ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando estamos com Deus, não precisamos ficar tristes

A liturgia nos faz sentirmos acolhidos pelo Deus da Vida e Ele está presente em nossa vida de comunidade, de família e de sociedade. No Livro do Profeta Amós, vemos que Deus zela pelo seu povo e dá-lhe ânimo, pois o nosso Deus é comprometido e fiel à sua aliança. Ele pode corrigir e ainda espera a nossa mudança, mas nunca nos abandona e sempre está atento e nos ajudando para encontrar o caminho correto, conforme está escrito.

Naquele dia, reerguerei a tenda de Davi, em ruínas, e consertarei seus estragos, levantando-se dos escombros e reconstruindo tudo, como nos dias de outrora. Deste modo, possuirão todo o resto de dom e das outras nações, que são chamadas com meu nome, diz o Senhor, que tudo isso realiza. Deus não nos deixa na tristeza e nos dá a esperança de dias melhores. 

Assim Ele nos diz: “Mudarei a sorte de Israel, meu povo, cativo; eles reconstruirão as cidades devastadas e as habitarão, plantarão vinhas e tomarão o vinho, cultivarão pomares e comerão seus frutos”. Por que ficar procurando o imediatismo e a solução momentânea em outros lugares, se o nosso Deus é presente na nossa história humana? (cf. Am 9, 11-15).

Assim, o Salmo 85 nos fala e nos exorta: “Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração”. E também nos exorta: “O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus”.

O Evangelista Mateus nos mostra que os discípulos de João foram até Jesus e o questionaram dizendo-lhe: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?”. 

Mas Jesus os explica que eles não precisam fazer isso porque tem Ele em suas companhias. O que dá alegria e paz é a presença de Jesus no nosso meio. Temos a sua palavra proclamada na Igreja e os sacramentos que nos revigoram para termos vida em abundância e a eternidade assegurada por Cristo (1).


Segue o comentário ao Evangelho do Dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja (2)...

O jejum dos amigos do noivo: “Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?” Por quê? Porque, para vós, o jejum pertence à lei e não é um dom espontâneo. O jejum em si mesmo não tem valor! O que conta é o desejo de quem jejua. Que proveito pensais ganhar jejuando contrariados e forçados? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da santidade: converte os corações, desenraiza o mal, arranca o pecado, enterra o vício, semeia a caridade; mantém a fecundidade e prepara a colheita da inocência.

Os discípulos de Cristo estão colocados no coração do campo maduro da santidade: recolhem molhos de virtudes e gozam do Pão da nova colheita; por conseguinte, não podem praticar jejuns doravante prescritos. [...]

“Porque é que os Teus discípulos não jejuam?” O Senhor responde-lhes: “Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles?” Aquele que toma mulher põe o jejum de lado, abandona a austeridade; entrega-se totalmente à alegria, participa nos banquetes; mostra-se em tudo afetuoso, delicado e alegre; faz tudo o que a sua afeição pela esposa lhe inspira. Cristo celebrava as Suas núpcias com a Igreja: por isso, tomava parte nas refeições, não recusava convites; cheio de benevolência e de amor, mostrava-Se humano, acessível, amável. É que Ele desejava unir o homem a Deus, e fazer dos Seus companheiros membros da família divina”.

Não precisamos mais ficar tristes, pois Jesus está sempre conosco, dando força e coragem de trabalhar pelo Reino de Deus e pela sua justiça entre nós. Desta maneira, podemos assegurar dias melhores para todos, se estivermos comprometidos com a causa do Reino e fieis a transformarmos a nossa realidade de pecado e morte para uma realidade de vida e graça (1).

Amém! (1)

(1) José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
(2) arautos@evangelhodiario.org
07-07-2012

Nenhum comentário: