovam que viveu de acordo com as doutrinas da Igreja".

Schäffer é conhecido por alguns católicos cariocas como "o anjo surfista" por seu compromisso com as causas sociais e a luta contra a pobreza no Rio de Janeiro, assim como por sua paixão pela prancha de surfe, que não abandonou nem no seminário.

SAIBA MAIS
Papa Francisco anuncia beatificação de Paulo 6º
Episcopado inicia processo para solicitar beatificação de Dom Helder Câmara
Religiosa italiana Assunta Marchetti é beatificada em São Paulo
Papa inicia beatificação da brasileira Maria Teresa de Jesus Eucarístico
O médico, que oferecia atendimento médico e espiritual a pessoas de poucos recursos, morreu afogado no dia 1º de maio de 2009 após sofrer uma contusão na nuca quando surfava em uma praia do Rio.

Na época tinha 34 anos, trabalhava gratuitamente como médico no hospital Santa Casa da Misericórdia e estava a poucas semanas de ser ordenado como sacerdote.

"Sua história inspira cada vez mais outros jovens a seguirem o caminho de santidade sem deixarem de viver todas as coisas próprias da juventude", segundo a Arquidiocese do Rio.

fonte: www.terra.com.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Papa destaca três pontos fundamentais para todo seminarista

Papa destaca três pontos fundamentais para todo seminarista SEGUNDA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2014,


Em mensagem enviada aos seminaristas, Papa Francisco esclarece três pontos sobre os quais todo futuro padre deve refletir para colocá-los em prática

Da redação, com news.va

seminaristas_franca_capaO sacerdócio não é um ministério a ser vivido solitário e tampouco de modo individualista, afirmou o Papa Francisco em mensagem ao seminaristas franceses, que iniciaram no sábado, 8, uma peregrinação a Lourdes.

Na mensagem divulgada nesta segunda-feira, 10, pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Santo Padre esclarece os três pontos fundamentais sobre os quais todo futuro presbítero deve refletir para poder traduzi-los na prática.

O primeiro diz respeito à “fraternidade”. A fraternidade dos discípulos “expressa a unidade dos corações, é parte integrante do chamado que vocês receberam”, afirma o Santo Padre, que acrescenta logo em seguida: “O ministério sacerdotal não pode, de modo algum, ser individual e tampouco individualista”.

No seminário, escreve o Pontífice, “vocês vivem juntos para aprender a se conhecerem, a estimar-se, a ajudar-se, por vezes também suportar-se”, por isso – frisa –, “convido-os a aceitar este aprendizado da fraternidade com todo o ardor de vocês”.

Segundo ponto, a “oração”. A imagem evocada é a do Cenáculo, onde os discípulos rezam com Maria à espera do Espírito Santo. Disso, se deduz que na base da formação de vocês, ressalta o Papa Francisco, “está a Palavra de Deus, que chega ao íntimo de vocês, os alimenta, os ilumina”.

Portanto, aconselha o Papa aos seminaristas, tenham “todos os dias longas horas de oração” e “deixem que a oração de vocês seja um convite ao Espírito”, do qual depende a construção da Igreja, o guia dos discípulos e o dom da “caridade pastoral”. Desse modo, assegura o Pontífice, indo àqueles aos quais são convidados, poderão ser aqueles “homens de Deus” que o povo quer que os sacerdotes sejam.

Por fim, o terceiro ponto, a “missão”. Os anos de seminário, indica o Papa Francisco, não são senão uma preparação com o “único objetivo” de tornar-se discípulos “humildes” capazes de “preferência pelas pessoas mais marginalizadas”, aquelas das “periferias”.

“A missão é inseparável da oração, porque a oração abre ao Espírito e o Espírito os guiará na missão. E a missão – escreve ainda o Papa –, cuja alma é o amor, é a de levar aqueles que encontrarão a acolher a ternura” de Cristo, mediante os Sacramentos.

domingo, 9 de novembro de 2014

O verdadeiro cristão não tem medo de sujar as mãos

O verdadeiro cristão não tem medo de sujar as mãos

O Papa, em Santa Marta, critica os "cristãos de meio caminho" que simplesmente condenam os outros e elogia aqueles que, como Cristo, vai "aonde tem que ir" sem medo de perder a sua comodidade

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, 06 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Na missa hoje em Santa Marta, o Papa parecia falar de si mesmo, descrevendo a figura do cristão que "não tem medo de sujar as mãos com os pecadores", mesmo que isso signifique "a arriscar sua fama". Parecia também que respondia às críticas sobre alguns de seus comportamentos considerados ‘pouco ortodoxos’.

Mas, Jesus mesmo não teve um tratamento melhor: fariseus e escribas ficavam chocados ao vê-lo receber os pecadores e comer com eles: "era um verdadeiro escândalo naquele tempo... Imaginemos se naquele tempo existissem os jornais”, observa o Santo Padre.

Por esta razão, Cristo conta as parábolas da ovelha perdida e da moeda perdida, narradas no Evangelho de Lucas da liturgia de hoje. Essas explicam claramente o motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo, ou seja, para "procurar aqueles que se afastaram do Senhor.”

As duas parábolas também nos mostram “como é o coração de Deus": um Deus que "não para, não vai só até certo ponto, mas vai até o fundo, vai ao limite; não para no meio do caminho da salvação, como se dissesse: "Eu fiz tudo, agora o problema é deles". Ele sempre vai, sai, vai até o campo."

O oposto dos escribas e fariseus, que ficam "no meio do caminho", porque não estavam interessados no bem do povo, mas no "balanço das perdas e ganhos mais ou menos favoráveis". E continuavam tranquilos: "Sim, sim, eu perdi três moedas, perdi dez ovelhas, mas ganhei muito".

Tal raciocínio "não entra na cabeça de Deus", disse o Papa, simplesmente porque "Deus não é um negociante," Ele "é Pai" e, como tal, salva seus filhos até o fim.

Pensando nisso, é muito "triste" - observou Bergoglio - que o pastor, chamado a seguir o exemplo do Senhor, fique "no meio do caminho". "É triste o pastor que abre a porta da Igreja e fica ali esperando". Como é "triste" ver um cristão "que não se sente dentro, no coração, a necessidade de contar aos outros que o Senhor é bom".

Porque, devemos admitir, disse o Papa, alguns "não querem sujar as mãos com os pecadores". Eles são como os fariseus "que se crêem justos", apesar de ter um coração cheio de "perversão" e "desprezo". Como é demonstrado pelas suas palavras: "Bem, se ele fosse profeta, saberia que ela é uma pecadora". Eles costumavam “usar as pessoas e depois as desprezavam.”

 Portanto, a conclusão é clara: "Ser um pastor pela metade é uma derrota", afirmou Francisco. "O verdadeiro pastor, o verdadeiro cristão" deve ter “o coração de Deus, ir até o limite"; deve ter este “zelo interior para que ninguém se perca”. E por isso “não tem medo de sujar as mãos".

O Bom Pastor "não tem medo”. Ele vai “aonde precisa ir; arrisca sua vida, sua fama, arrisca perder sua comodidade, seu status, até mesmo perder sua carreira eclesiástica, mas é bom pastor". E vai adiante, continua Bergolio, "sai, está sempre em saída: de si mesmo, rumo a Deus, na oração, na adoração"; sai "rumo aos outros para levar a mensagem de salvação".

"Os cristãos devem ser assim", observou o Papa, ou seja, pastores que se preocupam com o seu rebanho, que não escolhem o caminho mais fácil de "condenar os outros", como faziam os publicanos. Porque "essas pessoas não sabem o que é alegria". Os “fariseus não sabiam o que significa carregar a ovelha sobre os ombros, com ternura, e reconduzi-la a seu lugar, junto às outras”.

“O cristão e o pastor do meio do caminho talvez conheçam a diversão, a tranquilidade, mas não a verdadeira alegria que vem de Deus, que vem para salvar”, insiste o Santo Padre. “O Filho de Deus vai ao limite, dá a vida pelo outros, como fez Jesus”.

“É belo, concluiu o Papa, não sentir medo de quem fala mal de nós para encontrar os irmãos e irmãs que estão distantes do Senhor”. 

"É melhor brigar do que falar por trás, diz o Papa aos religiosos"

"É melhor brigar do que falar por trás, diz o Papa aos religiosos"

O Papa convida os participantes da assembleia da Conferência Italiana de Superiores Maiores a serem francos. Destaca também a importância da vida fraterna em uma sociedade individualista

Por Federico Cenci

ROMA, 07 de Novembro de 2014 (Zenit.org) - Ao invés de falar por trás, é melhor que dois religiosos briguem. Com a sua habitual franqueza, o Papa Francisco falou, na manhã de hoje, aos participantes da assembleia da Conferência italiana de Superiores Maiores, concluída hoje em Tivoli.

O Santo Padre iniciou o seu discurso ressaltando o importante papel que desempenham os religiosos para fazer "atratividade" a Igreja. "Ante o testemunho de um irmão e de uma irmã que vive verdadeiramente a vida religiosa, as pessoas se perguntam 'o que é isso?’, ‘O que leva essa pessoa além do horizonte mundano?’”, disse o Papa.

Essas perguntas das pessoas nascem da percepção de radicalidade que caracteriza o religioso, mas que – destacou o Pontífice – “é exigida de cada cristão”. No entanto, os religiosos devem fazer desta "radicalidade" um "testemunho profético", que "coincide com a santidade". O Santo Padre explicou, portanto, que "a verdadeira profecia nunca é ideológica, não está de 'moda', mas é sempre um sinal de contradição, segundo o Evangelho, assim como era Jesus”, porque desorientou “as autoridades religiosas do seu tempo".

Jesus Cristo que, acrescentou o Papa sobre a missão dos religiosos, deve estar sempre no centro. "Todo carisma para viver e ser frutífero é chamado a descentralizar-se, para que no centro esteja apenas Jesus Cristo", disse. Usando uma alegoria eficaz, Francisco acrescentou: "O carisma não deve ser armazenado como uma garrafa de água destilada, deve ser frutificado com coragem, comparando-o com a realidade presente, com as culturas, com a história, como nos ensinam os grandes missionários das nossas instituições”.

Esta simbiose com a realidade é sublimada pelo sinal de uma "vida fraterna", à qual são chamados os religiosos. Daqui pra frente, improvisando, a passagem mais evocativa do discurso do Papa, que perguntou: "Mas por favor, que não exista entre vocês o terrorismo das fofocas, hein! Joguem isso fora! Que haja fraternidade! E se você tem algo contra o seu irmão, diga-o na cara... Algumas vezes vai acabar em socos, não é um problema: é melhor isso do que o terrorismo das fofocas”.

É fundamental a mensagem que a vida consagrada pode oferecer à sociedade, porque “hoje a cultura dominante é individualista, centrada nos direitos individuais". Trata-se de “uma cultura que corroi a sociedade a partir da sua célula primária que é a família”. É por isso que “a vida consagrada pode ajudar a Igreja e toda a sociedade dando testemunho de fraternidade, que é possível viver juntos como irmãos na diversidade”.

Tal convivência entre pessoas “diferentes e caráter, idade, formação, sensibilidade” nem sempre dá certo, “mas – acrescentou o Papa – dá pra reconhecer que se errou, se pede perdão e se oferece o perdão”. Perdão que “faz bem para a Igreja: faz circular no corpo da Igreja a linfa da fraternidade. E faz bem também para toda a sociedade”.

Para alimentar esta fraternidade, o Papa faz, então, o apelo: “A cada dia temos que colocar-nos nesta relação, e o podemos fazer com a oração, com a Eucaristia, com a adoração, com o Terço – explicou -. Assim, nós renovamos a cada dia o nosso ‘estar’ com Cristo e em Cristo, e assim nos colocamos nessa relação autêntica com o Pai que está nos céus e com a Mãe Igreja, a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica, e a Mãe Maria”. O Papa Francisco concluiu assim: “Se a nossa vida se coloca sempre novamente nestas relações fundamentais, então, estamos prontos para realizar também uma fraternidade autêntica, uma fraternidade testemunhal, que atrai”.

A criança e a boa informação

A criança e a boa informação

Crianças participaram da confecção de cartazes e pintaram uma bandeira do Brasil em frente ao gramado do Congresso (Foto: Wilson Dias / Agência Brasil)



A criança está mergulhada em um mundo de informação que vem até a ela através da mídia, dos celulares, da propaganda e do mercado da indústria cultural. Isso a coloca em um meio que não permite pensar, refletir e questionar, pois ela é frágil e fácil de ser manipulada. As propagandas a induz ao consumo, ao erotismo e a violência.

A sociedade parece anestesiada diante desta enchente de publicidade que atinge de cheio a mente da criança que não tem como se defender. Cabe a nós que temos a responsabilidade pela formação e informação aos jovens e às crianças para que haja uma publicidade que não vise apenas consumismo deles, mas que respeite valores éticos, morais e humanos.

Assim, com certeza, se tornarmos guardiões de boas informações e difusão de uma propaganda que sejam preservadas as crianças para que elas sejam desenvolvidas em plenitude para que cheguem na idade adulta capazem de ter boas escolhas para a liberdade plena delas.

Portanto, se quisermos um Brasil justo e melhor, cuidemos de todos para que a publicidade seja um aliado a pessoa e não meio de decadência dela, e para que as crianças sejam realmente preservadas de todo maleficio do uso da propaganda.


Viva o Brasil, viva as nossas crianças!!!
( Jose Benedito Schumann Cunha)

Precisamos de pontes, não de muros, diz Papa Francisco DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014,

Precisamos de pontes, não de muros, diz Papa Francisco DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014

No Angelus deste domingo Papa recordou os 25 anos da queda do Muro de Berlim e a festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão

Da redação, com Rádio Vaticano

angelusNeste domingo, 9, dia que recorda a queda do Muro de Berlim, há 25 anos, o Papa Francisco lançou um apelo no Angelus na Praça São Pedro, a fim de que caiam “todos os muros que ainda dividem o mundo”.

“25 anos atrás, 9 de novembro de 1989, caia o Muro de Berlim.” O Santo Padre ofereceu a sua leitura do que se deu com a queda do que definiu “símbolo da divisão ideológica da Europa e do mundo inteiro”:

“A queda deu-se inesperadamente, mas foi possível devido ao longo e cansativo empenho de tantas pessoas que lutaram, rezaram e sofreram por isso, até o sacrifício da vida. Entre esses, o santo Papa João Paulo II teve um papel de protagonista.”

Francisco aproveitou a ocasião para pedir o fim de todos os muros que ainda hoje dividem os povos com o cimento de outras formas de discriminação:

“Rezemos a fim de que, com a ajuda do Senhor e a colaboração de todos os homens de boa vontade, se difunda sempre mais uma cultura do encontro, capaz de derrubar todos os muros que ainda dividem o mundo, e não mais aconteça que pessoas inocentes sejam perseguida e até mesmo mortas por causa de seu credo e de sua religião. Onde há um muro, há fechamento de coração! Precisamos de pontes, não de muros!”

Dedicação da Basílica de São João de Latrão

A exortação do Papa está estreitamente unida à reflexão que fez antes da recitação do Angelus sobre a Dedicação da Basílica de São João de Latrão, celebrada pela Igreja neste domingo.

angelus_povo

O Santo Padre ressaltou que o sentido espiritual desta festa está na “unidade” que tal Basílica representa para todas as comunidades cristãs enquanto sede originária “do Bispo de Roma”.

O Papa Francisco observou que justamente “a comunhão de todas as Igrejas por analogia nos estimula a empenhar-nos a fim de que a humanidade possa superar as barreiras da inimizade e da indiferença, a construir pontes de compreensão e de diálogo, para fazer do mundo inteiro uma família de povos reconciliados entre si, fraternos e solidários.”

São necessários tijolos para construir uma igreja, explicou ainda o Pontífice, mas é preciso uma alma para que esses “tijolos” tomem vida na vida dos cristãos, “pedras vivas” chamadas ao dever da “coerência”:

“E não é fácil – sabemos todos nós –, a coerência na vida entre a fé e o testemunho; mas devemos seguir adiante e fazer em nossa vida esta coerência cotidiana. ‘Este é um cristão!’, não tanto por aquilo que diz, mas por aquilo que faz, pelo modo como se comporta. Essa coerência, que nos dá vida, é uma graça do Espírito Santo que devemos pedir.”

A Igreja, concluiu o Papa, “é chamada a ser no mundo a comunidade que, radicada em Cristo por meio do Batismo, professa com humildade e coragem a fé n’Ele, testemunhando esta fé na caridade”. Mas o “essencial”, repetiu fazendo lembrar o Apóstolo Paulo, é “testemunhar a fé na caridade”.

Santo Padre pediu mais uma vez que rezem por ele e a todos concedeu a sua Bênção apostólica

Latrão: "O Novo Templo" , um sinal visível para nós

Latrão: "O Novo Templo" , um sinal visível para nós

 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje o 32º Domingo do Tempo Comum. Estamos quase no final do ano litúrgico e é hora de valorizar a Igreja como povo de Deus e o Templo onde os cristãos se encontram para louvar e adorar o Senhor juntamente com todos os cristãos. Estamos celebrando a "dedicação" (ou consagração) da Basílica São João de Latrão.

Ela é a primeira catedral. Onde está a Catedral do Papa, que é o bispo de Roma. Sabemos que a Igreja-Mãe de todas as igrejas do mundo. Sabemos pela historia da Igreja que foi  lá que realizou cinco Concílios Ecumênicos. Esta festa é propicia para todos católicos e tem um grande valor  de simbologia, onde a Igreja de Deus está representada pela Basílica de Latrão. Ela está no meio desse mundo, como morada de Deus e torna-se um testemunho vivo eloquente na caminhada dos homens.

As leituras bíblicas nos falam do Templo, tanto no sentido material e como espiritual. É muito importante ter essa compreensão. Estamos na Igreja e também formamos a Igreja viva.

No livro do Profeta Ezequiel nós temos a visão do profeta que relata para nós que uma água que sai do Templo, gerando vida onde ela passava. Aqui há um contexto histórico onde o Povo de Deus se encontrava exilado na Babilônia, que é um lugar longe de Jerusalém e do seu templo que estava destruído. Agora há uma esperança de algo novo para o povo, pois a água que se jorra do templo é sinal de vida nova para o Povo de Deus. Quem oferece isso é o próprio Deus, pois Ele é a fonte de vida em abundância e libertação do Povo que quer ser fiel a Ele. (cf. Ez 47,1-2.8-9.12)

São Paulo, na sua carta aos coríntios, faz uma afirmação que nós somos o Templo de Deus, isto é morada do Espirito Santo. Isso nos faz pensar e refletir do nosso papel de cristão no mundo onde devemos ser sinal vivo de Deus e testemunha eloquente da salvação que Deus nos dá diante de todos nesse mundo. Não podemos estar acuado diante do mal, da violência e dos contra valores cristãos, mas corajosos no agir do bem na fé em Cristo, nosso Salvador. (cf. 1Cor 3,9c-11.16-17)

No Evangelho de São João, Jesus se apresenta como o NOVO TEMPLO. Assim Ele nos fala: "Destruí este templo e em três dias eu o reerguerei... Falava do templo do seu corpo". Nós sabemos pela história que, no tempo de Jesus, o Templo se desvirtuou da sua finalidade, transformado em um lugar de comercio, instrumento de exploração pelos que tinham poder religioso da época para obter lucros e benefícios pessoais. Jesus não concordou com isso, Ele libertou a casa de Deus desse mal, então Ele agiu de modo violento diante desse quadro desumano, cruel e de exploração dos homens, principalmente dos mais pobres e dos mais fracos da sociedade daquela época. Nós sabemos que o templo tinha um significado para o povo de Deus que era a residência de Deus, isto é um lugar onde Deus se faz presente no meio do Povo. É Nele que Deus se fez carne e montou a sua tenda entre nós. Jesus é a pedra fundamental que sustenta a Igreja Dele no mundo. As pedras vivas do Templo são os apóstolos e todos nós que cremos que Cristo é o Senhor e Salvador da humanidade. (Jo 2,13-22)

Que esta liturgia nos ajude a entender e compreender que pertencemos a Igreja de Cristo, e também somos a Igreja, onde Jesus é a sua  a cabeça . Nós somos os membros dela e devemos crescer em santidade harmoniosamente com todos sintonizados em Cristo. A Igreja toda deve ser santa porque a cabeça, que é Cristo, é santa. Agora não há mais ofertas e sim o próprio Cristo, o cordeiro de Deus que se imola em cada Eucaristia em que participamos. Sejamos então Igreja viva que resplandece a vitória do nosso Deus da Vida em nosso agir na família, na vida e no mundo. Amém

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Maria, mater Dei ora pronobis!!!


Jose Benedito Schumann Cunha (graduado em Filosofia e Bacharel em Teologia)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

"É tão feio um cristão hipócrita. Tão feio..."

"É tão feio um cristão hipócrita. Tão feio..."

Em Santa Marta, o Papa critica os cristãos apegados à lei que se esquecem da justiça e do amor

Por Salvatore Cernuzio

ROMA, 31 de Outubro de 2014 (Zenit.org) - Em seu longo e profundo discurso no final do Sínodo, o Papa Francisco, listando as várias tentações da Igreja, falou sobre o "enrijecimento hostil" ou "querer se fechar na lei e não se deixar surpreender por Deus.”

Um conceito que, aparentemente, não foi totalmente compreendido visto que ainda hoje, na Missa em Santa Marta, o Papa teve que explicar novamente que não é possível se definir "cristão", se você está tão preso à lei, que esquece a justiça e o amor de Deus.

A demonstração concreta das palavras do Papa é o episódio narrado no Evangelho de hoje, quando Jesus pergunta aos fariseus se é lícito curar aos sábado. Eles nem sequer respondem, então, Cristo toma um doente pela mão e o cura.

Confrontados com a verdade, os fariseus se calam, mas “tramavam contra Ele por trás", disse o Papa. Jesus repreende essas pessoas “tão presas à lei” a ponto de “esquecerem a justiça”. “Este modo de viver pela lei os afastava do amor e da justiça. Preocupavam-se com a lei, mas ignoravam a justiça, ignoravam o amor.”

Cristo os chamava severamente de "hipócritas", porque, explica o Papa, "de um lado vão em busca de proselitistas... procuram. Depois? Fecham a porta". São homens de “fechamento”, homens "tão presos ao rigor da lei, mas não à lei, porque a lei é amor”. Sempre “fechavam as portas da esperança, do amor, da salvação... homens que só sabiam fechar."

Em vez disso, o "caminho para ser fiel à lei, sem esquecer a justiça, sem esquecer o amor" é o "inverso", como afirma São Paulo na Carta aos Filipenses: o caminho do "amor" à lei.

Este é o caminho que nos ensina Jesus, "totalmente oposto" ao dos doutores da lei. Um caminho que "conduz a Deus", leva à "santidade, à salvação, ao encontro com Jesus", afirma o Papa.

O outro leva a uma santidade, mas diferente: "àquela santidade entre aspas das aparências", observa Francisco, feita de "fechamento", "egoísmo", "soberba de sentir-se justo". Santidade, em suma, do tipo que Jesus repreende: "Mas vocês gostam de se mostrar como homens de oração, de jejum... mostrar-se, não".

Então, são dois caminhos. Se você não tiver certeza, tranquiliza o Pontífice, há “pequenos gestos de Jesus que nos faz compreender o caminho do amor ao pleno conhecimento e ao discernimento". E acrescenta: "Ele nos pega pela mão e nos cura", "se aproxima" e a proximidade "é a prova de que nós caminhamos na verdadeira via."

Deus escolheu nos salvar justamente pela proximidade. Ele, disse o Papa, “aproximou-se de nós, fez-se homem. A carne de Deus é o sinal da verdadeira justiça. Deus que se fez homem como um de nós, e nós que devemos nos fazer como os outros, como os necessitados, como os que precisam de nossa ajuda". A carne de Jesus é "a ponte que nos aproxima de Deus", “não é o rigor da lei". "Na carne de Cristo, a lei se realiza" e "é uma carne que sabe sofrer, que deu sua vida por nós."

"Que esses exemplos – conclui o Santo Padre - esse exemplo de proximidade de Jesus, do amor à plenitude da lei, nos ajudem a jamais cair na hipocrisia", porque "é tão feio um cristão hipócrita. Tão feio. Que o Senhor nos salve disso."