ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sábado, 25 de setembro de 2021

A palavra de Deus não tem dono, ela é de todos!

  A palavra de Deus não tem dono, ela é de todos!




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 26º Domingo do Tempo Comum, este domingo é especial porque celebramos o dia da Bíblia, o livro que contém a Palavra de Deus que foi revelada de modo oral e depois escrita por inspiração de Deus aos que colocaram no papel.

 

A palavra de Deus sempre nos ajuda no decorrer de nossa vida, pois é uma luz que permite encontrar sentido nas diversas situações de nossa existência. Ela não pode ser de exclusividade de ninguém e nem ser interpretada pelo nosso bel prazer ou ideologia religiosa, política, social ou econômica. Jamais podemos usar a Palavra de Deus para impor ou escravizar aos ouvintes por medo, pois isso não corresponde com a vontade de Deus e nem de Cristo quando fala: “conhecereis a verdade e ela vos libertará” (Jo 8,32 )

 

No livro de Números podemos confirmar que a Palavra de Deus não é monopólio de ninguém, pois ela deve ser aberta a aqueles que podem continuar levando-a a todos. Aqui vemos Moisés já idoso e já não consegue dirigir o Povo da Aliança como porta voz de Deus, então escolhe 70 anciãos que depois de ser ungidos pelo Espírito de Deus o ajudaram nessa missão de sempre levar o povo a obediência dos propósitos de Deus e da aliança que foram firmados após a saída do Egito. O interessante é perceber que os dois que não estavam juntos começaram a profetizar em nome de Deus e devido a isso Josué achou um absurdo e abuso deles. Josué propõe a Moisés para calarem a voz  desses dois. A resposta de Moisés foi admirável como podemos ver o que ele falou:  "Oxalá todos recebessem o Espírito e profetizassem!".

 

Hoje , infelizmente os que estão em uma agremiação religiosa ou em uma Igreja, acham que são donos da Palavra de Deus e da comunidade e ficam irritados quando missionários que não pertencem aos seus redis, profetizam, pregam e são dóceis ao Espírito Santo, levando a todos a Palavra de Deus que jamais podem estar aprisionada em guetos ou grupos religiosos. 


Devemos permitir que outros podemos nos ajudar nessa missão de portadores da Palavra e não ser monopólio da Palavra de Deus, pois pelo Batismo temos a missão de ser profetas, sacerdotes e reis do Senhor Jesus Cristo. (cf. Nm 11,25-29)

 

Na carta de Tiago podemos perceber que ele denuncia o acúmulo de riquezas de alguns à custa de miséria de muitos. Isso é a ganância revestida de pseudo bondade. Isto acontece muitas vezes no nosso meio, pois pagamos valores mínimos e miseráveis ao trabalhador que nos serve e nos enriquece, mas o clamor e o sofrimento dele chega ao céu e Deus sabe disso e se manifesta a sua justiça fazendo ao mau servidor que explora os humildes e pobres deste mundo. (cf. Tg 5,1-6)

 

O evangelista Marcos nos mostra que os apóstolos de Jesus não conseguem êxito em tirar o espírito mudo de uma pessoa, mas outros que não são do grupo, conseguem ter sucesso nessa missão em nome de Jesus. Eles não gostam disso e queixaram a Jesus, mas Jesus os repreendeu dizendo:  "Não lhe proíbam... Quem não está contra, está a nosso favor".(cf. Mc 9,38-43.47-48)  

 

Isso quer nos ensinar que não estamos apenas nessa missão e ela é de todos. O Papa Francisco já nos disse: "Devemos ser amigos de Jesus, não donos". Aqui podemos dizer às outras denominações de Igrejas cristãs que não podem ser encaradas como inimigas, mas parceiras pois nos ajudam a difundir a Palavra de Deus contextualizada para cada realidade do povo de Deus que vive sedento da Palavra de Deus, que muitas vezes fica muda, porque não há pregadores e missionários da Palavra.

 

Que esta Liturgia nos ajude a entender a nossa missão de ser porta voz da Palavra de Deus e que ela seja difundida na unção do Espírito Santo em todos os lugares do mundo. Que as pessoas possam ter contato com ela e que sintam amados e acolhidos por Deus pai em Cristo na força do Espírito Santo. Amém


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha


Tudo por Jesus nada sem Maria!!!

Senhor, ajude-nos a sermos missionários da Palavra de Deus e nos envie a onde precisa de Pregadores e a sua Palavra seja difundida a todos os lugares.

sábado, 18 de setembro de 2021

Quem é maior? Vamos ver a resposta desta pergunta intrigante

  Quem é maior? Vamos ver a resposta desta pergunta intrigante


 


 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 25º Domingo do Tempo Comum e vamos refletir e entender quem é o maior para Deus. Neste mundo a lógica é diferente, não coincide com a vontade de Deus, pois muitos lutam com todo esforço para se impor pela força e pelo poder a fim de obter prestígio e autoridade. Só que a lógica de Deus é serviço, humildade e compaixão.

 

No livro da Sabedoria nos ajuda a entender o tema da liturgia dominical proposta pela Igreja. Assim diz a Sabedoria? Os ímpios diziam: 12 “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18 Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”.

 

Aqui podemos ver que o ímpio e o injusto não gostam do justo e do temente a Deus porque vai na contramão daqueles que amam a justiça e a praticam. Nós podemos fazer analogia dessa passagem com a morte vergonhosa de Cristo, Ele sendo bom, justo e só fazia o bem, foi julgado de modo cruel no tribunal injusto, achando que ia eliminar para sempre Cristo. Só que enganaram, a vida do justo está nas mãos de Deus e assim Ele ressuscita e nos dá a grande lição do amor e perdão na misericórdia divina.

 

O evangelho de Marcos nos apresenta como Jesus é aos seus discípulos. Aqui Ele anuncia pela segunda vez sua paixão, morte e desse modo, Jesus Cristo nos dá uma lição de amor, de humildade e de serviço. Devemos entender que servir aos pequenos deste mundo é servir ao Senhor. O modo de Cristo de ser é contrário a lógica de quem quer ter poder e domínio, na comunidade, na família, na Igreja e no mundo.

 

Deus é amor e o seu projeto é de vida. Os discípulos não concordam, mas ficam em silêncio. Isso acontece em nossa Igreja atualmente, infelizmente muitos não concordam com os ensinamentos do Magistério que hoje vem do nosso Papa Francisco. Ele não está destruindo a doutrina católica e nem a inovando, mas está desnudando o ensinamento milenar para o nosso tempo presente. Muitos o criticam e falam mal do Papa que está exercendo a sua autoridade que Cristo concedeu a Pedro e a seus sucessores.

 

Voltando ao evangelho deste domingo, Jesus mostra como deve ser o serviço de quem quer segui-lo. Assim diz Jesus: "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos". É algo extraordinário que muitos seguem tornando também santos e santas de Deus; o modo de ser e que agrada o Senhor, assim diz Jesus: "Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo...". Não devemos ser poderosos e nem arrogantes, mas ter espírito de criança que é ser dócil ao Espírito Santo. Devemos ser pacíficos, servidores, acabar com os conflitos e ódios na família, na Igreja e na sociedade em que vivemos.

 

Na segunda Leitura, São Tiago nos mostra como uma comunidade estava e isto deve ser evitado entre nós católicos e cristãos no mundo. Assim diz ele:  “Caríssimos: 3,16 Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más.17 Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento.18 O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz. 4,1 De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2 Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis.3 Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.”

 

Então devemos buscar a concórdia, amor entre todos, o perdão e a misericórdia e que nossa súplica seja de servo e assim podemos proceder na oração: Senhor me dê o suficiente para eu viver agradecendo e louvando o seu santo nome até a eternidade, mas não me dê muito para que eu não me afaste de vós, e nem pouco para que eu não murmure e nem lhe amaldiçoe o seu Santos nome. Esta oração é uma forma singela de estar na presença do senhor como servo humilde que está a disposição de fazer a vontade de Deus nos pobres e pequenos deste mundo.

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos servos do Senhor, buscando ser menor diante de todos e da Igreja para que outros possam participar do banquete da vida que é oferecido a todos por nosso Deus da vida. Amém 


Tudo por Jesus nada sem Maria! Sejamos servos e nos envie onde precisar de missionários e pregadores da Palavra.

José B. Schumann Cunha

domingo, 12 de setembro de 2021

O cristão deve tomar a sua cruz e seguir Jesus

 O cristão deve tomar a sua cruz e seguir Jesus




 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando o 24º Domingo do Tempo comum. A bíblia é um livro importante e é preciso estudá-lo com o coração aberto na unção do Espírito Santo para não ocorrer erros de interpretação e nem dividir a Igreja, dilacerando o corpo de Cristo em partes dissonantes.

 

Um membro do corpo ajuda todo corpo comandado pela cabeça, assim é a Igreja de Cristo, Jesus é a cabeça dela e cada um de nós somos membros  dela e cada um tem uma função que ajuda a todos. Nesta interpretação podemos, por analogia, designar os membros da Igreja que está no céu como Igreja triunfante, a que está no purgatório como a Igreja padecente e a que está no terra como Igreja militante. Interessante quando machucamos o pé, nossa mão vai cuidar e curar comandado pela cabeça, assim são os intercessores que são os santos e mártires que nos ajudam, mas estão comandados por Cristo, cabeça.

 

No livro de Isaías, nos mostra como deve ser o Messias e ele é comparado ao servo sofredor. Mas os judeus achavam que Messias seria uma pessoa com grande poder e triunfante como os poderosos reis e guerreiros da história conhecida. O profeta nos mostra que não é bem assim, pois é este servo é um profeta anônimo enviado poder Deus que tem a missão de cumprir a vontade divina , mas que ia sofrer, ia ser perseguido, , ia ser torturado e sofrer a morte. Esse servo é humilde. Podemos comparar com Jesus, pois Ele não quis uma Igreja templo bonito e nem se ostentava desse direito de ser o próprio filho de Deus.

 

A salvação de Deus passa pela cruz e não podemos achar que crer em Jesus é ter uma vida boa e de privilégio e nem se achar melhores que os outros ou ainda achar que Deus deve fazer a nossa vontade a bel prazer. Ser Cristão é estar submisso à vontade de Deus, aceitando a sua vontade e querer  estar na comunhão com Ele em todos os momentos de nossa vida, tanto nos momentos  bons como no momento da doença, da dor e das adversidades  que a vida nos apresenta. Somos peregrino e confiamos no Senhor.(cf. Is 50,5-9)

 

Na carta de São Tiago nos faz pensar sobre o que é seguir Jesus. Assim ela dá a seguinte orientação na coerência da fé que temos em Cristo. Só será válido a fé se os nossos gestos seguir no amor concretos aos que precisam de nós, na partilha, no serviço desinteressado às pessoas necessitadas e na solidariedade. Se não for por esse caminho, nós estamos nos enganando a si mesmo e seguindo uma Igreja intimista, egoísta e materialista que visa só o bem individual da pessoa. Jesus não exclui ninguém e Ele na sua trajetória a Jerusalém foi coerente e sabia que o desfecho do projeto do Pai era ser condenado de modo injusto.

 

Hoje percebe-se claramente isso quando os seguidores de Cristo seguem as suas orientações correndo riscos de perseguição, morte e sofrimento porque contrapõe com a verdade de Deus. Deus não é parceiro de poderosos injustos e nem de uma Igreja de ostentação e de privilégio.

 

O evangelista São Marcos narra para nós o primeiro anúncio de Jesus sobre a sua paixão. Jesus não escondeu nada e nem se omitiu. Jesus está a caminho de Jerusalém, e Ele bem sabia o que ia encontrar lá. A Igreja primitiva viu em Jesus a figura do servo sofredor narrado pelo profeta Isaías. Os judeus e os apóstolos achavam que Jesus deveria ser um Messias triunfalista e poderoso que reinasse com exército forte, mas Jesus é Rei servidor, humilde e pastor que leva as ovelhas em lugares seguros sem se aproveitar delas.

 

A pergunta que Jesus faz é o que o povo pensa quem é Jesus e quem é Ele para os apóstolos. Jesus seria um homem apenas, um rei como os outros, um profeta como os demais que vieram no passado? Ainda poderia ser um Messias poderoso e libertador do povo que estava sobre o governo romano? A pergunta feita por Jesus aos seus apóstolos teve a resposta de Pedro que foi a perfeita, pois reconhecia Nele  o próprio  filho de Deus, o salvador que estava por vir. Ai Jesus mostra que a sua missão acabaria na sua morte em Jerusalém de modo cruel, mas Pedro reage depois que não deixaria acontecesse isso, porém Cristo o repreende e o chama de satanás que é aquele que tentaria impedir a prova maior de doação Dele ao mundo, cumprindo a vontade de Deus no amor extremo para salvar a humanidade decaída no pecado.

 

O caminho de Cristo é claro e está no seguimento Dele, na renúncia, na cruz que devemos tomar de cada dia, no amor que se doa a Deus em todas pessoas sem distinção. Seguir Jesus é estar disposto a enfrentar os desafios e não ter medo de até perder a vida no testemunho que Jesus é o Senhor para honra e glória de Deus Pai. Não existe Igreja fácil, e nem uma Igreja de privilegiados mas uma Igreja no meio do povo sofredor. (cf. Mc 8,27-35)

 

Que esta liturgia deste domingo nos ajude a sermos corajosos seguidores de Cristo sem medo de enfrentar as consequência de estar em comunhão com Deus, partilhando a vida com todos e permitindo que a mesa seja farta para todos. Amém. Não há excluídos na Igreja de Cristo.


Tudo por Jesus nada sem Maria.

Eis aqui o servo, envia-nos a quem precisa da sua palavra e do seu amor. 

Missionário Leigo Católico ambulante Carismático Jose B. Schumann Cunha. 

Zap 12 991349342

sábado, 4 de setembro de 2021

A PALAVRA DE DEUS DEVE SER O GUIA E ROTEIRO PARA A VIDA ETERNA

  A PALAVRA DE DEUS DEVE SER O GUIA E ROTEIRO PARA A VIDA ETERNA

 


Queridos irmãos e irmãs em Cristo pelo Batismo. Somos agraciado por Deus sempre. Cada dia de nossa vida deve ser uma ação de graças a Deus que enviou Jesus para que cada um de nós experimentarem no amor de Deus Nele.

Mês de setembro é o mês da Bíblia, isso quer dizer que devemos dar mais atenção a Ela, pois é o livro de excelência, pois é roteiro e guia para a nossa vida a caminho do Reino definitivo que Deus nos prometeu em Cristo.

 

Jesus abriu a porta do paraíso que estava fechado pelo pecado do orgulho e da autossuficiência de nossos primeiros pais. Eles pensaram que podiam estar longe da comunhão com Deus no Paraíso. Depois da queda perderam a comunhão, a paz, a vida e a felicidade, mas Deus prometeu que ia renovar o mundo através da mulher corajosa que aceitou a proposta de ser a Mãe do Salvador. A mulher do silêncio que meditou alimentou a palavra e amamentou o verbo de Deus, que é Jesus. Ela é a bem-aventurada, que na humildade de  seu sim, se pôs a serviço do plano de Deus para que a humanidade voltasse a harmonia no céu e na terra.

 

Deus quis assim e quem de nós humanos e pecadores podem questionar e ainda desvalorizar o sim maravilhoso dessa mulher que é engrandecida na cheia de graça  e na disposição de ser mãe do Emanuel, Deus conosco.

 

A palavra de Deus deve ser sinal de acolhida, união e amor. Não podemos dividir o tecido de Cristo, pois é como aquela túnica que Cristo que não foi cortada  e nem dividida porque era um tecido só e isso podemos, por analogia, associar a Igreja que tem Cristo como cabeça e cada um de nós membros, cada um com a sua função. 


Não devemos dividir Cristo em Cristos e ser arrogantes como privilegiados, mas reconhecer que somos  servos de Deus em Cristo. Jesus é o pão que se reparte e todos alimentam Dele. Jamais devemos tirar dos outros o direito de sentar ao banquete da vida que Ele mesmo nos oferece, mesmo a gente sendo pobre e longe do direito à vida e da dignidade como pessoa humana. Todos são acolhidos, tem vez e voz.

 

No Livro de Isaías nos mostra que devemos acolher a Palavra no coração. Os ouvidos devem estar atentos à escuta e aos lábios para  anunciar a Palavra de Deus que liberta e salva. O povo sofria no exílio, mas Deus dá o sinal da verdadeira libertação que estava chegando com sinais bem vistos que são: a cura de surdos, mudos, coxos e cegos. Os judeus compreendiam que esses sinais demonstrava que o Messias estará agindo e próximo do Povo. (cf. Is 35,4-7)

 

Onde estão eles e hoje a onde podemos vê-los? Eles estão nas ruas das nossas cidades, nas filas dos hospitais, na busca de empregos, da moradia digna, de salários justos, de acolhida  na sua deficiência e na diversidade da vida. As curas são visíveis quando valorizamos a todos. Para as Paraolimpíadas que estamos tendo no Japão percebemos que alguma dificuldade proveniente de nascimento ou de acidentes não impedem de participar na competição dos jogos olímpicos. E a alegria deles está estampada no rosto de cada competidor.

 

Na carta de Tiago nos fala e nos exorta para discriminar ninguém e devemos dar atenção principalmente aos pequenos, sofredores e pobres deste mundo. Nesse tempo de pandemia muitos estão desamparados e encontramos muitos com péssimos rendimentos devido a reforma trabalhista e previdenciária que aniquilou o trabalho e as aposentadorias e pensões. Muitos estão gritando socorro por pão material e pão espiritual. Essa covid 19 tem nos afastado de nossos irmãos que precisam de nossa ajuda, acolhida e carinho para amenizar as dores das perdas e das consequências desse mal que assolou a todos nesse mundo. Que sejamos bálsamos regeneradores das pessoas. (cf. Tg 2,15)

 

O evangelista de Marcos concretiza a profecia de Isaías, Jesus cura, liberta, faz os mudos falarem, os surdos a escutar a sua palavra e coxos andarem. Ele foi sensível aos que estavam à margem do sistema religioso, político e econômico daquele tempo. Hoje devemos ser novamente o braço que levanta o caído e a mão que abençoa, ajuda e cura através de alimentos, de ajuda humanitária, de remédios e carinho do amor que tudo restaura a todos. (cf. Mc 7,31-37)

 

Devemos abrir os ouvidos, ser pés e mãos que ajudam tantas pessoas que estão sem esperança no labirinto que o sistema que deixa muito calados e paralisados. Não podemos jamais ficar omissos aos gritos dos que estão com fome, sem emprego, sem assistência da saúde e marginalizados na sociedade contemporânea materialista, capitalista, egoísta e hedonista.

 

Que a liturgia deste domingo nos ajude a estender a mão para sermos uma Igreja autêntica que Cristo quer e não um prédio frio, bonito, mas sem alegria da partilha, do amor solidário que erga os desanimados, os doentes e os que mais precisam de nossa ajuda.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria! Senhor, eis me aqui, envia-nos a onde precisa da sua palavra que salva e liberta.

 

Sejamos missionários leigos católicos ambulantes e carismáticos. Deus abençoe a todos e uma ótima semana.

 

bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha zap 12 991349343

domingo, 29 de agosto de 2021

Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

 Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

 

“Queridos irmãos e irmãs, neste domingo, o Papa Francisco, no Ângelus deste dia, as 12h, hora de Roma e aqui no Brasil era 7:00am. Ele fez uma bela reflexão sobre o significado de cumprir a Lei, não como uma obrigação e ato externo, mas deve ser brotado do coração. O que dá impureza a nossa vida não é o que entra em nós, mas é o que brota do nosso íntimo.

Devemos vigiar para não termos inveja, nem ódio, nem programar vingança, nem praticar adultério, corrupção que mata as pessoas e toda forma de pecado que aniquila a pessoa porque saiu dentro de si. Devemos orar, vigiar e fazer penitencia como uma oração sincera e um jejum para dominarmos a má inclinação.” (José B. Schumann Cunha)"

Ângelus: culpar tudo e todos é perder tempo. Purificar é derrotar o mal dentro de nós

É tempo de purificar: este é o convite do Papa Francisco. "Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora." Que Maria, então, purifique nosso coração, superando o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.

"Há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós." Assim o Papa Francisco comenta o Evangelho deste domingo, 22º do Tempo Comum.

A Liturgia mostra alguns escribas e fariseus escandalizados com a atitude dos discípulos de Jesus de não lavar as mãos antes de tocar os alimentos.

“Por que Jesus e os seus discípulos ignoram essas tradições?”, questiona o Papa, explicando que para o Mestre é importante restabelecer a fé ao seu centro. É um risco observar formalidades externas colocando em segundo lugar o coração da fé. "Também nós muitas vezes 'maquiamos' a alma." Para Francisco, trata-se do risco de uma religiosidade da aparência: aparecer bem por fora, esquecendo de purificar o coração.

“Há sempre a tentação de ‘sistematizar Deus’ com alguma devoção exterior, mas Jesus não se contenta com este culto. Não quer exterioridade, quer uma fé que chegue ao coração.”

Palavras revolucionárias

A este espanto dos escribas e fariseus, Jesus responde: "O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora. Mas é de dentro do coração humano que saem as más intenções". O Papa define essas palavras como “revolucionárias”, porque Jesus inverte a perspectiva: não faz mal o que vem de fora, mas o que nasce de dentro. Isto diz respeito também a nós, observa o Pontífice.  Com frequência, pensamos que o mal provenha sobretudo de fora: dos comportamentos dos outros, de quem pensa mal de nós, da sociedade. “É sempre culpa dos ‘outros’: das pessoas, de quem governa, do azar. Parece que os problemas chegam sempre de fora. E passamos o tempo a distribuir as culpas; mas passar o tempo a culpar os outros é perder tempo.”

Culpar os outros é perda de tempo

Nervosismo, ressentimento, tristeza e acidez afastam Deus do coração: “Não se pode ser realmente religioso na lamentação”, recorda ainda Francisco.

“Peçamos hoje ao Senhor que nos liberte de culpar os outros. Peçamos na oração a graça de não desperdiçar o tempo poluindo o mundo com reclamações, porque isto não é cristão.” O convite de Jesus é a olhar a vida e o mundo a partir do nosso coração, pedindo que Ele o purifique para tornar o mundo mais limpo. “Se olharmos dentro de nós, encontraremos quase tudo aquilo que detestamos fora”, afirma o Papa. Portanto, indica Francisco, há um modo infalível para vencer o mal: começar a derrotá-lo dentro de nós. Os primeiros Pais da Igreja e também muitos monges, acrescenta o Pontífice, afirmam que o primeiro passo no caminho da santidade é acusar a si mesmo.

"Quantos de nós, num momento do dia ou da semana são capazes de acusar a si próprios? 'Sim, mas esta pessoa me fez isto, fez aquilo, o outro fez uma barbaridade... Mas eu faço o mesmo. É uma sabedoria: aprender a acusar a si mesmo. Tentem fazer isto, lhes fará bem. A mim faz bem, quando consigo."

“Que a Virgem Maria, que transformou a história através da pureza do seu coração, nos ajude a purificar o nosso, superando antes de tudo o vício de culpar os outros e de reclamar de tudo.”

"Iluminados com as palavras do nosso Papa Francisco, possamos rever as nossas atitudes dentro da Igreja, da comunidade e questionar as nossas relações e práticas familiares, sociais, políticas e religiosas pra verificar se estamos julgando algo externo do tradicionalismo e não ver o sentida da obediência a Deus, da Tradição e da escuta da Palavra de Deus e do Magistério que foi deixado por Cristo na pessoas de Pedro e de seus sucessores.(José B. Schumann Cunha)"

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2021/08/29/14/136162296_F136162296.mp3

  Papa: ir às periferias, que estão repletas de solidão e feridas

 


“O cristianismo é exigente e muitos assumem na coerência da fé em Cristo. Ser cristão é se comprometer com os mais necessitados deste mundo, principalmente nesta pandemia mundial que atingiu em cheio os países emergentes de modo cruel. (Jose B. Schumann Cunha)”

Um pequeno grupo da Associação Lázaro já havia sido recebido pelo Papa em maio deste ano. Agora mais números, eles voltaram ao Vaticano para celebrar com Francisco os seus 10 anos de fundação. E ouviram do Pontífice palavras de encorajamento.

O Papa Francisco encerrou suas atividades neste sábado recebendo, no Vaticano, os membros da Associação Lázaro, que está completando 10 anos de existência.

O projeto nasceu na França com a finalidade de dar um lar às pessoas em situação de rua. Mais do oferecer um abrigo, a experiência dos membros da Associação é morar com essas pessoas nas casas e compartilhar o seu cotidiano. Hoje, 10 anos depois, o projeto cresceu e está presente na Bélgica, na Espanha e no México.

Assim diz o Papa Francisco:

“Agradeço a Deus pela bela experiência que estão tendo na coabitação e fraternidade que vivem no dia a dia”, escreve o Papa no discurso que foi entregue, definindo o projeto como “uma vitrine da amizade social que todos somos chamados a viver”.

“Num ambiente cheio de indiferença, individualismo e egoísmo, faz-nos compreender que os valores da vida autêntica se encontram em acolher as diferenças, respeitar a dignidade humana, escutar, cuidar e servir os mais humildes.”

A coragem de abrir portas

Depois de ouvir alguns testemunhos, o Papa deixou de lado o texto escrito e entregue, e refletiu sobre o que ouviu. O discurso de Francisco baseou-se numa imagem, a da "porta", uma metáfora de muitas experiências relatadas durante o encontro: "A experiência da porta aberta, da porta fechada, o medo de não me abrirem a porta, o medo de me fecharem a porta na cara. Esta experiência que acabamos de ouvir de alguns de vocês é a experiência de cada um de nós se olharmos para dentro de nós mesmos".

Tantas situações que suscitam uma pergunta: "Qual é a minha relação com a porta?". "A porta é Deus", diz o Papa. Qual é a minha relação com a porta? Será que me aproprio dela e não deixo ninguém entrar? Ou será que tenho medo de bater à porta? Ou será que espero sem bater que alguém a abra para mim? Cada um de nós tem atitudes diferentes em relação a Deus que é a porta.

Lázaro, uma pequena gota no mar da necessidade

Por vezes, na vida, é preciso ter "a humildade de bater à porta", outras vezes é preciso ter "a coragem de não ter medo daquele que me vai abrir a porta, que é Deus". E uma vez dentro, deve-se ter "a grandeza de não fechar a porta atrás de mim", mas sim "de a abrir para que outros possam entrar". É o que a instituição tem feito há anos: "Abrir portas". Não como "porteiros", mas como "homens e mulheres que, porque uma vez abriram a porta a cada um de vocês, sentem a necessidade de a abrir aos outros".

O Papa expressou assim a sua mais profunda gratidão por esta gota no mar das necessidades. Uma gota, no entanto, preciosa: "Vão em frente!”. Sem, porém, a soberba de acharem são grandes.

Não desistam

Papa: servir aos pobres é servir a Deus

O mesmo encorajamento está contido no discurso entregue. Na sociedade, pode-se sentir isolado, rejeitado e sofrer de exclusão. “Mas não desistam, não se desencorajem”, foram as palavras do Pontífice.

Francisco os animou a permanecerem firmes em suas convicções e fé. “Vocês são a face amorosa de Cristo. Então espalhem à sua volta este fogo de amor que aquece corações frios e secos.”

A exortação do Papa prosseguiu pedindo que os membros da Associação possam ir para as periferias, “que estão frequentemente cheias de solidão, tristeza, feridas interiores e perda do gosto pela vida”.

“Com as suas palavras e ações, derramem o óleo de consolação e cura sobre os corações feridos. Quero repetir: Deus os ama.”

“Assim, podemos ver que esta iniciativa dos leigos da França deve inspirar a muitos cristãos para ser balsamos regeneradores desta sociedade que está passando por uma grande crise sanitária e também política e religiosa no mundo. Que Deus abençoe a todos e que o mundo seja melhor com gestos de solidariedades assim de todos para que a Igreja seja de saída e do pão partilhado com os mais sofredores no mundo. (Jose B. Schumann Cunha)”

sábado, 28 de agosto de 2021

A Lei de Deus é justa e ajuda o ser humano

  A Lei de Deus é justa e ajuda o ser humano




 

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste domingo estamos celebrando o 22º Domingo do Tempo Comum. E a liturgia dominical vai nos ajudar a refletir e entender sobre o sentido da Lei. O objetivo da Lei de Deus é dar ao homem o sentido pleno na vida dele e da sua realização como pessoa. E ela é uma proposta de Deus e dá o modo como deve ser observada, pois é uma Lei que ajuda a pessoa viver bem com Deus e com o próximo praticando a justiça verdadeira que Deus quer que cada uma faça neste mundo

 

No Livro do Deuteronômio, o Povo de Deus recebe a Lei de Deus por Moisés para poder viver bem na nova terra prometida. Se observarmos bem, é desejo espiritual para que as pessoas sejam fiéis a Deus e sejam observadores desta Lei para viver bem. Não é uma imposição, mas uma grande ajuda e é sinal de um povo que vai tomar posse da terra que Deus preparou para todos.

 

Os outros povos não a tinham, pois a Lei é o selo da Aliança do Deus vivo com seu povo na nova terra que se avizinha. A observância da Lei de Deus é uma forma de obediência e gratidão a um Deus libertador. Deus sempre é fiel e ajudou o povo a não ficar em caminhos aventurosos que não levam a lugar nenhum. Se refletirmos melhor o sentido dos Mandamentos de Deus é a trilha para a felicidade e vida plena aqui até um dia no reino definitivo no céu.

 

Não precisamos aumentar as regras e nem acrescentar artigos a ela porque ali tem o necessário para que todos vivam em comunhão com Deus e com os irmãos. Infelizmente os judeus multiplicaram exigência que só aumentaram o julgo e escravidão da Lei que não era a que Deus tinha proposto. Como hoje vemos a Constituição de uma nação em que os seus legisladores multiplicam leis para proveito de quem está no poder e outras que mais atrapalham as pessoas, provocando injustiças de toda ordem. Em vez de ser sinal de liberdade que foi proposta por Deus torna-se um peso para o povo. (cf. Dt 4,1-2.6-8)

 

Na Carta de Tiago nos exorta e nos lembra para que não sejamos apenas ouvintes da Palavra de Deus, mas sim cumpridores dela, pois ela é vida e condição de ter a felicidade plena neste no mundo e na caminhada ao reino definitivo onde Deus já preparou para todos.


Muitas vezes estamos presos a ritos e gestos que se perdem no verdadeiro sentido de ser discípulo de Cristo. Devemos ser solidários aos órfãos e viúvas e ainda ser comprometido com amor fraterno na vivência da comunidade igreja. Jamais ser uma Igreja intimista e nem uma Igreja de aparência na ostentação sem ser a Igreja de saída no mundo que grita por justiça e partilha. (cf. Tg 1,17-18.21-22.27)

 

O evangelista Marcos nos mostra Jesus que explica o sentido da Lei de Deus para todos nós. Os judeus tramavam contra Jesus porque Ele mostrava e denunciava a distorção da Lei que sacrificava a maioria do povo que sofria discriminação, injustiça e fome.

 

Hoje percebe-se isso também. Os poderosos do mundo querem calar o povo, impondo leis que amordaçam o povo para não questionar e nem denunciar as injustiças que se praticam por eles contra o povo. Jesus diz assim: “Hipócritas... Abandonais o Mandamento de Deus, apegando-vos à tradição dos homens".

 

Deus não quer observância externa da Lei, mas o desejo que vem do coração do homem que é o amor. Os acréscimos feitos na Lei de Deus são preceitos humanos que subjugam o ser humano para não ser livre. Isso não foi e não é desejo de Deus. A novidade do cristianismo está na Lei do amor e em Jesus resume os 10 mandamentos no amor, portanto a lei é um sinal de um caminho da verdadeira liberdade de sermos filhos de Deus.

 

É preciso uma conversão e entender a Lei de Deus que jamais será empecilho para sermos felizes. (Mc 7,1-8.14-15.21-23)

 

Os fariseus daquela época estão neste mundo em que vivemos, pois impedem muitos com regras e disposições alfandegárias de participar da sociedade e da comunidade cristã, excluindo-os e discriminando-os muitos. 


Estamos celebrando nesta dia o ministério do catequista, este tem o papel e o dever de ensinar aos que vão receber os sacramentos da Igreja, uma doutrina cristã sadia e sem entraves para que os catequizandos possam assumir os compromissos batismais numa Igreja viva da partilha do pão e no Banquete da vida desejada por Deus em Cristo;

 

Que esta liturgia nos ajude a sermos verdadeiros cristãos, obediente a sua Palavra e aos mandamentos de Deus que liberta a cada um de nós das armadilhas deste mundo que nos escravizam as ideologias cegas da política, da justiça, da economia, da religião e das regras sociais que discriminam e excluem o povo, deixando-o na margem da sociedade capitalista de nosso tempo.

 

Tudo por Jesus nada sem Maria! Eis me aqui Senhor, envia-me para onde precisa de pregador da sua Palavra.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Na escolha que devemos fazer, então devemos dizer: “Senhor, a quem iremos?"

Na escolha que devemos fazer, então devemos dizer: “Senhor, a quem iremos?"




Queridos irmãos e irmãs, no domingo passado, a liturgia nos chamou atenção sobre a importância da escolha que devemos fazer. Nesse mundo tem muitos caminhos e ideologias políticas, religiosas, sociais e econômicas, então perguntamos quais que devemos seguir? Isso é uma encruzilhada em que ficamos, então devemos escolher e assumir qual caminho a seguir que vai trazer a vida plena. Há um só caminho que leva a vida plena e eterna. Aqui está a decisão de assumir o caminho que leva a Deus que quer nos libertar das escravidões que nos levam a morte e distanciamento do bem.

A liturgia bíblica nos mostra dois testemunhos autênticos e que nos ajudam a termos convicção de seguir o Deus verdadeiro que nos traz a liberdade e vida digna. As leituras nos dão dois testemunhos muito significativos: Josué e Pedro.

No livro dos juízes o povo teve que optar pelo Deus vivo ou por ídolo que nada faz. Josué chama atenção do povo para quem quer seguir e dá a oportunidade de escolha para o povo dizendo: "ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco?   Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Essa afirmação de Josué é um testemunho eloquente que fala por si só e essa afirmação deve ressoar no nosso coração como certeza da nossa fé em Deus. Aqui podemos dizer que queremos estar com Deus verdadeiro porque sempre está do lado do povo, tanto no passado como agora na nossa história de vida. Devemos ser fiel a Deus e estar com Ele em todos os momentos tanto nos infortúnios como na alegria.  (cf Js 24,1-2.15-18)

Na carta de São Paulo aos Efésios nos fala da relação da Igreja com Cristo. Jesus é a cabeça da Igreja e se entregou por ela. Jesus foi fiel. Aqui a uma explicação que a família deve se espelhar na relação que Cristo tem com a sua Igreja. A obediência, a solicitude e o amor devem estar na relação do casal como a Igreja deve estar com Cristo sempre. Não podemos ser mais que os outros e nem ser arrogantes diante da vida em comunidade, nas pastorais ou na família, mas como membros que se ajudam e se respeitam mutuamente. É o corpo que se manifesta na sua beleza, na sua  autonomia e na sua articulação de todo a sua essência de existir e assim devemos buscar a união mais intima com Deus e com a família  no diálogo e no amor reciproco de doação e compromisso. (cf. Ef 5,21-32)

O evangelho de São João nos mostra a escolha de Pedro e dos Apóstolos. Aqui está o contexto do discurso do pão da vida. Jesus é o pão da vida que anima e fortalece a caminhada dos discípulos. Assumir e assimilar Jesus no alimento deve ser uma escolha dos que creem a Jesus e faz a adesão ao seu projeto de vida e libertação. Ou seguimos Jesus e as suas consequências ou procuramos outros caminhos que não podem dar sentido a vida. (cf. Jo 6,60-69)

O mundo experimenta uma realidade efêmera que não traz a felicidade e bem durável, mas que são passageiros e depois trazem frustração. Se ficarmos presos ao pão material que acaba, riquezas e ostentação que trazem ilusão, prestígios sem serviços aos necessitados e muitos outros que não satisfazem completamente a vida das pessoas e isso traz um grande vazio existencial. Não podemos procurar uma Igreja fácil e algo só para satisfazer o nosso egoísmo sem se comprometer com todos. 

Hoje é necessário ser uma Igreja viva, comprometida com todos, principalmente aos que mais sofrem nesse mundo. Devemos ser a Igreja do pão partilhado e de saída para ir atrás das ovelhas machucadas pela injustiça da nossa sociedade, que muitas vezes, excluem os mais fracos e indefesos.

Que a liturgia nos ajude a abrir o nossos olhos aos pobres e também nos ajudar a colocar as mãos na massa do trabalho pastoral a favor da vida. Sair da Igreja de pedra pra uma Igreja viva d e pessoas que sintam acolhido numa grande família, fazendo do corpo único que é Cristo com todo os seus membros. Amém.

Tudo por Jesus nada sem Maria,. Eis me aqui Senhor, envia-me a onde precisar de pregador do seu Evangelho.

Jose B. Schumann Cunha

sábado, 14 de agosto de 2021

Maria, quem é ela na História da nossa salvação?

 Maria, quem é ela na História da nossa salvação?




Queridos irmãos e irmãs, neste domingo estamos celebrando a Festa da Assunção de Nossa Senhora. É um dogma de fé proclamado pelo Papa Pio XII no ano de 1950. Essa verdade proclamada pela Igreja já era aceita pelos cristãos de todo tempo, isto é  desde os primeiros cristãos.

Em Jerusalém se encontra duas igrejas dedicadas a Nossa Senhora, sendo uma de Dormição que é dedicada a ela como aquela que adormeceu e tem o título Virgem adormecida.  A cripta do tumulo de Maria, no Getsêmani onde maria foi enterrada, mas ao lado dele tem uma pintura muito significativa da Assunção de Nossa Senhora. Porque  que disso? Aqui podemos tirar uma conclusão no tocante que Maria não poderia desfazer o seu corpo como um castigo do pecado, mas ela, por desígnio de Deus, foi concebida sem Pecado para poder ser a mãe de Jesus, o filho de Deus que não poderia carregar a mancha do pecado, pois Deus não tem pecado.

Esse acontecimento da assunção de Nossa Senhora faz com que seja constado que Maria foi levada de corpo e alma para o céu pelos anjos. Ela foi glorificada por Deus devido ao mérito de ser a mãe de verbo encarnado de Deus e ser exemplo de mulher obediente e fiel. Ela está no céu junto com seu filho amado e lá um dia vamos toso está junto dessa gloria.

A Igreja fica ornada neste dia devido ao cumprimento do Mistério Pascal, pois Maria é a cheia de Graça plena e o pecado não atingiu de maneira alguma a sua pessoa. Deus quis assim e quem somos nós para opor a esse mistério que se associa a poder da ressureição de Cristo.

A liturgia toda deste domingo nos remete a esse mistério grandioso que nos nos alegra muito. O livro do apocalipse nos fala da figura de uma mulher que dá a luz e ela é a vestida de sol, que é a luz de Cristo nela. Ela traz consigo um filho que é perseguido pelo dragão, símbolo do mal, para devorá-lo. Mas isto não acontece.

A mulher é a Igreja, o dragão é o mal e o menino é o Cristo. Sem nenhuma dúvida podemos aplicar a figura da mulher a Maria, e hoje a dedicamos nesta festa da Assunção de Maria ao Céu. (cf. Ap 11,19-12,1-6.10)

A "mulher" é a Igreja, o "dragão" significa o mal e o "menino" é Cristo. Todas as passagens das Escrituras referentes ao povo fiel a Deus podem ser aplicadas à nossa Mãe, Maria Santíssima. Eis porque essa é apresentada à nossa reflexão nesta solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Na Primeira Carta aos Coríntios, temos São Paulo que diz que todos vão ser glorificados em Cristo um dia no céu. Sabemos que Jesus é a primícias da ressureição e seguida todos nós. Essa certeza nos enche de alegria e nós somos testemunhas de tantos que a Igreja proclama de bem-aventurados aqueles que são declarados santos e mártires na missão de testemunhar Cristo na evangelização dos povos de todos os tempos.

Isso podemos constatar de modo categórico com a Festa da Assunção de Nossa Senhora, a grande bem-aventurada que se dispôs de modo inequívoco de fazer a vontade de Deus, tornando-se a mãe de Cristo, educando-o e acompanhando-o na sua missão, no martírio da cruz e no início da Igreja com os apóstolos. Assunção é a certeza que estaremos no céu um dia vivendo a vida eterna com Deus para sempre. (cf. 1 Cor 15,20-27)

No Evangelho de Lucas narra a visita de Maria a sua prima Isabel. Maria chegando foi recebida pela sua prima que estava grávida também e algo maravilho se torna real, pois Isabel, movida pelo Espirito Santo constata que Maria é a Mãe do Salvador que está no ventre de Maria e João no ventre de Isabel se ajoelha diante de Jesus que estava no ventre de Maria.

Uma verdade foi dita por Isabel: "Bem-aventurada és tu porque acreditaste!". Por que duvidar disso? Então nós podemos afirmar que Maria é a bem-aventurada de Deus, pois é a virgem obediente que deu seu sim e dessa maneira o verbo de Deus se encarnou entre nós e tornou-se o salvador da humanidade. Quem crê em Cristo e for batizado é salvo também. Maria é a partida inicial para que Deus habitasse e se fizesse presente no mundo. (cf. Lc 1,39-56)

Maria proclama o hino de gratidão e louvor no seu grande Magnificat. Deus é sempre bom e justo, olha os pobres e humildes e faz a justiça aos gananciosos e orgulhosos que não deixam a vida acontecer. Deus é fiel a sua promessa para sempre.

Que esta liturgia nos ajude a entender que Deus está atento e faz justiça sempre. Deus ouve o clamor dos oprimidos e pune os poderosos que massacram om povo com ideologia desmana na economia, na política, no social e ainda no campo religioso que pode muitas vezes escravizar no fanatismo irracional que aniquila a liberdade de ser filho de Deus libertador.

Tudo Por Jesus Nada sem Maria. Eis me aqui Senhor, envia-me a onde mais precisa de evangelização.

Bacharel em Teologia José B. Schumann Cunha

sábado, 7 de agosto de 2021

Deus nos pede que nos "Levanta e come" para a missão

 Deus nos pede que nos "Levanta e come" para a missão



 

Queridos irmãos e irmãs, estamos celebrando neste domingo o 19º Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos chama para sair do comodismo e intimismo para evangelizar e quem vai nos sustentar e ter forças é o próprio Deus. Deus oferece vida plena no pão da vida que é definitivo para todos nós. Por que ficar buscando pães que resolve momentaneamente a fome e ainda deixa como presa de ideologias políticas, sociais, econômicas e religiosos?


No Primeiro Livro dos Reis temos Elias que recebe no deserto um pão que vem do céu para ele. Isto para recompor as forças dela diante do medo que ele estava tendo do Rei e da rainha que foi por ele acusados das ruínas de Israel. Elias desafiou os profetas do deus Baal. Este deus que dava sustentação à religião pagã da rainha Jezabel. Elias foge para o deserto, lugar onde Deus sempre está presente no êxodo feito.

 

Deus não abandona o seu povo e sempre vem em socorro dele. Elias alimenta o pão do céu, restabelece as forças e a fé. Caminha 40 dias e 40 noites até ao monte Horebe, monte de Deus. Deus está presente sempre. Este pão que Elias prefigura o pão eucarístico, que é a presença de Cristo real na eucaristia. (cf. 1 Rs 19,4-8)

 

Na carta de São Paulo aos Efésios nos mostra como é a aceitação desse pão do céu, pois para que isso seja válido é praticar a verdadeira caridade com os irmãos. Ser uma Igreja viva comprometida com os mais fracos e necessitado, não com discursos eloquentes, mas ser próximo e ser solidário, partilhando bens com todos que precisam. (cf. Ef 4, 30-5,2)

 

O salmista nos lembra que devemos provar que Deus é sempre bom para com todos e nunca deixa ninguém na mão. (cf. Sl 34)

 

O evangelista São João nos mostra Jesus se apresentando com o pão que desceu do céu para dar a vida ao mundo. Diante da murmuração do povo no deserto onde Jesus estava, mas Ele reafirma que Ele é o pão do céu e quem come ele tem vida eterna. O que significa comer a carne de Jesus na eucaristia a resposta é simples porque assimilar Jesus na sua vida para fazer o que Jesus fez no mundo.

 

Ser solidário, ser compassivo, ser bom, ser misericordioso, ser balsamo regenerador, viver a partilha com os mais necessitados. E ainda ser voz dos que são esquecidos e marginalizados pelos sistemas dominantes como religião, política, social e econômico da sociedade moderna. Não podemos jamais ser insensíveis diante dos gritos de socorro de milhares de pessoas que perderam parentes nesta pandemia, de empregos devido a política individualista sanitárias de governos e diminuição de pensão a aposentadorias após a reforma previdenciária. (cf. Jo 6,41-51)

Neste domingo celebramos o dia dos pais, uma grande responsabilidade para esse tempo difícil que estamos vivendo. Crianças sem escola, saúde precária, sistema de saúde ruim e ainda políticas sanitárias equivocadas que levaram milhares a morrer e a ficarem doentes.

 

Que esta liturgia nos ajude a despertar o compromisso com o povo sofrido, sendo uma mão que ajuda e favorece aos humildes e pobres.


Bacharel em Teologia Jose B. Schumann Cunha

Tudo por Jesus nada sem Maria.

Eis-me aqui senhor! Envia-me!