ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Desenhista e escritor, Lelis está perto de atingir meta no Catarse para publicar HQ infantil

O desenhista e escritor Lelis está perto de atingir a meta de financiamento coletivo, via Catarse, para seu livro de quadrinhos “Anuí”. Você pode contribuir para a realização do projeto, conhecer o trabalho primoroso do artista e detalhes do livro clicando aqui.
Ilustrador do jornal Estado de Minas, com passagem pela Folha de S.Paulo, e reconhecimento internacional, Lelis nasceu em Montes Claros, onde começou seu trabalho de desenhista para imprensa, em 1986. Ilustrou muitos livros e escreveu três: Saino a Percurá, Cidades do Ouro e Hortência das Tranças.
Como quadrinista, Lelis publicou, entre outros, “Dernières cartouches (Últimos cartuchos)”, com roteiro de Antoine Ozanam, pela editora francesa Casterman. Foi também selecionado para a antologia sérvia Stripolis, com quadrinhos de artistas da República Tcheca, Polônia, Canadá, EUA, Itália e Bélgica.
Seu novo projeto nasceu como livro, mas a crise econômica interrompeu projetos do mercado editorial infantil. Disposto a não ficar de braços cruzados, Lelis transformou a literatura em quadrinhos e buscou financiamento coletivo. “Vi que a história tinha estrutura de quadrinhos, personagens fortes, ritmo e fôlego suficiente para aguentar 48 páginas.”
Deu certo: lançado em 14 de agosto, com meta de R$ 20 mil, o projeto já ultrapassou R$ 16 mil. A data limite é 14 de outubro.
Anuí narra a história de uma menina que ouve uma caixinha de música para dormir e que desanda a chorar quando o brinquedo estraga. Só uma pessoa na cidadezinha é capaz de consertá-lo, um sujeito muito habilidoso mas também muito mal humorado. Mesmo em dúvida, a mãe da menina resolve procurá-lo, desencadeando a história.
Anuí, explica o autor, é corruptela do verbo anuir, na forma como se fala no Norte de Minas. “A oralidade é muito forte no Norte de Minas”, ressalta Lelis, que adota, na grafia, a língua falada, como forma de transmitir ao leitor a cultura local.
Fonte: SJPMG

domingo, 24 de setembro de 2017

Honestidade ou conveniência política?

Humberto Guimarães Souto

Nasceu em Montes Claros, filho de Américo Souto e D. Maria da Conceição Guimarães. Fez o curso primário e secundário em Montes Claros. Formou-se em Contabilidade. Posteriormente formou-se em Direito. É neto de dois Francisco José: Guimarães pelo lado materno e o Souto pelo lado paterno, ambos políticos durante muitos anos em nosso município. Humberto filiou-se inicialmente ao PSD, partido de preferência dos ex-camilistas [de orientação conservadora], dentre eles, seu pai. Como pessedista foi eleito vereador, quando se firmou como político. Depois da revolução de 1964, filiou-se à Arena [governistas: Aliança Renovadora Nacional foi um partido político brasileiro criado em 1965 com a finalidade de dar sustentação política à ditadura militar instituída a partir do Golpe de Estado no Brasil em 1964, apoiado pelo governador golpista de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, conforme nos informa a Wikipédia] pela qual se candidatou a deputado estadual (1971-1975). Ficou na primeira suplência, entrando em exercício em 1973. Foi eleito em 1974 deputado federal (1975-1978). Tem desempenhado a contento o mandato, sempre atento aos problemas de nossa região. É casado com D. Maria Feliciana de Abreu”.

A descrição do atual prefeito de Montes Claros para o mandato 2017-2020 está à página 192 do livro “Montes Claros: sua história, sua gente, seus costumes”, do médico, historiador e folclorista Hermes Augusto de Paula, edição de 1979. Nota-se, pela linguagem de certo modo conservadora, que Hermes de Paula contemporizava quando a questão era o golpe civil-militar de 1º de abril de 1964. Já se passava da meia-noite quando o exército ocupava as ruas das principais capitais do país para depor o presidente João Belchior de Marques Goulart, eleito democraticamente e com voto popular como vice do então presidente Jânio Quadros, que havia renunciado ao cargo. Curiosamente o sucessor de João Goulart seria o seu ministro de Defesa, Humberto de Alencar Castelo Branco, fogo-amigo. O mesmo aconteceu no Chile quando Salvador Allende confiou demais no seu chefe das forças armadas, Augusto Pinochet. A esquerda peca por acreditar demais na idoneidade de militares supostamente servidores da pátria.

Humberto Guimarães Souto, quando deputado federal, votou em 1992 contra o impeachment de Fernando Collor de Melo, aquele presidente que se auto-intitulou caçador de marajás e que, como seu primeiro ato governista, confiscou a poupança de milhões de brasileiros, dentre outras ações corruptas.    

Por incrível que pareça, o atual prefeito de Montes Claros desejou gastar R$ 8 mil para mudar o brasão do município, que voltou a ser utilizado a partir da gestão 2013-2016 para evitar que gastos milionários com nova logomarca a cada mandato venham a ocorrer. Apesar de que o time de vôlei de Montes Claros permanece atuante desde a gestão 2009-2012. Há alguma misteriosa razão para que este time sobreviva a três administrações. Lavagem de dinheiro ou caixa dois? Façam as suas apostas!

O brasão do município de Montes Claros traz o lema episcopal do primeiro bispo diocesano, dom João Antônio Pimenta, que governou uma porção da Igreja católica no Norte de Minas Gerais de 1911 a 1943. “Sub umbra alarum tuarum” (em latim) ou “Sob as sombras de tuas asas” (em português) foi o lema de dom João Pimenta que nasceu em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e estudou em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para vir a ser alçado bispo na região. Muitas lideranças religiosas que fizeram missão no Norte de Minas Gerais fizeram seus estudos na cidade gaúcha.

De acordo com explicação do site da Prefeitura de Montes Claros - http://www.montesclaros.mg.gov.br/cidade/aspectosgerais/brasao.htm -, com acesso em 24 de setembro de 2017 às 2h e 04min, “o brasão consta de um escudo português, significando a origem do Brasil; uma coroa mural de cinco torres, designando a cidade; no interior, duas figuras da flor de lis como símbolo de Nossa Senhora da Conceição e São José, padroeiros da cidade. Abaixo, significando a denominação da cidade, apresentam-se os montes claros; de cada lado uma data: a primeira de 1707, que foi a de fundação do povoado [o Arraial das Formigas]; a segunda, 1857, elevação à categoria da cidade. Sob o escudo, consta o versículo do Salmo “SUB UMBRA ALARUM TUARUM”. As cores são: azul, dourado, verde e preto”.

No Diário Oficial do Município de Montes Claros de 15 de agosto de 2017 consta o patrocínio oficial da cidade à Feira Nacional de Indústria, Comércio e Serviços (Fenics) no valor de R$ 30 mil via Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Na reunião de 26 de julho de 2017 do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), a Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI-MOC), havia pedido o montante de R$ 26 mil e 800 para auxiliar o turismo de negócios da feira através de seis circuitos turísticos. Todavia, o Comtur só pôde aprovar, por unanimidade, a quantia de R$ 10 mil e 384. Esse montante também não pôde ser repassado por causa de algum entrave jurídico. E de onde saíram os R$ 30 mil aprovados por lei pela Câmara Municipal e executados pelo mandatário da cidade?

A pífia verba para realizar as Festas de Agosto saiu na véspera da realização do evento via Fundação Genival Tourinho/TV Geraes. A Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos nunca está com sua documentação em dia para receber verbas federais. Por que será? Por qual motivo isso se repete de administração municipal a administração municipal em uma festa que já foi apoiada pela Petrobrás?

E o Conselho Municipal de Assistência Social? Os representantes desse conselho tiveram que fazer vaquinha do próprio bolso para custear almoço durante a conferência para debater os problemas sociais da cidade? E os vigias das escolas municipais? Tem dinheiro para financiar Fenics e não tem dinheiro para pagar salário de vigia de escola?  E os 840 mendigos que se alastram pelo município com um monte de casa fechada para alugar? A verba é marcada para quem então? É honestidade só durante eleições ou sempre a boa e velha conveniência política? Vote nulo: 00 mais confirma!!!        

Brasão de Armas do Município de Montes Claros-MG


Brasão de Armas de Dom João Antônio Pimenta (1911-1943)

sábado, 23 de setembro de 2017

Frieza urbana

Os finais de semana no centro da cidade não são mais como antigamente. Hoje em dia, as ruas se encontram desertas, sobretudo à noite. O downtown em municípios médios urbanos perdeu a capacidade de mobilizar socialmente as pessoas, mesmo com o esforço humano das feiras livres, dos cultos e das celebrações, cada dia mais segmentadas e estigmatizadas. O mundo do trabalho comanda a história. Estamos todos operacionalizados em uma regra de três. A terceira via politicamente correta arrasta multidões, enquanto na praça pública e nos quarteirões haja solidões de muitos moradores de rua esfomeados e entorpecidos quimicamente, que têm no lixo sua fonte de comida, restos da sociedade capitalista que não se cansa de super-produzir e de desperdiçar. É chique essa cultura pós-modernosa. Nem frio sentem. A arquitetura de última geração (é novo, eu quero!) das cidades médias e grandes colaboram para a imparcialidade e a frieza destes tempos sombrios. A justiça anda cega ou é a democracia republicana que segue reificando conceitos e preconceitos?    

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

"Sentimos vergonha pelos abusos cometidos por ministros sagrados", confessa papa Francisco

“Tolerância zero contra os abusos”: este foi o princípio reiterado pelo Papa Francisco ao receber em audiência na manhã desta quinta-feira (21/09) a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores. O Pontífice entregou o discurso e dirigiu aos integrantes algumas palavras improvisadas.
Logo no início do seu discurso, o Pontífice compartilhou “a profunda dor que sente na alma pela situação das crianças abusadas”.
“O escândalo do abuso sexual é verdadeiramente uma ruína terrível para toda a humanidade, e que afeta muitas crianças, jovens e adultos vulneráveis em todos os países e em todas as sociedades. Também para a Igreja tem sido uma experiência muito dolorosa. Sentimos vergonha pelos abusos cometidos por ministros sagrados, que deveriam ser os mais dignos de confiança”, confidenciou o papa argentino. 
Francisco prosseguiu reafirmando que o abuso sexual é um pecado “horrível”, completamente oposto e em contradição com o que Cristo e a Igreja ensinam.
O Papa considerou um “privilégio” a oportunidade que teve de ouvir as histórias das vítimas, que compartilharam abertamente os efeitos que o abuso sexual provocou nas suas vidas e na de suas famílias.
“Por isso, reitero hoje uma vez mais que a Igreja, em todos os níveis, responderá com a aplicação das mais firmes medidas a todos aqueles que traíram o seu chamamento e abusaram dos filhos de Deus”, afirmou Francisco com veemência.
O Pontífice declarou que as medidas disciplinares que as Igrejas particulares adotaram devem ser aplicadas a todos que trabalham nas instituições da Igreja. Todavia, acrescentou, a responsabilidade primordial é dos bispos, sacerdotes e religiosos, daqueles que receberam do Senhor a vocação de oferecer as suas vidas. “Por esta razão, a Igreja irrevogavelmente e em todos os níveis pretende aplicar contra o abuso sexual de menores o princípio da ‘tolerância zero’”, exigiu o papa.
O Papa citou o Motu Proprio “Como uma mãe amorosa”, que aborda os casos de negligência por parte de autoridades eclesiásticas e o trabalho realizado pela Comissão há três anos para proteger os menores e os adultos vulneráveis.
Francisco declara-se satisfeito em saber que as Conferências Episcopais e de Superiores Maiores procuram a Comissão acerca das Diretrizes a serem aplicadas, e o trabalho em equipe com outras instituições vaticanas na formação de novos bispos e em vários congressos internacionais.
“A Igreja está chamada a ser um lugar de piedade e compaixão, especialmente para os que sofreram. Para todos nós, a Igreja Católica continua a ser um hospital de campanha que nos acompanha no nosso itinerário espiritual", sensibiliza-se o Papa, afirmando que confia plenamente no trabalho da Comissão, agradecendo aos integrantes pelos conselhos e esforços realizados nestes três anos de atividades. 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Somos todos Nação Catalunha

Tensão na Catalunha aumenta, e Barcelona reforça desejo do clube por plebiscito sobre independência: 'Direito de decidir'

A Catalunha viveu estado de emergência na quarta-feira (20/09).
O referendo marcado para o dia 1º de outubro para decidir sobre a independência da Espanha foi embargado pelo Tribunal Constitucional do país, e a Guarda Civil fez busca e apreensão em diversos departamentos e secretarias do governo catalão para impedir seu andamento.
Dezenas de pessoas foram detidas - entre elas organizadores do referendo -, 9 milhões de cédulas de votação acabaram recolhidas, e centenas de moradores da região estão nas ruas protestando contra as ações da polícia.
A situação caótica no estado separatista fez com que o Barcelona se posicionasse, mais uma vez, a favor do direito do plebiscito.
"Antes os fatos ocorridos nos últimos dias, e especialmente hoje (quarta, 20 de setembro), em relação à situação política que vive a Catalunha, o FC Barcelona, fiel em seu compromisso histórico com a defesa do país, da democracia, da liberdade de expressão e do direito de decidir, condena qualquer ação que possa impedir o exercício pleno desses direitos", escreveu o clube em comunicado.
"Neste sentido, o FC Barcelona manifesta publicamente seu apoio a todas as pessoas, entidades e instituições que trabalham para garantir esses direitos. O FC Barcelona, desde o máximo respeito à pluralidade de sua massa social, continuará apoiando a vontade da maioria do povo da Catalunha, expressada sempre de uma maneira cívica, pacífica e exemplar", continuou.
O Barcelona, bandeira da Catalunha, seria afetado diretamente com a possível separação da Espanha, pois deixaria de disputar LaLiga.
Fonte: ESPN

Todo o apoio a Barcelona e à formação de mais Estados nacionais no Ocidente

Chega ao cúmulo da hipocrisia a oposição da mídia grande ocidental contra o plebiscito legítimo que será realizado em Barcelona para decidir pela separação da região do restante da Espanha. Assim como Barcelona, o País Basco, o norte espanhol, identifica-se regional e culturalmente mais com o sudoeste da França do que com a Espanha oficialesca. Quando se promovem primaveras nos países árabes para incentivar a concorrência armamentista dos Estados Unidos da América do Norte e do inventado Estado de Israel, a mídia ocidental baba o ovo a favor da destruição das etnias orientais. Mas, quando o assunto é do lado de cá, todos apelamos para o bom e velho telhado de vidro. Pimenta no país vizinho é refresco, contudo, em nosso quintal, é anti-nacionalismo. Lorota!

O País Basco quer se formar e se constituir porque quer valorizar sua verdadeira cultura, enquanto a sociedade capitalista, em tudo que é lugar que entra, fragiliza e extermina com todos os regionalismos locais, falseando uma pretensa igualdade e direitos humanos aburguesados. O Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná, no Brasil, anseiam por se tornar independentes. O Nordeste mais o Norte de Minas Gerais sonham com a formação do Estado do São Francisco. Poderíamos ir mais longe e pensar em ser um país. São essas as únicas regiões brasileiras que historicamente trabalham pela união e pelo coletivismo.

Avante!       


Venceremos!

Sermão a favor dos índios de Bartolomeu de Las Casas

Esta voz lhes está bradando: vocês estão todos em pecado mortal, nele vivem e morrem, pela crueldade e tirania que praticam contra esse povo inocente. Digam: com que direito e com que justiça vocês mantêm estes índios em tão cruel e horrível servidão? Com que autoridade vocês têm feito guerras tão detestáveis contra esta gente que estava tranqüila e pacífica em suas terras, onde as multidões incontáveis delas, com mortes e dantes nunca ouvidos, vocês exterminaram?

Como vocês os mantêm na opressão e na fadiga, sem dar-lhes de comer e curar-lhes as enfermidades que contraem em razão dos excessivos trabalhos que vocês lhes impõem? Eles chegam a morrer, ou, para melhor dizer, vocês os matam para arrancar e adquirir ouro cada dia. Que cuidado vocês têm de que alguém lhes ensine a doutrina e que conheçam a seu Deus e Criador, sejam batizados, ouçam a missa, guardem as festas e os domingos? 
Estes não são homens? Não têm almas racionais?

Não estão vocês obrigados a amá-los como a vocês mesmos?

Isto vocês não entendem? Não sentem? Como estão mergulhados em sono tão letárgico?

Estejam certos: no pecado em que estão, vocês não poderão salvar-se mais do que os mouros ou turcos que recusam a fé em Jesus Cristo. 


CLIQUE EM "Bartolomeu de Las Casas: o direito a serviço da vida do pobre" e leia mais para conhecer melhor 

Igreja desaba no México e mata 11 pessoas durante batizado, entre elas quatro crianças; padre e sacristão escapam da tragédia

PUEBLA, MÉXICO - Onze pessoas morreram no interior de uma igreja no Estado de Puebla, onde se realizava um batizado, destruída no terremoto de terça-feira. A Arquidiocese de Puebla confirmou a mortes das 11 pessoas, entre elas 4 crianças, incluindo o bebê que estava sendo batizado no Templo de Santiago Apóstolo, do século 17. O padre e o sacristão conseguiram escapar.
Os moradores de Atzala, uma das zonas mais afetadas pelo terremoto, se apresentaram para ajudar nos trabalhos de resgate e retirada de escombros até a chegada das autoridades. Após várias horas, foram encontrados os corpos.
O responsável pelo município, Alberto Ramos Morán, disse que entraria em contato com as autoridades federais para realizar um censo das moradias afetadas.
O secretário de governo de Puebla, Diódoro Carrasco, disse que Atzala foi um dos municípios mais afetados na zona de Mixteca.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Terremoto no México: castigo de Deus contra os católicos?

Terremoto no México: castigo de Deus contra os católicos?
  
SIAME / Aleteia Brasil | Set 20, 2017

Hazael R-(CC BY-NC-SA 2.0)

Bispo responde a um pastor protestante que incentivou os católicos a mudarem de religião depois que o terremoto causou estragos em várias igrejas

Depois do terremoto de 7 de setembro, que castigou fortemente uma parte importante do México, causando prejuízos nos estados de Chiapas e Oaxaca, começaram a circular nas redes sociais vários vídeos e mensagens de pregadores que asseguram a proximidade do fim do mundo e se referem a um suposto “aborrecimento” de Deus contra a Igreja Católica. Diante dos comentários, o bispo de San Cristobal de las Casas, monsenhor Felipe Arizmendi, viu-se na necessidade de se posicionar sobre a situação.

Ignorância

O bispo lembrou os prejuízos causados pelo terremoto de 8.2 graus na escala Richter, que provocou a morte de mais de cem pessoas, deixou milhares de casas, escolas e centros de saúde destruídos e derrubou ou danificou templos religiosos dos séculos XVI e XVII. O monsenhor ainda explicou que os prejuízos às igrejas foram usados como pretexto por um pastor protestante de Chiapas – considerado o estado menos católico do país – para difundir a ideia de que o terremoto é uma prova de que Deus não quer a Igreja Católica, e que, por isso, a população católica deveria mudar de religião.

Arizmendi referiu-se a este fato como uma grande “ignorância”, pois, segundo ele, “templos protestantes também foram derrubados e morreram vários evangélicos”, principalmente na Costa de Chiapas, onde mais se sentiu o efeito devastador do terremoto.

O bispo, que convocou as autoridades a restaurar os templos, pois são propriedades da federação, deixou claro que não foi um tremor seletivo de Deus contra os católicos. “Todos somos pecadores e quem diz que não é comete dois pecados graves: a mentira e o orgulho”.

Ele assegurou também que o terremoto não é uma prova do fim do mundo, como os outros pregadores afirmam. “Os cientistas explicam este terremoto como um movimento brusco da placa tectônica chamada de Cocos nas praias de Chiapas, que é parte de uma falha que vem desde a Califórnia. É algo natural, não um castigo de Deus”, afirmou.

Onde está a Igreja?

O bispo disse que, devido ao noticiário da televisão mostrar apenas o que o governo está fazendo, algumas pessoas se perguntam: onde está a Igreja? A esse respeito, ele esclareceu: “Passamos por inundações e outros fenômenos e é a nossa gente da Igreja a primeira a ajudar, pois estamos no meio do povo e chegamos aonde não chega o governo nem a televisão. Sou testemunha da ajuda mútua, fraterna e imediata de vizinhos, das famílias, dos catequistas, dos paroquianos, da fundação Caritas e dos agentes de pastorais, embora tudo isso não passe na televisão. Que sua mão esquerda não saiba…”

Arizmendi ainda afirmou que “o terremoto não é castigo de Deus, mas uma advertência: não somos deuses, somos fracos e em qualquer momento podemos morrer. As coisas pelas quais lutamos, como uma boa casa, um carro novo e uma televisão grande passam e, em um instante, ficam reduzidas a nada. Por isso é preciso apreciar o que é mais valioso, ou seja, Deus, a família, as boas relações, o serviço à comunidade. Isso não passa, não é destruído; isso dura para sempre”.

Solidariedade

Por fim, o bispo assegurou que os estados afetados têm recebido a solidariedade nacional e internacional, pela qual “agradecemos de coração”.

Ele destacou também o trabalho de milhares de voluntários, os serviços das diferentes instâncias do governo, assim como do Exército Mexicano. Mas lamentou que existam “políticos que aproveitam da desgraça para conseguir votos”, bem como “pessoas que se limitam a ver de longe o sofrimento alheio e criticam a todos, mas não movem uma palha para ajudar os que ficaram sem nada”.

Arizmendi convidou os fiéis a fazer doações para as vítimas do terremoto e a orar, “porque a oração tem uma força incrível”.



ATUALIZAÇÃO: no dia 19 de setembro, outro terremoto, desta vez de magnitude 7.1 graus na escala Richter, atingiu a Cidade do México. Mais de duzentas pessoas morreram e pelo menos 45 edifícios ficaram destruídos.

fonte: aleteia

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O povo que nunca envelhece

O vale do rio Hunza, na fronteira com a Índia e o Paquistão, é chamado de "oásis de juventude", e não é em vão: os habitantes da região vivem até 110-120 anos, quase nunca ficam doentes e possuem uma aparência muito jovem. Clique aqui e veja o povo que nunca envelhece!