Queridos
irmãos e irmãs em Cristo,
Na
Força do Espírito Santo e acalentados no amor de Deus, estamos no 14° Domingo
do Tempo Comum. A Liturgia nos ajuda a estarmos atentos, na Palavra de Deus, para
ouvirmos o que Deus quer de cada um de nós. Deus sempre nos fala através de
fatos da vida e dos missionários que levam a boa nova em cada lugar. Deus faz
ouvir a sua voz através de pessoas que são chamadas para esse fim.
Hoje,
ouvimos, nas leituras bíblicas, três pessoas escolhidas para serem portas-vozes
da sua Palavra que liberta e nos faz ver a verdade de
Deus na sua justiça. Deus é sempre fiel a nós.
No
Livro de Ezequiel, encontramos o chamado de Deus que tem as seguintes características:
primeiro lugar, Deus é sempre quem toma a iniciativa, pois Ele sempre está
atento ao seu projeto de salvação da humanidade que foi descaída pelo pecado;
segundo lugar, quem é chamado sempre é o homem e, em terceiro lugar, tem a
missão de ser o porta-voz de Deus no meio do povo.
Deus
precisa de pessoas comprometidas com a sua causa que é de justiça e liberdade
para todos. Se caminharmos com Deus, estaremos em plena vida, porque Deus nos
quer livres para amá-Lo e a todos que nos cercam (cf. Ez 2, 2-5).
Na
Segunda Carta de Paulo aos Coríntios, vemos Paulo que nos fala sobre a sua
experiência de apóstolo, que tem a missão de falar de Jesus Cristo a todos.
Deus age através das pessoas, mesmo que elas sejam fracas, mas elas são instrumentos
que Deus capacita para o êxito da missão evangelizadora.
A
nossa limitação é enriquecida pela graça de Deus. Nada pode atrapalhar a
missão, mesmo os espinhos que temos que enfrentar em nossa vida. A graça de
Deus nos fortalece. Isto é, como está escrito. “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza
plenamente”.
Então,
devemos acreditar que Deus estará sempre nos ajudando para enfrentarmos todos
os obstáculos na nossa missão de pastoral, de família e de vida de sociedade (cf.
2 Cor 12, 7-10).
No
Evangelho de Marcos deste próximo domingo (08/07), nós nos deparamos com a
experiência de Cristo. Encontramos Jesus, em Nazaré, que ensina as pessoas na sinagoga,
lugar do encontro do povo com a Palavra de Deus. Jesus é admirado pela
eloquência da sua sabedoria, dos milagres que Ele fazia e ficaram surpresos por
esses eventos, pois sabiam que Jesus era o filho de Maria e reconheciam Nele a
profissão de carpinteiro.
Isso
os fazia não acreditar que Jesus era o Messias, embora Jesus manifestasse
sinais messiânicos. Sabemos que o profeta provoca reação, pois ele tem a missão
de anunciar, denunciar os erros e ainda de corrigir os rumos de quem está em
caminhos errados que levam à desgraça e à morte.
É
inerente ao apostolado sofrimento, perseguição e incompreensão e que pode provocar
até a morte dos que anunciam a verdade de Deus. Deus sempre se mostra na ação
simples e nas nossas fragilidades humanas. Deus ama os humildes porque eles estão
sempre abertos a Deus e colocam a sua vida nas mãos Dele. Deus nos chama e é
Ele que vai dar as forças e graças para cumprirmos bem a missão do nosso
apostolado (cf. Mc 6, 1-6).
Assim,
queridos irmãos e irmãs, nós, pelo Batismo, temos essa missão: a de levar a boa
nova de Jesus a todos que precisam. Não podemos temer nada, mesmo as
indiferenças e incompreensões. Devemos estar atentos que Jesus disse hoje para
nós: “um profeta não é estimado entre os
seus”.
Isso
nos encoraja, pois mesmo esse episódio não fez Jesus abandonar tudo e voltar àquela
vida que Ele tinha em Nazaré com sua mãe e no seu trabalho de carpinteiro. Ele
foi fiel à vontade de seu Pai, que é de trazer para nós de volta a graça e a vida
eterna, através da sua paixão, morte de cruz e da sua gloriosa ressurreição.
Que
possamos nos espelhar nos exemplos dos profetas e apóstolos. Vamos seguir Jesus
e nos aderir a Ele com ardor e vontade de fazer este mundo mais humano e
cristão entre todos nós.
Amém!
José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
05-07-2012
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