Aluno com surdez conclui mestrado
na área de educação
“O esforço e a boa vontade são fatores que
rompem barreiras humanas, deficiências ou dificuldades para conquistar os
objetivos. Como qualquer outra parte do mundo, o Brasil tem muitas pessoas que
estão em dificuldades, mas isso não os tornam derrotados para vencer na vida,
nos estudos. Não se pode jamais parar e colocar os problemas como desculpas de
não prosseguir no conhecimento, mas deve fazer de cada problema ou dificuldade
degraus que se sobe para o êxito.
A pobreza, a carência e desanimo devem ser substituídos
em entusiamos que nos levam a querer e crescer sempre na escola , na família e na
vida em sociedade. A escola deve ser o lugar ideal onde a aprendizagem se faz
com a interação de professores, alunos e de toda comunidade escolar, para que o
aluno ou aluna aprenda e melhore nos estudos. A educação se faz com amor que se
desgasta no sucesso do aprendizado do estudante como um botão de uma flor que
se abre mostrando toda sua beleza. Esse exemplo
abaixo de esforço e luta para conquista no mestrado nos dá animo para continuar
no ensino de nossos alunos, apesar de todas as dificuldades, pois o que vai dar
o diferencial para nós é o nosso ideal de ser mestre que ensina e aprende com os alunos.”
( Jose Benedito Schumann Cunha)
Yara Aquino- Da Agência Brasil, em Brasília
Uma tese de mestrado defendida na
Faculdade de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) analisa
a dificuldade dos estudantes surdos de seguirem nos estudos após concluir o
ensino médio. Mas o autor da tese, Ademar Miller é surdo e provou que é
possível avançar. Após concluir o mestrado ele planeja fazer doutorado.
Ademar cursou pedagogia na UFES e
foi o primeiro aluno surdo a obter o título de mestre na instituição. Em
entrevista por Skype, com a participação de um intérprete de libras, Ademar
contou que um dos desafios enfrentados ao longo do mestrado foi compreender
alguns conceitos teóricos. "Senti dificuldades com os conceitos
encontrados ali, com as questões filosóficas, mas com o tempo fui ampliando os
conhecimentos", disse.
Amanda Amaral Lopes se tornou a
primeira estudante com síndrome de Down a se formar no ensino superior na
Bahia. Moradora de Vitória da Conquista (a 509 km de Salvador), no sudoeste
baiano, a jovem de 24 anos recebeu o diploma de licenciatura em ciências
biológicas, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências, ao lado de mais 15
estudantes. "Acho que sou uma grande vitoriosa por ter chegado até aqui.
Agora, pretendo fazer uma pós-graduação em libras", planeja, referindo-se
à especialização que prepara profissionais para atuarem com deficientes
auditivos Leia mais Reprodução/A tarde
Ele conta que teve uma
orientadora com quem se comunicava por meio da linguagem de libras e outra que
sabia a língua dos sinais e acompanhava as orientações. "Outros
professores que também estavam cursando mestrado na época e sabiam a língua dos
sinais debatiam o texto comigo, o projeto, os textos, e fazíamos um trabalho
conjunto na compreensão dos textos e na produção da dissertação", relata.
Para orientar o estudante, a
instituição e a equipe precisaram se adaptar. A professora orientadora, Ivone
Martins de Oliveira, conta que aceitou o desafio mesmo não sabendo a linguagem
de libras. "Ademar foi nosso aluno no curso de pedagogia e avaliamos que
seria interessante investir. Desse desafio veio um grande aprendizado para mim
e para o programa de pós-graduação", disse a orientadora do programa de
pós-graduação em Educação que trabalhou em conjunto com profissionais com
conhecimentos de libras.
A orientadora conta que a
barreira da língua exigiu um acompanhamento mais intenso do trabalho de Miller.
"No caso do estudante surdo, a relação com a leitura e escrita em
português acabam sendo um desafio para ele também", explica. Ela acrescenta
que o papel dos intérpretes foi fundamental durante todo o processo e
professores de outras áreas da universidade também colaboraram com o processo.
Com o título de mestre, Ademar
Miller conta que foi grande o desgaste até chegar a defesa da dissertação, no
último mês de julho, e ele pretende descansar um período para partir para o
mestrado. O tema da tese de Miller foi A Inclusão do Aluno Surdo no Ensino
Médio.
No dia (3) foi celebrado o Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência. Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) indicam que existem no Brasil aproximadamente 45
milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da
população.
Fonte: uol.com.br / 08/12/2013
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