O amor é maior mandamento
Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 30º Domingo do Tempo Comum. Estamos a quatro domingos para terminar o ano litúrgico da Igreja. Hoje vamos refletir sobre o amor que deve ser a medida de nossas atitudes entre nós e para com todos, respeitando as diferenças e ainda sermos compassivos com os que mais sofrem no corpo e na alma. Devemos ser missionários do evangelho de Cristo.
Deus sabiamente deu os 10 mandamentos para que o seu povo seguisse bem com a Aliança Dele com o seu Povo e desta maneira caminharia como uma grande família de Deus. Uma lei que se direciona a Deus e também nos relacionamentos humanos. Jesus resume esses 10 e muitas leis que os judeus fizeram, que tornaram fardo para todos, então ele resumiu –as em um que é o amor.
No livro do Êxodo nos exorta sobre a lei do amor não apenas a Deus, mas sendo efetivo nos mais necessitados e fragilizados da sociedade daquele tempo que era os órfãos, os endividados, os pobres e viúvas. Estes eram marginalizados sem ajuda de nenhum poder político e nem religiosos.
O que Deus quer do seu Povo em atitude como misericórdia, hospitalidade e compaixão. Hoje é difícil ver isso e quando tem é de forma interesseira e politicagem. No antigo testamento o amor era visto na atitude para com Deus que refletia gratidão a ele em relação a nós. Jesus inverteu essa lógica no evangelho que vamos ver mais abaixo. (cf. Ex 22,20-26)
Na carta de Paulo aos tessalonicenses nos exorta destacando sobre o amor vivido e testemunhado pela comunidade Tessalônica. Isso é semente de coisas boas que deram frutos para outras comunidades na ajuda mútua. Oxalá se as nossas comunidades fossem assim, iríamos ao encontro dos mais necessitados e sofridos do nosso tempo.
Hoje vemos essa realidade nas pessoas desempregadas, carentes de saúde e marginalizadas na pobreza, principalmente no pós pandemia. O que podemos fazer, como cristão, que quer seguir Jesus no seu maior mandamento amor a Deus e ao próximo como nós mesmos? Podemos ficar apáticos diante dos gritos dos famintos, dos violentados e dos que estão sem assistência de uma saúde digna? Não. Uma forma é fazer ações que levam vida e vida em abundância com mutirões de cristãs na justiça, na saúde e na ajuda material. Não podemos ser sossegados quando mudos vivem indignamente como sre humano em suas casas. (cf. 1Ts, 5c-10)
Mateus nos mostra uma pergunta das autoridades judaicas a Jesus sobre qual é o maior mandamento. É uma armadilha para que Jesus respondesse e caísse numa polêmica, mas Jesus respondeu sabiamente e a sua resposta não tem contestação nenhuma porque o amor a Deus e ao próximo são a medida para quem quer ser coerente na fé a Deus..
Hoje vemos pessoas e jornalistas que fazem o mesmo com o nosso Papa para expor em situações embaraçosas do nosso tempo. É sabido que Deus deu 10 mandamentos, mas os judeus acrescentaram uns 613 e esses eram ritualismo que deveriam ser cumpridos pelo judeu fiel e muitas vezes o essencial ficava de lado que é amor solidário e compassivo com os que mais precisam que ficavam a margem da sociedade e fora da religião oficial.
Infelizmente acontece nos dias de hoje em nossas comunidades que separa os que podem entrar e os que não podem ficar e esses ficam fora da barca da Igreja. Deus não aprova isso. Jesus responde que o amor é a medida para quem O segue. Esse amor é para com Deus e para com o próximo como nós mesmos nos amamos.
Não é amor fantasioso e nem falso, mas concreto que se torna acolhedor numa igreja de saída sem ficar preso a ritos e isolamentos sociais. Há muitos gritando por ajuda no acolhimento espiritual e também material. (cf. Mt 22,34-40)
Portanto, o amor está vinculado a Deus e ao próximo e não um amor vertical apenas, mas também tem que ter a sua horizontalidade. O exemplo é a cruz, pois ela aponta para Deus e também aos outros. Que haja entre nossas comunidades movimentos sociais para abrandar a fome, o desespero por falta de dinheiro devido a uma salário miserável. Esse é muito pouco pelas coisas básicas que o ser humano precisa.
Que esta liturgia nos ajude a saímos do nosso egoísmo e que procure sermos mais abertos aos necessitados de palavra que edifica e ações que aliviam as dores, a fome e as carências de toda a ordem na nossa sociedade, na nossa comunidade e na nossa família.
Tudo por Jesus, nada sem Maria! Evangelium Christi semper missionarius.
Jose B. Schumann Cunha
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