Se
amamos Deus, devemos também amar Maria, pois ela foi a corajosa que soube dar
um sim, sem vacilar, e assumiu todos os riscos. Ela engravidou na força do Espírito
Santo depois do seu sim incondicional a Deus. Ela é a serva obediente de Javé.
Dessa generosidade, Deus reservou para ela um guardião justo e casto, José, que
se tornou um Pai adotivo do Filho de Deus. Maria torna-se mãe e permanece
virgem com oferenda agradável a Deus. Ela é a mulher que engradece a natureza
humana. Sua bondade, seu amor e sua santidade estão na essência do seu ser sem
pecado. Ela é unida a Cristo, tornando-se a mãe da Igreja e corredentora da
humanidade com Jesus, nosso Senhor e Salvador (1).
O
santo padre, o papa Bento XVI, saudou os cerca de três mil fiéis que
compareceram à celebração da Solenidade de Assunção de Nossa Senhora. O papa Bento
XVI celebrou, na manhã desta quarta-feira, 15, a Santa Missa na Paróquia Pontifícia
de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo. Neste dia, a Igreja celebra a
Solenidade da Assunção da Virgem Maria. O sumo pontífice lembrou, na homilia,
que na Assunção é possível ver que há espaço para o homem em Deus e que Maria,
estando unida a Ele, não se distancia, mas participa da presença de Deus e tem
um coração grande como o Dele (2).
“Em
Deus, há espaço para o homem, e Deus está perto, e Maria, unida a Deus, está
muito perto, tem um coração alargado como o coração de Deus”, disse o papa. Ele
também destacou outro aspecto, que é o fato de haver espaço no homem para Deus.
E esta presença, segundo o pontífice, se realiza na fé. “Na fé abrimos as
portas do nosso ser para que Deus entre em nós, para que Deus possa ser a força
que dá vida e caminho ao nosso ser”. Bento XVI explicou que a solenidade da
Assunção é um convite para louvar a Deus e olhar para a grandeza de Nossa
Senhora, “para que conheçamos Deus na face dos seus”. Para explicar o porquê de
Maria ser glorificada na assunção ao céu, o papa citou o trecho do Evangelho de
São Lucas, em que se vê a raiz da exaltação e do louvor à Maria na expressão de
Isabel: “Feliz aquela que acreditou” (Lc 1, 45) [2].
“E
o Magnificat, este canto ao Deus vivo e operante na história é um hino de fé e
de amor, que brota do coração da Virgem. Ela viveu com fidelidade exemplar e
guardou no mais íntimo do seu coração as palavras de Deus ao seu povo, as
promessas feitas a Abraão, Isaac e Jacó”, destacou Bento XVI. O papa lembrou
ainda que Deus aguarda seus filhos, de forma que os fiéis não caminham sozinhos
e, indo ao outro mundo, encontram a bondade da Mãe, o Amor eterno. “Deus nos
espera: esta é a grande alegria e a grande esperança que nasce exatamente desta
festa. Maria nos visita, é a alegria da nossa vida e é a esperança da nossa
alegria” (2).
Queridos
irmãos e irmãs,
O
dia de hoje abre em nós uma esperança do céu. O papa nos ajuda a entender o que
Deus faz por nós por amor. Ele nos ama de modo infinito e não nos deixou no
mundo da morte e do pecado. Preparou uma criatura, a modelou na graça e a
tornou imaculada e mãe de Jesus e nossa. O seu corpo transparecia a presença de
Deus e não conheceu o pecado que destrói o ser humano. Ela se tornou a nossa
mãe bondosa na presença de Deus que derrama através dela muitas bênçãos para
nós. Temos a certeza da sua interseção junto a Deus. Ela sempre nos auxilia com
sua maternal proteção. Ter uma mãe celestial é motivo de muita alegria para
todos os cristãos, pois sem ela nós estaríamos ainda no vale tenebroso da morte
e sem comunhão com Deus (1).
Amém!
(1) José
Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
15-08-2012
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