ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 9 de maio de 2021

Jesus nos pede: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”

 Jesus nos pede: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”




Queridos irmãos e irmãs, a liturgia deste domingo nos convida a contemplar o amor de Deus manifestado de modo admirável na pessoa humana de todos os tempos. Deus se torna real em Jesus Cristo nos seus gestos e nas palavras que ele fez no dia a dia da sua vida pública. Sabemos que os discípulos foram as primeiras testemunhas e missionários dele no mundo. Pelo nosso batismo devemos ser o missionário da palavra e com gestos de amor.

 

No livro dos Atos dos Apóstolos, vemos a gratuidade da salvação de Deus, pois um pagão recebeu a Palavra de Pedro, aceitou, creu no nome de Jesus e pediu o Batismo, assim toda a família foi batizada. Deus quer entrar em cada coração humano, transformando a vida em algo extraordinário na simplicidade de uma flor e na beleza de um jardim florido (cf. At 10,25-26.34-35.44-48)

 

Na primeira carta de João nos afirma de modo pleno que Deus é amor e isso foi concretizado em Cristo. Durante toda a História da nossa salvação Deus esteve ao nosso lado, nos confortando e nos levantando nas quedas. Deus jamais abandonou seu povo sofrido e marginalizado no sistema político religioso e econômico social. O amor de Deus deve estar encarnado no coração do homem para ser o bálsamo que ajuda, consola e solidariza com rodos, principalmente com os, mas desvalidos de nossa sociedade. Infelizmente pelas nossas atitudes egoístas, moralistas e tradicionais, muitas vezes transmitimos um Deus diferente do que Ele é, e isso faz com que muitos não querem Deus desses tipos de religiosidade que mais atrapalham do que ajudam as pessoas. (cf. 1 Jo 4,7-10)

 

O evangelista João mostra Jesus orientado os seus discípulos para o caminho que devia percorrer no mundo para testemunhar que o amor de Deus é infinito no meio dos homens e a sua misericórdia se estendem a todos que o querem.

 

O contexto é a última ceia de Jesus como os apóstolos, aqui está o discurso da despedida de Jesus antes de ser preso, de ser maltratado e ser cruelmente morto na cruz. Jesus chama os discípulos de amigos, pois eles já sabem quem é Jesus e a sua realidade de autenticidade que se fez nos seus gestos e atitudes. Jesus não se mistura com os gananciosos e nem com os poderosos daquele tempo para tirar vantagens e dominar o povo. Hoje vemos que muitos usam da religião e da política para manipular e ter um povo sem iniciativa e passivo diante de tantas dificuldades, achando que tudo é normal e natural e ainda pior achando que nasceram para sofrer e se pobres sem solução.

 

Agora mais do que nunca precisamos de missionários autênticos que misture com o povo sendo um Cristo para dar palavra de esperança e lutar por melhorias, gritando aos telhados que a injustiça mata e destrói a humanidade toda.

Jesus nos pede para ser autênticos missionários sem placas de religião, mas sendo um bom samaritano em lugar a onde mais necessitam de nossa ajuda. O Papa Francisco nos pede para ser a Igreja de saída que leva Jesus vivo como Ele é para todos.

 

É Jesus que nos chama e nos envia e nos capacita para a missão, e deste modo acreditamos que Ele estará conosco para que a sua Palavra que tudo transforma esteja em todos os cantos da terra. (cf. Jo 15,9-17)

 

No Regina Coeli deste domingo Francisco reafirmou que “amar como o Senhor nos ama significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse”. Ainda nosso Papa falou: “Estes caminhos enganosos de “amor” – continuou o Papa, nos afastam do amor do Senhor e nos levam a nos tornarmos cada vez mais egoístas, narcisistas e prepotentes.

“E a prepotência leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer a pessoa amada sofrer. Penso no amor doentio que se transforma em violência - e em quantas mulheres são vítimas disso hoje em dia das violências. Isto não é amor”.

Amar como o Senhor nos ama – destacou Francisco - significa apreciar a pessoa que está ao nosso lado e respeitar sua liberdade, amá-la como ela é, não como queremos que fosse; como é, gratuitamente.” (Cf. https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2021-05/papa-colocar-se-disposicao-dos-outros-amando-regina-coeli.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT)

 

“Em última análise, Jesus nos pede para permanecermos no seu amor, para habitar em seu amor, não em nossas ideias, não no culto de nós mesmos; quem habita no culto de si mesmo, habita no espelho...Sempre a olhar-se. Pede-nos para sair da pretensão de controlar e administrar os outros. Não controlar, mas servir. Mas abrir o coração aos outros, isto é amor, doar-se aos outros”.

Que esta liturgia nos ajude a sermos agentes do amor verdadeiro que está no nosso coração e que esse amor de Deus seja transborda como aroma e perfume que irradiam em todos os lugares que estivermos atuando. Deus abençoe a todos.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 10 de abril de 2021

 A Comunidade do Ressuscitado somos todos nós




Queridos irmãos e irmãs, estamos no 2º Domingo da Páscoa e é uma celebração que nos lembra da comunidade nova do Ressuscitado, pois nós somos convidados a fazer parte dela  pela Fé em Cristo na Igreja que Ele deixou nas mãos de Pedro e seus sucessores. E também, celebraremos a Festa da Divina Misericórdia.

No Livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas descreve de modo pleno como é a comunidade ideal que o cristão está inserido. Uma comunidade dos que creem em Cristo vivo no meio de nós. Ser cristão é ser unido com todos e não pode ter divisão e nem separação, pois o que deve ter é a partilha, solidariedade, perdão e compromisso. Não podemos ser individualistas e nem querer ser notados, mas sim viver o amor de Cristo autenticamente na comunidade.

"Tudo entre eles era posto em comum, entre eles ninguém passava necessidade". Isso deve ser uma regra entre os cristãos e todos no mundo. Hoje vivemos a pior Pandemia do século, LOCKDOWN, pessoas perdendo emprego, diminuição de salários que já são muito defasados, os informais sem poder fazer o seu trabalho devido às restrições, o sistema de saúde precário e famílias enlutadas pelos milhares de mortes. Tudo isso deve ser um desafio para todos para buscar saída, solução e ajuda a quem está precisando. (cf. At 4, 32-35)

Na primeira carta de João, nos fala algo importante sobre a Páscoa do Senhor que acontece em nós quando amamos a Deus, fazendo a sua vontade e obedecendo os seus mandamentos. Deste modo estaremos seguindo Jesus na comunidade e sendo participante de uma nova realidade que nós podemos construir unidos com todos os irmãos. (cf. 1Jo 5, 1-6)

O evangelista João nos fala que a Páscoa continua acontecendo quando estamos em comunidade, enfrentando os medos e vivendo a solidariedade e partilha com todos. A fé em Cristo que temos tem que ser vivida em comunidade. Na Igreja, somos reunidos em torno do altar do Sacrifício de Cristo que se renova em cada missa e na mesa da Palavra que nos alimenta e nos fortalece está com o Ressuscitado e com todos os irmãos. Somos uma nova criação através do sopro do Espírito Santo dado aos apóstolos e a todos nós.  A Igreja nos dá os sacramentos necessários para nossa salvação.

A Igreja recebe o poder de nos perdoar em nome de Deus e ela nos envia para a missão nesse mundo tão carente de Deus e assombrado com essa pandemia.

Um apóstolo, Tomé, não estava e não acreditou nos testemunhos dos outros apóstolos que viram o Senhor Ressuscitado, mas queria a prova que Jesus está vivo e queria tocar nas chagas Dele para a comprovação que Jesus está realmente entre nós. Quando todos estavam juntos, inclusive Tomé, Jesus aparece e deseja a Paz e fala a Tomé olha e toca as minhas chagas, pois sou eu. Desse modo Tomé acredita e diz Senhor, meu Deus. Jesus elogia quem não precisa ver fisicamente Jesus, mas fé que Ele vive em nosso meio. Vamos reconhecer Jesus quando estamos em comunidade, pois Jesus é centro da Igreja. (cf. Jo 20,19-31)

Que esta liturgia nos ajude a ter mais fé e perseverar na Palavra e na Eucaristia que participamos e vivemos para que esse mundo seja uma grande família de irmãos e irmãs que querem que a realidade de morte e de pecado seja transformado em vida e na graça de Deus até participarmos da nossa Páscoa definitiva no céu.

José B. Schumann Cunha

domingo, 4 de abril de 2021

Jesus ressuscitou! A Páscoa é a vitória da vida

Jesus ressuscitou! A Páscoa é a vitória da vida


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, Hoje celebramos o Domingo de Páscoa, Jesus ressuscita e a vida vence a Morte. É essa esperança que enche o coração de todos cristãos. Este domingo é importante porque gera todos os outros domingos que vamos participar. Cada Domingo se renova o Sacrifício Pascal de Cristo. Domingo do Senhor ou Dominus Dei é a liturgia que nos introduz na Mesa da Palavra e na Mesa da Eucaristia do Cristo Ressuscita no meio de nós.

Vamos entender melhor a liturgia bíblica deste domingo, lendo, escutando com atenção e meditando toda verdade de nossa fé.

No Livro dos Atos dos Apóstolos narra Pedro na Casa de Cornélio e aqui expor o Kerigma, anunciando que Jesus é o ungido do Pai e ele durante sua caminhada na terra, na sua vida pública, fez muito bem, curou os doentes e fez muitos milagres. Jesus libertou os oprimidos e os que estavam à margem da sociedade. A sua morte na cruz e a ressurreição selam definitivamente uma nova aliança que é de vida eterna para todos. Hoje podemos morrer, mas se cremos em Jesus estaremos ressuscitados com Ele no céu e isso é Páscoa.

Após o anúncio, toda a família de Cornélio crê em Jesus e todos foram batizados tanto os adultos como as crianças. O nosso Batismo é na fé da família que quer que a criança seja batizada e a fé da Igreja que Cristo é Senhor da vida. Se somos batizados, nós devemos ser testemunhas de Cristo em todos recantos do mundo. (cf. At 10,34.37-43)

Na Primeira carta de Paulo aos Coríntios nos narra que o Batismo nos sepulta com Cristo e traz uma vida nova e com Jesus somos ressuscitados e por causa disso devemos buscar as coisas do alto. Dessa maneira devemos comportar como novas criaturas e o homem velho desapareceu e o pecado não pode ser as armadilhas nesse mundo para afastar de Deus e de uma vida verdadeira. (Cf. 1 Cor 5,6b-8)

O evangelista de João narra como as mulheres viram o túmulo vazio quando elas foram lá de madrugada. Elas saíram correndo para avisar os discípulos, pensando que o corpo de Cristo tinha sido roubado. O sair correndo significa a pressa de dar essa notícia. Depois pela fé, elas lembraram das palavras de Jesus que ia ser morto e depois de três dias ia ressuscitar.

Hoje sabemos que Cristo está vivo realmente e nós devemos ser rápidos na divulgação, testemunhando que Cristo está vivo e vive para sempre e nos permite ter vida Nele para sempre.

A comunidade de João tinha uma pequena desconfiança de Pedro, devido de ele ter negado Jesus e não ficou presente como João junto com Maria na sua crucificação. Mas a comunidade da autoridade de Pedro como chefe da Igreja que foi dada por Cristo quando afirmou sobre o testemunho de Pedro que Jesus era o Filho de Deus vivo e só Nele devemos acreditar, pois ele tem a chave da Igreja que hoje está nas mãos do Papa Francisco.

 Ao saber que o túmulo estava vazio, então eles, Pedro e João foram correndo em direção ao túmulo. João chegou na frente e deu uma espiada para dentro do túmulo, mas esperou Pedro entrar primeiro e depois João. Deste modo eles constataram o que Jesus já tinha predito nas escrituras que Ele ia ressuscitar como de fato aconteceu. As faixas e sudário que estavam no túmulo davam a certeza a eles que Jesus ressuscitou. Desse fato eles acreditaram.

Queridos irmãos e irmãs, que esse dia de júbilo para nós que nos enche de muita alegria, pois está vivo e não morre mais. A vida venceu a morte, agora a morte não a última palavra. Que a nossa fé seja revigorada na Ressurreição de Cristo que possamos caminhar com Ele sempre na certeza que um dia vamos ressuscitar definitivamente com Ele e estar no céu para sempre. (cf. Jo 20,1-9)

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose B. Schumann Cunha

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Paixão, Morte de Jesus na cruz nos salva

  Paixão, Morte de Jesus na cruz nos salva



Queridos irmãos e irmãs, estamos hoje celebrando o acontecimento que marcou a história da humanidade, a morte de Jesus. Ao olhar a história da nossa salvação, acompanhando as leituras deste dia, percebemos que Jesus é servo que vai como um cordeiro predito pelo profeta Isaias. Ele aceita esse flagelo para libertar o homem da morte devido ao Pecado. Assim está escrito: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria ele mesmo, nossas dores; e nós  pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Nas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado, por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz; e suas feridas, o preço da nossa cura” (Is 52, 4-5)

Jesus é condenado à morte por um tribunal injusto e ratificado por Pilatos que detinha o poder daquela época na Terra dos judeus. Jerusalém tornou-se um lugar onde mata o Rei dos Judeus que foi aclamado como filho de Davi em um hosana pelo povo. Jesus é de fato Rei, mas um rei diferente, pois Ele é rei servidor. Ao entrar em Jerusalém estava montado em jumento em vez de carruagem de luxo. Não tinha exército, mas o Povo estava com ele. Esse povo se emudeceu diante da prisão e do julgamento injusto. Muitas vezes, até hoje, nós ficamos em silencio diante de tantas mortes, doenças, vítimas de violência de toda ordem no campo político, econômico, social e religioso do nosso tempo. Muitos não assumem o compromisso do Batismo.

No calvário temos apenas a presença de poucas pessoas que presenciaram a cena de horror e não saíram mesmo diante da ofensiva dos que crucificaram Jesus. O silenciar diante da cruz de Maria, outras mulheres e de João, seu discípulo, é para nós de fortaleza porque acredita que a morte não pode ser a última palavra. Um soldado cravou um furo no coração de Jesus e lá saiu sangue e agua que são as últimas gotas derramadas por Jesus na Crus. O céu e muito ruído aconteceram, mortos ressuscitaram e o véu do santuário rasga, significado que o antigo passou e uma nova realidade estará surgindo. Através disso o centurião declara como profissão de fé: Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.

Na cruz e na morte de Cristo, nós unamos a muitos que morreram por muitas doenças e violências, principalmente pelos que morreram pela covid 19 e somos confortados na esperança

Para compreender bem isso é necessários termos fé e aderir a Jesus pelo Batismo. No batismo somos mortos definitivamente e renasce em uma vida nova que brota das aguas na pia batismal que está definitivamente nascido na cruz de Cristo. Que possamos pegar a nossa CRUZ e ajudar os outros a carregar a sua cruz para que a alegria da Pascoa seja experimentada por todos.

Agora estamos inseridos na Igreja de Cristo e todos fazem parte dela, mas muitos não sabem e desconhecem essa grande dadivas e também há outros que dilaceram a túnica de Cristo pelas divisões de posições ideológicas no campo da política, do social, do econômico e do religioso.

Mas é preciso buscar a unidade em Cristo e para isso devemos Hoje olhar para a cruz de Cristo na perspectiva da Ressurreição de Cristo e Nele seremos irmão uns dos outros no sangue de Cristo derramado na sua crucificação.

https://youtu.be/gkhEzzcPoyA

https://youtu.be/cslhPbhGytw

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Tríduo Pascal, inicio de preparação para a Pascoa do Senhor

 Tríduo Pascal, inicio de preparação para a Pascoa do Senhor


Hoje iniciou-se o Tríduo Pascal com a celebração do santos óleos e renovação das promessas sacerdotais em todas as catedrais do mundo. Esta celebração é importante porque os santos óleos são usados durante o ano todo na administração dos sacramentos do Batismo, do Crisma, da ordem e da unção dos Enfermos. Também temos a noite a Missa do Lava-pés. “Nessa data, conhecida também como Quinta-feira de Endoenças, a igreja recorda o dia em que Jesus jantou com os seus apóstolos antes de ser morto na sexta-feira santa, episódio conhecido como Última Ceia.” (https://www.calendarr.com/brasil/quinta-feira-santa/)

Jesus antes desse gesto de lava-pés, Ele senta à mesa junto com os seus discípulos, fez a última ceia derradeira e nela instituiu para nós a Eucaristia. Jesus tomou o pão abençoou e deu aos seus discípulos o seu próprio corpo no pão partilhado e também tomou o cálice e deu aos seus discípulos o seu sangue que será derramado para nossa salvação.

Isso é o mistério da Fé. Temos Jesus presente na eucaristia em todos os sacrários do mundo e também quando comungamos fazemos sacrário vivo Dele em nossa vida. Um compromisso importante de todos que comungam, pois assim se fazemos pertença a Cristo e a sua Igreja.

No gesto de humildade, Jesus lava os pés dos seus discípulos e desse modo Ele sendo Mestre fez isso, nós cristãos devemos fazer o mesmo na vida de família, na Igreja, na comunidade e no mundo. O sentido de lavar os pés dos discípulos é colocar-se a serviço de todos, principalmente dos mais pequenos e pobres desse mundo.

Esse ano maioria dos lugares não houve a celebração do lava-pés, mas houve as celebrações da Eucaristia e a última celebração do dia tem um momento de adoração a Jesus no sacrário e não há benção final, mas com poucos participando, devido a pandemia que estamos presenciando no mundo inteiro. Todos saem em silencio para ficarmos na espera do Sábado Santo a onde vamos celebrar a Pascoa do Senhor a noite e é a celebração cheia de alegria e esplendor porque Jesus é vivo e ressuscitado e essa alegria enche a nossa alma porque um dia vamos estar eternamente na nossa Pascoa no céu.

Mas antes do sábado Santo onde vamos retornar a celebrar a Eucaristia, vamos passar pela Sexta-feira Santa a onde celebraremos a Paixão e Morte de Jesus as 15h. É uma liturgia simples, mas cheia de sentido porque vamos celebrar a memória de um Deus que se deixa morrer nas mãos de poderosos, gananciosos e autoritários daquele tempo que não fizeram do seu trabalho a serviço de todos.

Hoje muitos sofrem dor, angustia, morte prematura por doença, por covid 9, por aborto que elimina seres inocentes e temos ainda mortes por fome, por violência de toda ordem. Essas paixões do nosso mundo moderno é devido a negligencia de algumas pessoas, de governos, de sistemas de saúde, de justiça, de economia, de política que não funcionam para o bem comum etc. Tudo isso marca um cenário de tristeza, mas nós cristãos devemos ter a esperança e saber se posicionar diante da defesa da vida e da justiça social para todos.

Que esse tríduo que estamos celebrando assistindo através das nossas redes sociais e pelos meios de comunicamos, seja momento de reflexão e de mudança de atitude, buscando a humanização individual e coletiva para celebrar a vitória da vida diante da morte. Jesus é vencedor da morte e que possamos assumir e tomar posse dessa realidade irrefutável.

Viva Cristo. Viva a Igreja e via nossa mudança de rumo para que vida seja preservada e favorecida por as inciativas humanitárias de nosso tempo;

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Bacharel em Teologia José B. Schumann Cunha

sábado, 27 de março de 2021

Hosana ao Rei e à Cruz da nossa salvação

 Hosana ao Rei e à Cruz da nossa salvação

 


Queridos irmãos e irmãs, estamos iniciando a Semana Santa. Uma Semana diferente a onde podemos contemplar e agradecer ao grande amor de Deus pela humanidade. Seu filho único sofre, padece, carrega a cruz e morre, mas ressurge grandiosamente no Domingo de Pascoa. Isso é mistério de nossa fé, quem quer seguir Jesus deve tomar a cruz do dia a dia e fazer a via crucis que é o nosso passaporte para o Céu.

A liturgia deste domingo de Ramos e da Paixão do Senhor tem dois momentos marcantes. Vamos reviver a entrada triunfante de Jesus a Jerusalém e lá o povo o aclama como Rei e Salvador com palmas nas mãos e cantavam alegremente o Rei dos reis.

Vamos ler e refletir esses dois momentos; uma que está narrado em Jo 12,12-16 e outro da leitura da Paixão de Jesus em Mc 14,1-15,47. Aqui deparamos com a dualidade, uma do triunfo de Jesus entrando em Jerusalém e a outra da humilhação, do sofrimento, da dor e da morte.

Esta semana vamos refletir muito os últimos acontecimentos de Jesus na terra. Temos a ceia em Betânia, vamos ver a última ceia de Jesus com os apóstolos e o lava-pés e o aceitar de Jesus no Mote das Oliveira para ser levado para condenação e depois vamos ver Jesus carregando a cruz como um cordeiro que vai ao matadouro.

Na hora da prisão, Jesus fala aos soldados: “Eu sou, isto significa que Jesus é Deus e de modo admirável aceita a ser entregue a morte injusta pelos poderosos da época. Jesus recebe o beijo de judas e repreende Pedro quando desembainha a espada para atacar o soldado romano. Vai ter um olhar de compaixão a Pedro que o trai três vezes, antes do galo cantar, na madrugada no lugar a onde Jesus estava sendo condenado. Era Noite, aqui simboliza o desprezo da justiça e da verdade, pois o julgamento foi feito às escondidas.

 A Semana Santa nos mostra a verdadeira identidade de Jesus como Deus, reconhecido pelo Centurião no momento que Jesus deu último suspiro, e também como homem. Duas naturezas em uma só pessoa que se entrega por nós por amor e obediência a Deus Pai no projeto de salvação da humanidade decida no pecado.

Jesus sofre todo tipo de escárnio e é torturado pelas autoridades religiosas e política daquele tempo. Essa semana vamos pensar no abandono dos discípulos e presença das mulheres e do apóstolo João aos pés da cruz. O consolo da mãe e doação de Jesus plenamente a nós, dando a sua mãe como nossa mãe e de toda humanidade.

Vamos ver José Arimatéia pedindo a permissão de Pilatos a enterrar Jesus numa sepultura nova, desse modo teve um enterro digno, mas o sepulcro não vai reter Jesus porque Ele ressuscita.

Há o ABBA, que significa Pai e a entrega plena Jesus a Deus Pai dizendo: Pai em suas mãos eu entrego  o meu espirito.

As mulheres sempre seguiram Jesus, desde a Galileia até na última hora em Jerusalém na hora de terror, dor e morte de cruz de Jesus. Essas mulheres e muitas de hoje são modelos de coragem que não temem a opressão do poder que mata de forma injusta muitas pessoas diretamente ou indiretamente. Um Deus que é morto por ganância de poder e dominação dos poderosos daquela época e ainda hoje também essa cena acontece no nosso mundo contemporâneo.

Que esta semana nos ajude a caminhar com Cristo, sentir o drama do Getsêmani que vemos hoje estampado na dor dos que sofrem e agonizam no sistema de saúde precário de muitos países. Que os poderosos deste mundo não sejam alheios e insensíveis a calamidade de milhares de mortes de pessoas que poderiam ser evitadas. Que as pessoas sejam sensíveis e solidários para consigo e também para com os outros para que não espalhem o vírus a si e a outras pessoas.

Que cada possa ver e admitir a gravidade deste momento que vivemos aqui e no mundo dessa pandemia e que não provoquem ainda mais a infecção em milhares de pessoas por dia.

Que a liturgia da Semana Santa nos ajude a converter o nosso coração a Jesus, servo sofredor e assumir a nossa a cruz e a dos outros, sendo um Cireneu, assim se tornam balsamos regeneradores da dor, do sofrimento e de solidariedade as famílias que perdem seus entes queridos juntamente da tristeza dos amigos e parentes.

 Boa semana Santa a todos!!!

Jose Benedito Schumann Cunha

sábado, 20 de março de 2021

"Se o grão morrer" poderá ter chance de nascer e dar fruto

 "Se o grão morrer" poderá ter chance de nascer e dar fruto



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse domingo o 5º Domingo da Quaresma, e a liturgia nos ajuda a entender o mistério da Paixão, Morte e Ressureição de Jesus. Estes acontecimentos nos permitiram a ter esperança de nossa Pascoa trazida pela Pascoa do Senhor.

Para compreender esse grande Mistérios da Nossa salvação, a liturgia bíblica nos ajudará o sentido dos acontecimentos da Semana Santa.

Assim está escrito em Jr 31,31-34: 31Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão, para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor.33“Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, — diz o Senhor: — imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor! ’ Todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”.

Sabemos que o povo fez um pacto com Deus, através de Moisés no Sinai, aceitando a Tabua da Lei dos 10 mandamentos que foi dada a Moises. O povo o Povo aderiu a essa Lei de Deus, mas apenas de boca e o coração ficou longe de assimilá-los.  Isso quer nos dizer que eles não comprometeram por completo a essa nova Lei de Deus e no decorrer da história da Salvação eles foram infiéis. O profeta Jeremias anuncia que Deus fará uma na aliança e essa será perpetua que ficará gravado nos corações quem aderirem de fato a Deus. Essa profecia se realiza plenamente em Cristo que nos renova, nos perdoa e nos faz pessoas restauradas para o Reino de Deus

Na carta de  Paulo aos Hebreus 5,7-9 nos fala: 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus.8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Ao refletirmos essa leitura podemos constar que a nova aliança sela em Cristo é permanente devido a obediência que Ele cumpriu ao Plano de se Deus Pai. Portanto se nós obedecermos a Deus estaremos certos de nossa salvação. Jesus nos dá salvação plena como graça e nós devemos aderi-Lo completamente sendo bons cristãos no mundo tão desafiador que nós vivemos. A esperança em Deus nunca nos decepciona.

O evangelista João nos pede a crer em Cristo que selou para sempre a Nova Aliança e foi com o seu próprio sangue na Cruz. Assim podemos refletir em (Jo 12,20-33): Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”.22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora? ’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome! ” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo! ” 29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Aqui vemos que os gregos que queriam ver Jesus quando estava em Jerusalém na ocasião para celebra a Pascoa que se aproximava. Foram a Felipe e André e pediu que queria ver Jesus. Aqui podemos constar a interseção de pessoas e por meio delas chegaram a Jesus. O sentido de ver Jesus é algo profundo no âmbito de conhece-Lo plenamente. Só podemos conhecer alguém se convivermos e comprometermos o que ele quer. Jesus nos mostra como é necessário Dele morrer para que tenhamos vida nova Nele. Jesus faz uso da imagem do grão de trigo que cai na terra e se não morre não poder gera a nova planta. Com a morte de Cristo na crus botou a Igreja Católica que é o sinal da universalidade no mundo, deixando a chave dela nas mãos de Pedro que hoje é representado na pessoa do Papa Francisco.

Se quisermos ter vida nova é preciso tirar todas as amarras que não nos deixam livre para seguir Jesus plenamente. E que esse período da quaresma a qual vivemos foi para prepararmos para receber com alegria de uma vida transformada no amor de Cristo por nós que sofre, padece e morre na cruz para ressurgir glorioso no domingo de Pascoa.

Que esta liturgia nos ajude a sermos comprometidos com a causa do Reino de Deus e viver de acordo com a vontade Dele e desse modo vamos celebrar, com muita alegria, a Páscoa do Senhor, mas antes devemos passar pela semana santa e entender o que é a teologia do sofrimento humano. Embora não é para ser alienar nos sofrimentos, mas naquilo que vem depois que é a vida em abundancia em Cristo.

Tudo por Jesus nada sem Maria.

 Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 14 de março de 2021

Deus é Juiz ou Salvador?

 Deus é Juiz ou Salvador?

 



Queridos irmãos e irmãs, estamos no 4º Domingo da Quaresma, Domingo Letare. Esse tempo é ideal para que mudemos as nossas concepções, ideias, o nosso agir diante da nossa vida e da vida em comunidade. Muitas vezes temos uma ideia equivocada de Deus, achando que Ele é juiz terrível, implacável no castigo e tudo isso atrapalha de estarmos livres para segui-lo e obedecê-lo como Pai que quer bem dos seus filhos e filhas.

 

Devemos mudar essa nossa concepção de Deus e a imagem que temos de Deus para que possamos caminhar com gratidão para a Páscoa do Senhor.

 

Se prestarmos atenção na Bíblia nos dá uma imagem diferente de Deus. Desde o começo de formar um Povo de Deus, Ele cria tudo e vê que é bom, cria o homem e a mulher sua imagem e semelhança e demonstra ser um amigo que caminha no jardim de Éden, fazendo comunhão com o ser humano.

 

No episódio do pecado de Adão e Eva, Deus dialoga com Adão e fala com Eva, e desse modo já traça um plano de salvação da humanidade. Durante a história da salvação mostrou-se um Deus presente, que dialoga, que faz aliança e demonstra amizade com a humanidade. Ele é um Deus fiel. Ele nos envia um Deus encarnado que é seu filho, Deus Emanuel, que caminha, sente as dores do povo de perto, cura, ajuda, ressuscita os mortos e liberta o homem da escravidão do pecado e do mal. Deus se faz misericordioso, acolhe o pecador e sempre faz com que a pessoa se arrependa para voltar a amizade com Ele.

 

No Segundo Livro das Crônicas, podemos ver de fato que Deus revela a sua justiça e misericórdia no exílio e age como libertador. Um Deus que é Libertação e Salvação. Aqui nós podemos enumerar a caminhada da salvação desde o Jardim do Éden que assim descreve: a narrativa do pecado do Homem, o castigo devido a transgressão e da desobediência e a demonstração do perdão misericordioso. E ainda podemos constatar que Deus, apesar da infidelidade do povo na Aliança e outras, sempre está próximo. Ele estende a mão e volta a ter compaixão ao Povo, a infidelidade do povo faz com que Jerusalém seja destruída e deportada para a Babilônia a onde não podia estar em oração a Deus devido ser escravo. 


Quando o Povo desobedece e não cumpre a aliança se vive a escravidão. Mas Deus 

tocou um rei pagão Ciro, que permitiu que o Povo de Deus voltasse a sua terra e reconstruísse o seu templo.  No Egito sofreram a escravidão, mas Deus ouviu o clamor e o sofrimento do povo, enviando um libertador Moisés que tira esse povo do cativeiro com mãos poderosas e prestígios, demostrando que é Deus conosco.

Faz uma aliança e dá os Mandamentos, que é a Lei, para que povo obedecendo a ela tornaria uma nação para ser um sinal para todas as outras que Deus é Senhor que é, e está no meio do Povo de Deus e no mundo. Devemos tomar consciência que Deus é misericórdia e a sua justiça se torna uma mão que ampara e levanta o homem decaído pelo pecado. (cf. 2Cr 36,14-16.19-23)


Na carta de São Paulo aos Efésios nos fala que o nosso Deus é misericordioso e a sua misericórdia não tem fim, pois o seu amor é eterno pelo homem que quer fazer comunhão com Ele. Quando estávamos “mortos” pelo pecado e pelas nossas faltas, Jesus vem até nós e pela fé Nele temos a salvação. Deus se faz presente em Cristo, a Ele o poder e a glória para sempre. É preciso crer e esse ato é de fé em Cristo e segui-Lo como Senhor e salvador. É por graça de Deus que somos salvos e ela tem caráter universal e incondicional por parte de Deus, mas depende de nós acatar a salvação de Deus que é dada por Jesus que é a fé e a conversão sincera . (cf. Ef 2,4-10).

O evangelista João nos mostra que Jesus é o salvador e não um juiz que vem só para condenar. O episódio com Nicodemos que vai a noite para conversar com Jesus, portanto aqui a noite  simboliza as trevas. Ele quer encontrar a Luz que é Cristo. São João fala no seu evangelho que Deus amou tanto o mundo que lhe deu o próprio filho e ele não veio para condenar mas para salvá-lo. O mundo aqui representa a humanidade e toda coisa na sua universalidade.

 

Quando o Povo de Deus que caminha no deserto estava morrendo pelas picadas das cobras, Deus pede para Moisés fazer uma haste com uma cobra no alto da haste e que quem olhasse para alto era curado. Embora eles cultuavam a cobra, mas esse acontecimento no deserto prefigurava a figura de Jesus que ia ser levantado na alto cruz. A luz é Cristo e é preciso ir ao encontro Dele, ouvi-Lo e crer Nele para que a salvação venha até nós, mas tudo isso passa pela nossa conversão a Deus.

 

Essa verdade assim está escrita no Evangelho de São João: "Quem nele crê, não é condenado. Mas quem não crê, já está condenado...A Luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas." O que quer dizer isso para nós? A resposta é simples, devemos desfazer dos projetos pessoais que desemboca no egoísmo e no intimismo, mas aderir de modo pleno na proposta de Jesus que é viver em comunidade, ser fraterno, ser solidário, ter compaixão dos outros e viver o amor incondicional aos mais necessitados desse mundo. (cf. Jo 3,14-23).

 

Que essa liturgia de hoje, que é uma celebração já de alegria, uma antecipação, a qual vamos viver no domingo de Páscoa, onde vamos viver o gosto e a alegria grande da ressurreição de Jesus, que traz a salvação a toda humanidade. A salvação se dá na graça de Deus por nós sem restrição de pessoas e tem caráter de universalidade, mas é preciso ter a fé em Cristo, crendo Nele e se arrependendo de todo pecado para podermos ficarmos unidos a Jesus.


Tudo por Jesus nada sem Maria!!!


Jose B. Schumann Cunha

sábado, 6 de março de 2021

Deus transformou a cruz em sabedoria e caminho de salvação

Deus transformou a cruz em sabedoria e caminho de salvação



Queridos irmãos e irmãs, estamos já no 3º Domingo da Quaresma, é um tempo de limpeza espiritual e material; e em cada dia devemos fazer uma faxina na nossa vida e nos tratos das coisas para transformar a nossa vida em algo libertado. Esse tempo é de purificação e mudança, pois devemos tirar os lixos que se acumulam ao nosso redor. São muitos como falta de tempo para outros, desperdício de tempo nas redes sociais que não faz nenhum sentido para o crescimento espiritual e matéria na nossa vida.

É fazer uma renovação de vida cristã e ver o que é de Cristo deve permanecer, mas o que não for deve ser descartado definitivamente de nossas ações humanas no mundo, na família e na religião. Deus nos deu Jesus que assumiu a cruz e ela é agora sinal de salvação e libertação.

A liturgia bíblica nos indica os pontos fundamentais da religião judaica que são a Lei e o Templo. Situações que são importantes e sinais de união a Deus, mas a rotina e o tempo fizeram deles algo corriqueiro e cheio de regras e ritos que mais atrapalharam do que ajudaram aos que praticavam a religião. Criaram muitas leis e ritos que distanciaram de Deus, ficando no aspecto mundano com a ótica ao materialismo simbolizado nas trocas de ofertas por dinheiro. O povo estava sedento de justiça e de Deus.

O tradicionalismo e o ritualismo trouxeram distorções daquilo que Deus é. Com advento de Cristo mostrou que Ele é restaurador da Lei e do Templo, pois Jesus transforma a Lei no mandamento do Amor a Deus e ao próximo como nós mesmos nos amamos.

No livro do Êxodo nos mostra que Deus é o libertador e não quer que ninguém seja escravo de ninguém. Quando Ele deu a Lei, o próprio Deus falou e nos fala hoje: "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou da escravidão do Egito". Os 10 mandamentos são frutos do amor de Deus libertador do Povo escravizado no Egito ou em qualquer tempo.

 Se observamos bem os 10 mandamentos, nós podemos tirar uma conclusão que  é uma Lei Moral e Espiritual que nos ajudam a viver bem com todos e ainda ter uma comunhão com Deus. Na Lei de Deus é nos mostra um respeito a vida e a liberdade, se a cumprimos estamos fazendo a verdadeira justiça de Deus porque não podemos distanciar de Deus e nem praticar o mal a si e nem aos outros.

Essa lei é a ordem de estar de bem consigo e com os outros, praticando a justiça e tendo harmonia com as outras pessoas. É uma Lei que vai ser compreendida melhor quando Jesus dá o sentido real do amor a Deus e aos irmãos e a nós mesmos. Jesus não veio para destruir a Lei e nem o Templo, mas dá o real valor deles sem ficar no intimismo e em na  alienação religiosa, social e político –econômico em qualquer tempo em que vivemos. (cf. Ex 20,1-17)

Na Primeira Carta de Paulo nos lembra bem que o plano de salvação de Deus passa pela Cruz de Cristo onde Jesus foi crucificado. Não podemos querer uma religião light e nem uma religião fácil que mostra o valor da matéria e do mundo como algo importante, pois tudo é passageiro porque somos peregrinos que caminham rumo ao Céu. A cruz não pode ser sinal de escândalo ou de horror para nós, mas um sinal de sabedoria de Deus que possibilita a cada um de nós percorrer o caminho da salvação com segurança até a Deus. (cf. 1Cor 1,22-25)

O evangelista São João nos mostra Jesus sendo um novo Templo. Na época o templo tornou-se um lugar de exploração para obtenção do sacrifício e oferta a Deus. Esse modo de proceder deles trouxe distorção, injustiça e enriquecimento dos que participam dessa realidade disfarçada de sacralidade. Jesus entra no templo e expulsa todos e tem um cuidado especial para os que vendiam rolinhas dizendo a eles tiram isso daqui e os demais foram expulsos de modo bruto por Jesus. Jesus os recriminou aqueles, os vendilhões, pois eles mudaram o sentido templo de Deus, que é a casa de oração e encontro com Deus libertador. Jesus diz que Ele é templo vivo e é Nele que devemos ir. (Cf. Jo 2,13-25) Isso não quer dizer que não deva ter templo físico, mas que esse seja um lugar de reunião de pessoas em comunidade, usando-o para vivenciar o amor de Deus com todos sem ostentações e nem exploração, tendo um cuidado especial com os mais pobres e humildes, que muitas vezes, ficam à margem da sociedade capitalista sem atenção nenhuma nos sistemas de saúde, de previdência social, política, Humana- econômica etc.

Devemos buscar viver o amor de Deus que em Jesus se entrega por nós por inteiro. Não tenhamos medo da cruz e que ela nos ajude a desmaterializar na dimensão espiritual, social humana e política econômica.

Boa Preparação para a Páscoa do Senhor que é nossa também  !!!

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha