Ou seria: gozar
e gozar e é só começar
Em
São Paulo/SP, dentro de um ônibus, um homem ejaculou no pescoço de uma mulher. A
justiça o prendeu e o liberou logo em seguida. Protestos fizeram com que o moço
fosse preso novamente. Um angolano foi flagrado se masturbando em um elevador
na frente de uma mulher e de uma garotinha. Foi feito boletim de ocorrência. O
angolano optou por permanecer calado. Pagou fiança de R$ 8 mil e foi para casa.
Em Belo Horizonte/MG, em um ônibus coletivo, outro homem foi acusado de apertar
os seios de uma outra mulher. A fila dos comportamentos em série só cresce.
A
sociedade contemporânea, que é capitalista e devota do prazer a todo instante,
está também com crise de superprodução de explicitação da vontade do gozo
massificado. Na realidade, esses comportamentos são mais carência de afeto.
Karl Marx (1818-1883)
foi genial quando observou: “na relação com a mulher, como presa e servidora da
luxúria coletiva, expressa-se a infinita degradação na qual o homem existe para
si mesmo, pois o segredo desta relação tem sua expressão inequívoca, decisiva,
manifesta, desvelada, na relação do homem com a mulher e no modo de conhecer a
relação imediata, natural e genérica”.
Como
as mulheres na mudernidade têm arregaçado as mangas, partido para o mercado de
trabalho e conquistado cada vez mais espaço no lugar dos homens, pode estar
ocorrendo uma certa antipatia dos homens em relação a essas mesmas. Talvez a
única forma de mostrar a indignação masculina seja com o falo sedento pelo
aconchego feminino.
Mas
as mulheres têm preferido uma outra parceira do que a companhia do bruto sexo
oposto. E os homens também têm preferido se unir com um outro parceiro. As
relações homoafetivas estão cada dia mais complexas e o capitalismo trata de
torná-las bárbaras.
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