ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Uma Mulher admirável permite Deus entrar na nossa Historia


Estamos no quarto domingo do Advento. A liturgia desse tempo que vem antes do natal deparou com varias pessoas que anunciavam e preparavam o povo para a vida do Messias. São eles: Jeremias, Baruc, Sofonias, Miquéias, João Batista... etc. Nesse domingo nós temos a graça de lembrar e fazer memoria da figura de uma grande mulher. Não podemos esquecer de Maria, pois ela foi a mulher singular, cheia de graça, que permitiu a vinda do Salvador Jesus. Não se pode pensar em Jesus sem lembrar de Maria.
As leituras bíblicas desse domingo nos fazem entrar no clima de Natal do Senhor. Deus é infinitamente bom e usa instrumentos simples e humildes para que o seu filho venha ao nosso meio. Deus deixa a liberdade ao homem de responder. Ele não obriga ninguém, mas se estivermos com Ele nós encontramos alegria e esperança de um mundo melhor.
O profeta Miqueias nos relata o ambiente simples e pobre, onde o “salvador”, isto é, O messias irá nascer. (cf. Mq 5,1-4a). Deus usa meios maravilhosos e faz de um lugar simples e desconhecido como Belém, o lugar ideal do nascimento do Messias. Não foi lugar como  Jerusalém e nem lugares luxuosos e poderosos, o lugar de nascimento do Messias. Ele não mistura com os poderosos e gananciosos daquele tempo. Numa família simples e humilde, ele nasce e torna-se pastor de todos.
O apostolo Paulo na carta aos hebreus afirma que Cristo se ofereceu ao Pai para cumprir a sua vontade. Jesus é a oferenda perfeita, pois se entrega a todos nós. Um Deus que quer fazer morada entre nós e nos ensina que devemos ser humildes, partilhando os bens e os dons com os mais pobres e necessitados. A nossa vida, as nossas obras e os nossos trabalhos devem estar sintonizados com a vontade de Deus. Deus é bom e fiel e que estejamos com Ele sempre. Por que ficarmos correndo por valores terrenos que passam? (cf. Hb 10,5-10)
O Evangelho de Lucas nos mostra o encontro extraordinário de duas mulheres que souberam entender as promessas de Deus libertador. Isso as enche de alegria, pois Deus cumpre a promessa feita, isto é, um salvador estará no nosso meio por intermédio da virgem Maria e que terá um percussor João Batista que vai dar testemunho Dele. (cf. Lc 1,39-45)
O sim de Maria nos dá a certeza que Deus preocupa com o homem. Ela, após anunciação do anjo, vai à casa de Isabel para prestar ajuda, pois esta já era idosa e estava gravida. O acolhimento de Maria a Deus se torna serviço a quem precisa e nós que podemos fazer de concreto aos outros quando acolhemos Jesus? Assim, viver o natal é viver Jesus na ajuda aos pobres, os sem vez e voz na nossa sociedade capitalista. Que todos possam sentir o amor de Deus que abraça um coração solidário aos outros. Feliz Natal!
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bento XVI concede Indulgência plenária por ocasião do Ano da Fé


O Papa Bento XVI, neste Ano da Fé, concede indulgência plenária aos fiéis. Por ocasião do Ano da Fé, o Papa Bento XVI concede o dom da Indulgência Plenária. A Santa Sé divulgou nesta sexta-feira, 5, o decreto da Penitenciaria Apostólica com o qual se concede a indulgência. As disposições estabelecidas pela Penitenciaria Apostólica indicam que podem obter a indulgência os fiéis verdadeiramente arrependidos, que tenham reparado os próprios pecados com a penitência sacramental e elevado orações segundo as intenções do Sumo Pontífice. Isso de acordo com as seguintes situações:
- toda vez que participarem de pelo menos três momentos de pregações durante as Santas Missões, ou de pelo menos três lições sobre as Atas do Concílio Vaticano II e sobre os Artigos do Catecismo da Igreja Católica, em qualquer igreja ou local idôneo;
- toda vez que visitarem em forma de peregrinação uma Basílica Papal, um catacumba cristã, uma Igreja Catedral, um local sagrado designado pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, e ali participarem de alguma função sagrada ou se detiverem para um tempo de recolhimento, concluindo com a oração do Pai-Nosso, o Credo, as invocações a Nossa Senhora e, de acordo com o caso, aos Santos Apóstolos ou Padroeiros;
- toda vez, nos dias determinados pelo Ordinário do lugar para o Ano da Fé, em algum local sagrado participarem de uma solene celebração eucarística ou da Liturgia das Horas, acrescentando a Profissão de Fé em qualquer forma legítima;
- um dia livremente escolhido, durante o Ano da Fé, para a visita do batistério ou de outro lugar no qual receberam o sacramento do Batismo, se renovarem as promessas batismais em qualquer fórmula legítima.
Aos idosos, doentes e a todos os que por motivos legítimos não puderem sair de casa, concede-se de igual modo a Indulgência plenária nas condições de costume. Isso se unidos com o espírito e com o pensamento aos fiéis presentes, especialmente nos momentos em que as palavras do Pontífice ou dos Bispos Diocesanos forem transmitidas pela televisão ou pelo rádio, recitarem na própria casa ou onde estiverem o Pai-Nosso, o Credo e outras orações conformes as finalidades do Ano da Fé, oferecendo seus sofrimentos ou as dificuldades da própria vida
Colaboração: Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
Fonte:www.cancaonova.com

Bento XVI fala sobre o sentido da fé aos teólogos

Queridos irmãos e irmãs, a fé que nós recebemos do Batismo precisa crescer em nós. Isto vai acontecer na medida em que estivermos engajados na vida da Igreja, ouvindo a Palavra de  Deus proclamada nela e deixar-se conduzir pelo Espirito Santo. Deus é que conduz a nossa historia, mas deixou a Igreja para que ela, com firmeza, transmite o deposito da fé com segurança para todos. O magistério, a tradição e a Bíblia nos dão a segurança para caminhar rumo a eternidade, mas construindo já o Reino de Deus entre nós.(1)
O Papa Bento XVI recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira, 7, os membros da Comissão Teológica Internacional por ocasião de sua assembleia plenária. Em seu discurso, o Pontífice fez algumas considerações sobre teologia, destacando a questão do sentido da fé. O Santo Padre exprimiu seu apreço pela mensagem que os membros da Comissão redigiram por ocasião do Ano da Fé. "Isso ilustra bem o modo específico no qual os teólogos, servindo fielmente à verdade da fé, podem participar do esforço evangelizador da Igreja".(2)
Ao falar sobre o sentido da fé, Bento XVI destacou que este é um dom e constitui no crente uma espécie de instinto sobrenatural, que se desenvolve na medida em que a pessoa participa plenamente na vida da Igreja. “Observamos que propriamente os simples fiéis carregam em si esta certeza, esta segurança do sentido da fé. O sensus fidei é um critério para discernir se uma verdade pertence ou não ao depósito vivo da tradição apostólica. Tem também um valor propositivo porque o Espírito Santo não para de falar à Igreja e de conduzi-la para a verdade inteira”.(2)
O Santo Padre lembrou que este mesmo sentido sobrenatural da fé leva a uma reação vigorosa contra o preconceito segundo o qual as religiões, em especial as monoteístas, seriam portadoras da violência. Na verdade, o Papa lembrou que a violência em nome de Deus não é atribuída ao monoteísmo, mas aos próprios erros humanos ao longo da história. “Se, portanto, na história, houve ou há formas de violência feita em nome de Deus, estas não são atribuídas ao monoteísmo, mas às causas históricas, principalmente aos erros dos homens. Pelo contrário, é o próprio esquecimento de Deus que imerge às sociedades humanas em uma forma de relativismo, que gera inevitavelmente a violência”. (2)
Ele destacou ainda que a violência torna-se a regra dos relacionamentos humanos a partir do momento em que é negada a possibilidade para que todos possam se referir a uma verdade objetiva. "Sem a abertura ao transcendente, que permite encontrar as respostas às perguntas sobre o sentido da vida e sobre a maneira de viver de modo moral, sem esta abertura o homem torna-se incapaz de agir segundo a justiça e de empenhar-se pela paz". (2)
A violência que assistimos hoje e em todo tempo é fruto do equivoco do homem que esquece que Deus é misericórdia e também amor e perdão. A paz se constrói com abertura de coração ao outro que tem vez e voz. As diferenças de cada um são enriquecidas com os nossos dons que devem estar a serviço do bem comum. Onde há partilha e solidariedade vai ter amor-doação. Se estivermos com Deus não vamos perder no ódio, mas se não estiver com Ele, nós tornamos rudes e insensíveis com os sofrimentos dos outros causados pela injustiça e ganancia dos homens. A teologia vai nos ajudar a encontrar as respostas da nossa existência e da nossa finitude em vista da comunhão com Deus. Quem é de Deus encontra a serenidade e a paz. Que as palavras do nosso papa sejam oportunidades de termos coragem de assumir a nossa fé em Cristo que liberta e ilumina a nossa vida para sempre. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

Bento XVI: fazer memória do agir de Deus é fundamental para a fé





Queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus, somos agraciados por Deus sempre. Ele é fiel e está sempre do nosso lado. Nos momentos bons e difíceis, Ele nos sustenta dá sempre a sua mão a nós. A fé é amadurecida no conhecimento da Palavra de Deus e na experiência do Deus presente em nossa historia. Somos agraciados sempre pelo Deus que nos ama muito.  Devemos recordar sempre e celebrar esse Deus da vida. Muitos querem abafar as maravilhas por causa da violência que assistimos no mundo. Deus não é autor do mal e nem quer que pecamos. Ele espera a nossa adesão plena.(1) “A fé é alimentada pela descoberta e pela memória de Deus sempre fiel, que conduz a história e que constitui o fundamento seguro e estável sobre o qual constrói a própria vida.” Bento XVI afirma que a Sagrada Escritura é o lugar privilegiado para descobrir as etapas da Revelação de Deus e convida aos católicos a, neste Ano da Fé, terem em mãos a Bíblia para lê-la e meditá-la e a prestarem mais atenção às Leituras da Missa dominical, isto, segundo o Papa, constitui um alimento precioso para a fé. (2) 
Ao recordar o Tempo Litúrgico do Advento, que prepara a Igreja para o Natal, o Pontífice explicou que na Palavra de Deus é possível compreender o mistério Divino que permeia este tempo. De acordo o Santo Padre, na Palavra está explícita uma realidade maravilhosa e perturbadora: “o próprio Deus cruzou seu Céu e se inclinou sobre o homem; estabeleceu aliança com ele entrando na história de um povo." O Papa concluiu a catequese convidando os católicos a utilizarem-se do Advento como uma oportunidade para recordar os feitos de Deus na história de salvação do homem e não esquecer o agir Divino. “O Advento nos convida a traçar o caminho desta presença e nos recorda sempre novamente que Deus não se retirou do mundo, não está ausente, não nos abandonou a nós mesmos, mas vem ao nosso encontro de diversos modos, que devemos aprender a discernir.” (2)
As palavras do papa Bento XVI nos permite a ter uma visão clara desse Deus que caminha sempre na nossa História humana. Temos um Deus que assiste a nossa vida sempre. Ele sabe o que precisamos, mas precisamos ser fiel a Ele e pedir que a nossa fé seja autentica. A vida é marcada por tantos acontecimentos que nos levam a pensar e refletir que o mal é provocado no mundo pelo pecado e desobediência do homem a vontade de Deus. Deus nos quer unidos, fraternos, solidários, promotores da paz que dignifica a pessoa por inteira e feliz de ser de Cristo sempre. Amém
(1)Bacharel em teologia José Benedito Schumann Cunha
(2)www.cancaonova.com

Universo não é resultado do caos, destaca Bento XVI


Queridos irmãos e irmãs, ao lermos a bíblia, no seu primeiro livro, deparamos com a criação de Deus. Tudo foi ordenado pelo criador com finalidade própria sem erro. Tudo foi achado bom pelo nosso Deus. Nessa criação perfeita e bem ordenada, o ser humano foi criado e destinado a conviver harmoniosamente com a criação. Uma realidade que tinha comunhão com a natureza criada, com o cosmo e com Deus. Esta tranquilidade foi quebrada com a desobediência do ser humano que o tirou da intimidade com Deus, perdendo a graça e a vida. O pecado é negação da nossa comunhão com Deus, ele tira a dignidade da pessoa e a faz escrava e sem futuro. Assim, para que o homem voltasse a comunhão plena com Deus em com todas as coisas, veio Jesus que nos habilitou de novo para a graça, para a vida de comunhão com Deus e com todos.(1)
“O universo não é caos ou o resultado do caos, bem pelo contrário, revela uma complexidade bem ordenada” , observou o Papa Bento XVI, ao receber, nesta quinta-feira, 8, no Vaticano, os sessenta participantes da Assembleia Plenária da Pontifícia Academia das Ciências, que tem como tema: “Complexidade e Analogia nas Ciências: Aspetos teóricos, metodológicos e epistemológicos”. Agradecendo a saudação inicial do diretor desta Pontifícia Academia, o cientista suíço Werner Arber, o Papa observou que a temática abordada toca um importante aspeto, que “abre a uma variedade de perspectivas que apontam para uma nova visão da unidade das ciências” e para “a grande unidade da natureza na complexa estrutura do cosmos e para o mistério do lugar que o homem nele ocupa”.(2)
A paciente integração das variadas teorias, cujos resultados, quando confirmados, constituem os pressupostos para novas investigações, “testemunham – notou o Papa – tanto a unidade do processo científico como também a permanente tendência dos cientistas em direção a uma compreensão mais apropriada da verdade da natureza e a uma visão mais inclusiva da mesma”.“Tal abordagem interdisciplinar da complexidade mostra também que as ciências não são mundos intelectuais desligados uns dos outros, pelo contrário, que estão interligadas entre si e vocacionadas ao estudo da natureza como uma realidade unificada, inteligível e harmoniosa na sua inegável complexidade.”“O universo não é um caos ou o resultado do caos. Pelo contrário, ele aparece cada vez mais claramente como uma complexidade ordenada que nos permite, através da análise comparativa e da analogia, passar da especialização para um ponto de vista mais universal e vice-versa”.(2)
Referindo-se ao tema abordado nesta Assembleia, “Complexidade e analogia”, Bento XVI fez notar como o uso da analogia se tem revelado muito “frutuoso para a Filosofia e para a Teologia, não só como instrumento para uma análise horizontal da realidades da natureza, mas também como estímulo para um pensar criativo sobre um plano transcendental mais elevado”.“O pensamento cristão tem empregado a analogia não só para a investigação das realidades mundanas, mas também como meio de se elevar da ordem da natureza criada à contemplação do Criador.” “Estou convencido da necessidade urgente de um diálogo e cooperação permanentes entre os mundos da ciência e da fé, para construir uma cultura de respeito pelo homem, pela dignidade humana e pela liberdade, a bem do futuro da nossa família humana e para um desenvolvimento sustentável, a longo prazo, do nosso planeta.”(2)
Assim, as palavras do papa Bento XVI, nos ajudam a ter uma claridade diante do universo criado, da terra onde habitamos e do ser humano que se situa como uma obra prima de Deus. A fé não contradiz a ciência e esta não opõe a fé, porque eles permitem a cada um de nós usramos a nossa razão e inteligibilidade das coisas criadas com a vontade de Deus. Somos feitos para continuar a obra que Deus fez e desenvolver técnicas para melhorar o convívio de cada pessoa e dar sentido das coisas criadas. Nada fica sem sentido quando colocamos em evidencia da sua utilidade e do seu papel no mundo. Tudo deve nos voltar para a Deus que tudo é e mercê o nosso louvor e adoração. Amém (1)
(1)    Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

Papa reflete sobre a racionalidade da fé em Deus



Queridos irmãos e irmãs em Cristo. Somos cristãos e devemos dar a razão da nossa fé em Deus. Não podemos ser ingênuos e nem fanáticos, pois corre o perigo de ficarmos na periferia dos conceitos e doutrinas que podem nos enganar os sentidos. A fé deve ser firme e solidificada na confiança e na obediência a Deus. Deus é o nosso fim último e é para Ele que tudo vai. O mundo se torna mais humano e cristão na medida em que cada um coopera com a obra divina que foi criada e testa por Deus como algo bom. (1)
A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa', enfatizou Bento XVIO Papa Bento XVI dedicou a catequese desta quarta-feira, 21, para falar sobre a racionalidade da fé. Ele lembrou que Deus, com sua graça, ilumina a razão e lhe abre horizontes infinitos, de modo que a fé constitui um incentivo para buscar sempre, sem parar e sem aquietar-se “na descoberta inesgotável da verdade e da realidade”.(2)
Para exemplificar essa busca incessante que a fé incentiva, o Papa citou Santo Agostinho. Este buscou com inquietação a verdade, perpassando todas as filosofias disponíveis. “A sua cansativa investigação racional é para ele uma significativa pedagogia para o encontro com a Verdade de Cristo. Quando diz: “compreendas para crer e creias para compreender” (Discurso 43, 9:PL 38, 258), é como se contasse a própria experiência de vida”.(2)
O Papa lembrou que a fé católica é racional; o conhecimento da fé não vai contra a razão. Ele afirmou que, diante do desejo pela verdade, somente uma relação harmônica entre fé e razão é o caminho certo que conduz a Deus e à plena realização de si. Nesse sentido, fé e razão se complementam. “A fé, vivida realmente, não entra em conflito com a ciência, mas coopera com essa, oferecendo critérios basilares para que promova o bem de todos, pedindo-lhe para renunciar somente àquelas tentativas que – opondo-se ao projeto originário de Deus – possam produzir efeitos que se voltam contra o próprio homem”. (2)
Bento XVI também lembrou que, desde o início, a tradição católica rejeitou o chamado fideísmo, que é a vontade de crer contra a razão. Ele destacou que Deus não é um absurdo, mas sim um mistério, que não é irracional, mas tem uma superabundância de sentido, de significado e de verdade. “Se, olhando para o mistério, a razão vê escuridão, não é porque no mistério não tenha a luz, mas porque existe muita (luz). Assim como quando os olhos do homem se dirigem diretamente ao sol para olhá-lo, veem somente trevas; mas quem diria que o sol não é luminoso, antes a fonte da luz?”, exemplificou.(2)
As palavras do papa Bento XVI sempre oportuna e sabias nos permitem a ter uma concepção de Deus e da sua vontade para podermos cumprir em vista do nosso bem e de todos os que caminham conosco rumo a eternidade. Ser Deus é o principio de todo entendimento humano. Todos os nossos sentidos se congruem para um proposito que é estar em comunhão com Deus e com todos. O mistério de Deus é para sem contemplado, admirado e vivido, isto nos dá uma alegria que justifica a nossa existência. Somos criados para amar a Deus e fazer a sua vontade. A fé será enriquecida pela nossa disposição de estar na intimidade de Deus que se deixa ser tocados por nós. O coração humano se rejuvenesce na presença de Deus sempre. Amém (1)
(1)    Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com


Papa abre caminho para beatificação de Paulo VI

Papa Paulo VI
O Papa Bento XVI assinou o decreto que reconhece "as virtudes heróicas" de Paulo VI, primeiro passo para sua beatificação, anunciou nesta quinta-feira o Vaticano. Paulo VI, que comandou a igreja de 1963 a 1978, foi o idealizador com seu antecessor, João XXIII, do Concílio Vaticano II, que modernizou a igreja católica, e também foi o primeiro pontífice da história a visitar a América Latina, quando viajou até a Colômbia em 1968 para o Congresso Eucarístico Mundial.
Com o decreto, o Papa autoriza que Paulo VI seja considerado "venerável" pelos católicos e inicia o processo para demonstrar que intercedeu em ao menos um milagre, necessário para sua beatificação. Para a canonização são necessários dois. O pontífice italiano, cujo nome era Giovanni Battista Montini, pode ser beatificado no fim do próximo ano, por ocasião das celebrações pelo 50º aniversário do Concílio Vaticano II e durante o proclamado "Ano da Fé".Segundo o postulador da causa de beatificação, padre Antonio Mazzarro, vários casos de curas milagrosas por intercessão de Paulo VI foram apresentados.
Durante o pontificado do Papa Montini, como costumava ser chamado, formado como diplomata e um influente colaborador do papa Pio XII, foram realizadas muitas mudanças no mundo, das revoltas estudantis à Guerra do Vietnã, passando pela liberação sexual.Paulo VI tentou entender tais mudanças e "dialogar com o mundo", realizando as primeiras viagens internacionais e históricas de um pontífice.
Ao mesmo tempo defendeu com rigor a tradicional doutrina da Igreja através de importantes encíclicas, entre elas a "Humanae Vitae" (1968), sobre o controle da natalidade que condenava o contraceptivo, e "Populorum Progressio" (1967), sobre os países em desenvolvimento.
Colaboração: Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha 20-12-2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Na última catequese do ano, Papa reflete sobre a fé de Maria

Queridos irmãos e irmãs, a fé é fruto de uma intimidade com Deus. Ninguém pode aderir plenamente a Deus se não tiver comunhão com Ele e com todos os irmãos de caminhada. A fé é uma adesão e confiança num Deus que vem até nós. A humanidade se elevou com o sim de Maria que soube entender o proposito de Deus Salvador. Deus não se revela num poder opressor e nem de opulência, mas se revela na singela e simplicidade, visitando Maria através do anjo Gabriel. Deus esperou o sim grandioso de Maria, pois nele o salvador encarnou no seu seio virginal. Uma fé lucida tem ressonância na obediência e no amor a Deus.(1)
"A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder de um rei, mas revela-se na pobreza de um menino", disse o Santo Padre. Na última catequese de 2012, nesta quarta-feira, 19, o Papa Bento XVI centrou suas reflexões sobre a fé de Maria a partir do mistério da Anunciação. Ele destacou a humildade e a obediência de fé da Virgem Maria. O Pontífice lembrou que o evangelista Lucas conta a história de Maria fazendo um paralelo com a história de Abraão. Da mesma forma que este respondeu ao chamado de Deus para sair da terra onde morava rumo a uma terra desconhecida, também Maria foi confiante no plano do Senhor. (2)
“... assim Maria confia com plena confiança na palavra que lhe anuncia o mensageiro de Deus e torna-se modelo e mãe de todos os crentes”. Bento XVI destacou que a saudação do anjo a Maria é também um convite à alegria; anuncia o fim da tristeza presente no mundo, o fim do sofrimento, da maldade, da escuridão do mal “que parece obscurecer a luz da bondade divina”. O Santo Padre mencionou ainda que a abertura da alma a Deus e à sua ação implica também o elemento que é a treva. Ele lembrou que o caminho de Abraão é marcado pela alegria, quando recebe o filho Isaac, mas também por um momento de treva, quando precisa se dirigir ao monte Moria para cumprir um gesto paradoxal: Deus lhe pede para sacrificar o filho que havia acabado de lhe dar.(2)
Da mesma forma, Maria viveu a alegria na Anunciação e a treva na crucificação do Filho, para poder chegar à luz da Ressurreição. Então Bento XVI destacou que não é diferente quando se trata do caminho de fé de cada um dos fiéis, já que há momentos de luz e outros em que Deus parece ausente. “Mas quanto mais nos abrimos a Deus, acolhemos o dom da fé, colocamos totalmente Nele a nossa confiança – como Abraão e como Maria – tanto mais Ele nos torna capazes, com a sua presença, de viver cada situação da vida na paz e na certeza da sua fidelidade e do seu amor. Isso, porém, significa sair de si mesmo e dos próprios projetos, para que a Palavra de Deus seja a luz que guia os nossos pensamentos e as nossas ações”. Concluindo suas reflexões, Bento XVI enfatizou que os fiéis são convidados, na celebração do Natal do Senhor, a viver esta  mesma humildade e obediência de fé. A próxima audiência do Papa com os fiéis será em 2 de janeiro de 2013. (2)
As palavras do nosso papa nos permitem fundamentar a fé como uma luz que ilumina o nosso ser sem nos cegar. O papa Bento XVI nos faz ver que esta fé percorreu toda a historia da salvação da humanidade. Pela fé nós podemos superar todas as nossas angustias, fraquezas e as quedas no pecado que nos desfiguram como filhos de Deus. Sabemos que a fé exige de nós uma confiança total em Deus. Nada pode abalar a fé que temos em Deus, mesmo diante de tantas desigualdades, misérias, maldades, violências, guerras, epidemias e doenças sérias não ofuscam a nossa certeza no Deus da vida. Nos piores momentos de nossa existência que parece que estamos sem o chão, é aí que encontramos a mão salvadora de Deus nos erguendo para o retorno da graça e da vida com Ele para sempre. Amém (1)
(1)    Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha
(2)    www.cancaonova.com

Em Cristo todos compreenderão e verão a Bondade de Deus

Queridos irmãos e irmãs, estamos na primeira sexta feira da primeira semana do advento. Nós estamos preparando para celebração do natal do Senhor que é reconhecer que Jesus veio visitar a terra para fazer sua morada e mostrar que Deus é amor e misericórdia para sempre. 
Onde há Deus, tudo é transformado. Deus pode mudar uma região seca e estéril em fartura para todos. Deus abre os corações fechados para ver a bondade de Deus e ainda cria a solidariedade e partilha com os mais pobres e necessitados. Deus faz-nos abrir os nossos ouvidos para sua palavra que salva, tirando as duvidas. A luz de Deus faz nos ter visão clara do amor de Deus que derrama por todos.
Os pobres e oprimidos tem alegria em Deus. Jesus é o Santo de Israel que denuncia toda a injustiça e a tirania dos povos que exploram e manipulam para ter poder. Todos devem reconhecer que com Jesus somos de fato livres para fazer o bem. Como está escrito: “Foi eliminado o tirano e desapareceu o cínico, e todos os que buscam a iniquidade serão exterminados: os que acusam de crime os inocentes, os que procuram enganar o juiz, os que por uma coisa de nada condenam os outros.” A cruz de Jesus denuncia toda a injustiça praticada no mundo. (cf. Is 29,17-24)
Devemos tomar consciência que Deus é a verdadeira luz e salvação . Nada nos faz ter medo, pois o seu poder é suave e regenerador. Deus tira das trevas do pecado para a luz da vida. (cf. Sl 27,1. 4.13-14)
O evangelista Mateus nos mostra dois cegos que gritam por misericórdia a Jesus. Eles reconhecem que Jesus é Deus. Eles ouviram as pessoas dizerem as maravilhas realizadas por Jesus e tiveram fé, indo até Jesus. Jesus é o Messias prometido que toma as nossas desgraças e nossos infortúnios para tornarem bênçãos em nossas vidas. Jesus pode agir se nós acreditarmos Nele e foi isso que aconteceu com os dois cegos que acreditaram que Jesus ia tirá-lo da escuridão física e espiritual. Eles Enxergaram com os olhos do corpo e com os olhos da fé. (cf. Mt.  9,27-31).  
Advento é propicio para procurar Jesus e ver que Ele é o caminho que nos leva ao Pai. Este tempo nos faz converter a Deus na comunidade Igreja e se integrando a ela com ardor missionário. Vamos nesta liturgia pedir mais fé em Jesus e ser verdadeiros missionários que transformam o mundo de tristeza para alegria, da escuridão para luz, do egoísmo para o amor e ser uma pessoa renovada em Deus para sempre., «Vem, Senhor Jesus» (cf. Ap 22,17-20) nesse natal para que o verdadeiro espirito natalino de amor e partilha reinam entre nós. Amem.
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha

Temos uma grande alegria, Jesus nasce nos corações.

Queridos irmãos e irmãs, estamos no terceiro domingo do advento. A liturgia desse dia é o domingo da alegria. O natal já está próximo e isso nos enche de alegria.

No livro de Sofonias encontramos esse lindo hino de alegria. A condenação que pesava sobre Judá foi revogada. Agora é o próprio Deus que toma conta de tudo. Ele é o salvador. Assim está escrito: "ALEGRA-TE de todo o coração, cidade de Jerusalém... não tenhas medo, Sião...O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, como poderoso Salvador..." (cf. Sf 3,14-18). Essa profecia nos fala ao intimo de nosso ser. Temos um Deus presente e que não nos abandona nunca. Deus é fiel e nos ama. Esta certeza não pode ser esquecida por ninguém.
O salmista nos confirma essa realidade de alegria e esperança.  "Alegrai-vos, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel..." (cf. Is 12,6). A nossa alma não pode ficar triste, pois Deus nos dá certeza de sua presença que salva.
O apostolo Paulo na carta aos filipense fala que devemos ter alegria mesmo nos momentos difíceis e na perseguição, pois Deus é a nossa certeza. Assim, ele nos fala, mesmo sofrendo a prisão por causa de Jesus Cristo:. "Alegrai-vos sempre no Senhor, repito, alegrai-vos... (cf. Fl 4,4-7) Na historia da Igreja, muitos santos e santas sentiram esta alegria no Senhor que dava razão  a fé que tinham em Cristo. Muitos mártires morreram por ser cristão. É na comunidade que damos prova que Jesus está no nosso meio.
O evangelista Marcos nos mostra pela boca de João Batista: a alegria pelo Salvador que vem até nós. O que nos afasta de Deus e nos deixa longe Dele é o pecado que aniquila a pessoa por inteiro. Então, João pede para nós que se converta e afaste do pecado. O povo entende e pergunta a ele: "E nós, o que devemos fazer?" A resposta está na solidariedade e partilha de bens com os mais necessitados. Ser justo e honesto sempre, isto é, não ser corrupto e nem favorecer o desonesto. E quem tiver autoridade não exercer de modo violento e nem se corromper com o poder, mas praticar a verdadeira justiça que gera a paz.
Seguir Jesus é ser humano, pacificador e justo. Natal é renascer em Cristo que vem até nós na simplicidade e mansidão. A luz que bilha não pode ofuscar o menino Deus que estende a sua mão a nós para nos ensinar que precisamos ser mais fraternos e promotores de paz, de  justiça, de amor-perdão, de partilha, de solidariedade com todos. Que Jesus nasça em nossos corações (cf. Lc 3,10-18)
Que esta liturgia nos faz serem pessoas novas que geram amor, compreensão e que provoque mudanças da realidade de morte para a vida. Que as mesas estejam fartas e que a partilha aconteça sempre  entre nós. Que natal seja momento de graça para todos. Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha