Em Puebla, no México, há três meses para estudar, a universitária Larissa Melo, de 25 anos, custou a entender o que aconteceu. Ela estava saindo de um hospital, onde foi buscar atendimento para um mal-estar, quando a terra tremeu. "Escutei alarmes, sirenes, vi gente correndo, lojas fechando. Não entendi nada, pensei que fosse arrastão. Aí, um prédio caiu na minha frente e eu entendi. Foi horrível", conta. Quatro horas depois do terremoto, ela disse que ainda estava tremendo.
Sem bateria no celular, Larissa ficou incomunicável por cerca de uma hora, tempo que pareceu uma eternidade para a mãe, Maria Isabel Souza Pedrosa, que mora em Jequié, na Bahia. "Eu estava em pânico, fiquei na frente da televisão e com o celular na mão buscando notícias.", diz a mãe. Para dar notícias, a jovem recorreu a uma estranha.
"Pedi o celular emprestado, adicionei o contado da minha mãe e mandei mensagem para ela, porque não tem sinal para fazer ligações", diz. Depois, ela se lembrou que tinha um carregador portátil na bolsa e conseguiu carregar para responder às inúmeras mensagens de parentes e amigos que queriam saber se ela estava bem.
Agora, a preocupação é saber onde vai passar a noite, já que existe a expectativa de outros abalos, conhecidos como réplicas do terremoto. "Estou com medo de voltar para casa", conta.
Ela diz que queria encontrar seus colegas de trabalho, mas o sistema de transporte também está interrompido. "Vou esperar se tem alguma orientação da polícia ou das equipes de segurança para decidir o que fazer", afirma.
Fonte: Jornal "O Tempo"
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