A liturgia nos
ajuda a entender e também a mergulhar no Mistério Pascal de Cristo, que vem ao
nosso encontro para nos preencher da sua graça santificante. O requisito é ter
fé, isto é, onde os sentidos não podem chegar, então ela vem e pode nos ajudar
a nos entregar, de corpo e alma, aos desígnios de Deus.
Essa fé,
recebemos no Batismo. Os nossos pais, crendo em Jesus e participantes da comunidade
cristã, aderem a Ele e querem que nós também estejamos unidos a Cristo e à sua
Igreja. Na medida em que vamos crescendo, a nossa fé vai aumentando e sempre nos
aproximamos de Jesus na sua Palavra que salva e dos sacramentos que são vias
salutares para nosso encontro íntimo com Ele. Somos salvos pela adesão e conversão
a Cristo. Por isso Deus pode operar maravilhas na nossa vida e a dos outros, se
tivermos fé Nele (1).
Os milagres de
Cristo não são uma exibição de poder, mas sinais do amor de Deus, explica Bento
XVI. O Ângelus com o papa Bento XVI deste domingo (08/07) foi realizado no
pátio da residência apostólica de Castel Gandolfo, onde o santo padre passa um
período de repouso, e contou com a presença de centenas de fieis.
O sumo pontífice
comentou um trecho do Evangelho de São Marcos no qual Jesus retorna a Nazaré depois
de um período em que pregou e realizou curas em outros lugares. Mas ao vê-lo
voltar e ensinar na sinagoga, seus conterrâneos ficam escandalizados, pois o
recordam como o filho do marceneiro (cf. Mc 6, 2-5). “Nenhum profeta é bem aceito em sua casa e pelo povo que o conhece!
Isto é compreensível porque a familiaridade no plano humano dificulta o ‘ir
além’ e abrir-se à dimensão divina”, explicou o papa e complementou. “Mesmo
entendendo isso, Jesus se surpreendeu com a frieza com que foi recebido em Nazaré”
(2).
Bento XVI
explicou que, apesar de Jesus saber que nenhum profeta é bem aceito em sua
pátria, o fechamento de coração de seu povo permaneceu para Ele obscuro e
impenetrável. “Como é possível que não reconheçam a luz da Verdade? Por que não
se abrem à bondade de Deus, que quis compartilhar nossa humanidade?”. Esse
fechamento espiritual foi o motivo pelo qual Jesus não pôde realizar em Nazaré
nenhum prodígio, tendo somente imposto as mãos a alguns doentes, curando-os (2).
Refletindo
sobre o episódio, o papa destacou que os milagres de Cristo “não são uma
exibição de poder, mas são sinais do amor de Deus, que se concretiza aonde
encontra a fé do homem”. De fato, o homem Jesus de Nazaré é a transparência de
Deus. Nele Deus habita plenamente. “E enquanto nós buscamos sempre outros
sinais, outros prodígios, não percebemos que o verdadeiro Sinal é Ele, Deus
feito carne, é ele o maior milagre do universo: todo o amor de Deus encerrado
em um coração humano, em um rosto humano”, completou o pontífice (2).
As palavras do
nosso papa e a nossa fé em Jesus nos ajudam a superar as dificuldades da missão
de evangelizar as pessoas que não conhecem Jesus. Não podemos jamais desanimar
na obra em que fomos chamados por Cristo. Isto é, ser missionário de Jesus
implica ser porta-voz Dele em todos os lugares, sem medo de anunciar, denunciar
e ainda corrigir os rumos para que todos possam encontrar a paz e a justiça de
Deus (1).
Amém !
(1)
José Benedito Schumann Cunha, Bacharel em Teologia
07-07-2012
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