ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

ESSE OUTUBRO NÃO É NOSSO! VOTE NULO!

Trabalhadoras e trabalhadores!

Vivemos um momento difícil na vida de cada um de nós: tem muito desemprego, pobreza, miséria, violência e fome. A solução que o capitalismo nos apresenta é votar, trabalhar ainda mais e torcer para que os próximos governantes melhorem um pouco a nossa situação. Mas por que eles fariam isso se mesmo com as nossas condições de vida piorando mês a mês, nós continuamos calados, obedientes e produtivos. Nada de bom vem sem luta em nossas vidas! As grandes melhorias que conquistamos dentro desse sistema sempre foram fruto de muita união e resistência, e não simplesmente apertando botões em uma urna como temos feito nas últimas décadas.

Agora, boa parte da esquerda tenta nos convencer de que precisamos salvar a democracia burguesa (que só favorece os capitalistas, em especial os grandes monopólios), votando em Lula para derrotar Bolsonaro. Ocorre que os dois são parte da mesma engrenagem. Sempre que nós trabalhadores resolvemos nos unir para enfrentar o capitalismo e criamos nossas próprias organizações, essa esquerda do capital aparece para nos impedir de seguir em frente, e nos direciona para seus sindicatos e partidos políticos, nos mantendo dentro da ordem. Passado um tempo, ficamos frustrados porque nada mudou e nos isolamos pensando que não vale a pena lutar coletivamente. Então, o terreno fica pronto para a extrema-direita surgir como algo novo, semeando ideias que fazem os trabalhadores sentirem ódio um dos outros. Se seguirmos acreditando no voto e nas instituições democráticas, vamos continuar presos a esse ciclo, enquanto os capitalistas avançam sobre nós.

Também não podemos cair em discursos que pedem nossa ajuda para recuperar a economia ou transformar o Brasil em um país desenvolvido. Isso porque mesmo nos países de capitalismo avançado, aonde se diz que a vida é bem melhor, também há uma maioria que precisa vender sua força de trabalho e a minoria que vive na fartura parasitando o trabalho dos outros. E com isso jamais concordaremos.

Reduzir a luta e a política a essas eleições é enxergar o Estado como solução, quando na verdade ele faz parte do problema. O Estado e o Capital castram nossa vida social e aos poucos nosso cotidiano é desorganizado para que a gente dependa cada vez mais de suas instituições para sobreviver. Para nos organizar de forma autônoma não podemos depender de negociações com a burguesia e seus aliados. Assim, independente de quem seja eleito, precisamos ser protagonistas da luta política, nos reunir e debater sobre nossas dificuldades nos nossos locais de trabalho, estudo e moradia, e voltar a enfrentar nossos inimigos de maneira integrada e sem medo, cientes de que são eles que dependem de nós em todos os aspectos de vida: comida, vestuário, transporte, limpeza, moradia, etc. É daí que vai vir a nossa força!

Porém, muito além de causas imediatas como aumento salarial e redução de jornada de trabalho, precisamos também resgatar os ideais que a nossa classe tem cultivado historicamente no sentido de construir uma nova sociedade: sem classes, sem Estado, sem exploração do homem pelo homem, com tempo livre e acesso a recursos materiais para toda a humanidade. Uma sociedade em que os próprios trabalhadores organizem a produção e a distribuição da riqueza e que decidam o que deve ser produzido e como deve ser produzido.

Vamos retomar e articular nossas lutas de forma independente para defender nossos interesses imediatos e históricos. Que o voto nulo seja um passo nessa direção!

ASSINAM ESTE MANIFESTO: Rádio Pião; Coletivo Veredas; Organização Política Proletária; Revista e TV A Comuna; Comboio Suburbano; A Toupeira; Fronteira Vermelha; Coletivo Marxismo e Revolução; Comitê Intercidades; Coletivo Editorial Boletim Batalhar; Pensamento Radical Libertário; Coletivo Anarquista Vale dos Sinos; Coletivo Ação Direta; Agrupamento 18 de Março; Movimento Marxista 5 de Maio - MM5; Movimento Passe Livre; Resistência Popular Estudantil de Marília; Mario Maestri; Sérgio Lessa; Ivo Tonet; Cristina Paniago; Centro Cultural Professor Tonhão; Emiliano Aquino; José Cláudio Lemos; Jean Paulo Pereira; Prof. Wagner Sant’ana; Comunistas e Anarquistas Independentes

Nenhum comentário: