Homilia do Papa: Cuidado com o diabo que se esconde e, educadamente, tranquiliza a consciência
Nesta sexta-feira, o Papa pediu atenção para discernir o que vem de Deus e o que vem do mal que tenta "sempre enganar"
Por Salvatore Cernuzio
Roma, 09 de Outubro de 2015 (ZENIT.org)
"Carissimos, estamos no mundo por algum proposito e esse é fazer a vontade de Deus, Por isso é muito importante tomar boas decisões para que a nossa ação seja eco daquilo que acreditamos. Somos cahamados a dar razão de nossa fé e para isso é preciso estamos em contante comunhão com Deua atraves da oração, da eucaristia e da sua Palavra que liberta e salva. Não deixemos ser seduzido pelo mal, pois ele aniquila a nossa pessoa e desfigura a nossa imagem de filhos de Deus.
O mal é anestesiante que paraliza a nossa boa ação e nos deixa diminuido como seres ligados a Deus. Nós devemos sempre refletir se as nossas ações são boas que produzem bons frutos de justiça, de amor, de perdão e de misericordia para que esse mundo seja mais fraterno.
Assim, se estivermos em comunhão plena com a Igreja que foi deixada para nós como guardiã da verdade divina e ela tem esta primazia de nos alerta e apontar o caminho para estar com o Senhor sempre. Amém!!!" (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha - 11-10-2015)
Durante a missa na Capela da Casa Santa Marta nesta sexta-feira (9), o Papa Francisco, mais uma vez, pede atenção ao diabo. Ontem, o Papa falou daquele que multiplica o mal; hoje acusou diretamente o ‘acusador’, aquele que interpreta mal quem faz o bem, calunia por inveja, cria armadilha, que "tranquiliza" e "anestesia a consciência".
O Papa adverte: “Quando o espírito ruim consegue anestesiar a consciência, pode-se falar de uma verdadeira vitória: se transforma no dono daquela consciência. ‘Mas isto acontece em todo lugar! Sim, mas todos, todos temos problemas, todos somos pecadores, todos...’ E em todos, inclui-se o ‘ninguém’. Ou seja, ‘todos menos eu’. E assim se vive a mundanidade, que é filha do espírito ruim”.
Como sempre, a base para a reflexão do Santo Padre são as leituras da liturgia do dia. Em particular, ele destacou o Evangelho que narra como Jesus expulsou um demônio. Na cena retratada por Lucas, há algumas pessoas que queriam bem ao Messias: ouviam, reconheciam sua autoridade. Outro grupo, no entanto, tentava interpretar as palavras e as atitudes de Jesus; alguns por inveja, outros por rigidez doutrinária, outros porque tinham medo que os romanos chegassem e acontecesse uma tragédia. Por muitas razões tentavam destruir a autoridade de Jesus: “Ele expulsa os demônios por meio de Belzebu’. Ele é um endiabrado, faz magias, é um feiticeiro’. Colocavam-no à prova continuamente, provocavam-no com armadilhas, para ver se caia”.
Uma atitude que corremos o risco de incorrer facilmente. Por esta razão, o Papa convida a permanecermos "vigilantes" e a "discernir as situações", ou seja, o que vem de Deus e o que vem do mal que “tenta sempre enganar e nos leva a escolher o caminho errado”. "O cristão não pode ficar tranquilo, pensar que tudo está bem", disse Bergoglio. "Deve discernir as coisas e observar de onde provêm, qual é a sua raiz". Porque em um caminho de fé "as tentações voltam sempre, o espírito maligno não se cansa". Quando é expulso “espera pacientemente para voltar". O maligno “se esconde” e depois, "vem com seus amigos muito educados, bate à porta, pede licença, entra, convive com o homem na sua vida diária e pouco a pouco, dá as instruções". Com "este modo educado" o diabo convence a "fazer as coisas com relativismo", tranquilizando a consciência.
Logo, o Papa Francisco reiterou: “vigilância”. A Igreja “nos aconselha sempre o exercício do exame de consciência: o que aconteceu hoje no meu coração? Veio a mim o demônio bem educado com seus amigos? Discernimento: de onde vêm os comentários, as palavras, os ensinamentos... quem diz isto?”.
"Peçamos ao Senhor a graça do discernimento e a graça da vigilância", conclui o Papa, "para não deixar entrar aquilo que engana, que seduz e fascina".
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