ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 12 de julho de 2019

O mundo precisa ter um olhar do Samaritano que compadece


O mundo precisa ter um olhar do Samaritano que compadece


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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse domingo o 15º Domingo do Tempo Comum, e a liturgia nos ensina o caminho da vida eterna, e ela passa pela solidariedade e partilha.
A liturgia bíblica desse domingo nos dará uma visão e nós vamos procurar o caminho correto para poder conquistar a vida eterna.

No livro do Deuteronômio nos convida a aderirmos aos mandamentos que Deus nos deu e nos dá para que não enganemos em promessas vazias do mundo que não ajudam a ter a alegria da esperança do Reino de Deus que vai dar a eternidade com Deus para sempre para todos.

Assim está escrito: "Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus Mandamentos”. E ainda nos lembra com essa premissa:  "Esta lei não está acima de tuas forças... pelo contrário, ela está bem perto de ti, está em tua boca e em teu CORAÇÃO" 

O ser humano quer ser feliz e a felicidade que traz a plena alegria que está em Deus.  Os mandamentos são guias seguras que levam a plena realização da pessoa que quer ser feliz com Deus e somente Ele traz a segurança para todos. (cf. Dt 30,10-14)

Na carta de São Paulo aos Colossenses nos mostra a cristologia que faz entender quem é Cristo e Ele é uma “imagem do Deus invisível “ e ainda nos indica que Jesus Cristo é  o "primogênito de toda a criatura". Isso nos faz ter a convicção que Jesus veio e nos mostrou o rosto de Deus que é bom, misericordioso, o balsamo que cura e ajuda os mais pobres e necessitados, assim Cristo é pastor que assume o ser humano em todas as suas dimensões e desse modo é bom pastor. (cf. Cl 1,15-20)

O evangelista São Lucas nos esclarece o caminho correto para a vida eterna e há pergunta do Mestre da Lei. São duas perguntas que nos questionam muito. O que fazer? A lei de Deus que eram 10, mas que aos poucos chegou-se a 613, mas Jesus resume em duas no amor a Deus e ao próximo. (cf. Lc 10,25-37)

Essa premissa que o mestre responde a pergunta  que Cristo  fez a ele:  o Que diz a Lei? Lá está a regra magna de poder chegar a vida eterna, portanto é o amor. Se tivermos amor, então vamos realizar a maravilha de ser irmão e irmã de todos, principalmente os mais necessitados e os que estão mais precisando de ajuda. Um pais que há milhões de desempregados e provavelmente estão passando miséria e fome tem que haver inciativas para sanar essa grave situação. Aqui entra atitude de samaritano que ajuda sem fazer condições, mas ajuda os que mais precisam. 

A lição do Bom samaritano nos faz a refletir quem é o próximo de cada um de nós e a reflexão nos leva aquele que está nas nossas ruas clamando por nossa ajuda para o pão que alimenta aos que passam fome, o pão que educa dos que estão fora da escola, o pão do emprego aos que estão desempregados e o pão da saudê aos doentes que mais precisam e em fim tudo para que tenham vida em abundancia para todos.

A liturgia desse domingo possa nos ajudar para que possamos fazer o bem a todos e que a mesa seja farta onde todos possam partilhar no banquete da vida. E que sejamos um Igreja onde somos comprometidos com todos, formando uma família em que todos sentem acolhidos para a vida para todos. Amém

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel de Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 5 de julho de 2019

O autismo e a inclusão social

POR Mara Narciso, médica-endocrinologista e jornalista

Quando o mundo ficou sabendo que Leonel Messi tem Síndrome de Asperger, um tipo de autismo, pôde-se concluir que o autista consegue tudo quando bem orientado, inclusive ser o melhor em sua atividade. Mas é preciso ter cautela nas expectativas, e entender que há vários tipos e graus de autismo, e cada um dos seus portadores tem uma maneira diferente de funcionamento cerebral. Partindo do princípio elementar da medicina de que “nem sempre e nem nunca”, também o autismo, em sua essência, dificulta a interação do indivíduo com o seu meio, impossibilitando a comunicação, a convivência e a socialização. A capacidade intelectual não está obrigatoriamente comprometida, mas a maneira específica de se comportar e de ver o mundo sim.

Historicamente o autista é visto como alguém que não olha nos olhos, que não manifesta afetividade, que não se enturma, e tem dificuldades em se comunicar, seja falar, seja entender. Tradicionalmente espera-se que o autista típico fique fechado em seu mundo, alheio, ausente, como se não visse e nem ouvisse o que o rodeia. As trocas interpessoais são menores, e há uma tendência a executar atividades repetitivas, e, desde o nascimento, observa-se que não fixa o rosto da mãe. Pode balançar o corpo por intermináveis vezes, olhar sem ver, parecer surdo e usar objetos de forma inapropriada. Porém, esse estereótipo não corresponde à totalidade dos autistas, pois muitos têm inteligência acima da média, e a fala normal, podendo se destacar entre seus pares e ter uma vida adulta de sucesso. Dentro de um quadro de transtorno global do desenvolvimento, no qual sintomas podem desaparecer, enquanto outros novos podem surgir, apenas a trajetória da pessoa poderá definir quem ela de fato é.

As causas são genéticas e ambientais, como a contaminação por metais pesados tais como chumbo e mercúrio. O problema é físico, portanto tem claras bases biológicas. Embora muito estudado, desde 1943, quando foi descrito, ainda é um transtorno sem uma definição final. A palavra autismo foi empregada pela primeira vez em casos de esquizofrenia, e foi tomada emprestada para explicar o isolamento do autista, que fica fora desse mundo. Pode não interagir por dificuldade em começar essa interação do que propriamente por não se interessar pelo que acontece em sua volta. 

Acomete 20 indivíduos em cada 10 mil, sendo quatro vezes mais comum no homem do que na mulher. Causas psicológicas, relacionadas com o ambiente vivido pela criança, não foram estabelecidas. Aqui o ambiente familiar parece não ter relevância no desencadear do problema. Os sintomas advêm de alterações físicas no cérebro e incluem inabilidade de comunicação, ausência ou linguagem atrasada, pouca imaginação, incompreensão de ideias, uso inadequado das palavras que podem ser faladas de forma desvinculada do seu significado. O relacionamento com eventos e pessoas é diferente do habitual. As variações são imensas, havendo, em geral, interesse por poucas atividades, e até mesmo ocorrer períodos em que se instala uma verdadeira ideia fixa. Não há padrão de imagem cerebral, ou dosagem laboratorial e nem mesmo escala de sintomas. Estes se estabelecem antes dos três anos de vida e podem incluir alterações do sono e da alimentação, fobias, agressividade e auto-agressividade. A sensibilidade aos sons e às dores também parece alterada. Apatia ou hiperatividade podem ocorrer.

O diagnóstico é feito pela observação clínica e o que se destaca é a necessidade de ser precoce para haver uma estimulação adequada, e uma retomada do desenvolvimento. Os tratamentos envolvem equipe multidisciplinar com neurologista, psiquiatra, psicóloga, fonoaudióloga e nutricionista. Usam-se estímulos com sons e figuras para direcionar o comportamento, ensinando-se cuidados consigo mesmo, o relacionar-se com o outro e a prática de tarefas. 

Algumas vezes, estabelecer-se um contato verbal com o terapeuta parece impossível, e a musicoterapia tem um lugar marcante nesse estabelecimento. A terapia do abraço, bem aos poucos, sem impor, e respeitando a escolha da criança, ajudam e quebram a resistência. Há quem defenda o uso de dieta restrita, e garanta que a suspensão de alimentos com sacarose, trigo, leite e derivados propicia um crescimento intelectual e da comunicação de forma gradual e constante.

Os remédios variam para cada caso. A dopamina e serotonina podem ser necessárias naqueles casos de tiques, estereotipias e agressividade. Cada autista é único, e os sintomas gerais devem servir apenas de eixo, pois há quem os tenha e não seja autista. Os transtornos de comportamento, todos eles, exigem atenção permanente, e estímulos adequados, para que a criança possa desenvolver-se dentro da sua capacidade máxima. 

Os autistas são pessoas que não pedem ajuda, assim, mais do que nunca, o tratamento deve ser exaustivamente individualizado. Aceitar, acolher e respeitar precisa ser a norma quando o objetivo é melhorar a vida do portador desse transtorno, cujo cérebro funciona a seu modo, avesso a respeitar regras. O autista precisa de aconchego e amor, para que se sinta feliz, podendo ser ele mesmo, sem proibição de ser o que realmente é.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

A missão é de cada um de nós


A missão é de cada um de nós


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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando no dia 07 de julho, o 14º Domingo do tempo comum. Vamos refletir sobre a missão que Deus sempre escolhe para cada um de nós e ainda nos envia para que cumpramos  bem esse chamado.

A liturgia bíblica desse domingo nos fala de três envios que são: um profeta anônimo, Paulo e os 72 discípulos.

No livro de Isaias relata para nós um profeta que é enviado para proclamar o amor de uma mãe que tem para o seu filho. Sabemos que esse amor é desinteressado e ainda se enche do bem quere da mãe pelo Filho.

Assim está escrito: "Como Mãe que consola o filho, virei em pessoa para vos consolar." Isso nos dá a certeza que Deus zela, auxilia e cuida de cada um de nós com amor infinito que transborda a cada um de nós e esse é um amor gratuito de Deus pelo seu Povo. (cf. Is 66,10-14c)

Na carta de São Paulo aos Gálatas podemos notar que São Paulo se sente como enviado por Deus numa dimensão maior de testemunha da cruz de Cristo. Esta cruz não é para sentir derrotado por ela e nem ser indiferente dela, mas se gloriar na crus de Cristo que nos salva de modo admirável e para sempre a cada um de nós. Uma cruz redentora da humanidade inteira. (cf. Gl 6,14-16)

O evangelista São Lucas nos fala do envio de 72 discípulos por Jesus. É uma linda narrativo que descrê bem a missão da Igreja no mundo. Essa missão tem mão dupla uma de ida a missão e a outra de retorno da missão.

Deus envia a todos os povos e ninguém ficará sem a mensagem salvadora de Cristo. Interessante o número 72 tem um significado de todos os povos, isto é o conhecido da época. Hoje sabemos que a missão da Igreja é para todas as pessoas.

Devemos ser uma Igreja de saída. Nós somos mensageiros que vão a frente para levar a mensagem de Cristo como os apóstolos foram a frente de Jesus para preparar o ambiente para Jesus conseguir passar a sua mensagem de vida em abundancia para todos.

Jesus tem uma pedagogia no envio quando envia de dois a dois para missão. Acredito que é para que os discípulos não desanimem na caminhada que devam fazer, e assim um apoia o outro, fazendo com que a missão seja bem cumprida. Sempre deve alguém abrir o caminho para Cristo. (cf. Lc 10,1-12.17-20)

Para que tenha êxito devemos ser missionários orantes e pedir que venham operários dispostos a trabalhar numa messe grande. Jesus nos ensina a orar nesse sentido. Devemos ser portadores da paz e não de divisão, devemos ser pessoas que saibam trabalhar em equipe e a ainda fazer a missão de Cristo e não a nossa.  A pessoa de Jesus é que deve ser anunciado e não a nossa pessoa.

Que essa liturgia nos ajude a ser servos, missionários e bons operários da messe para que todos possam ouvir e decidir a sua vida para Cristo. Portanto sejamos dóceis ao Espirito Santo que age no nosso meio.


Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

terça-feira, 2 de julho de 2019

Laurita Alves de Araújo, sempre a caminho




Aconteceu na noite de sexta-feira, 28 de junho de 2019, no Centro de Evangelização Paulo VI (Rua Alagoas, 335, Cintra), Montes Claros/MG, o lançamento do livro “Os Caminhos de Laurita”. Quatro confreiras da Academia Feminina de Letras prestigiaram a solenidade de lançamento da obra literária: Maria da Glória Caxito Mameluque (Glorinha Mameluque), Nancy França Andrade, Alcione Gonçalves Ribeiro Vieira e Filomena Luciene Cordeiro Reis. O monsenhor José Osanan de Almeida Maia e Geraldo Matos Guedes foram outras autoridades presentes ao evento, que contou com participação considerável das comunidades da Paróquia Nossa Senhora da Consolação.

Geraldo Matos Guedes fez a apresentação do livro. “Este livro fala do amor que pulsa em cada ser humano. Você vai conhecer os fatos relevantes da história e dos caminhos de uma pessoa chamada Laurita Alves de Araújo - a estrela, assim apelidada por alguns companheiros(as) de jornada. Nascida no sertão norte-mineiro, onde o sol e o calor são predominantes naquela região: Vim pelas estradas empoeiradas e aqui cheguei nesta cidade, terra das formigas, assim chamada na época. Hoje cidade de Montes Claros. Vimos à procura de melhorar de vida. Com Deus na frente fortalecendo a esperança e ajudando a concretizar os sonhos e transformá-los em realidade. E hoje vim registrar estes fatos relevantes da minha vida, que faz parte deste trilhar caminhos”, destaca Guedes.

O posfácio da obra de 106 páginas e tiragem de 200 livros tem a produção de Glorinha Mameluque. “Com alegria recebi de Laurita a incumbência de ajudá-la a organizar este livro. Eram muitos textos e inúmeras fotos que tivemos de selecionar, organizar, escanear e inserir nos lugares próprios. Foram muitas idas à Gráfica Uni-Set, muitas revisões e ajustes. Já conhecia Laurita do Secretariado, sempre solícita e responsável, atendendo a todos com muita disponibilidade. Meu marido [Pedro Mameluque Mota] era admirador dela pela forma como o atendia sempre. Lendo o livro, tive a oportunidade de conhecer a sua rica história, cheia de lutas e desafios, mas também de conquistas e vitórias. Fiquei feliz em ajudá-la a realizar este sonho. Parabéns, Laurita!”, saúda Glorinha Mameluque, primeira presidente da Academia Feminina de Letras de MOC no mandato de 2009 a 2011.

Em entrevista, Laurita contou que foram três anos de labuta para pensar a obra. “A primeira parte é a minha caminhada. E a segunda parte é sobre a Família Alves de Araújo”, revela a agora escritora ao relatar que o livro traz detalhes sobre a sua vida, a caminhada na Arquidiocese de Montes Claros, no Seminário Maior Imaculado Coração de Maria, no Hospital Santa Terezinha (demolido), no Hospital São Lucas (hoje Fundação Dílson Godinho) e na Santa Casa.

Há também depoimentos do padre Antônio Carlos da Silva (falecido), do padre Antônio Alvimar Souza, do monsenhor Geraldo Marcos Tolentino e de catequistas com os quais trabalhou na Paróquia Nossa Senhora da Consolação. “Passava roupa no São Lucas com o ferro elétrico. No Hospital Santa Terezinha, pra gente descer as escadas com os pacientes para a parte de baixo, a gente descia com os pacientes na maca, na mão. Não tinha recursos”, recorda. 

Para ela, o fato mais importante da sua vida foi mesmo escrever um livro, além de trabalhar e ter feito faculdade. “São sonhos que a gente sonhava e nunca realizava. Eu mesma falar de mim mesma”, declara sem falsa modéstia. Só na Arquidiocese de Montes Claros foram 27 anos de serviços prestados. Depois de aposentada, trabalhou mais cinco anos como voluntária. Entrou em 1992 e saiu em 04 de fevereiro deste ano.

Nascida em um povoado chamado Atoleiro, município de Rio Pardo de Minas, no dia 24 de março de 1950, Laurita Alves de Araújo é filha biológica de Paulo Alves de Araújo e Maria de Jesus. “Éramos 14 irmãos. Cada um se espalhou para um canto e pra outro. De uns tempos pra cá, comecei a ter contato com os irmãos de sangue”, menciona. Ela reencontrou três irmãos. Laurita também teve 11 irmãos de criação. Com Mal de Alzheimer, a mãe que a criou hoje mora em Divinópolis aos cuidados de uma das irmãs. “Alugou a casa lá da gente. Morávamos no Cintra”, relembra.

“A vida era mais tranquila. Não tinha tanta violência. A gente trabalhava no pesado, mas a gente tinha uma vida saudável. Brincava muito. Tínhamos muitos momentos alegres, muitos momentos bons”, tem saudades Laurita de um tempo sem tanta agitação pós-moderna.

Ela se formou no ano de 2015 em Serviço Social no curso de educação à distância da Universidade Norte do Paraná (Unopar). “Foi muito bom. Tinha aula presencial, trabalho individual e em grupo. Exige mais da gente do que a gente na escola. Você estudar só exige muito mais de você. Pesquisei muito. Valorizei muito este estudo à distância”, testemunha. Fez monografia sobre violência doméstica. Tratou não só da violência física que sofrem as mulheres, mas também da violência psicológica. Destaca a importância da Lei Maria da Penha que, para ela, “aumentou mais a matação do que antes”. A legislação é importante, porém, “não tá resolvendo muita coisa não”. “Se as mulheres denunciam, o risco do agressor matá-las é maior”, considera.

Hoje Laurita mora sozinha à Rua Gerânio, 149, apartamento 103, Bairro Montes Alegre, CEP 39.410-494. “Vou à Missa na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na igreja do Cintra e na igreja do Batalhão. Sem compromisso. Saí da casa da mãe e fui para a casa da filha”, brinca ao se referir que a Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Bairro Monte Alegre pertence à Paróquia Nossa Senhora da Consolação. Faz fisioterapia por causa da tensão em virtude da preocupação em cuidar de uma das irmãs que está com câncer, internada em um quarto da Santa Casa. A irmã faleceu em meados de junho. Mas Laurita não perde a esperança em dias melhores, sempre a caminho. O exemplar do livro “Os Caminhos de Laurita” custa R$ 15 e pode ser comprado através do telefone particular da escritora: 38 9 9919 1829.    







terça-feira, 25 de junho de 2019

Quem reconhece o Cristo, vive coerente o nome de cristão

Quem reconce Cristo vive coerentemente o nome cristão


Xiamen, Moradores Da Favela, Fotografia De Rua, Sha Po


Queridos irmãos e irmãs, nesse 12º Domingo do tempo Comum, a liturgia nos adverte para a resposta coerente com o agir dos que querem seguir Jesus Cristo que viveu, agiu bem no mundo sem fazer pactos com sistema excludente da época, morreu por não aceitar as injustiças dos privilegiados, mas ressuscitou e está no nosso meio, clamando a nossa coerência de vida.

Sabemos que é difícil de dizer sim aos mais necessitados diante de tantas benefícios do sistema capitalista que privilegia alguns em detrimento de muitos. Hoje no Brasil vemos multidões de desempregados, muitos sem casas dignas, muitos passando fome e outros sem assistência a saúde, a educação e a segurança, mas poucos com tudo e outros muitos sem nada. Isso bate contra o que Jesus propor aos seus seguidores.

Somos cristãos e cada domingo nós reunimos para orar e agradecer, mas também se comprometer com o Reino de Deus que se faz na justiça, no amor, na misericórdia, no perdão e de mundo sem violência e sem armas.

Uma pergunta intrigante Jesus fez aos apóstolos e faz hoje para nós, Quem é Ele para nós?

Jesus é o Messias prometido, mas não como os judeus pensavam, pois Ele é o Messias servidor que compadece com a situação de milhões de pessoas que são exploradas, marginalizadas e excluídas dos sistemas de governos e de economia. Ele mostrou que quando estamos com Ele, haverá partilha, solidariedade e fraternidade que levanta o ser humano caído nas diversas situações de morte que se apresentam. 

Não haverá cristão verdadeiro se não for generoso com o seu próximo. O pobre sem recurso nenhum grita por socorro e pede a nossa ajuda. Não se pode dar migalhas e nem uma política assistencialista e populista que faz de conta que está protendo a maioria, mas não se abre a mão de privilégios e salários altíssimos em favor de todos.

Na profecia de Zacarias nos mostra como é o verdadeiro servidor, esse que foi registrado nessa profecia é Jesus Cristo. Jesus foi cruelmente assassinado e aceitou por ser um servo fiel e sofredor predito em Isaias. O que isso nos remete a Ele também nos faz pensar, dando a nossa resposta sincera de conversão a Deus. Então ser cristão de fato, não de placas de igreja e nem de rótulos bonitos. Ser pessoa que age na massa e produz algo que dá vida em abundancia para todos .. (cf. Zc 12,10-11;13,1)

A Carta aos Gálatas nos mostra que o Cristão, após o Batismo, se reveste de Cristo, por isso ele tem que ser outra pessoa, o homem velho, egoísta e insensível tem que sumir para viver uma vida nova em Cristo na comunidade de irmãos. Não se pode ter uma Igreja de privilegiados se existem muitos irmãos pedindo socorro e ajuda. Muitas vezes há pessoas que estão no nosso caminho à igreja, estendendo as mãos para levantarem daquela situação deprimente, mas a nossa insensibilidade, os deixamos lá fora e entramos na Igreja como só nós que Deus vai nos servir e ajudar. (Gl 3,26-29)


O evangelista Lucas, nos mostra a profissão de fé de Pedro e também o anuncio da Paixão de Jesus. É bom observar, que após as atividades de Cristo, Ele vai orar e depois disso conversa com os discípulos. E faz um pergunta: o que as pessoas pensam dele. As respostas são diversas mas não satisfatórias, mas Jesus faz uma pergunta direta, quem é Ele para eles.

Pedro dá uma resposta: Tu é o Cristo, filho do Deus vivo. Esta resposta é toda dimensão da ação de Jesus. Ele não se compactuou com o sistema dos privilegiados e exploradores daquele tempo, mas pede e quer que as pessoas se libertem desses sistemas e religiões intimistas e momentâneas. (cf. Lc 9,18-24)

Infelizmente muitas pessoas procuram um Cristo shop center a onde tem tudo de graça e ainda um Jesus pessoal e individual para cada um. Muitos não se comprometem por um mundo melhor para todos. Ficam anestesiados diante do horror da fome e de mortes de muitos irmãos nossos que estão marginalizados nesse mundo global.

Que a liturgia desse domingo possibilite que as pessoas mudem os seus paradigmas a favor do bem comum. Não há Igreja que não olhe e faça alguma coisa para todos e principalmente aos que mais precisam.
Tudo por Jesus nada sem Maria

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann

sábado, 22 de junho de 2019

Montes-clarense é eleita presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil

Acontece de 20 a 23 de junho de 2019, em Cuiabá, Mato Grosso, o 7º Encontro Nacional do Laicato com o tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade: um novo olhar e um novo agir”. Na sexta-feira (21/06), houve a eleição para a nova diretoria do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Três representantes do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo) do CNLB compõem agora a direção da entidade. São eles: Sônia Gomes de Oliveira, presidente; Luiz Everaldo, tesoureiro; e Adriano Massariol, titular no Conselho Fiscal. 

Nascida em 28 de abril de 1969 em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, Sônia Gomes de Oliveira é filha de Maria Eva Gomes de Oliveira (Dona Tiú) e Sebastião Rodrigues de Oliveira, casal que teve seis filhos. É a caçula da família. Mora no Bairro Nossa Senhora de Fátima, Região do Grande Cintra, desde que nasceu. É formada em Assistência Social pelas Faculdades Santo Agostinho. Atua na Arquidiocese de Montes Claros pelo Projeto de Desenvolvimento Rural e Urbano (Proderur). 


Adriano Massariol, Sônia Gomes de Oliveira e Luiz Everaldo

Sônia Gomes de Oliveira é a nova presidente do CNLB

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Onde há partilha ninguém passa fome


Onde há partilha ninguém passa fome


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Hoje estamos celebrando o Corpus Christi, é a festa da Eucaristia, o Corpo e o Sangue de Cristo se expõem publicamente. A Igreja feliz dá esse testemunho público nas procissões de cada cidade e algumas, essa procissão é realizada no domingo como por exemplos Roma.

Eucaristia é a festa da unidade e da comunidade que se reúne sempre para viver a partilha, a solidariedade e amor com todos.

A liturgia bíblica vai nos inserir nesse contexto da eucaristia vida, eucaristia corpo de Cristo que nos alimenta para a missão evangelizadora. Se não houver fraternidade e partilha entre nós, então é difícil estar em sintonia com Cristo.

No livro do Gênesis temos a figura do Sacerdote MELQUISEDEC que oferece a Abraão e seus homens cansados e famintos PÃO e VINHO,  depois de os abençoar, invocando o nome de Deus sobre eles. (cf. Gn 14,18-20)

Isso é prefiguração de Cristo; pois Jesus é o sacerdote da nova aliança. Em todas as missas Jesus oferece-nos ao Pai e depois se dá em alimento para nós. Devemos aprender a dividir e assim ninguém passará fome matéria e nem espiritual. A Partilha é a lei do amor aos mais necessitados.
O salmo nos remete ao verdadeiro sacerdote que é eteno (cf. Sl 109)

Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo nos fala da Eucaristia, o ponto alto do encontro de irmãos. Eucaristia é união e alimento da comunidade que se reúne em nome de Cristo. O gesto de partir é um convite a repartir com quem mais precisam. (cf. 1 Cor 11,23-26) No banquete da vida do Reino de Deus ninguém passa fome e assim todos tem vez e voz na mesa da Palavra e da Eucaristia que celebramos. (cf. 1 Cor 11,28-29),

O Evangelista  Lucas nos fala da cena da multiplicação dos pães. É a festa da partilha de dons. Se soubermos distribuir, todos fartam e ainda sobra. Se estamos com Cristo, Ele não nos deixa só, mesmo se a hora se adiantar ou dificuldade vier, nós podemos contar com Ele. A igreja realiza isso nas nossas missas que participamos. O reino de Deus é um fato real e nós podemos participar se soubermos partilhar os dons com todos para ninguém fique marginalizado ou  fora do banquete da vida que Deus nos convida incessantemente. Jesus nos exorta para que - "Dai-lhes vós mesmo de comer...", assim somos também responsáveis pela partilha e não apenas Deus. (cf. Lc 9,11b-17)

Devemos multiplicar o amor, a partilha, a fraternidade, a misericórdia, ao perdão, a solidariedade e desse modo ninguém fica prejudicado e nem carente. Sejamos a Igreja que partilha o pão da Palavra, da vida, do amor e de gesto que geram vida para todos. Os pães e os peixes são sinais que quando damos com disposição a multiplicação acontece. É algo simples, mas é preciso de despojamento e abertura para o outro que está ao nosso lado gritando por ajuda e socorro.

Isso acontece quando a comunidade se doa a serviço de todos. Que a Eucaristia que recebemos seja uma mola para sermos mãos e pês que ajudam para que esse mundo seja melhor e que possamos ser alimento de vida para todos . Amém!!!

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel Em Teologia Jose B. Schumann Cunha

A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga


A vida nos ensina a despedir-nos, diz Papa nas exéquias de Dom Kalenga

O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado no Altar da Cátedra, às exéquias do arcebispo Léon Kalenga Badikebele, núncio apostólico na Argentina, falecido no último 12 de junho. Os representantes pontifícios convocados pelo Santo Padre para oencontro realizado na quinta-feira, no Vaticano, participaram da celebração.

Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano

Dizer adeus ao irmão significa deixá-lo ir para Deus, significa deixá-lo nas mãos do Senhor, que são as mãos mais belas, porque “chagadas de amor".
Na manhã deste sábado, 15, o Santo Padre celebrou no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro a Missa de Exéquias de Dom Léon Kalenga Badikebele,  falecido no último dia 12 de junho. Sua homilia foi centrada na despedida do pastor de seu rebanho.

Testemunho

 O pastor, afirmou o Santo Padre, despede-se do próprio povo, como fez São Paulo em Mileto antes de ir a Jerusalém. Todos, recordou o Papa, choraram antes que o Apóstolo dos Gentios subisse no barco. O pastor "despede-se com o próprio testemunho":
“O pastor se despede mostrando que sua vida é uma vida de obediência a Deus: "Agora, impelido pelo Espírito, vou" para outro lugar. É o Espírito que me trouxe e que me leva”.

Desapego

 A despedida é também um desapego. É o testemunho daqueles que "estão habituados a não serem apegados aos bens deste mundo, a não serem apegados à mundanidade".
O pastor que se despede - acrescentou Francisco - confia a outros a tarefa de vigiar, de prosseguir pelo caminho. É como se dissesse:

“Vigiem sobre vós mesmos e sobre todo o rebanho. Vigiem, lutem; sejam adultos, vos deixo sozinhos, sigam em frente.”

Profecia e oração

 A despedida do pastor é também profética: mostra o caminho, indica como se defender. O pastor - observou o Papa - exorta a estarem atentos, porque depois de sua partida "virão lobos vorazes". E no final, o pastor reza e é como se ele dissesse: "agora eu confio vocês a Deus".
Isto, recordou o Santo Padre, é a despedida do pastor, que "São Paulo viveu tão fortemente em Mileto".

Esperança

 Além daquele do Apóstolo dos Gentios, o Papa indicou outra despedida: a de Jesus, que foi uma despedida de esperança. Jesus, disse o Pontífice, nos diz: "Vou preparar um lugar para vocês". A vida, afirmou o Papa, "nos ensina a nos despedir", a dar pequenos passos antes da grande despedida final:

“Que o Senhor nos dê a todos essa graça: aprender a despedir-se, que é uma graça do Senhor”.
Dom Léon Kalenga

 Dom Léon Kalenga Badikebele nasceu em 17 de julho de 1956 em Kamina, na República Democrática do Congo. Em 5 de setembro de 1982, foi ordenado sacerdote e incardinado em Luebo. Graduou-se em Direito Canônico, ingressando no serviço diplomático da Santa Sé em 27 de fevereiro de 1990, prestando sucessivamente seu serviço nas representações pontifícias no Haiti, Guatemala, Zâmbia, Brasil, Egito, Zimbábue e Japão.
Em 1° de março de 2008, foi eleito à sede titular de Magneto e nomeado, ao mesmo tempo, núncio apostólico em Gana, recebendo a ordenação episcopal no dia 1º de maio sucessivo. Em 22 de fevereiro de 2013, foi transferido como núncio apostólico em El Salvador e em 13 de abril do mesmo ano tornou-se também núncio apostólico em Belize. Em 17 de março de 2018 foi nomeado núncio apostólico na Argentina.


sexta-feira, 14 de junho de 2019

A comunidade trina entre nós

A comunidade trina entre nós

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Queridos irmãos e irmãs, o domingo da Santíssima Trindade nos faz recordar que desde pequenos aprendemos a fazer o sinal da Cruz em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Isso já o fazemos desde a tênue idade e era uma coisa tranquila. Quando vamos a missa, nós já assinalamos com o sinal da cruzem nossas frontes e ainda quando somos batizados este sinal fica marcado em nossa fronte para firmar a nossa identidade de filhos de Deus.

Esta festa é importante, pois celebramos esse mistério de um Deus em três pessoas. Esse mistério é para ser contemplados na grandeza da fé, do amor e da esperança que temos em Deus. O que fazer diante desse mistério? A resposta é simples, devemos responder a ele na confiança incondicional a trindade que nos abarca por inteiro. É a comunidade perfeita que nos convida a fazer parte dela na inserção na comunidade cristã que vive o amor, o perdão e a misericórdia. O amor que cria que é o Deus Pai, o amor que se entrega totalmente para nos salvar que é o Deus Filho e o amor que nos fortalece e nos santifica que é o Espirito Santo. Tudo é o amor.

 A liturgia bíblica nos ajudará a ter uma compreensão melhor. Isso vai nos fazer refletir, amar e vivenciar esse mistério grandioso entre todos nós que queremos ser cristãos autênticos.

No Livro dos Provérbios no capitulo 8, 22-31 nos faz ver em ação o projeto criador de Deus, que cria o universo com a máxima sabedoria e amor. E tudo que vemos contempla a grandeza de Deus. Suas maravilhas se espalham como uma corrente de águas cristalinas que atravessa o despenhadeiro para nos dar uma linda visão de uma cachoeira. (cf. Pr 8,22-31)

Na carta de Paulo  aos Romanos podemos constatar que através de Deus Pai é derramado sobre cada pessoa muitos dons que se traduz no amor, na paz que nos anima a viver com todos, a esperança que faz cada um seguir no caminho do senhor e o amor de Deus que nos ergue, nos anima e nos faz forte para construir um reino aqui na terra onde todos podem desfrutar dele sem nenhuma marginalização ou exclusão de pessoas. (cf. Rm 5,1-5)

No evangelho de João nos faz um clareamento que devemos ter da missão do Espirito Santo.. Sabemos que é Ele que faz acontecer por completo a obra do Pai e do Filho. Tudo isso é para que possamos aderir plenamente ao Projeto de Deus Pai no Filho, que é a obra de salvação de Jesus Cristo. Deus nos salva no Pai, no Filho e no Espirito. Não existe exclusão de nenhuma pessoa na Trindade Santa. O Pai é visto no Cristo e os dois se faz presente na ação do Espirito. . (cf. Jo 16,12-15)

O mais importante é que cada um de nós se deixar ser conduzido por Deus na comunidade, que quer ser sinal do amor Dele, na sua ação pastoral e numa Igreja de Saída. A comunidade que se reúne na Palavra de Deus, na Eucaristia partilhada e na partilha de dons que são para o proveito de todos. A mesa se torna o lugar de encontro, onde todos vão ter assento, ter vez e ter voz

Que esta liturgia nos ajude a mergulhar nesse mistério que se faz mais próximo em nós na adesão plena onde possamos ser irmãos e irmãs na comunidade viva da Igreja.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!
Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A Igreja nasce na força do Espirito Santo


A Igreja nasce na força do Espirito Santo

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Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando hoje a Festa de Pentecostes e nesta liturgia se encerra o Tempo Pascal. A festa de Pentecostes é antiga e já existia no Antigo Testamento e era a festa da colheita em Israel, mais tarde tornou-se a festa aliança, 50 dias depois da Pascoa dos judeus. Agora para nós é uma festa que vem depois de 50 dias que Jesus ressuscitou. Jesus indo ao Pai, mandou O Espirito Santo a Igreja e isso para nós é o nascimento da Igreja. É a festa da comunidade e da nossa maturidade cristã que acontece com o crisma que um dia recebemos.

Hoje estaremos fazendo a renovação das promessas Batismais dessas crianças, que na semana que vem, vão fazer a sua primeira comunhão. A Igreja batiza na fé dos pais, padrinhos e da própria comunidade que está inserida essas crianças, mas hoje elas vão dar esse testemunho na frente de toda comunidade aqui reunida.

A liturgia bíblica desse domingo nos faz compreender melhor a Festa de Pentecoste que é a força da Igreja para ela ser missionaria e corajosa nesse mundo cheio de ideias e pensamentos plurais.

No livro dos Atos dos Apóstolos nos apresenta o acontecimento de 50 dias após a Pascoa do Senhor. Isso se coincidiu com o Pentecostes dos judeus. Aqui vemos a importância de sermos comunidade de irmãos e irmãs em Cristo e ela é assistida pelo Espirito Santos de Deus. O acontecimento se deu alguns sinais de teofania que são o vento e fogo.

Agora os apóstolos medrosos vão ter a coragem de anunciar Jesus e a sua boa nova sem medo porque tem a certeza que são impulsionados pela força do Espirito Santo. Hoje Deus pede para nós essa coragem e disposição de sermos uma Igreja de saída para estar a onde mais precisa de evangelizar e levar a esperança que o Reino de Deus é para todos. Todos vão compreender o que Deus quer de nós e é por isso que todos entendem a mensagem da Igreja, podendo se compreendidos em todas as línguas. (cf.At 2,1-11).

Na Primeira carta aos Coríntios, Paulo nos fala que o Espirito é a fonte onde surge a comunidade e nela o Espirito distribui dons para o bem dela. Ninguém torna-se importante, pois cada dom é para enriquecer a comunidade. Como o corpo tem membros e todos eles agem em harmonia para o bem do corpo, assim é a comunidade cristã que tem o papel de ser sinal de Cristo vivo em todas as circunstância da vida. A Igreja é toda ministerial, cada um exercendo a sua função para o bem comum de todos. As portas da Igreja se abrem para que todos possam sentir amados e uteis na comunidade. (cf.1Cor 12,3b-7.12-13) 

No Evangelho de João, os Apóstolos recebem a efusão do Espírito Santo, no "anoitecer" do dia da Páscoa.  O lugar está fechado e os apóstolos com muito medo, mas Jesus se apresenta e dá a Paz a todos e dão a eles um mandato que é de ser missionário em todos os lugares, principalmente a onde mais precisam.

Hoje, há muitos gritando por nossa ajuda porque estão marginalizados no desemprego, na fome, na doença e em uma escuridão que precisam ser iluminados com a luz do Espirito Santo irradiada pelos nossos gestos de amor, de misericórdia e de perdão. A Igreja recebe de Jesus essa vida nova que não acaba. (cf. Jo 20,19-23)

Assim, a comunidade sente cada vez mais impulsionada com esse calor que inunda todo nosso ser. Somos a Igreja em movimento e ativa no mundo, trazendo novas cores que enchem e modificam a realidade de morte para a vida.

Que esta liturgia nossa ajude a sermos comprometidos com o projeto de Deus, trazendo a fé, a esperança e o amor a todos e desse modo, encorajando cada vez mais as pessoas para o serviço missionário.

Que a Eucaristia e a Palavra de Deus sejam a mola que nos impulsiona para frente e cada gesto nossos sejam de vida em abundância para todos.

Tudo ´por Jesus nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha