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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Onde há pão partilhado não há fome

Celebramos o 17º Domingo do Tempo Comum, que nos faz pensar na fome material e espiritual que há no mundo. Há falta de missionários comprometidos com a causa do Evangelho e a sua difusão necessita de pessoas engajadas na comunidade cristã. Esta deve fazer acontecer a Boa Nova de Jesus já neste mundo. Onde há Jesus existe fraternidade, justiça, partilha, amor solidário e perdão.

No Segundo Livros dos Reis, temos a narrativa do PÃO PARTILHADO, de Eliseu. Temos um homem que, apesar da longa carestia, oferece generosamente (cf. 2 Rs 4, 42-44) sua solidariedade. Um homem, durante uma longa carestia, oferece generosamente a Eliseu “o pão das primícias”: vinte pães de cevada. Isso mostra a generosidade da pessoa que reconhece nos necessitados a fome que precisa ser sanada para não ocorrer a morte.

Mas o Profeta Eliseu não fica com os pães. Manda reparti-los com o povo, dizendo: “Dá ao povo para que coma”. Isso causa no homem surpresa, pois havia 100 pessoas necessitadas desse alimento e, diz, com surpresa: “Mas como? É tão pouco para 100 pessoas”. Mas o profeta fala com firmeza a ele, dizendo: “Dá... todos comerão e ainda sobrará…”.

Aqui vemos que Deus age e multiplica os pães. É o milagre da partilha e da doação de vida que precisou dos gestos de pessoas bondosas. E é assim que precisamos proceder: não devemos ser egoístas e pensar só em nós mesmos, mas devemos repartir o alimento material e espiritual para as pessoas que necessitam dele. Quando repartimos, todos saciam e ainda sobra.

Na Carta de São Paulo aos Efésios, Paulo nos mostra com firmeza a nossa necessidade de manter a UNIDADE com o vínculo da paz. Ser cristão é ser agente pacificador e promotor da união para acontecer a partilha entre nós. Se quisermos sentar à mesa com Cristo que dá o banquete da vida para todos, é preciso sermos irmãos e irmãs na comunidade, na família e na sociedade, onde estamos situados. O que precisamos fazer para que haja partilha de vida e do pão entre nós? (cf. Ef 4, 1-6).

No Evangelho de São João, nos é mostrado Jesus, que é o pão partido e partilhado na mesa do mundo. Onde existe amor acontece a partilha entre todos. O pão é multiplicado por Jesus na festa da partilha a um povo faminto de Deus e de alimento. O povo segue Jesus sedento da sua Palavra que salva, mas há a necessidade de alimento material.

Jesus cura a pessoa por inteiro e ainda a sacia da fome material. Jesus é atento à necessidade da pessoa e ainda questiona os apóstolos dizendo em Jo 6, 1-15: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”. Um apóstolo chamado de Felipe responde a Jesus: “Nem duzentas moedas são suficientes…”.

Aqui vemos a preocupação material econômica dele, mas Jesus vai além. Ele sabe que, quando amamos as pessoas, preocupamo-nos com todas as necessidades dela. Outro discípulo, André, propõe a solução: “Um menino tem 5 pães e 2 peixes… mas o que é isso?”.

Embora o negativismo dos projetos não abalasse Jesus, Ele recomenda: “Fazei-os sentar… tomou os pães, abençoou e distribuiu...” (cf. Jo 6, 1-15). Aí acontece a partilha. Todos se alimentam e ainda há sobra. O povo fica maravilhado!!! Mas essa não é a verdadeira missão de Jesus. Jesus não tem interesse de poder humano e nem a ganância de posição privilegiada. Ele ó servo de Javé que vem trazer o pão da vida para todos.

Se o mundo conhecesse Jesus não haveria fome material e nem espiritual. Devemos aderir a Jesus para que a nossa realidade de morte passe para a de vida. Que haja partilha entre nós e não fechemos o nosso coração aos irmãos que sofrem neste mundo de privações materiais e espirituais.

Que esta Liturgia nos ajude a ter uma intimidade maior com Deus. Que ela nos leve a ser solidários com todos os nossos irmãos sofredores deste mundo.

Amém!!!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
28-07-2012

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