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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Saiba mais sobre o Governador Golpista Magalhães Pinto

Para José de Magalhães Pinto, a política era como uma nuvem: "Você olha e ela está de um jeito; olha de novo e ela já mudou." A frase famosa, muitas vezes atribuída a Ulysses Guimarães, era expressão do "frasismo" do ex- banqueiro, ex-deputado, ex-governador de Minas Gerais e então ministro das Relações Exteriores, na época da publicação do Ato Institucional nº 5.

Um dos signatários do histórico Manifesto dos Mineiros –primeiro pronunciamento público de setores liberais contra o Estado Novo (1937-1945), em outubro de 1943–, Magalhães Pinto subscreveu o AI-5 na "esperança" de que o decreto tivesse vigência de seis ou oito meses, diria em entrevista, 16 anos depois.

Ainda governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto envolveu-se diretamente no golpe de 1964, das articulações que levaram à derrubada de João Goulart às negociações para a escolha do novo presidente, Castello Branco.

Assumiu cadeira na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1967, mas exerceu mandato apenas até 14 de março: por ocasião da posse presidencial do general Costa e Silva, assumiu o Ministério das Relações Exteriores. Um dos marcos de sua gestão no ministério foi a recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Trajetória


Filho do comerciante de cereais José Caetano de Magalhães Pinto e da dona-de-casa Maria Araújo de Magalhães Pinto, o ex-ministro nasceu no dia 28 de junho de 1909, em Santo Antônio do Monte, centro-oeste de Minas Gerais.

Aos 17 anos, foi admitido escrituário do Banco Hipotecário e Agrícola, futuro Banco do Estado. Atuou em associações comerciais, trabalhou em empresas de mineração, formou-se em direito e casou-se com Berenice Catão, com quem teria seis filhos.

Nas eleições de 1945, foi eleito, pela UDN, deputado federal –cargo para o qual se reelegeria até 1960, quando assume o governo de Minas.

Pós AI-5


Com o afastamento de Costa e Silva da Presidência, e com a posse de Medici, Magalhães Pinto deixou o ministério e voltou à Câmara. Em 1970, foi eleito senador e, cinco anos depois, eleito presidente do Senado.

Em sua carreira política, ainda cogitaria se candidatar, durante da democratização, à Presidência da República. No entanto, após admitir que "política é como nuvem", reconheceria que as alternativas de então eram Paulo Maluf ou Tancredo Neves. Acabou apoiando o conterrâneo.

Paralelamente, na área financeira destacou-se como um importante banqueiro: em 1974, o Banco Nacional, fundado por ele, tornou-se o terceiro mais importante do país.

Em novembro de 1995, o Nacional sofreria intervenção do Banco Central e seria acusado de ter sua contabilidade fraudada desde 1986.

Um dos maiores escândalos de instituições financeiras do país –que, depois de se arrastar por anos, levou ao afastamento dos diretores e à posterior incorporação do Nacional ao Unibanco– não foi acompanhado por Magalhães Pinto.

O banqueiro e político morreu no dia 6 de março de 1996, dez anos após um acidente vascular cerebral que o afastou da política e dos negócios.

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