ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

O cristão é chamado a ser missionário


Estamos no 15º Domingo do Tempo Comum e a Liturgia nos chama a atenção para a missão que devemos desempenhar no mundo. O mistério de Cristo é revelado a cada dia para nós. Cabe a cada um de nós aderirmos de modo consciente e cheio de ardor para que o mundo inflame do amor de Deus.

As leituras bíblicas deste domingo nos falam de alguns exemplos do chamado de Deus para a missão no mundo. São sempre pessoas simples, mas abertas à graça de Deus. A abertura de cada um depende da disponibilidade da pessoa para responder com vontade e decisão para transformar o mundo para Deus.

No Livro de Amós, temos a missão desse profeta, que era pessoa simples e humilde, e que se dispôs ser instrumento de Deus. Sabemos que, após a morte de Salomão, o reino dele se dividiu em dois reinos, um chamado Israel do Norte e outro de Judá do Sul.

O Reino do Norte era próspero, com classes privilegiadas, mas, de outro lado, lá existia uma miséria da classe mais desfavorecida e pobre. O rei que estava no poder, para manter-se no cargo, fez acordos, manipulando a própria religião a seu favor. Uma decisão sua foi a proibição de peregrinação a Jerusalém, que se situava no Sul. Por causa disso, criou o Templo de Betel. Custeava os sacerdotes e os cultos mais solenes de lá.

Isso tudo em troca de apoio ao seu governo. Nesse contexto, o profeta Amós, que era do Sul, foi chamado por Deus e enviado ao Norte. Ele tinha uma missão de denunciar os erros do rei e das injustiças praticadas pelos poderosos. Isso provocou rejeição e perseguição dos que estavam incomodados com as verdades que ele falava.

Assim acontece na nossa vida de comunidade. Muitas vezes, quando denunciamos os erros ou as acomodações das pessoas que ficam a mercê daqueles que enganam os pobres e humildes para ficarem nos privilégios das funções, praticando toda forma de injustiça, sofremos oposições e perseguições.

Aqui vemos Amasias expulsando Amós. Amasias era sacerdote profissional do templo de Betel. Assim, ele diz a Amós: “Sai daqui, vá para Judá… Come lá o teu pão e profetiza por lá...”. Ele, sem medo, responde que não é profeta profissional, mas chamado por Deus. Deus não é da injustiça. Amós diz, desse modo, a Amasias: “Sou vaqueiro e cultivo figos silvestres. Mas o Senhor me tirou do rebanho e me ordenou: vai profetizar o meu povo, Israel”.

Desse modo, Amós não fica preso aos poderosos que querem tudo com o dinheiro injusto. O compromisso do profeta é com a verdade e justiça que vem do Deus da Vida (cf. Am 7, 12-15).

Na Carta de São Paulo aos Efésios, encontramos o Hino de Louvor a Deus por ter nos escolhidos para a herança divina e que nos faz entender o Hino que exalta o Plano de Deus: Deus nos escolheu antes da criação do mundo e nos predestinou a sermos seus filhos adotivos.

Cristo Deus é quem nos chama para a vida e para uma eternidade feliz. Desde o nosso existir, somos amados por Deus e ainda Ele nos quer salvos. Deus nos chama de filhos amados no seu Filho Jesus Cristo (cf. Ef 1, 3-14).

O Evangelista Marcos nos mostra o chamado dos apóstolos por Jesus e podemos ver claramente a missão deles. Jesus chama a cada um e dá uma missão de pregar e os envia de dois a dois para isso. Dá poder e deste modo as suas ações vão ser acompanhadas de curas e prodígios maravilhosos, mostrando assim que, por intermédios deles, Deus pode operar maravilhas entre os homens (cf. Mc 6, 7-13).

Na comunidade, aprendemos a ser instrumentos de Deus. Devemos sempre trabalhar juntos para que Deus possa agir para o bem de todos. As misérias e o mal não vêm de Deus. Por isso Deus, através dos apóstolos e também de nós, pode combater e livrar as pessoas dessas escravidões que não deixam a pessoa ser livre e amar a Deus de todo coração.

Na missão, devemos agir como pessoas simples que se colocam a serviço do Reino de Deus, sem nenhuma ostentação e acúmulo. O missionário deve confiar na ação de Deus e se por ao trabalho, sem nada exigir. Cada cristão vai colher os frutos que vêm da nossa disponibilidade e amor na tarefa que Deus confia a cada um de nós.

Desse modo, vamos nos dispor ao serviço na comunidade, na família e na sociedade para que Deus seja conhecido e vivido na nossas vida.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
13-07-2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando estamos com Deus, não precisamos ficar tristes

A liturgia nos faz sentirmos acolhidos pelo Deus da Vida e Ele está presente em nossa vida de comunidade, de família e de sociedade. No Livro do Profeta Amós, vemos que Deus zela pelo seu povo e dá-lhe ânimo, pois o nosso Deus é comprometido e fiel à sua aliança. Ele pode corrigir e ainda espera a nossa mudança, mas nunca nos abandona e sempre está atento e nos ajudando para encontrar o caminho correto, conforme está escrito.

Naquele dia, reerguerei a tenda de Davi, em ruínas, e consertarei seus estragos, levantando-se dos escombros e reconstruindo tudo, como nos dias de outrora. Deste modo, possuirão todo o resto de dom e das outras nações, que são chamadas com meu nome, diz o Senhor, que tudo isso realiza. Deus não nos deixa na tristeza e nos dá a esperança de dias melhores. 

Assim Ele nos diz: “Mudarei a sorte de Israel, meu povo, cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos”. Por que ficar procurando o imediatismo e a solução momentânea em outros lugares, se o nosso Deus é presente na nossa história humana? (cf. Am 9, 11-15).

Assim, o Salmo 85 nos fala e nos exorta: “Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração”. E também nos exorta: “O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus”.

O Evangelista Mateus nos mostra que os discípulos de João foram até Jesus e o questionaram dizendo-lhe: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”. 

Mas Jesus os explica que eles não precisam fazer isso porque tem Ele em suas companhias. O que dá alegria e paz é a presença de Jesus no nosso meio. Temos a sua palavra proclamada na Igreja e os sacramentos que nos revigoram para termos vida em abundância e a eternidade assegurada por Cristo (1).


Segue o comentário ao Evangelho do Dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja (2)...

O jejum dos amigos do noivo: “Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?” Por quê? Porque, para vós, o jejum pertence à lei e não é um dom espontâneo. O jejum em si mesmo não tem valor! O que conta é o desejo de quem jejua. Que proveito pensais ganhar jejuando contrariados e forçados? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraiza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência.

Os discípulos de Cristo estão colocados no coração do campo maduro da santidade: recolhem molhos de virtudes e gozam do Pão da nova colheita; por conseguinte, não podem praticar jejuns doravante prescritos. [...]

“Porque é que os Teus discípulos não jejuam?” O Senhor responde-lhes: “Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles?” Aquele que toma mulher põe o jejum de lado, abandona a austeridade; entrega-se totalmente à alegria, participa nos banquetes; mostra-se em tudo afetuoso, delicado e alegre; faz tudo o que a sua afeição pela esposa lhe inspira. Cristo celebrava as Suas núpcias com a Igreja: por isso, tomava parte nas refeições, não recusava convites; cheio de benevolência e de amor, mostrava-Se humano, acessível, amável. É que Ele desejava unir o homem a Deus, e fazer dos Seus companheiros membros da família divina”.

Não precisamos mais ficar tristes, pois Jesus está sempre conosco, dando força e coragem de trabalhar pelo Reino de Deus e pela sua justiça entre nós. Desta maneira, podemos assegurar dias melhores para todos, se estivermos comprometidos com a causa do Reino e fieis a transformarmos a nossa realidade de pecado e morte para uma realidade de vida e graça (1).

Amém! (1)

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
(2) arautos@evangelhodiario.org
07-07-2012

domingo, 8 de julho de 2012

Jesus Cristo é o maior milagre do universo, afirma Bento XVI

A liturgia nos ajuda a entender e também a mergulhar no Mistério Pascal de Cristo, que vem ao nosso encontro para nos preencher da sua graça santificante. O requisito é ter fé, isto é, onde os sentidos não podem chegar, então ela vem e pode nos ajudar a nos entregar, de corpo e alma, aos desígnios de Deus.

Essa fé, recebemos no Batismo. Os nossos pais, crendo em Jesus e participantes da comunidade cristã, aderem a Ele e querem que nós também estejamos unidos a Cristo e à sua Igreja. Na medida em que vamos crescendo, a nossa fé vai aumentando e sempre nos aproximamos de Jesus na sua Palavra que salva e dos sacramentos que são vias salutares para nosso encontro íntimo com Ele. Somos salvos pela adesão e conversão a Cristo. Por isso Deus pode operar maravilhas na nossa vida e a dos outros, se tivermos fé Nele (1).

Os milagres de Cristo não são uma exibição de poder, mas sinais do amor de Deus, explica Bento XVI. O Ângelus com o papa Bento XVI deste domingo (08/07) foi realizado no pátio da residência apostólica de Castel Gandolfo, onde o santo padre passa um período de repouso, e contou com a presença de centenas de fieis.

O sumo pontífice comentou um trecho do Evangelho de São Marcos no qual Jesus retorna a Nazaré depois de um período em que pregou e realizou curas em outros lugares. Mas ao vê-lo voltar e ensinar na sinagoga, seus conterrâneos ficam escandalizados, pois o recordam como o filho do marceneiro (cf. Mc 6, 2-5). “Nenhum profeta é bem aceito em sua casa e pelo povo que o conhece! Isto é compreensível porque a familiaridade no plano humano dificulta o ‘ir além’ e abrir-se à dimensão divina”, explicou o papa e complementou. “Mesmo entendendo isso, Jesus se surpreendeu com a frieza com que foi recebido em Nazaré” (2).

Bento XVI explicou que, apesar de Jesus saber que nenhum profeta é bem aceito em sua pátria, o fechamento de coração de seu povo permaneceu para Ele obscuro e impenetrável. “Como é possível que não reconheçam a luz da Verdade? Por que não se abrem à bondade de Deus, que quis compartilhar nossa humanidade?”. Esse fechamento espiritual foi o motivo pelo qual Jesus não pôde realizar em Nazaré nenhum prodígio, tendo somente imposto as mãos a alguns doentes, curando-os (2).

Refletindo sobre o episódio, o papa destacou que os milagres de Cristo “não são uma exibição de poder, mas são sinais do amor de Deus, que se concretiza aonde encontra a fé do homem”. De fato, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de Deus. Nele Deus habita plenamente. “E enquanto nós buscamos sempre outros sinais, outros prodígios, não percebemos que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus feito carne, é ele o maior milagre do universo: todo o amor de Deus encerrado em um coração humano, em um rosto humano”, completou o pontífice (2).

As palavras do nosso papa e a nossa fé em Jesus nos ajudam a superar as dificuldades da missão de evangelizar as pessoas que não conhecem Jesus. Não podemos jamais desanimar na obra em que fomos chamados por Cristo. Isto é, ser missionário de Jesus implica ser porta-voz Dele em todos os lugares, sem medo de anunciar, denunciar e ainda corrigir os rumos para que todos possam encontrar a paz e a justiça de Deus (1).

Amém !

(1) José Benedito Schumann Cunha, Bacharel em Teologia
07-07-2012

sábado, 7 de julho de 2012

Deus vem em socorro dos mais pobres e humildes


Queridos irmãos e irmãs, no amor de Deus, e na intercessão de Maria e Santo Antônio...

A liturgia de hoje nos faz pensar como que Deus zela pelos humildes e pobres. Ele sempre está atento e não deixa por muito tempo a exploração dos poderosos e maus contra os pequenos e pobres. Estamos celebrando a memória de Santa Maria Gorete e que ela nos ajude a responder a Jesus sempre com uma vida em busca de santidade.

No Livro do Profeta Amós, refere-nos à ganância dos ricos que sempre procuram uma maneira de tirar proveito e explorar os excluídos da nossa sociedade. Sempre estão procurando um jeito de ganhar mais e não se preocupam com as necessidades das pessoas que mais precisam.

Querem dominar os pobres com dinheiro e dão pares de sandálias para poder depois dar os refugos do trigo com exploração. Mas, Deus não deixa isso passar por muito tempo. Deus é justiça e desmascara a maldade com seu poder, não deixando que os ricos vangloriem da injustiça praticada com os pobres.

Quem ouve a Palavra está sempre na felicidade e verdadeira paz, mas os que não ouvem vão sentir a falta da Palavra de Deus que é vida e alimento que dão dignidade à pessoa humana (cf. Am 8, 4-6.9-12).

É feliz a pessoa que segue os preceitos do Senhor, pois o nosso Deus é rico em misericórdia e bondade. Não precisamos apenas de pão material, mas precisamos principalmente do pão espiritual que vem da Palavra de Deus e da Eucaristia que nós nos alimentamos na comunidade junto com os nossos irmãos.

O Evangelista Mateus nos mostra Jesus chamando-o para ser apóstolo Dele e foi cear com ele na sua casa juntamente com seus discípulos. Isso demonstra que Jesus o acolheu verdadeiramente. Muitos amigos de Mateus foram à sua casa e provocaram uma discussão e questionamento entre os escribas e fariseus sobre a atitude de Jesus dizendo: por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?

Jesus sabe da dúvida dos seus corações e os exorta dizendo: aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa “Quero misericórdia e não sacrifício”. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores (cf. Mt 9, 9-13).

Queridos irmãos e irmãs,

Nós devemos aprender cada vez mais a ter amor e misericórdia com os nossos irmãos e irmãs que pecam ou que estão no caminho errado. O mundo precisa chamar as pessoas para o correto caminho que Deus planejou para todos.

Não podemos dificultar a entrada deles na nossa comunidade. Devemos acolhê-los como Jesus fez com Mateus. Esse estava no caminho errado, explorando o povo, cobrando os impostos a mais e desta maneira ele se enriquecia cada vez mais.

Devemos avaliar as nossas atitudes e confrontá-las com a atitude de Cristo. Que esta liturgia nos ajude a ser solidários com todos que sofrem, e a viver a partilha entre nós para que a justiça e a paz estejam conosco sempre.

Amém!!!

Santa Maria Gorete, rogai por nós!

Sagrado Coração de Jesus, temos confiança em vós.

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
06-07-2012


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Deus fala através de profetas e missionários


Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Na Força do Espírito Santo e acalentados no amor de Deus, estamos no 14° Domingo do Tempo Comum. A Liturgia nos ajuda a estarmos atentos, na Palavra de Deus, para ouvirmos o que Deus quer de cada um de nós. Deus sempre nos fala através de fatos da vida e dos missionários que levam a boa nova em cada lugar. Deus faz ouvir a sua voz através de pessoas que são chamadas para esse fim.

Hoje, ouvimos, nas leituras bíblicas, três pessoas escolhidas para serem portas-vozes da sua Palavra que liberta e nos faz ver a verdade de Deus na sua justiça. Deus é sempre fiel a nós.

No Livro de Ezequiel, encontramos o chamado de Deus que tem as seguintes características: primeiro lugar, Deus é sempre quem toma a iniciativa, pois Ele sempre está atento ao seu projeto de salvação da humanidade que foi descaída pelo pecado; segundo lugar, quem é chamado sempre é o homem e, em terceiro lugar, tem a missão de ser o porta-voz de Deus no meio do povo.

Deus precisa de pessoas comprometidas com a sua causa que é de justiça e liberdade para todos. Se caminharmos com Deus, estaremos em plena vida, porque Deus nos quer livres para amá-Lo e a todos que nos cercam (cf. Ez 2, 2-5).

Na Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, vemos Paulo que nos fala sobre a sua experiência de apóstolo, que tem a missão de falar de Jesus Cristo a todos. Deus age através das pessoas, mesmo que elas sejam fracas, mas elas são instrumentos que Deus capacita para o êxito da missão evangelizadora.

A nossa limitação é enriquecida pela graça de Deus. Nada pode atrapalhar a missão, mesmo os espinhos que temos que enfrentar em nossa vida. A graça de Deus nos fortalece. Isto é, como está escrito. “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente”.

Então, devemos acreditar que Deus estará sempre nos ajudando para enfrentarmos todos os obstáculos na nossa missão de pastoral, de família e de vida de sociedade (cf. 2 Cor 12, 7-10).

No Evangelho de Marcos deste próximo domingo (08/07), nós nos deparamos com a experiência de Cristo. Encontramos Jesus, em Nazaré, que ensina as pessoas na sinagoga, lugar do encontro do povo com a Palavra de Deus. Jesus é admirado pela eloquência da sua sabedoria, dos milagres que Ele fazia e ficaram surpresos por esses eventos, pois sabiam que Jesus era o filho de Maria e reconheciam Nele a profissão de carpinteiro.

Isso os fazia não acreditar que Jesus era o Messias, embora Jesus manifestasse sinais messiânicos. Sabemos que o profeta provoca reação, pois ele tem a missão de anunciar, denunciar os erros e ainda de corrigir os rumos de quem está em caminhos errados que levam à desgraça e à morte.

É inerente ao apostolado sofrimento, perseguição e incompreensão e que pode provocar até a morte dos que anunciam a verdade de Deus. Deus sempre se mostra na ação simples e nas nossas fragilidades humanas. Deus ama os humildes porque eles estão sempre abertos a Deus e colocam a sua vida nas mãos Dele. Deus nos chama e é Ele que vai dar as forças e graças para cumprirmos bem a missão do nosso apostolado (cf. Mc 6, 1-6).

Assim, queridos irmãos e irmãs, nós, pelo Batismo, temos essa missão: a de levar a boa nova de Jesus a todos que precisam. Não podemos temer nada, mesmo as indiferenças e incompreensões. Devemos estar atentos que Jesus disse hoje para nós: “um profeta não é estimado entre os seus”.

Isso nos encoraja, pois mesmo esse episódio não fez Jesus abandonar tudo e voltar àquela vida que Ele tinha em Nazaré com sua mãe e no seu trabalho de carpinteiro. Ele foi fiel à vontade de seu Pai, que é de trazer para nós de volta a graça e a vida eterna, através da sua paixão, morte de cruz e da sua gloriosa ressurreição.

Que possamos nos espelhar nos exemplos dos profetas e apóstolos. Vamos seguir Jesus e nos aderir a Ele com ardor e vontade de fazer este mundo mais humano e cristão entre todos nós.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
05-07-2012