Fazemos
parte da Igreja de Cristo que tem como marca a partilha e multiplicação dos
bens a favor dos necessitados. Ninguém fica fora do banquete do Senhor. A mesa
tem lugar para aqueles que sabem doar a sua vida a favor dos mais necessitados.
O gesto da multiplicação dos pães a partir de um menino que põe à disposição de
Jesus cinco pães e dois peixes para serem distribuídos vem para nos mostrar então
o grande acontecimento do milagre da multiplicação. Deus vem em socorro do seu
povo e não o deixa faminto. Nós somos a Igreja do pão partido. Precisamos nos comprometer
mais com os sofredores e necessitados do nosso tempo, imitando o gesto de Jesus
que não ficou insensível à fome da sua palavra e do pão material (1).
Bento
XVI fez a proclamação do Angelus Domini
da sacada do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Na proclamação da Oração Mariana
do Ângelus deste domingo (29/07), o santo padre, o papa Bento XVI, falou sobre
a Eucaristia, “permanente grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor
se faz alimento, dá a Si mesmo para nos transformar Nele”.
O
santo padre salientou que Cristo é quem sacia a fome do homem, a fome de algo
profundo, a fome de orientação, de sentido, de verdade, a fome de Deus. “Queridos
irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos faça redescobrir a importância de nos
nutrirmos do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência
da Eucaristia, para estarmos sempre mais intimamente unidos a Ele”, disse Bento
XVI.
Ao
mesmo tempo, o sumo pontífice pediu que todos rezassem para que jamais falte a
ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades
não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor (2).
Aos
fiéis e peregrinos reunidos no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo,
o papa falou também sobre o milagre da multiplicação dos pães, descrito no Capítulo
6º do Evangelho de João. Nesta passagem, vem destacada também a presença de um
garoto que, diante da dificuldade de alimentar tanta gente, coloca em comum o
pouco que tinha: cinco pães e dois peixes (cfr. Jo 6, 8). “O milagre não se
realiza do nada, mas de uma primeira e modesta partilha daquilo que um simples
garoto tinha consigo. Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver
que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer:
Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar
participantes do seu dom”, destacou Bento XVI (2).
A
palavra do nosso papa Bento XVI e a liturgia de hoje nos ajudam
a termos olhos para os pobres necessitados desse mundo. Não precisamos fazer
algo grande, mas basta colocar o pouco que temos a favor dos que precisam. Há
muita coisa por fazer e não podemos nos acomodar na nossa vida tranquila quando
muitos passam necessidades do pão material, da educação, da saúde, do emprego,
de saneamento básico e da palavra de Deus. Temos que fazer acontecer a partilha
entre nós e não ficarmos acomodados no nosso mundo particular. A sociedade
exige de nós gestos de amor sincero que leva vida em abundância a todos (1).
Amém!
(1)
José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com
Bacharel
em Teologia
29-07-2012
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