ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 24 de setembro de 2017

Honestidade ou conveniência política?

Humberto Guimarães Souto

Nasceu em Montes Claros, filho de Américo Souto e D. Maria da Conceição Guimarães. Fez o curso primário e secundário em Montes Claros. Formou-se em Contabilidade. Posteriormente formou-se em Direito. É neto de dois Francisco José: Guimarães pelo lado materno e o Souto pelo lado paterno, ambos políticos durante muitos anos em nosso município. Humberto filiou-se inicialmente ao PSD, partido de preferência dos ex-camilistas [de orientação conservadora], dentre eles, seu pai. Como pessedista foi eleito vereador, quando se firmou como político. Depois da revolução de 1964, filiou-se à Arena [governistas: Aliança Renovadora Nacional foi um partido político brasileiro criado em 1965 com a finalidade de dar sustentação política à ditadura militar instituída a partir do Golpe de Estado no Brasil em 1964, apoiado pelo governador golpista de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, conforme nos informa a Wikipédia] pela qual se candidatou a deputado estadual (1971-1975). Ficou na primeira suplência, entrando em exercício em 1973. Foi eleito em 1974 deputado federal (1975-1978). Tem desempenhado a contento o mandato, sempre atento aos problemas de nossa região. É casado com D. Maria Feliciana de Abreu”.

A descrição do atual prefeito de Montes Claros para o mandato 2017-2020 está à página 192 do livro “Montes Claros: sua história, sua gente, seus costumes”, do médico, historiador e folclorista Hermes Augusto de Paula, edição de 1979. Nota-se, pela linguagem de certo modo conservadora, que Hermes de Paula contemporizava quando a questão era o golpe civil-militar de 1º de abril de 1964. Já se passava da meia-noite quando o exército ocupava as ruas das principais capitais do país para depor o presidente João Belchior de Marques Goulart, eleito democraticamente e com voto popular como vice do então presidente Jânio Quadros, que havia renunciado ao cargo. Curiosamente o sucessor de João Goulart seria o seu ministro de Defesa, Humberto de Alencar Castelo Branco, fogo-amigo. O mesmo aconteceu no Chile quando Salvador Allende confiou demais no seu chefe das forças armadas, Augusto Pinochet. A esquerda peca por acreditar demais na idoneidade de militares supostamente servidores da pátria.

Humberto Guimarães Souto, quando deputado federal, votou em 1992 contra o impeachment de Fernando Collor de Melo, aquele presidente que se auto-intitulou caçador de marajás e que, como seu primeiro ato governista, confiscou a poupança de milhões de brasileiros, dentre outras ações corruptas.    

Por incrível que pareça, o atual prefeito de Montes Claros desejou gastar R$ 8 mil para mudar o brasão do município, que voltou a ser utilizado a partir da gestão 2013-2016 para evitar que gastos milionários com nova logomarca a cada mandato venham a ocorrer. Apesar de que o time de vôlei de Montes Claros permanece atuante desde a gestão 2009-2012. Há alguma misteriosa razão para que este time sobreviva a três administrações. Lavagem de dinheiro ou caixa dois? Façam as suas apostas!

O brasão do município de Montes Claros traz o lema episcopal do primeiro bispo diocesano, dom João Antônio Pimenta, que governou uma porção da Igreja católica no Norte de Minas Gerais de 1911 a 1943. “Sub umbra alarum tuarum” (em latim) ou “Sob as sombras de tuas asas” (em português) foi o lema de dom João Pimenta que nasceu em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e estudou em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para vir a ser alçado bispo na região. Muitas lideranças religiosas que fizeram missão no Norte de Minas Gerais fizeram seus estudos na cidade gaúcha.

De acordo com explicação do site da Prefeitura de Montes Claros - http://www.montesclaros.mg.gov.br/cidade/aspectosgerais/brasao.htm -, com acesso em 24 de setembro de 2017 às 2h e 04min, “o brasão consta de um escudo português, significando a origem do Brasil; uma coroa mural de cinco torres, designando a cidade; no interior, duas figuras da flor de lis como símbolo de Nossa Senhora da Conceição e São José, padroeiros da cidade. Abaixo, significando a denominação da cidade, apresentam-se os montes claros; de cada lado uma data: a primeira de 1707, que foi a de fundação do povoado [o Arraial das Formigas]; a segunda, 1857, elevação à categoria da cidade. Sob o escudo, consta o versículo do Salmo “SUB UMBRA ALARUM TUARUM”. As cores são: azul, dourado, verde e preto”.

No Diário Oficial do Município de Montes Claros de 15 de agosto de 2017 consta o patrocínio oficial da cidade à Feira Nacional de Indústria, Comércio e Serviços (Fenics) no valor de R$ 30 mil via Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Na reunião de 26 de julho de 2017 do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), a Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI-MOC), havia pedido o montante de R$ 26 mil e 800 para auxiliar o turismo de negócios da feira através de seis circuitos turísticos. Todavia, o Comtur só pôde aprovar, por unanimidade, a quantia de R$ 10 mil e 384. Esse montante também não pôde ser repassado por causa de algum entrave jurídico. E de onde saíram os R$ 30 mil aprovados por lei pela Câmara Municipal e executados pelo mandatário da cidade?

A pífia verba para realizar as Festas de Agosto saiu na véspera da realização do evento via Fundação Genival Tourinho/TV Geraes. A Associação de Catopês, Marujos e Caboclinhos nunca está com sua documentação em dia para receber verbas federais. Por que será? Por qual motivo isso se repete de administração municipal a administração municipal em uma festa que já foi apoiada pela Petrobrás?

E o Conselho Municipal de Assistência Social? Os representantes desse conselho tiveram que fazer vaquinha do próprio bolso para custear almoço durante a conferência para debater os problemas sociais da cidade? E os vigias das escolas municipais? Tem dinheiro para financiar Fenics e não tem dinheiro para pagar salário de vigia de escola?  E os 840 mendigos que se alastram pelo município com um monte de casa fechada para alugar? A verba é marcada para quem então? É honestidade só durante eleições ou sempre a boa e velha conveniência política? Vote nulo: 00 mais confirma!!!        

Brasão de Armas do Município de Montes Claros-MG


Brasão de Armas de Dom João Antônio Pimenta (1911-1943)

Nenhum comentário: