Estamos
no 19° Domingo do Tempo Comum e celebramos hoje (12/08) o Dia dos Pais. A liturgia nos
faz participantes do Reino de Deus. Nós podemos receber o pão da Palavra que
nos ilumina e a Eucaristia que nos dá força para sermos missionários e
evangelizadores neste mundo. Deus é o Pai que preocupa com o homem e dá o pão
pleno que nos dá vida eterna.
No
Primeiro Livro de Reis, encontramos a passagem onde o profeta Elias recebe no
deserto um “pão do céu” para refazer as forças e continuar a sua missão que
Deus lhe confiou (1 Rs 19, 4-8). O contexto bíblico nos mostra a coragem do
profeta de acusar o Rei e a Rainha de ser o agente da ruína de Israel. Ele
desafiou-os e ainda matará os profetas de Baal, provando que Deus é verdadeiro.
Esses
profetas do rei davam sustentação à religião pagã da rainha Jesabel. Isto
aconteceu por volta de 450 anos antes de Cristo. Por causa disso, o profeta
recebeu ameaça de morte, fazendo com que ele fugisse para o deserto. Lembramos
que, no deserto, o Povo de Deus encontrou a fonte da fé em Deus. Lá Deus deu
alimento e água ao povo faminto e sedento.
Agora,
Elias, cansado, abatido e desanimado devido à perseguição, deita debaixo de uma
árvore e dorme, esperando a morte.
O
nosso Deus é zeloso e não nos deixa só. Manda um anjo e acorda Elias dizendo:
“levanta e come”. Ele sente o vigor desse alimento do céu e o faz novamente
firme na sua missão sem temer os inimigos. Por quarenta dias e quarenta noites,
caminha e chega ao Monte Horebe, lugar do encontro com Deus. Assim, esse pão do
céu dado a Elias, nós recebemos em cada Eucaristia que participamos. A condição
é estar em comunhão com Deus na fidelidade a Ele, pois Ele é pai bondoso que
está sempre ao nosso lado. Na vida é assim: nós caminhamos em desertos do mundo
cheios de maldade e decepções que nos fazem recuar, mas nós encontramos a força
em Cristo na comunidade Igreja.
São
Paulo, na Carta aos Efésios, nos convoca a sermos imitadores de Deus, que é
bondade, misericórdia e amor-perdão. Devemos pedir ao Espírito Santo para que ele
nos ajude a arrancar do nosso meio a vaidade, os rancores, a prepotência e a colocar,
no nosso coração, o amor, a doçura, o serviço e a compreensão com todos (cf. Ef
4, 30; 5, 2).
No
Evangelho de São João, prossegue o discurso de Jesus em Cafarnaum, onde Jesus
se apresentara como o “Pão” descido do céu para dar vida ao mundo. Isso provoca
aos presentes uma reação entre os judeus que murmuravam entre si. É parecido
com a murmuração do Povo no deserto. Jesus não desanima e resiste a esta oposição
e refirma a bom tom que é “Eu sou o pão descido do céu… Quem come desse pão
viverá eternamente”. Isso exige de cada um de nós a fé em Jesus, pois Ele nos
fala: “Quem crê tem a vida eterna. Quem dele comer, não morrerá...”. Assim,
quando nos alimentamos de Jesus, que é seu corpo e sangue, nós nos reanimamos
para a missão e respondemos com firmeza à proposta de Deus a nós (cf. Jo 6, 41-51).
Somos
chamados a sermos evangelizadores, sem temer as reações contrárias ao projeto
de Deus. Deus é pai e chama a cada pai de hoje a ser firme na fé, correto nas
suas ações e não temer de estar ligado a Deus na escuta da sua Palavra e da Eucaristia
que dão forção na sua missão. Um bom pai deve se preocupar em dar o melhor para
seus filhos. Deve dar o alimento material, mas não se esquecer de dar o
alimento espiritual que vem da nossa participação na Igreja e nas pastorais em
que estamos engajados.
Que
esta liturgia nos ajude a sermos participantes da Igreja, da comunidade, da
família e onde estivermos. Dessa maneira, não desanimaremos
nunca diante das dificuldades e situações adversas para poder cumprir a missão
de cristão e de pai no mundo.
Amém!!!
José Benedito
Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
12-08-2012
MAIS CINCO PADRES PARA
A ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS
“Momento
de grande alegria pra mim e pra toda a Igreja particular de Montes claros”,
legendou Julianny Santos
nesta foto postada no facebook
Julianny Santos nesta foto
postada no facebook
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