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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Papa corrupção é ‘câncer’ que mata o homem e antídoto é a ‘beleza’

Papa corrupção é ‘câncer’ que mata o homem e antídoto é a ‘beleza’

Prefácio do Papa Francisco ao livro-entrevista ao cardeal Peter Turkson

15 JUNHO 2017REDACAOPAPA FRANCISCO

Queridos irmãos e irmãs, nós cristãos não podemos admitir de hipótese alguma que a corrupção seja a ultima palavra de nossa sociedade. Ela é uma forma desastrosa de aniquilar o bem comum  e a dignidade humana porque a pessoa se torna vil e desprezível na forma desastrosa de prejudicar a muitos por causa de dinheiro. 

Quando se fala em corrupção, a ideia é de prejuízo humano na saudê, na educação e em tudo que envolva bem estar das pessoas. Um cristão não se conformar com isso. A Igreja nesse momento é solidaria a todos que sofre e sempre vai estar na defesa dos mais fracos e esquecidos da nossa sociedade. 

Não podemos ficar feliz pela situação de corrupção porque ela desagrega o corpo social de nossa época, pois isso não pode jamais ser considerado normal e nós devemos reagir para que isso  acabe em nosso meio. Que Deus possa ser o norte de todos e que o mundo encontre o caminho da ética, da honestidade e zelo pela coisa publica que deve estar a serviço do bem de todos.(teólogo e filósofo José Benedito Schumann Cunha)

(ZENIT – Cidade do Vaticano, 15 Jun. 2017).- No mesmo dia em que o Vaticano promove o primeiro “Debate Internacional sobre a Corrupção”, nas livrarias de Italia sai hoje o livro-entrevista ao prefeito do dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson, com um prefácio do Papa Francisco.

O evento contra a Corrupção promovido nesta quinta-feira pelo Dicastério do cardeal Turkson, em colaboração com a Pontifícia Academia das Ciências Sociais, foi realizado na Casina Pio IV. O livro intitulado “Corrosão”, foi escrito por Vittorio V. Alberti, e editado pela Rizzoli.

O Papa indica que a palavra corrupção faz lembrar a ideia de coração roto, de “uma dilaceração, uma ruptura, decomposição e desintegração”. Recorda “o coração fragmentado e manchado por algo, como um corpo arruinado que entra num processo de decomposição e exala mau cheiro.” E “nasce de um coração corrupto. É a pior praga social, pois cria problemas graves e crimes que envolvem todas as pessoas.”

O Santo Padre indica que na corrupção encontra origem a exploração do ser humano contra outro ser humano, a degradação e da falta de desenvolvimento, o tráfico de pessoas, de armas e drogas, que mortifica o merecimento, penaliza os serviços para as pessoas, è raiz da escravidão, do desemprego, da negligência das cidades, do bem comum e da natureza

Porque “a corrupção é um processo de morte que dá linfa à cultura de morte das máfias e organizações criminosas. Existe uma profunda questão cultural que deve ser enfrentada. Hoje, muitas pessoas não conseguem imaginar o futuro. Para um jovem, hoje, é difícil crer realmente em seu futuro, em qualquer futuro, e o mesmo para sua família. Essa nossa mudança de época, tempo de crise muito vasto, mostra a crise mais profunda que envolve a nossa cultura. Nesse contexto, a corrupção deve ser enquadrada e entendida em seus vários aspectos. Todos estamos expostos à tentação da corrupção”.

“A corrupção tem na origem o cansaço da transcendência, como a indiferença. Por isso, o corrupto não pede perdão. A Igreja deve ouvir, elevar-se e inclinar-se sobre a dor e sofrimento das pessoas segundo a misericórdia e deve fazer isso sem ter medo de purificar-se, buscando sempre o caminho para se melhorar”, indicou.

O Papa, citando o teólogo francês Henri de Lubac advertiu que a corrução na Igreja é “a mundanidade espiritual, portanto, a corrupção, que é mais desastrosa que a lepra infame.”

“A nossa corrupção é a mundanidade espiritual, a tepidez,  a hipocrisia, o triunfalismo, o fazer prevalecer somente o espírito do mundo em nossas vidas e o sentido de indiferença”.

Para o sucessor de Pedro o antídoto contra a corrupção é a “beleza”, que “não é um acessório cosmético, mas algo que coloca no centro a pessoa humana para que ela possa levantar a cabeça contra todas as injustiças. Essa beleza deve casar-se com a justiça”.

E concluiu indicando que “nós, cristãos e não cristãos, somos flocos de neve, mas se nos unirmos, podemos nos tornar uma avalanche: um movimento forte e construtivo”. E para isto “devemos trabalhar todos juntos, cristãos e não cristãos, pessoas de todos os credos e ateus para combater esta forma de blasfêmia, este câncer que mata as nossas vidas. É preciso tomar consciência urgentemente. Para isso, são necessárias educação e cultura da misericórdia. É necessária também a colaboração de todos, segundo as próprias possibilidades, talentos e criatividade.”

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