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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Padre comenta exemplo de paz e diplomacia dado pelo Papa

Padre comenta exemplo de paz e diplomacia dado pelo Papa 

Sacerdote comenta o “Evangelho da Reconciliação”, destacando exemplo de paz e diplomacia dado pelo Santo Padre

Padre João Carlos Almeida, scj
Teólogo e educador

padre Joaozinho Evangelho da Reconciliação

O comentário desse padre é muito bom, pois faz ver que a Igreja guiada pelo Papa Francisco tem nos dado muita lição de amor e compreensão aos que nos cercam. Queridos irmãos e irmas, o cristão é chamado a ser pessoa da reconciliação e levar Cristo vivo a todos os lugares. O mundo precisa de mensageiro da paz e que seja um exemplo reconciliador. O amandamento de Cristo é atualíssimo, pois o amor é ordem que ser faz urgente no mundo. As divisões são superadas onde existe o amor e o perdão. Cada um de nós devemos espelhar em Cristo e viver a autenticidade do cristianismo. Não podemos jamais pensar em nós mesmo, pois isso nos empobrece como pessoa. Se doarmos a nossa vida a quem precisa nós estamos ganhando mais vida. Feliz ano novo a todos. (Jose Benedito Schumann Cunha)

No dia 23 de maio de 2013 o Papa Francisco escreveu no Twitter:

Tenho levado o Evangelho da reconciliação e do amor aos ambientes onde vivo e trabalho?

Era uma sexta-feira do tempo pascal. O Papa vive intensamente a mística de ligar a fé com a vida, a liturgia com o dia-a-dia, a missa com a missão. Aos poucos ficaria muito claro que a celebração eucarística diária, logo pela manhã, é o momento alto do seu dia. Neste dia, por exemplo, certamente o evangelho de João 15,12-17 o inspirou: “Amai-vos uns aos outros”.

O Evangelho lido e meditado diariamente dá o tom para todos os seus afazeres, decisões e até mesmo orienta suas palavras. A breve homilia feita diariamente na Casa Santa Marta foi ganhando a atenção de todo o mundo. Até mesmo a imprensa secular começou a repercutir aquelas breves frases que têm o poder de destruir muros e construir pontes.

O Papa é também chamado de Pontífice, ou seja, alguém que tem a missão de construir pontes entre as pessoas, as culturas, as religiões, os cristãos e até mesmo da humanidade com Deus. Este é o sentido da mensagem que ele publicou neste dia. Devemos ter nos lábios e nas atitudes uma boa notícia de reconciliação. Ele tem moral para fazer esta proposta. Ao final de 2014 o Papa ganharia as manchetes como protagonistas da improvável reconciliação entre Estados Unidos e Cuba. Tentou também reconciliar o ocidente com o oriente, judeus e palestinos, idosos e jovens, homens e mulheres, leigos e clérigos. Seu jeito de viver o equilíbrio entre o vigor e a ternura o torna um profeta da paz.

Paz na Bíblia é mais do que ausência de conflitos. O shalom que Jesus tanto pregou significa viver a harmonia e a reconciliação com Deus, com a natureza, com os outros e consigo mesmo. É ser uma pessoa íntegra e integrada. Mas não é isso que vemos em nosso fragmentado mundo moderno. Reivindicamos as liberdades individuais e acabamos escravos de um egoísmo narcisista que tem como efeito colateral uma tremenda solidão. Outro efeito é a falta de cuidado com o jardim que Deus plantou desde as nossas origens. A natureza tem sido estuprada violentamente por queimadas irresponsáveis. Paradoxalmente amamos de modo saturado nossos gatos e cães mas esquecemos da vida em extinção. É comum levar o cãozinho no petshop e ver crianças pelas ruas, de pé no chão. Aqueles trinta reais alimentariam uma criança pobre por três dias.

Toda esta realidade está clara diante dos olhos da diplomacia do Papa Francisco. Ele transmite uma severa paz. Severa porque não cala a denúncia de tudo o que impede a reconciliação. Ele sabe que o apego aos bens produz injustiça e exclusão. Pior que isso é o apego ao cargo ou ao prestígio. Suas palavras são duras quando se dirige a líderes religiosos que fazem questão de ser cultuados. Chama isso de doença. E é mesmo. O poder pode corromper e tornar as pessoas medíocres e incapazes de exercer sua missão de humildade e serviço.

Podemos seguir o exemplo de Francisco e construir pontes de reconciliação com nossos familiares e amigos. Alguns podem estar do outro lado do muro da política, da cultura ou da religião. Por que não dar o primeiro passo?

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