Humberto
Guimarães Souto
“Nasceu
em Montes Claros, filho de Américo Souto e D. Maria da Conceição Guimarães. Fez
o curso primário e secundário em Montes Claros. Formou-se em Contabilidade.
Posteriormente formou-se em Direito. É neto de dois Francisco José: Guimarães
pelo lado materno e o Souto pelo lado paterno, ambos políticos durante muitos
anos em nosso município. Humberto filiou-se inicialmente ao PSD, partido de
preferência dos ex-camilistas [de orientação conservadora], dentre eles, seu
pai. Como pessedista foi eleito vereador, quando se firmou como político.
Depois da revolução de 1964, filiou-se à Arena [governistas: Aliança
Renovadora Nacional foi um partido político brasileiro criado em 1965 com a
finalidade de dar sustentação política à ditadura militar instituída a partir
do Golpe de Estado no Brasil em 1964, apoiado pelo governador golpista de Minas
Gerais, José de Magalhães Pinto, conforme nos informa a Wikipédia]
pela qual se candidatou a deputado estadual (1971-1975). Ficou na primeira
suplência, entrando em exercício em 1973. Foi eleito em 1974 deputado federal (1975-1978).
Tem desempenhado a contento o mandato, sempre atento aos problemas de nossa
região. É casado com D. Maria Feliciana de Abreu”.
A
descrição do atual prefeito de Montes Claros para o mandato 2017-2020 está à
página 192 do livro “Montes Claros: sua história, sua gente, seus costumes”, do
médico, historiador e folclorista Hermes Augusto de Paula, edição de 1979.
Nota-se, pela linguagem de certo modo conservadora, que Hermes de Paula contemporizava
quando a questão era o golpe civil-militar de 1º de abril de 1964. Já se
passava da meia-noite quando o exército ocupava as ruas das principais capitais
do país para depor o presidente João Belchior de Marques Goulart, eleito democraticamente
e com voto popular como vice do então presidente Jânio Quadros, que havia
renunciado ao cargo. Curiosamente o sucessor de João Goulart seria o seu
ministro de Defesa, Humberto de Alencar Castelo Branco, fogo-amigo. O mesmo
aconteceu no Chile quando Salvador Allende confiou demais no seu chefe das
forças armadas, Augusto Pinochet. A esquerda peca por acreditar demais na
idoneidade de militares supostamente servidores da pátria.
Humberto
Guimarães Souto, quando deputado federal, votou em 1992 contra o impeachment de
Fernando Collor de Melo, aquele presidente que se auto-intitulou caçador de
marajás e que, como seu primeiro ato governista, confiscou a poupança de
milhões de brasileiros, dentre outras ações corruptas.
Por
incrível que pareça, o atual prefeito de Montes Claros desejou gastar R$ 8 mil
para mudar o brasão do município, que voltou a ser utilizado a partir da gestão
2013-2016 para evitar que gastos milionários com nova logomarca a cada mandato
venham a ocorrer. Apesar de que o time de vôlei de Montes Claros permanece
atuante desde a gestão 2009-2012. Há alguma misteriosa razão para que este time
sobreviva a três administrações. Lavagem de dinheiro ou caixa dois? Façam as
suas apostas!
O
brasão do município de Montes Claros traz o lema episcopal do primeiro bispo
diocesano, dom João Antônio Pimenta, que governou uma porção da Igreja católica
no Norte de Minas Gerais de 1911 a 1943. “Sub umbra alarum tuarum” (em latim) ou
“Sob as sombras de tuas asas” (em português) foi o lema de dom João Pimenta que
nasceu em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e estudou em Santa Maria, no Rio
Grande do Sul, para vir a ser alçado bispo na região. Muitas lideranças
religiosas que fizeram missão no Norte de Minas Gerais fizeram seus estudos na
cidade gaúcha.
De
acordo com explicação do site da Prefeitura de Montes Claros - http://www.montesclaros.mg.gov.br/cidade/aspectosgerais/brasao.htm
-, com acesso em 24 de setembro de 2017 às 2h e 04min, “o brasão consta de um escudo português, significando a
origem do Brasil; uma coroa mural de cinco torres, designando a cidade; no
interior, duas figuras da flor de lis como símbolo de Nossa Senhora da
Conceição e São José, padroeiros da cidade. Abaixo, significando a denominação
da cidade, apresentam-se os montes claros; de cada lado uma data: a primeira de
1707, que foi a de fundação do povoado [o Arraial das Formigas]; a segunda,
1857, elevação à categoria da cidade. Sob o escudo, consta o versículo do Salmo
“SUB UMBRA ALARUM TUARUM”. As cores são: azul, dourado, verde e preto”.
No Diário Oficial do Município de Montes Claros de 15 de agosto de
2017 consta o patrocínio oficial da cidade à Feira Nacional de Indústria,
Comércio e Serviços (Fenics) no valor de R$ 30 mil via Secretaria de
Desenvolvimento Econômico.
Na reunião de 26 de julho de
2017 do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), a Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI-MOC), havia pedido o montante de R$ 26 mil e
800 para auxiliar o turismo de negócios da feira através de seis circuitos
turísticos. Todavia, o Comtur só pôde aprovar, por unanimidade, a quantia de R$
10 mil e 384. Esse montante também não pôde ser repassado por causa de algum
entrave jurídico. E de onde saíram os R$ 30 mil aprovados por lei pela Câmara
Municipal e executados pelo mandatário da cidade?
A pífia verba para realizar
as Festas de Agosto saiu na véspera da realização do evento via Fundação
Genival Tourinho/TV Geraes. A Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos
nunca está com sua documentação em dia para receber verbas federais. Por que será?
Por qual motivo isso se repete de administração municipal a administração
municipal em uma festa que já foi apoiada pela Petrobrás?
E o Conselho Municipal de
Assistência Social? Os representantes desse conselho tiveram que fazer vaquinha
do próprio bolso para custear almoço durante a conferência para debater os
problemas sociais da cidade? E os vigias das escolas municipais? Tem dinheiro
para financiar Fenics e não tem dinheiro para pagar salário de vigia de escola? E os 840 mendigos que se alastram pelo município com um monte de casa fechada para alugar? A verba é marcada para quem então? É honestidade só durante eleições ou sempre a boa e velha conveniência
política? Vote nulo: 00 mais confirma!!!
Brasão de Armas do Município de Montes Claros-MG
Brasão de Armas de Dom João Antônio Pimenta (1911-1943)
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