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sábado, 7 de novembro de 2015

“A exclusão é a raiz de todas as guerras”

Homilia do Papa: “A exclusão é a raiz de todas as guerras”

Nesta quinta-feira em Santa Marta, Francisco explicou que há dois caminhos na vida: a exclusão das pessoas de nossa comunidade ou a inclusão

Na Carta aos Romanos, São Paulo nos exorta a não julgar e a não desprezar o irmão, porque isto leva a excluí-lo do "nosso grupinho", a ser "seletivo e isto não é cristão". Foi o que explicou o Santo Padre Francisco em sua homilia na capela da Casa Santa Marta nesta quinta-feira.

Além disso, ele lembrou que Cristo, “com seu sacrifício no Calvário" une e inclui "todos os homens na salvação". No Evangelho, recordou o Papa, Jesus aproximou-se dos publicanos e pecadores, ou seja, “dos excluídos, aqueles que estavam de fora", enquanto os fariseus e os escribas murmuravam.

O Papa afirmou que "a atitude dos escribas e dos fariseus é a mesma, excluem": ‘Nós somos perfeitos, nós seguimos a lei. Eles são pecadores, são publicanos'. “A atitude de Jesus, ao invés, é incluir, reiterou Francisco, destacando que “existem dois caminhos na vida”: o caminho da exclusão das pessoas da nossa comunidade e o caminho da inclusão”.

Assim, o Santo Padre Francisco advertiu que o primeiro é a “raiz de todas as guerras”: todas as guerras, começam com uma exclusão. "Exclui-se da comunidade internacional, mas também das famílias, entre os amigos, quantas brigas... E o caminho que Jesus nos mostra e nos ensina é contrário ao outro: incluir", afirmou ele.

Por outro lado, Francisco admitiu que "não é fácil incluir as pessoas, porque há resistência, há aquela atitude seletiva". Por isso, Jesus conta duas parábolas: a da ovelha perdida e a da mulher que perde uma moeda. Seja o pastor, seja a mulher fazem de tudo para encontrar aquilo que perderam. E quando conseguem, se enchem de alegria.

Francisco explicou: “Estão alegres porque encontraram aquilo que estava perdido e vão até os amigos, os vizinhos, porque estão muito felizes: ‘Encontrei, incluí’. Isto é a inclusão de Deus, é contra a exclusão de quem julga, que expulsa o povo, as pessoas... ‘não, este não, aquele não...’ e constrói um pequeno círculo de amigos que é o seu ambiente. É a dialética entre exclusão e inclusão”. Além disso, "Deus incluiu todos nós na salvação, todos!”, exclamou o Santo Padre.  

“Nós, com nossas fraquezas, com nossos pecados, com nossas invejas e ciúmes, temos sempre esta atitude de excluir que pode terminar em guerra", disse ele.

O Papa ressaltou que Jesus faz como o Pai que o enviou para nos salvar, ‘ procura-nos para nos incluir’, para ‘ser uma família’.

Por fim, Francisco pediu: “Pensemos um pouco e pelo menos... façamos o mínimo... não julguemos mais: ‘Este faz assim...’. Mas Deus sabe: é a sua vida, mas não o excluo de meu coração, de minha oração, de minha saudação, de meu sorriso... e quando tiver ocasião, lhe digo uma palavra bonita. Não excluir jamais, não temos o direito!”.

E recordou como termina a leitura de Paulo: "Vamos todos comparecer ante o tribunal de Deus. Em suma, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus".

Por isso, o Papa convidou a pedir “a graça de sermos homens e mulheres que incluem sempre... na medida da sã prudência, mas sempre. Não fechar as portas a ninguém, sempre com o coração aberto: ‘Gosto, não gosto, mas com o coração aberto”.



(Rádio Vaticano/Adaptado por Zenit)


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