ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 17 de outubro de 2020

Dar a Deus o que é de Deus e a Cesar o que é de Cesar

  Dar a Deus o que é de Deus e a Cesar o que é de Cesar


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 29° Domingo do Tempo Comum e estamos já quase no final deste ano litúrgico da Igreja. A Igreja nos ensina que estamos no mundo como cidadãos igual aos outros somente como uma diferença é que acreditamos em Cristo, seguindo-o e aderindo ao seu projeto de salvação que Ele nos trousse.

Se estamos no mundo devemos cumprir os deveres que são impostos a todos. Sobre o imposto que se cobrava naquele tempo e hoje, vamos ter uma resposta certa na luz dos ensinamentos da palavra de Deus e de Cristo para hoje.

A liturgia bíblica deste domingo nos dará uma resposta para que sejamos autênticos cidadãos do mundo e do céu.

No livro do profeta Isaias temos um rei pagão que foi um instrumento nas mãos de Deus pala libertar o povo da escravidão na Babilônia. Era um rei admirável na administração e na logística de comandar todos os Império do Oriente e a Babilônia. No ano de 538 depois de conquistar Babilônia, ele resolveu libertar os judeus que estavam no cativeiro lá. Permitiu que voltasse a sua terra e reconstruísse o templo de Jerusalém. Aqui o profeta Isaías o chama de rei ungido do Senhor porque souber ler o desejo de Deus para aquele povo. Desse modo ele tornou um instrumento de Deus sem saber nada desse Deus e nem era membro desse povo. É algo par a gente pensar e refletir.

O interessante observar e constatar que Deus é verdadeiramente Senhor da História. Ninguém pode achar que vai resolver tudo se Deus não tiver no comando, pois é Ele que dá o sinal e a garantia para o nosso bem e de todos.

O rei tem que ser bom,, honesto e que saiba promover o bem comum e o bem estar de todos. Não importa se não tem religião. Esse é um requisito importante. Mesmo os que tem religião pode não ter boas intenções e são desonestos no trato de coisa pública como já se tem vista em muitos lugares no mundo. (cf. Is 45,1.4-6)

Na Primeira carta aos tessalonicenses percebe-se que a comunidade aderiu plenamente ao evangelho do Senhor com alegria e um grande entusiasmo. Isto é pela ação do Espírito Santo que age em cada um, dando frutos de fé, amor e esperança.

Esses valores ou virtudes teologais são muito importantes para que possamos ser autênticos cristão e façamos a diferença no mundo, promovendo a justiça, o bem e amor a todos. (cf. 1Tes 1,1-5b)

O evangelista Mateus nos mostra Jesus respondendo uma questão política do imposto devido a Cesar ou a Deus. Aqui temos duas personagens que valorizavam o poder de Roma que são os herodianos e os fariseus. Desse modo eles fizeram uma pergunta intrigante a Jesus se devia pagar tributo a Cesar.

Jesus sabiamente responde a eles através de uma moeda que ele pediu a eles. E perguntou quem é a figura que estava cunhada na moeda e eles prontamente responderam Cesar. Então Jesus dá uma resposta certeira, dizendo: dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus.

Isso é para mostrar que devemos dar aquilo que é devido a cada um, não podemos ignorar esse legitimo direto de Deus e dos governantes das nações. A Deus é o cumprimento dos mandamentos e a adoração devida a Ele e  aos governantes seriam os tributos e outros deveres que são feitos para o bem comum de todos. . (cf. Mt 22,34-40)

Assim irmãos e irmãs, devemos diante de Deus ser coerentes nos valores evangélicos e ser discípulos missionários que levam o evangelho de salvação a todos, praticando a justiça, o amor, o perdão, a misericórdia, a solidariedade e partilha, tudo isso em uma vida de comunidade onde todos são chamados ao banquete da vida sem exclusão.

Que esta liturgia nos ajude a sermos mais justos nos tratos das coisas desse mundo, cumprindo obrigações de cidadãos e diante de Deus ser fiel ao plano de salvação, transformando a realidade de morte para a vida.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose Benedito Schumann Cunha


domingo, 11 de outubro de 2020

A Vinha do Senhor é Israel e também o novo Povo de Deus

  A Vinha do Senhor é Israel e também o novo Povo de Deus




A Liturgia do 27º  domingo do Tempo Comum  continua a imagem da VINHA, que representa Israel, o povo eleito, precursor da Igreja, o novo Povo de Deus que deve produzir frutos para Deus e também celebramos  o dia de São Francisco.

No livro do profeta Isaias temos esse lindo do Cântico da Vinha, que é uma narrativa da história de amor de Deus para com o seu Povo e mostra a infidelidade desse povo escolhido. Sabemos que Deus é bom e quando as coisas não dão certo é porque o homem que age e faz o mal acontecer no mundo. Isso por transgredir a aliança de um Deus que está sempre ao nosso encontro.

O trovador é o profeta, Deus é o amigo que julga o seu povo, que é a Vinha. Aqui vemos um amor de Deus ao Povo e a resposta desse povo a Ele. O agricultor é Deus e escolhe a melhor semente para que haja bons frutos, mas a negligencia dos vinhateiros transforma a terra para ser estéril e assim ela dá péssimo frutos que não serve para nada.

Deus dá toda condição de Trabalho para que possamos produzir bem e com frutos de qualidades. Como não corresponderam o que era previsto pelo agricultor então surge a própria indignação dele diante do resultado péssimo da vinha. Antes ele pensa o que poderia ter feito e o que foi falha da parte dele, mas percebe-se que foi a negligencia e mal serviço que originou toda a má colheita.

Sabemos que a vinha é o povo de Deus, o agricultor é Deus e os frutos seriam o resultado do trabalho feito pelo povo. Como não corresponderam tudo que Deus tinha proposto, então vai ser desfeito pela destruição da vinha e ela foi devastada. Os frutos que Deus espera do povo era a justiça e o direito, mas no seu lugar vieram a violência, o horror e a sua deportação para terra estranha da Babilônia. (cf. Is 5,1-7)

Na carta de São Paulo aos filipenses nos narra os frutos que devem ser produzidos que são decorrentes do nosso compromisso batismal. Devemos estar comprometido com Cristo e com o seu Evangelho. Quais são esses frutos que os cristãos devem produzir na sua vida e na comunidade em que pertencem? A resposta é simples e essa: Recomenda seis “qualidades” que eles devem cultivar com alegria: a verdade, a justiça, a honradez, a amabilidade, a tolerância, a integridade… (cf. Fl 4,6-9)

No Evangelho, Jesus retoma e desenvolve o poema da VINHA que foi falado em Isaias.  Jesus fala de um senhor que emprega na terra  todas as ferramentas necessárias para que a vinha produza bons frutos. Narra também pessoas enviadas para receber a colheita, mas eles as maltrataram e nem o filho do dono da vinha eles o mataram. Mas o dono não vai destruí-la e vai dá-la para outros vinhateiros tomarem conta da vinha  e que ela  produza frutos e que possam entrega-las na hora certa a colheita para o dono. Essa narrativa nos remete a nossa história da salvação.

Deus para resgatar e salvar o povo escolhido envia profetas, mas eles não os ouvem e ainda maltrataram e e matam os seus profetas e por fim Deus manda o seu filho e nem a esse eles o obedecem, matando-o na cruz. Quem ouviu essa parábola que Jesus quiseram pegá-lo pois perceberam que eram deles que Jesus falava. O momento ainda não era propicio.

Essa parábola nos ensina que os grandes da época não permite que a justiça e a verdade sejam feitas a todos, mas infelizmente não deixam que o Reino de Deus seja instaurado, provocando perseguição aos profetas para que não denunciasse os seus maus feitos.

Hoje podemos colocar essa parábola para a nossa realidade de mundo, de comunidade e de família. Há pessoas que tomam conta da missão como algo de sua propriedade e não permitem que outros possam usufruir da Igreja da partilha, da política do bem comum e da família como algo importante.

Alguns destoem a comunidade, a política e a família, provocando violência, desigualdades e injustiça; (Mt 21,33-43)

Que a liturgia desse domingo que participamos nos ajude a entender que devemos ser a Igreja de saída e ainda permite que todos possam participa da vida da comunidade, da família e do mundo para o que o banquete se já para todos. O reino de Deus é de todos e ninguém fica excluídos.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 Jose B. Schumann Cunha

Deus prepara o Banquete e nos convida

 Deus prepara o Banquete e nos convida

 



 

 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 28° Domingo do Tempo Comum e no dia de ontem, a Igreja ficou mais linda porque um membro dela está participando da constelação dos beatificados no céu. Um garoto de 15 anos descobriu o caminho da santidade através da eucaristia, da oração, da caridade aos mais desfavorecidos e ainda sendo um missionário da internet, levando o evangelho genuíno de Cristo aos jovens e a todos.

 

Vários domingos, a liturgia nos mostrou que a Igreja é a vinha do Senhor e ela deve produzir frutos bons e doces quando está ligado a Cristo e vivendo coerente a vocação batismal. Hoje somos convidados a participar do Banquete que Deus prepara para todos que são fiéis a Ele no projeto de salvação e de construção de um mundo mais justo e solidário parra todos. É um banquete solene onde todos são convidados e o convite é que se use as vestes da santidade traduzido em gestos, atitude e palavras.

 

No livro de Isaias nos fala que Deus prepara um banquete ao seu povo e a todos sem exceção. Sabe-se que banquete é uma festa para os amigos a onde há partilha e troca de presentes. Aqui o banquete é obra de Deus e o presente é curar as feridas da morte, as lagrimas, os lutos e a tristezas serão substituídas pela vitória da vida sobre a morte. É a esperança da volta num futuro de alegria e salvação para todos que sãos fiéis a sua aliança salvadora e resgatadora da vida.

 

O nosso Deus é da vida e sempre promove o banquete que gera uma alegria infinita a quem participa dele. (cf. Is 25, 6-10a)

 

Na carta de são Paulo aos filipenses, São Paulo nos mostra a força que vem do Cristo ressuscitado e ela sustenta a vida de Paulo e a de todos que querem trilhar o caminho do Senhor para o céu. As dificuldades são eliminadas na medida que configuramos a nossa vida em Cristo na comunidade cristã, na família, no trabalho e no mundo. Devemos sempre repetir essa frase que sustentou São Paulo na sua vida que é: "Tudo posso naquele que me dá força". (Cf. Fl 4.12-14.19-20)

 

O evangelista São Mateus retorna a bela imagem do Banquete dita em Isaias. O reino de Deus é a maravilha que é comparado a  um Baquete de uma festa de casamento. Deus, na figura do rei, prepara tudo para as núpcias do seu Filho que para nós é Jesus. Quem é a esposa? A resposta é a Igreja e ela deve estar ornada na justiça, no amor, no perdão, na misericórdia, na partilha, na solidariedade e no perdão.

 

O banquete é planificação messiânica do Reino a onde todos devemos um dia estar na gloria com Deus juntamente com todos os santos. A igreja sempre dispõe para nós profetas que anunciam, nos orientam e nos corrigem para não percamos o caminho que nos leva a salvação. Os apóstolos e nós somos os missionários que devem buscar pelo caminho da vida mais pessoas para participarem desse banquete que é para todos. Os convidados devem acolher esse convite do Senhor, mas os primeiros que receberam o convite não entraram e foi preciso que o Rei buscassem outros que fossem convidados.  Aqui vemos os pecadores, os marginalizado e quando recebem o convite ficam eufóricos e vestem a roupa nova para a grande festa da vida.

 

A roupa nova é a conversão de vida para Deus. Infelizmente, alguns não aderem a Deus e nem permitem que outros possam entrar no Reino, criando obstáculos e exclusão, mas Deus não desiste e vai atrás daqueles que estão sedentos de vida e justiça.

 

Assim o reino de Deus se completa em todos os tempos e é isso que vemos quando a Igreja nos pede que convertamos e busquemos os valores do alto. Assim o banquete da vida acontece. (Cf. Mt 22, 1-14)

 

Que esta liturgia nos faça pessoas novas e que revistamos de roupas que seja a transparência de vida em Deus e que a santidade seja a meta de todos nós.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

 

Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

domingo, 27 de setembro de 2020

Devemos trabalhar na Vinha do Senhor com disposição

 Devemos trabalhar na Vinha do Senhor com disposição


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando nesse domingo o 26° Domingo do Tempo. Comum. Todos são chamados na construção do Reino de Deus, que começa aqui e tem a sua culminância no céu. O mundo carece de justiça e amor, e esses dois junto trazem a paz. Deus é da paz. 

Deus nos faz uma proposta e nós devemos dar uma resposta responsável e coerente e nunca faz de conta para agradar no momentos. Devemos estar em prontidão e pensar no que Deus quer de nós para que o mundo seja melhor. Hoje a liturgia nos lembra da Bíblia, e ela não pode ser um livro qualquer na nossa vida e na nossa estante, mas uma Palavra viva de Deus em nossa vida, na comunidade cristã e no mundo.

No livro do profeta Ezequiel nós podemos ver o apelo do profeta para que vivam o povo da aliança na coerência do sim da aliança de Deus a eles apesar deles estar exilados em terra estranha como é a Babilônia. O conto da vinha do Senhor é a forma como Deus trata a videira com boas escolhas para dar frutos. Isso deve ter bons cuidados e zelo para que o êxito da colheita seja com frutos bons e doces.

Deus já tinha escolhido coisas boas para a vinha, mas o mal uso, o descuido e tudo isso fizera sair frutas acidas e imprestáveis. A vinha é Israel e ela é a preferida de Deus, por isso ele cuidou e preparou com carinho. Deus é fiel, mas a infidelidade de Israel produziu uvas ruins e devido a isso a onde estava vinha foi devastada e destruída. Assim Israel foi para o exilio em terras estranhas. (cf. Ez 18,25-28)

Queridos irmãos e irmãs, assim que percebemos hoje as pessoas se desviaram da sã doutrina, cultivaram ídolos do mundo e disso tudo tem consequências, como guerras, doenças e catástrofes.

Na carta de São Paulo aos filipense nos mostra esse hino cristológico que mostra um Deus que vem até nós despojado da sua condição divina para viver a condição humana em tudo menos no pecado. Jesus foi fiel sempre e o seu sim foi completo na crucificação e na sua morte horrível de cruz quando Jesus fala: tudo está consumado. (cf. Fl 2,1-11)

O evangelista Mateus nos fala da Igreja como uma vinha do Senhor. Essa vinha precisa de trabalhadores fieis e que sejam dispostos a trabalhar com afinco pelo reino. Estar na Igreja é a condição e o nosso sim deve ser autêntico e disponível a missão de evangelizar.

Na parábola da Vinha dita por Jesus nos indica duas atitudes de alguém que é convida a trabalhar nela. Ele pede para trabalhar na vinha que é construir o Reino de Deus, mas percebemos que tem duas distintas respostas: uma é de prontidão mas não vai e outro diz não e pensando melhor vai.

 Esses dois filhos, somente um agradou porque mesmo com a negativa de um e esse pensado melhor foi e quanto ao outro que disse que ia e não foi. O que acontece hoje a Igreja tem muitos que deram o sim, mas não faz algo construtivo e sim com mal exemplo e desonestidade macula a Igreja com escândalos. Outros mesmo dizendo não devido de não ver na Igreja algo bom, mas quando reflete a importância da Igreja na transformação do mundo e assim responde e vai a missão para mudar a cultura de morte para a cultura da vida. (cf. Mt 21,28-32)

Para entender melhor o sim de primeira mão é os judeus que são da aliança e sempre disseram sim mas não contribuíram muitas vezes ao plano de Deus e foram infiéis a Deus na sua Aliança. Agora o não representa os judeus bem intencionados que durante a história deram negativa a Deus, mas pensando melhor trabalharam para o reino de Deus e os que não eram judeus se tornaram também discípulos de Cristo no mundo.

Que essa liturgia nos ajude a refletir a nossa resposta e que ela seja de um sim coerente e responsável para que esse mudo seja florido do bem, da justiça, do amor, da partilha e solidariedade. Que o perdão e a reconciliação sejam um regra em nosso vida.

Tudo por Jesus nada sem Maria!

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 19 de setembro de 2020

Somos convidados a trabalhar na Vinha do Senhor

 Somos convidados a trabalhar na Vinha do Senhor



Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 25° Domingo do Tempo Comum. Hoje vamos continuar refletindo sobre a Igreja e como devemos estar nela no serviço do Senhor. Esse trabalho é diferente, pois todos são convidados, os mais cedo e os mais tarde, mas o salário é o mesmo porque ninguém pode estar fora do Banquete da vida.

Pelo Batismo somos convidados a trabalhar na vinha do Senhor, mas muitos não são convidados e são desprezados pela comunidade e pela sociedade. É uma visão do mundo daquilo que é inútil para eles, tornam-se descartáveis.

A liturgia bíblica desse domingo nos dá o norte como que é o pagamento que Deus faz aos seus colaboradores. Deus é fiel sempre.

No livro do Isaias nos mostra como que Deus age e pensa. Deus não faz juízo igual a nosso, pois Ele é justo e fiel. Deus vê a qualidade do nosso serviço e do nosso agir. O trabalho deve ser sincero sem nenhuma ostentação ou tirar vantagens dele. (cf. Is 55,6-9)

Na carta aos filipenses nos mostra o testemunho de Paulo diante da sua  missão de apostolo. Para ele Cristo é o centro de sua vida e ainda faz um afirmação para nós pensarmos e refletirmos  muito no que ele falou. Para mim viver é Cristo, e o morrer um lucro. Essa é afirmação dele que nos projeta para uma vida que faz sentido em Cristo. Ele é a razão da nossa vida, da nossa missão e do no nosso trabalho na Igreja, na família e no mundo. (Cf. Fl 1,20c-24.27a)

O evangelho de Mateus nesse domingo nos chama atenção do trabalho da vinha do Senhor. Isso nos remete ao Plano de salvação para todos, mas é preciso ser convidado e se deixar ser seduzido por Deus. A salvação não é mérito de um povo, e não é só para os antigos da aliança de Deus. Ele á para todos como mostra a Parábolas da Vinha do Senhor.

Aqui vemos o patrão contratando na primeira hora trabalhadores. Aqui podemos entender que é o antigo Povo escolhido da Aliança. No decorrer do dia vai contratando. São os que são chamado ao Reino durante a história da Salvação e por fim da hora vê ainda alguns na Praça sem fazer nada. Aqui são os pagãos e os que estão a margem da sociedade, mas ele pergunta porque não foram contratados. Eles respondem ninguém nos chamou. Aqui podemos entender aqueles que nunca foram anunciado a salvação de Jesus por falta de missionários e ou ainda por descuido ou descaso dos pastores da Igreja. Agora vemos que todos estão na barca e no trabalho da vinha.

O interessante que o patrão chama os últimos. Isso quer nos dizer mesmo os que foram chamados bem depois, trabalharam com afinco. São os convertido, depois que conhecem a preciosidade de estar com Jesus se animam de tal modo que contagia a todos com a mensagem do Evangelho do qual são portadores. Por causa disso recebe o salário que é a salvação. 

Os outros foram chamados para receber o seu salário conforme o combinado. Mas eles acharam que iam receber muito devido de ter trabalhado o dia todos. Aqui vem uma pergunta será que trabalharam com afinco ou se acomodaram como acontece, as vezes na Igreja, devido ela estar com muitos, então nós achamos que devemos fazer pouco e que vão ter a recompensa por ser mais antigos. Enganam-se por que Deus vê o coração e o modo de agir dos cristão na Igreja no mundo. (cf. Mt 20,1-16)

Que esta liturgia nos ajude a se olhar por dentro para ver as nossas praticas cristãs e verificar como estão os nossos serviços na Igreja e no projeto de salvação. Sabemos que todos são convidados a participar do Reino de Deus e ninguém pode estar fora do banquete da vida, e nem pode estar sem a mensagem de Cristo por falta de missionários da Palavra de Deus.

Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Jose Benedito Schumann Cunha

domingo, 6 de setembro de 2020

Devemos estar atento como vigilante

iCatolica.com: Homilética: 23º Domingo do Tempo Comum - Ano A: "Correção  fraterna: sinal de amor verdadeiro".

  Devemos estar atento como vigilante


Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 23º Domingo do Tempo Comum e também o mês da Bíblia. A palavra de Deus está sempre ao nosso alcance e devemos tê-la no coração para poder vivê-la. A existência humana é cheio de surpresas e acontecimentos, mas devemos estar atento a luz da Palavra de Deus para ter as respostas das nossas inquietações perguntas referente aos acontecimentos de nossa vida.

Muitas vezes fatos e acontecimento que acontece na nossa vida, na sociedade e no mundo nos afetam no nosso modo de viver e encarar o andamento de nossa vida. Isto é o que estamos vivendo nesses meses do COVID 19 que atingiu a todos. As atitudes individuais ou de grupos tiveram que ser feitas através de orientações dos responsáveis da saúde e do país. Vimos uma certa negligencia de algumas pessoas e de alguns governos sobre essa pandemia, porem as mortes e os contaminados nos deixaram marcas profundas como devemos encarar a nossa vida diante do projeto de Deus.

A liturgia bíblica desse domingo nos chama atenção para ser um vigilante. E assim vamos entender melhor isso.

No livro do profeta Ezequiel, ele surge com uma figura de sentinela que ´Deus colocou para cuidar, vigiar e zelar Israel para eventuais perigos que podiam suceder na casa proferida de Deus que é Israel. Sentinela é aquele que com seu olhar pode avistar um perigo de longe. E avisar a tempos os outros se guardarem e se proteger dos perigos e dos inimigos. Se não fizer bem o seu ofício será acusado de algum dano ou catástrofe que atingir o povo.

No nosso caso o profeta é a sentinela de Deus para ser um porta voz ao povo, avisando que não deve sair do caminho que leva a verdadeira libertação e salvação. É um que anuncia da importância de estar na aliança de Deus e denuncia algo que é ruim e corrupto no meio do povo que vem para destruir e atrapalhar da pessoa ser livre. (Cf. Ez 33,7-9)

Na carta aos romanos, Paulo ensina que o amor é a plenitude da lei e essa será a medida de nossa ação. Se temos amor queremos que as pessoas e mundo sejam melhores. Assim devemos corrigir mutuamente. A humildade é reconhecer os nossos erros e a dos outros. Se tivermos amor, então a caridade vai ser a medida nossa conosco e com o nosso irmão e se não tem amor fica difícil viver a fraternidade com todos. Nós devemos sempre ter amor pelo nosso irmão e irmã. (cf. Rm 13,8-10)

O Evangelho mostra como devemos fazer para  recuperar um irmão que errou. O evangelista Mateus nos mostra um discurso eclesial, Jesus explica em uma forma catequética como deve ser a correção fraterna. A Igreja é profética e sempre nos alerta para sermos cada vez mais santos no agir e no ser. Assim como sentinela, ela nos corrigir e também o nosso irmão fraternalmente. Não deixar que o irmão trilha em caminho errado ou equivocado que traz vazio e escravidão da pessoa no mal.

Deus nos mostra a forma de correção, primeiro individualmente, se não der certo chama uma testemunha que você está corrigindo, e se nada resolver, então você leva o problema para a comunidade e se nela ele não atender, essa pessoa se torna um ímpio e pagão que não merece estar no convívio com os outros. O que é interessante nisso, Jesus não exclui de vez um irmão que erra, mas dá chances, mas se o coração é fechado da pessoa que erra, ela mesma se exclui e não pode estar na comunidade igreja. (cf. Mt 18,15-20)

É o que se dá na excomunhão. A Igreja usa esse último recurso porque a pessoa não quer ser unido e bom com todos.

Que essa liturgia nos ajude a entender que o amor é mais importante diante de um conflito surgido na comunidade ou a onda estivermos situado. O Brasil celebra a independência e que ele seja de fato realizado em todas as dimensões de nosso país, que as diferenças sejam diluídas no bem comum de todos.

Bacharel em Teologia José Benedito Schumann Cunha

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

A vida de paciente em hospital brasileiro

Por voltas das 6 horas e 30 minutos da manhã desta quarta-feira, 02 de setembro de 2020, uma mulher parda chega à Santa Casa de Montes Claros. Está grávida de nove meses. "A barriga tá pequena, né?!", surpreende-se. A bolsa rompeu. O bebê não mexe. A paciente tem que cumprir todo o procedimento burocrático dos planos de saúde para saber se ela é verde (atendimento tranquilo), amarelo (preste atenção) ou vermelho (alerta), como se hospital fosse semelhante a um trânsito urbano de veículos automotores. O marido branco e magro da mulher parda vem logo atrás com mala e pertences do bebê tão aguardado por familiares, parentes e amigos. 

A mulher insiste. "Sou médica-anestesista. Por favor, deixe-me entrar!!!". A trabalhadora, comovida, faz a liberação. A trabalhadora, ao obedecer as leis do patronato no capitalismo, pode levar muita gente à morte. Desobedecendo, de acordo com o bom senso que cada contexto social encerra, o trabalhador pode salvar vidas. Resta saber agora se o bebê nasceu.

Durante toda a pandemia do coronavírus de economia mista, iniciada em 20 de março de 2020, a Santa Casa de Montes Claros estava flexibilizada e tranquila. Encerrada a quarentena, a Santa Casa impôs regras aos trabalhadores da saúde e aos pacientes, quando o Brazil Society Anonimus Multinacional ultrapassa as mais de 120 mil mortes por coronavírus. 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A criação geme; a pandemia é uma encruzilhada

“A desintegração da biodiversidade, o aumento vertiginoso de catástrofes climáticas, o impacto desproporcionado que tem a pandemia atual sobre os mais pobres e frágeis são sinais de alarme perante a avidez desenfreada do consumo", afirma o papa em sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pela Criação. O dia primeiro de setembro assinala, para a família cristã, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação e, com ele, abre-se o Tempo da Criação que se conclui no dia 04 de outubro, memória de São Francisco de Assis.

Durante este período, os cristãos renovam em todo o mundo a fé em Deus criador e unem-se, de maneira especial, na oração e na ação pela preservação da casa comum. Inaugurando este Tempo da Criação, foi divulgada a mensagem do papa Francisco, cujo tema é "Jubileu pela Terra", tendo em vista que se celebra precisamente este ano o quinquagésimo aniversário do Dia da Terra.

A criação do mundo

Na Sagrada Escritura, recorda o pontífice, o Jubileu é um tempo sagrado para recordar, regressar, repousar, restaurar e rejubilar.

Um tempo para recordar

Para Francisco, é preciso recordar a vocação primordial da criação: ser e prosperar como comunidade de amor. Isso remete a um dos ensinamentos da Laudato Si: tudo está interligado e “o cuidado autêntico da nossa própria vida e das nossas relações com a natureza é inseparável da fraternidade, da justiça e da fidelidade aos outros" (LS, 70).

Um tempo para regressar

Todavia, constata o pontífice, quebramos os laços que nos uniam ao Criador, aos outros seres humanos e ao resto da criação. O Jubileu é um tempo de regresso a Deus, é tempo de partilha, escreve o papa, e nos convida a pensar novamente nos outros, especialmente nos pobres e vulneráveis. “O Jubileu é um tempo para dar liberdade aos oprimidos e a quantos estão acorrentados aos grilhões das várias formas de escravidão moderna, nomeadamente o tráfico de pessoas e o trabalho infantil”.

Não somos patrões, mas parte da rede interligada da vida. O convite de Francisco é ouvir o pulsar da criação. “A desintegração da biodiversidade, o aumento vertiginoso de catástrofes climáticas, o impacto desproporcionado que tem a pandemia atual sobre os mais pobres e frágeis são sinais de alarme perante a avidez desenfreada do consumo”. A terra é lugar de oração e meditação, algo que podemos aprender especialmente dos irmãos e irmãs indígenas.

Um tempo para repousar

Deus, na sua sabedoria, reservou o dia de sábado para que a terra e os seus habitantes pudessem descansar e restaurar-se. Hoje, porém, não oferecemos este descanso ao planeta com ciclo incessante de produção. A pandemia atual nos deu a possibilidade de constatar que a Terra consegue recuperar se a deixarmos descansar: o ar tornou-se mais puro, as águas mais transparentes, as espécies animais voltaram para muitos lugares de onde tinham desaparecido.

Portanto, a pandemia nos levou a uma encruzilhada: “Devemos aproveitar este momento decisivo para acabar com atividades e objetivos supérfluos e destrutivos, e cultivar valores, vínculos e projetos criadores”.

Um tempo para restaurar

Ao cultivar valores, podemos curar relações humanas comprometidas e restabelecer relações sociais equitativas. Isso significa não ignorar a história de exploração do Sul do planeta, que provocou um enorme deficit ecológico, devido principalmente à depredação dos recursos. “É o tempo de uma justiça reparadora. A este respeito, renovo o meu apelo para se cancelar a dívida dos países mais frágeis, à luz do grave impacto das crises sanitárias, sociais e econômicas que aqueles têm de enfrentar na sequência do vírus Covid-2019”.

De igual modo, prossegue Francisco, é preciso restaurar a terra e restabelecer o equilíbrio climático para manter o aumento da temperatura média global abaixo do limite de 1,5 graus centígrados. A este ponto da mensagem, o pontífice pede respeito aos inúmeros esforços da comunidade internacional para se chegar a um consenso, como o Acordo de Paris sobre o Clima, a Cúpula do Clima em Glasgow e a da Biodiversidade de Kunming, na China. De modo especial, o santo padre pede a proteção das comunidades indígenas de empresas, particularmente multinacionais, que depredam seu habitat.

Um tempo para rejubilar

Francisco conclui recordando que Jubileu também é momento de festa, constituído hoje pela mobilização de periferias em prol da proteção da casa comum. “É uma alegria ver tantos jovens e comunidades, especialmente indígenas, na linha da frente para dar resposta à crise ecológica”. “cientes de que "as coisas podem mudar", escreve o papa. Outro motivo de alegria é o Ano especial de aniversário da Laudato si e o fortalecimento da consciência ecumênica para a salvaguarda da criação.

“Alegremo-nos porque o Criador, no seu amor, sustenta os nossos humildes esforços em prol da Terra. Esta é também a casa de Deus, onde a sua Palavra "Se fez carne e veio habitar conosco" (Jo 1, 14), o lugar que a efusão do Espírito Santo renova sem cessar". 

Fonte: Vatican News

Link: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-09/papa-francisco-dia-mundial-oracao-criacao-pandemia.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

domingo, 30 de agosto de 2020

Papa Francisco: cada um de nós deve tomar a própria cruz

“Se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”, palavras do papa Francisco ao falar sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a nossa própria cruz". Na Oração do Ângelus deste domingo (30/08), o santo padre refletiu sobre o compromisso de cada um de nós de “tomar a própria cruz”. Francisco discorreu sobre o Evangelho de Mateus, quando Jesus, pela primeira vez, falou aos seus discípulos sobre o final que o espera na Cidade Santa. “Diz que terá que ‘sofrer muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia’”.

A reação dos discípulos a esta predição é considerada imatura por Jesus. “Ainda têm uma fé imatura e muito ligada à mentalidade deste mundo”. Eles não querem que Jesus passe por isso. “Para Pedro e os outros discípulos - mas também para nós! - a cruz é um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera um ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria fugir da vontade do Pai, da missão que Ele lhe confiou para nossa salvação”.

Tomar a própria cruz

Jesus, continua Francisco, aponta o caminho do verdadeiro discípulo mostrando duas atitudes. “A primeira é ‘renunciar a si mesmo’, o que não significa uma mudança superficial, mas uma conversão, uma inversão de valores. A outra atitude é tomar a própria cruz” . Explicando que “não se trata apenas de suportar pacientemente as tribulações diárias, mas de carregar com fé e responsabilidade aquela parte do esforço e do sofrimento que a luta contra o mal implica”.

O papa aprofunda este ponto exortando.

“Façamos com que a cruz pendurada na parede de casa, ou a pequena que usamos no pescoço, seja um sinal de nosso desejo de nos unirmos a Cristo no serviço a nossos irmãos com amor, especialmente os pequenos e mais frágeis”. 

Jesus crucificado, verdadeiro Servo do Senhor

Em seguida, recorda ainda que a cruz é sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus, e não deve ser reduzida a um objeto de superstição ou uma joia ornamental. “Toda vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensamos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu Sua missão dando a vida, derramando Seu sangue para a remissão dos pecados”. Por fim, ensina que “se quisermos ser seus discípulos, somos chamados a imitá-Lo, entregando nossas vidas sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.

Fonte: Vatican News

Link: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2020-08/angelus-papa-francisco-30-agosto.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

sábado, 29 de agosto de 2020

Seguir Jesus é seguir o caminho da Cruz

Queridos irmãos e irmãs, 

Estamos celebrando neste domingo o 22º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos ajuda a entender que para seguir Jesus é necessário pagar o caminho com a cruz. Não há outro jeito se não for assim. A sociedade de hoje está acostumada com tudo fácil e moderno e parece que não precisa de sacrifício algum, pois tudo acontece por um clic das tecnologias modernas.

A loucura da cruz nos deu a salvação e nos mostrou como que isso acontece em todos os tempos. Vamos ver através da liturgia bíblica dois exemplos importantes que são Jeremias e Pedro.

No Livro de Jeremias, deparamo-nos com o personagem Jeremias e ele nos mostra a sua experiência da cruz. Ele se deixou ser seduzido por Deus para colocar à disposição Dele no serviço de libertar um povo infiel. Sabemos que esse caminho que ele percorreu foi marcado por sofrimento, solidão e perseguição.

iCatolica.com: Homilética: 22º Domingo do Tempo Comum - Ano A: "A Loucura  da Cruz".

Diante de tantas dificuldades, ele pensou em largar tudo e cuidar só da sua vida. Mas não desistiu, pois sabia que Deus estava com ele neste plano de salvar o povo desviado. A Palavra de Deus o confortava e é assim que muitos vão à missão de evangelizar, apesar das inúmeras dificuldades. Isso é adesão ao plano de Deus e é uma coerência da vida cristã em comunidade no mundo (conferir em Jr 20, 7-9). Na Carta de Paulo aos Romanos, temos um convite de Paulo que faz a todos, desde aquele tempo e até nos de hoje. O convite é este: o cristão deve se doar plenamente aos serviços de Deus no seu projeto de salvação da humanidade. A sociedade de hoje precisa ser transformada nos valores evangélicos que são o amor, a partilha, a solidariedade, a compaixão, o perdão e uma vida que busque o bem comum a todos.

Não adianta frequentarmos a Igreja e pensar que estamos agradando a Deus, se não tiver um espírito de bom pastor e bom samaritano que acolhe, ajuda e solidariza-se com os mais necessitados e fracos que ficam à margem desta sociedade capitalista ou socialista (conferir Rm 12, 1-2). 

O Evangelho de Mateus nos mostra as condições de seguir Jesus, Ele mesmo nos indica como. Aqui Jesus não deixa de dizer que a sua missão culmina com a sua paixão e cruz. Isso assusta os discípulos, pois pensam que Jesus ia restaurar o seu reino aqui tirando o poder dos romanos.

Mas esse não será o desfecho, pois Jesus é Rei no sentido de servo que dá vida aos seus e por toda a humanidade. Pedro o repreendeu e não aceitou essa verdade, mas Jesus o repreendeu severamente dizendo. "Afasta-se de mim, Satanás... não pensas as coisas de Deus...”. Se quiser seguir Jesus, devemos renunciar a nós primeiros e colocar-nos à disposição da vontade de Deus. Aceitar a cruz que vai demonstrar o nosso amor a Deus. 

Ser missionário é assumir as consequências da missão e não desanimar nunca. É uma doação plena que traz recompensa. Se morrer, o sangue fertiliza o solo da evangelização e o mundo se transforma no lugar de convívio de irmãos e irmãs. A recompensa virá pelo próprio Deus que nos ajuda sempre (conferir em Mt 16, 21-27). 

Que esta liturgia nos ajude a aprimorar a nossa vocação de leigo e a comprometer-nos com o Evangelho de Jesus e assumir as consequências da missão. Estar no mundo, mas não ser do mundo e caminhar com foco no Reino de Deus, transformado a realidade de morte, de pessimismo, de egoísmo para uma nova realidade onde haja partilha de bens para que ninguém fique de fora do banquete da vida em todas as dimensões humanas, como a social, a religiosa, a politica e a comunitária.

Tudo por Jesus, nada sem Maria!!!

Bacharel em Teologia 

José Benedito Schumann Cunha